Estela Borges Morato, uma vítima do terrorismo

“Estela Borges Morato nasceu na cidade de Campo Limpo, próximo a Jundiaí, Estado de São Paulo, em 22 de janeiro de 1947. Fez o curso primário no Externato Santo Antonio, o ginásio e o curso científico no Colégio Paulistano. Em 1964 tomou parte em um concurso bíblico instituído por uma estação de rádio da Capital Paulista, obtendo o primeiro lugar, recebeu como prêmio mil discos e um aparelho de televisão. Em 18 de dezembro de 1965 casou-se com Marcos Morato, união que se desfez com a sua morte em 1969.

Ingressou através de concurso no Banco Comércio e Indústria de São Paulo. Fez o curso de Grafodactiloscopia Bancária “Preventivo de Falsificação”, na Academia de Polícia de São Paulo.

Entrou para a carreira de investigador de Polícia, mediante concurso público em 1969. Foi destacada para prestar serviço no Departamento de Ordem Política e Social, onde de acordo com a opinião das autoridades com quem trabalhou foi exemplo de disciplina, abnegação e patriotismo. Em 7 de novembro do mesmo ano, deu com apenas 22 anos, sua vida cheia de crenças, sonhos e esperanças à glória e liberdade da terra que a viu nascer, quando no cumprimento do dever tomou parte com intrepidez o cerco destinado a prisão do perigoso Carlos Maringhela, chefe da subversão do Estado de São Paulo. Estela Borges Morato, foi a primeira mulher brasileira e paulista a ser vítima de uma nobre audácia, no trabalho árduo contra o terrorismo, em defesa da sociedade, em defesa dos postulados cristãos e da Pátria Brasileira.

Crônica de Autoria de Estela Borges Morato, publicada no jornal editado pelo Sindicato dos Bancários em outubro de 1969:

“Que Tipo de Mundo Você Queria?”“Para esta pergunta, a resposta é sempre a descrição de uma utopia. Porém, eu gosto deste século, cheio de vivacidade e colorido, planos e esforços que nos fazem participar de uma experiência excitante e maravilhosa, sendo exatamente isso que dá a vida sua única atração verdadeira. Vida é movimento. Quero este mundo assim como ele é, com sonhos para sonhar, problemas para resolver e lutas para lutar. Vivamos intensamente a vida que Deus nos deu, afinal ela nos oferece mais prazer que dor, mesmo que haja sempre algo para ser resolvido ou remediado. Este mundo merece voto de confiança, porque ele é bom, só é mau para gente dura e de cabeça mole. O homem, enfrentando suas dificuldades, pode mostrar que é homem, aceitando o desafio. As dificuldades serão superadas e a vida valerá a pena ser vivida. Afinal já conquistamos a Lua.”

Estela tinha apenas 22 anos quando foi assassinada. Jovem e bonita, Estela já havia casado quando revolveu mudar de emprego. Saiu de um grande banco e fez concurso para a Polícia Civil de São Paulo. Foi nomeada no cargo de investigadora. Quando ainda era bancária, publicou em um jornal do sindicato dos bancários um texto intitulado “Que tipo de mundo você queria?”. Inicia afirmando que a resposta a esta pergunta será sempre a utopia, e finaliza dizendo que as dificuldades serão superadas e a vida valerá a pena ser vivida.

Estela foi designada para uma operação de captura de um criminoso, assaltante de bancos. O perigoso marginal, juntamente com seus comparsas, resistiu à prisão. Estela foi atingida na cabeça e morreu dias depois.

Estela Borges Morato, a heroína, é quase que totalmente desconhecida dos brasileiros. O marginal, ao contrário, não só é amplamente conhecido como mais um filme foi feito em sua homenagem. Ele se chamava Carlos Marighella.

Assim como um escultor molda a substância bruta transformando-a em uma obra de arte, os responsáveis pelo filme tiveram muito trabalho e esforço para transformar o terrorista que lutava para implantar uma ditadura no nosso país em um mártir. Marighella, ao contrário do que afirmam e reafirmam seus adoradores, não queria o bem de ninguém e muito menos mudar o mundo. Queria o poder, o poder exercido a ferro e fogo pelos ditadores. Não foi ele um pobre trabalhador revoltado com a burguesia. Marighella cursou engenharia e foi deputado. É de sua autoria o minimanual do guerrilheiro urbano, onde ensina aos seus comparsas como matar pessoas, explodir instalações, sequestrar, torturar.

A história contada em fragmentos, pintados e adequados de acordo com interesses, não é história, é farsa, é manipulação. A verdade, aos poucos, foi sendo apagada. Desde aquele 7 de novembro de 1969 pouco se escreveu sobre Estela. Filmes, cinco até agora, livros e músicas fazem homenagem ao terrorista. O governo do senhor Fernando Henrique reconheceu a responsabilidade do estado na morte do marginal que almejava o poder absoluto, concedendo à viúva de Marighella uma indenização. Na Alameda Casa Branca, local onde o marginal enfrentou a polícia e atingiu Estela na cabeça, há uma placa em sua homenagem.

Estela Borges Morato é hoje apenas o nome de uma escola estadual. Lá, os professores talvez ensinem que Carlos Marighella é um herói.

O Jornal do Brasil, Rio de Janeiro — Quinta-feira, 6 de novembro de 1969, trás a notícia da morte de Estela como “O PREÇO DA DEDICAÇÃO“. O Jornal, Ano LXXIX, nº 182 noticia abaixo transcrita:
“Morte de Marighela inicia desarticulação terrorista As autoridades dos órgãos de segurança estão convictas de que a morte de Carlos Marighela representa o início real do processo de desarticulação dos grupos terroristas que agem no país. Depois da limpeza que a Operação-Bandeirantes vem realizando em São Paulo, os extremistas estão sob cerrada vigilância e começam a se desarticular, sem tempo e condições para rever seus planos e modificar o esquema de distribuição dos aparelhos. Policiais do DOPS, no entanto, afirmam que o terrorismo não chegou ao fim com a morte de Marighela, pois o ex-Deputado Joaquim Câmara Ferreira assume o comando de seu grupo e há também a atuação do ex-capitão Carlos Lamarca, embora em linha diferente. Desde a morte de Marighela a polícia paulista iniciou uma série de prisões. A investigadora Esteia Borges Morato, dada como morta ontem, continua viva mas em estado desesperador. Levou um tiro na cabeça, com perda de massa encefálica, e os médicos não têm quase esperanças. O corpo de Marighela continua no necrotério, esperando autópsia. Os meios religiosos já se movimentam para examinar a situação dos freis Ivo e Fernando, que possibilitaram a diligência policial contra Carlos Marighela. O secretário-geral da CNBB encontra-se em São Paulo.”. http://memoria.bn.br/pdf/030015/per030015_1969_00182.pdf).”.

Fontes:https://extra.globo.com/casos-de-policia/comissario-de-policia/lembrando-de-estela-23459564.html e https://heroisbrasil.fandom.com/pt-br/wiki/Investigadora_Estela_Borges_Morato.

Pesquisa realizada e reproduzida diretamente das fontes por  Ana Creusa

Governo realiza sessão pública para licitação do serviço de ferry-boat no Maranhão

Duas empresas com seus devidos representantes foram credenciadas: a Internacional Marítima e a Celte Navegação.

O Governo do Maranhão, por meio da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), realizou a sessão pública para Concessão do Serviço Público Aquaviário de Passageiros, Cargas e Veículos entre o Terminal da Ponta da Espera e o Terminal do Cujupe referente ao Processo Administrativo nº 85.837/2021 – MOB.

O credenciamento de propostas aconteceu durante a sessão realizada na manhã desta quinta-feira (26), no auditório da MOB, onde se reuniram a Comissão Setorial de Licitação e representantes para receber as propostas. O procedimento tem como finalidade selecionar a melhor proposta para a prestação do serviço.

Na ocasião, a Comissão Setorial de Licitação abriu a sessão pública e solicitou aos interessados que apresentassem suas credenciais à equipe de apoio. Após a análise desses documentos, observando os critérios estabelecidos no edital, duas empresas com seus devidos representantes foram credenciadas: a Internacional Marítima e a Celte Navegação.

Foram recebidos pela Comissão Setorial de Licitação os envelopes nº 01 e nº 02. O primeiro é referente aos lotes 01 e 02 e contém a proposta técnica e valor da outorga enquanto o segundo possui a documentação de habilitação.

Essa licitação é um marco histórico para o Governo do Maranhão que luta há anos para melhorar o serviço público do ferryboat para a população maranhense. E estamos felizes por termos concluído esse primeiro momento. Essa é a primeira parte da licitação e agora nossa equipe irá analisar e, assim, dará prosseguimento a licitação, ponderou Cícero Eugênio, presidente da Comissão de Licitação da MOB.

Após as análises, o resultado do julgamento da Proposta Técnica e do Valor de Outorga será divulgado em meio oficial e será aberto prazo para recurso. Toda a sessão pública foi transmitida ao vivo pelo Instagram da MOB.

Mais informações

Serão licitados dois lotes com direito de concessão de, no mínimo, 20 anos, prorrogável por igual período, no tipo concorrência de melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de proposta técnica. Todos os requisitos legais atinentes foram contemplados, assim como as expectativas sociais, realizados por meio de Audiência Pública no dia 18 de março de 2021, às 14h, por videoconferência em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Melhorias

O edital de licitação foi elaborado pelos setores técnicos da MOB a partir da contribuição da sociedade, através de audiência pública, dos apontamentos e notificações da Capitania dos Portos, Ministério Público, Vigilância Sanitária e Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA) a fim de melhorar a qualidade do serviço.

Fonte: https://www.ma.gov.br

ACADEMIA PERIMIRIENSE, UMA HISTÓRIA DE SUCESSO

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) “Casa de Naisa Amorim” é uma instituição sem fins lucrativos, idealizada pelo Projeto Academias na Baixada do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), arquitetada durante a gestão de Ana Creusa Martins dos Santos, tendo como principal finalidade, criar Academias Populares no território da Baixada Maranhense, voltadas à cultura e a historiografias dos municípios. A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense, Casa de Naisa Amorim, foi criada no dia 20 de maio de 2018, após serem realizadas três reuniões mensais. A homenageada como patrona da ALCAP foi a professora Naisa Amorim por seus relevantes trabalhos prestados a nossa comunidade perimiriense em vários seguimentos, inclusive na área educacional, na qual sempre se empenhou com força e determinação apesar dos inúmeros desafios daquela época de muita pobreza.

A ALCAP possui atualmente 28 membros, é composta por escritores, profissionais atuantes e aposentados da educação, ex-políticos, compositores de toadas de bumba-meu-boi, cantores, acadêmicos formados em várias áreas do nível superior e amantes da cultura, preocupados com o futuro da querida Peri-Mirim, se juntaram em prol da cidade.

  • 1ª DIRETORIA (2018-2020), VOTADA O DIA DA FUNDAÇÃO DA ALCAP É COMPOSTA POR:
  • Presidente: Eni do Rosário Pereira Amorim
  • Vice-presidente: Jessythannya Carvalho Santos
  • Primeiro-secretário: Diêgo Nunes Boaes
  • Segundo-secretário: Ana Creusa Martins dos Santos
  • Primeiro-tesoureiro: Edna Jara Abreu Santos
  • Segundo-tesoureiro: Elinalva de Jesus Campos

Membros do Conselho Fiscal

  • 1º- Ataniêta Márcia Nunes Martins
  • 2º- Francisco Viegas Paz
  • 3º- José Ribamar Martins Bordalo

Barroso ficou de fora, Bolsonaro protocola pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes do STF

O documento foi protocolado por um auxiliar do Presidente no final da tarde do dia 20 de agosto. O chefe do Executivo está em São Paulo, em visita a familiares. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, viajou para Minas Gerais, sua terra natal para passar o final de semana.

O presidente Jair Bolsonaro protocolou nesta sexta-feira (20/08) o pedido de impeachment ao Senado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O documento foi protocolado por um auxiliar do mandatário no final da tarde. O chefe do Executivo está em São Paulo, em visita a familiares. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, viajou para Minas Gerais, sua terra natal para passar o final de semana.

Alguns aliados do presidente estão presos ou sendo vítimas de buscas e apreensões.

Na publicação, Bolsonaro falou que “Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos”, escreveu. “De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais”.

Existe um pedido substancial que tramita no Senado que, de acordo com Girão, o motivo principal do pedido foi a instauração, por Moraes, do inquérito que investiga a disseminação de fake news contra o Supremo. Ainda segundo o senador, um abaixo-assinado organizado pelo advogado e comentarista de TV Caio Coppolla a favor do impeachment de Moraes obteve o apoio de quase 3 milhões de pessoas.

Fonte: Agência Senado e Correio Brasiliense.

Lembranças

Por Marcone

Ontem à noite, esticando até às primeiras horas da madrugada de hoje, fiz um passeio interessante dentre as lembranças. Vi-me em um lugar delicioso, que me marcou profundamente e nunca será esquecido, em seus mínimos detalhes. As pessoas fervilhavam e eu sentado, atento a tudo que me circundava e envolvia, muito observador e analista reafirmava a ideia sobre quanto o ser humano romântico, sentimental, sensível a qualquer forma de beleza, nunca está totalmente imune ou protegido em uma redoma, que lhe anule as chances de encontrar alguém capaz de sensibilizar seu coração, tocar-lhe ternamente a alma. Hoje, essa lembrança reafirma-me essa óbvia conclusão.
Conheço muitas histórias passionais, Em cada uma delas, os sentimentos que fluem são reativos. Algumas se asseguram na constante disposição do espírito ao exercício do bem e desprovimento do mal, exatamente o quê nós chamamos VIRTUDE. Mas nem sempre é assim e, às vezes, as pessoas tornam-se impulsivas, cedem ao ciúme, incitam-se à maldade, à vingança, quando se deixam levar pelo inconformismo de uma dor, atropelam-se com as palavras, constroem e vivem as mais diversas tramas, mescladas de amor, ódio, desejo, traição, revanches oportunistas, hipocrisia, falsidades, e interesses pessoais em detrimento do intento alheio e tantas vezes de seu próprio interesse. Agindo por fora e comumente com direta incidência sobre a manutenção ou destruição do relacionamento, ainda há a força negativa da inveja – sentimento mesquinho, sórdido, capaz das maiores atrocidades e perversões por parte daqueles que se sentem inferiores e descriminam-se, atestam-se incapazes, no entanto, altamente competentes para arquitetarem armadilhas e puxarem o tapete do SER oponente.
Conheço histórias de grandes relacionamentos que começaram em cabarés, casas de prazeres, prostíbulos, abafadas pela maioria de seus protagonistas, escondidas, ignoradas, transfiguradas ao perfil de lendas, por livres, fantasiosos e inibidores pensares, porém que, admiravelmente se equilibraram e subsistem na compreensão, na confiança e no respeito, independentemente de suas ascendências – lições, referências para evidenciarmos e compararmos pelo resto da vida, tanto de mulheres quanto de homens.
Lembro que nessa noite eu conheci mais uma história com essas particularidades tão comuns aos aventureiros do amor, dublês dos tentadores prazeres de alcova.
Enquanto me concentro para digitar, ao longe toca, e toca-me, uma música que gosto muito de cantar e já cantei para ouvidos atentos, receptivos, que me privilegiaram, cuja letra muito afina com essa questão aventureira, essa busca de suprimento das carências, uma bela página musical que tem tudo a ver, como se diz popularmente, que reforça minha reflexão sobre relacionamentos: “Garoto de aluguel”, de Zé Ramalho – a obra encaixa-se direitinho em nossa realidade de fugas, sonhos e prazeres alugados no burburinho dos sons de mil palavras simultâneas e música para embalar, ou nos sussurros da calada noite preta!

O máximo do Direito, o máximo da injustiça

Por Augusto Aras*

A intensidade dos últimos anos legou um ambiente institucional tensionado, onde os limites vêm sendo testados continuamente e parte da sociedade tem demandado ações enérgicas, muitas vezes desconhecendo os limites e raios de ação de cada um dos atores.

É o caso do procurador-geral da República (PGR), que, mesmo acumulando competências e responsabilidades, não pode tudo. A linha divisória é claramente delimitada pela Constituição e leis. Cinge-se, especialmente, como titular da ação penal pública, nos crimes comuns, contra autoridades com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal, como o presidente da República, senadores e deputados federais.

Não tem atribuição, de ofício, para processar quem ofende a honra de terceiros, salvo se a vítima for chefe de Poder (antiga Lei de Segurança Nacional). Se não for, dependerá de representação do ofendido. Também não pode processar aquelas autoridades por crimes de responsabilidade porque é da competência do Congresso Nacional. De regra, não é dado ao PGR compartilhar da retórica política (ainda que a crítica seja ácida) consistente no diálogo, em busca de consenso social, típica dos Poderes Legislativo e Executivo.

Cabe ao PGR ficar adstrito ao discurso jurídico inerente ao sistema de Justiça que submete, repita-se, submete as duas magistraturas ao império da lei, à norma, ao Estado de Direito (de segurança jurídica, de verdade e de memória).

Quando o PGR sai do discurso jurídico e passa à retórica política, igualando-se aos representantes eleitos, criminaliza-se a política. Usando a norma para submeter contrários, cassando mandatários, obstando o desenvolvimento sustentável, econômico, ambiental e social, inclusive com a paralisação de obras.

Podendo até embaraçar o enfrentamento da pandemia com discussões marcadas pelas incertezas empíricas alheias às relações jurídicas, em tese, para cumprir as sagradas funções que lhe foram confiadas pela Carta Magna.

Quando a atuação jurídica se imiscui com o dia a dia da retórica política, é possível invocar a Constituição para defender absurdos. Foi nela que o vice-presidente e senador norte-americano John Caldwell Calhoun (1782-1850) se baseou para sustentar sua posição antiabolicionista em sua época. Foi assim que constatamos, em 34 anos de carreira pública, que certos excessos e violações à Constituição Federal e à lei orgânica que estrutura e organiza o Ministério Público resultaram em graves lesões aos princípios constitucionais, mormente republicano e da administração pública, com reflexos nocivos nos direitos e garantias fundamentais, levando ao questionamento da amplitude da instituição.

Na gestão atual, buscamos o aprimoramento institucional, propiciando a todos os membros e servidores iguais oportunidades, sem odiosas preferências e facciosismos; aos cidadãos, inclusive às minorias, o respeito aos seus direitos e garantias, ao devido processo legal; às empresas, a liberdade de iniciativa e de concorrência; aos trabalhadores, a sua proteção com a geração de empregos; a todos, a liberdade de expressão.

Fortalecemos os órgãos internos de combate à corrupção, instalando os Gaecos federais (Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), investigamos e processamos centenas de pessoas com prerrogativa de foro nos tribunais superiores, recuperando ativos bilionários.

Em 22 meses promovemos as campanhas “Respeito” e “Diversidade” em busca da pacificação social, renovamos os quadros e o programa da Escola Superior, com a adoção da deontologia do MP, e antes mesmo do reconhecimento da pandemia, constituímos o Giac (Gabinete Integrado de Acompanhamento) e centralizamos as demandas buscando otimizar o seu atendimento.

Superamos, quantitativa e qualitativamente, todas as expectativas, graças aos colegas de todos os ramos do MP brasileiro, sem exibicionismos, pois nosso dever é promover Justiça com independência funcional e impessoalidade.

É preciso sobriedade e sabedoria para retomarmos, superando o luto vivido por milhões de famílias e o drama do desemprego sem abrir mão da democracia, que foi por décadas ansiada e buscada. Temos de nos apegar ao combate de problemas reais e ao cuidado para não apagar fogo com gasolina. O Brasil vive um momento onde todas as cordas estão esticadas. E cabe a nós, do Ministério Público, guiar-nos sempre contra o excesso de ativismo para evitar injustiças irreversíveis.

*Antônio Augusto Brandão de Aras é um jurista brasileiro, atual procurador-geral da República e professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.

Fonte: https://www.conjur.com.br.

Veja como votaram os deputados maranhenses

Após derrota na comissão especial, o Presidente da Câmara de Deputados levou a Proposta de Emenda à Constitucional (PEC) nº 135/2019 que “Acrescenta o § 12 ao art. 14, da Constituição Federal, dispondo que, na votação e apuração de eleições, plebiscitos e referendos, seja obrigatória a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”. A votação no Plenário da Câmara de Deputados ocorreu na noite de ontem, dia 10 de agosto.

A discussão tomou conta da sociedade, após várias suspeita de fraudes na urnas eletrônicas e da participação dos debates do Presidente da República e do Presidente da Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso.

Com o quórum de 449Sim 229;  Não 218;  Abstenção1 e Voto do Presidente1. 

Veja como votaram os deputados federais do Maranhão:

✅1) Aluisio Mendes (PSC-MA) – Sim
❌2) André Fufuca (PP-MA) – faltou
?3) Bira do Pindaré (PSB-MA) – Não
✅4) Cleber Verde (Republican-MA) – Sim
?5) Edilazio Junior (PSD-MA) – Não
?6) Gastão Vieira (PROS-MA) – Não
?7) Gil Cutrim (Republican-MA) – Não
❌Hildo Rocha (MDB-MA) – faltou
?9) JosimarMaranhãozi (PL-MA) – Não
✅10) Josivaldo JP (Podemos-MA) – Sim
?11) Junior Lourenço (PL-MA) -Não
❌12) Juscelino Filho (DEM-MA) – faltou
?13) Marreca Filho (Patriota-MA) – Não
✅14) Pastor Gil (PL-MA) -Sim
?15) Pedro Lucas Fernan (PTB-MA) -Não
?16) Rubens Pereira Jr. (PCdoB-MA) -Não
?17) Zé Carlos (PT-MA) – Não
❌18) João Marcelo S. (MDB-MA) – faltou
Confira a lista completa no site da Câmara

O Estado de Santa Catarina teve apenas 02 (dois) votos contra a PEC; em Rondônia os 08 (oito) deputados votaram a favor, enquanto que no Maranhão, apenas 04 (quatro) votaram a favor do Projeto.

O fenômeno Bolsonaro

Por Ipojuca Pontes*

A esta altura do campeonato, ao cruzar a barreira dos 78 anos de idade, não me é difícil vaticinar que se passarão décadas, talvez séculos, para que seja possível emergir na vida pública brasileira um fenômeno da dimensão de Jair Messias Bolsonaro. Tivemos no cenário político pregresso figuras do porte de José Bonifácio, D. Pedro II, Rui Barbosa, o trágico Getúlio Dornelles Vargas, dentre outros, mas, na soma geral, nenhum que tenha enfrentado com tanto destemor o renhido conflito entre a visão transcendente da vida vivida e o nocivo materialismo marxista, em essência, devorador e estatizante. Numa palavra, o velho combate entre a mentira comunista e a verdade de uma democracia inspirada em bases conservadoras, legitimada pelo voto popular.

De minha parte, devo dizer que acompanho a vida política brasileira desde o suicídio de Vargas, em agosto de 1954. Antes, tinha uma vaga noção, repassada pelos meus pais, do governo pós-guerra do Marechal Eurico Gaspar Dutra que, vencendo as eleições presidenciais, colocou o Partido Comunista na ilegalidade depois que o seu líder Carlos Prestes, então senador, indagado com quem ficaria no caso de uma guerra entre o Brasil e a URSS, declarou sem titubear:

– Com a União Soviética!

Ao fim da tumultuada Era Vargas, que culminou com o seu suicídio, vieram os governos de Café Filho, Juscelino Kubitscheck, Jânio Quadros, Jango, Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel, João Figueiredo, Zé Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. Na qualidade de jornalista ou como mero observador, conheci pessoalmente Juscelino, Jânio, Jango, Figueiredo, Sarney, Collor de Mello, Itamar e o vaselina FHC. Alguns desses governos foram vergonhosos, outros medíocres, a maioria deles, no entanto, absolutamente nocivos para a consolidação de um país viável, transparente, soberano e de livre mercado.

De um modo geral, diga-se, norteava tais governos o mais indigente anti-americanismo, que atingia as raias do grotesco, mesmo na fase dos governantes militares. Fique claro ao leitor que o trono presidencial, até o advento de Jair Bolsonaro, foi ocupado por todo tipo de gente: comunistas, ladrões, demagogos, loucos, irresponsáveis, ativistas, impostores, tolos e arrivistas.

Destaco fatos que ilustram o caráter de alguns desses figurões.

Por exemplo: JK. Certa feita, em campanha eleitoral, foi caitituar votos numa favela. Lá, encontrando uma criança de colo que escorria meleca, sacou do lenço e limpou o nariz da garota. Em seguida, rindo para a mãe e para a plateia admirada, dobrou o lenço e o recolocou cuidadosamente no bolso do paletó.

Já na estrada, JK mandou parar o carro e, ar de nojo, olhou pelos lados. Só então, jogou o lenço no matagal, não sem antes imprecar contra si mesmo. (Apud Autran Dourado, o ghost writer de JK).

Outro exemplo notável foi o de Jânio Quadros. Eleito presidente depois do governo perdulário e caloteiro de JK, traiu a UDN e o voto conservador que o elegeu ao condecorar com a Grã-Cruz o sanguinário Che Guevara, numa atitude escrota cujo objetivo era chegar, pela destemperada provocação, ao poder absoluto. Jânio tirava uma onda de doido compulsivo, mas sifu ao cabo de 7 meses – e, com ele, o País.

Outro exemplo patife: em 1962, com a queda de um avião da Varig no Peru, foi encontrada uma mala diplomática cubana e, nela, uma carta confidencial destinada ao ditador Fidel dando conta das operações e planos da guerrilha financiada por Cuba nos confins de Goiás, e que tinha por objetivo criar “mais um Vietnam” para ferrar os EUA.

De posse da carta Jango, que tinha como aliado o fanático Carlos Prestes, em vez de enviá-la ao governo americano, fez com que a correspondência chegasse em mãos de Castro – no fundo, um ato explícito de sabotagem contra o país que o manco desgovernava.

Mais outro exemplo: o sub-marxista FHC, depois de comprar votos parlamentares para prorrogar o próprio mandato presidencial, foi considerado pelos pares comunas um reles “neo-liberal” oportunista, traidor das próprias pregações.

Resposta de FHC, um vaselinoso para quem falar a verdade não passa de um preconceito pequeno-burguês:

– Esqueçam o que escrevi!

Só mais um exemplo de vileza presidencial: em abril de 2004, o pedreiro José Antonio de Souza, 30 anos, desempregado, vendeu o barraco onde morava em Cariacica, Espírito Santo, deixando a mulher grávida e um filho de 8 anos. Confiante, José partiu de ônibus para Brasília e instalou-se defronte ao Palácio do Planalto na esperança de falar com Lula, o presidente-operário que tinha prometido riqueza e felicidade aos trabalhadores. Como ninguém o notasse, José, ao cabo de 12 dias fez por escrito um apelo dramático:

– Senhor Presidente. Vendi meu barraco no Espírito Santo para falar com o senhor. Roubaram meus documentos e estão armando um monte de problemas para mim. Estou desempregado e perdendo minha família. Preciso de ajuda.

Em que pese o tamanho e a visibilidade do cartaz, ninguém deu importância ao apelo do pedreiro postado diante do Planalto. Nem Lula nem sua nomenclatura parasitaria. Desesperado, à luz dos primeiros raios da manhã, José, depois de banhar-se em gasolina, ateou fogo no próprio corpo em ato de consciente imolação. Gesto único na vida do País, o sacrifício do pedreiro não foi considerado pela mídia cabocla. Soube-se depois que um burocrata do governo socialista, temeroso de noticiário adverso, mandou transportar o corpo carbonizado de José para o Espírito Santo num voo da FAB – e ponto final.

Pois bem: é esse tipo de gente, menor e sem escrúpulos, nutrida no totalitarismo vermelho que procura sufocar no homem sua crença em Deus, bem… é esse tipo de gente, repito, que faz oposição ao gigante Bolsonaro, um sujeito de couro grosso que enfrenta a cada instante a estúpida sabotagem de esquerdistas fanáticos instalados, por exemplo, no aparelho do STF, cuja maioria dos integrantes foi nomeada pelos condenados Lula e Zé Dirceu (este último, um agente cubano que garantiu que hoje não se trata mais de “ganhar as eleições, mas de tomar o governo”.

Ao lado do sombrio STF, Bolsonaro enfrenta de igual modo, com crescente galhardia, a má fé cínica da mídia militante que, saudosa dos bilhões despejados pelos desgovernos de Luladrão e Dilma Guerrilheira, transforma a mentira num aríete rombudo para detonar o governo. Ela inventa, cozinha e divulga nas suas TVs, rádios e jornais falidos, montes de escândalos e falsas denúncias, todas fabricados pe1a mente fétida de militantes travestidos de jornalistas. Alguns desses sacos de excrementos lamentam que o sicário Adélio Bispo não tenha traspassado o coração de Bolsonaro, enquanto outros confessam por escrito o desejo insano de vê-lo morto.

Por sua vez, para tirar bodum do inodoro alabastro, políticos viciosos inventaram a CPI da Peste Chinesa, considerada um escárnio pelo grosso da opinião pública consciente. Nela, para atingir Bolsonaro, são desfechados petardos inquisitoriais pelos senadores Renan Calheiros e Omar Aziz, este último, presidente do circo, envolvido em escândalos de corrupção no Amazonas, um tipo que interroga dando coices nos depoentes e no vernáculo pátrio.

(O mais curioso nessa chanchada é que ninguém ali ousa ventilar a origem do covid 19 formatado no Laboratório Biológico Wuhan, epicentro da pandemia objeto de investigações do governo esquerdista de Joe Biden, nos Estados Unidos, e de governos da União Europeia, entre eles a França e a Inglaterra. De todo modo, o que se anuncia é o trilionário negócio da venda da discutível CoronaVac que disparou em muitos pontos o PIB chinês).

No pacote de maldades industrializado pela vilania da oposição, avolumam-se as pesquisas de intenções de votos levantadas pela fajuta DataFoice, que alimenta semanalmente a vitória de Luladrão sobre Bolsonaro (embora compareçam multidões nas manifestações em apoio ao presidente da República enquanto adversos contados nos dedos barbarizem as ruas nas passeatas de aluguel.

A coonestar ainda os ataques bafejados pelo ódio, causam risos os insistentes pronunciamentos de Lulu Barroso, presidente do STF, em favor das manipuláveis urnas eletrônicas, cujo controle digital (contra prova) se faz obrigatório para garantir o mínimo de lisura na contagem dos votos eleitorais nas próximas eleições.

Neste sentido, aliás, a sempre bem informada CIA enviou relatório à Presidência da República detalhando articulação golpista tramada pelas esquerdas na mesmas linha apontada por Zé Dirceu.

No entanto, o que os comunistas esquecem, na trama diabólica urdida às claras, é que Jair Bolsonaro interpreta, como nenhum outro líder, o espírito e a alma do povo brasileiro, razão pela qual milhões de pessoas seguem os seus passos e escutam os seus pronunciamentos. São pessoas, em resumo, que, alertas, não se deixam devorar pela bocarra do monstro vermelho que se vende ao povaréu como uma inocente odalisca de cabaré barato.

  • Ipojuca Pontes é um cineasta, escritor, jornalista, autor e produtor teatral e ex-crítico de cinema. Filho do militar João Pontes Barbosa e da enfermeira Laís Holanda Pontes, mãe de dez filhos, nasceu em João Pessoa, Paraíba, e ao longo de sua carreira conquistou mais de trinta prêmios nacionais e internacionais. Artigo publicado em Diário do Poder, em 13/07/2021.

O SISTEMA É FODA COMPANHEIRO

O sistema está se lixando para o jogo limpo. A cada dia está ficando mais escancarada a trama. Partiu para o vale-tudo.

O problema está muito longe de ser esquerda ou direita. Não tem nada a ver com isso. Mas muita gente ainda acha que é por aí a polarização.

O sistema não tem lado, não tem ideologia. Ele se aproveita daqueles que o mantém vivo e que o ajudam a se fortalecer e a se perpetuar.

O sistema quer e precisa fazer dinheiro, seja quem for que estiver no poder. Por isso, ele quer sempre um caráter fraco por lá. Um bom vaselina que saiba agradar a todo$ e toda$.

O sistema já manda e desmanda há muito tempo. E se solidificou muito nos últimos 40 anos. No entanto, parece que vem enfrentando alguma resistência.

Por isso, está estrebuchando. Ele precisa urgentemente eliminar essa resistência para voltar a tocar seus fartos negócios, com tranquilidade.

Há intrusos no manejo das movimentações financeiras do governo central. Só estados e prefeituras não são suficientes para sua rede de colaboradores.

Esse obstáculo precisa ser removido com urgência! A título de exemplo, como pode o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, os Correios e outras estatais darem mais lucro em dois anos do que nos últimos 15?

O sistema não pode continuar dominante e seguir se fortalecendo sem suas fontes de recursos que sempre foram “democraticamente” distribuídas!

Existe uma guerra em curso e muita gente não consegue perceber na real de quem contra quem. Chega a ser engraçado.

Coisas bizarras já começaram a acontecer e os valores das pessoas há tempos já estão a se confundir.

Levamos anos e anos questionando nossas autoridades que eram meros operadores do sistema.

Nossa música brasileira, seja no samba ou no rock, desde o início dos anos 80, cobrava com força, humor e irreverência a inépcia da classe política.

Em pleno ano 21 do século 21, ouvindo essas mesmas músicas vemos ainda os mesmos problemas. Seria cômico, se não fosse trágico.

Há 7 anos, a esperança tocou a maioria dos brasileiros. Mesmo que ao acaso, uma operação começou a enfrentar o sistema. E ele foi atingido com força, como nunca antes.

Mas, infelizmente, um movimento errado do juiz, que entrou para a política pensando em fazer mais, acabou por fazer menos por todos e tudo pelo poderoso sistema. Este único movimento gerou o enfraquecimento do magistrado, do seu patrocinador político, do Ministério Público, da PF e, o que é pior, de toda a sociedade.

Agora, a luta que era muito difícil mas caminhava para o ippon em 2019/2020, caminha para ser perdida por tripla punição, com aquela ajudinha marota do VAR.

O sistema já estabeleceu seu plano, que está claro como água:

a) um corrupto condenado e cheio de processos para assumir o poder, pois será sempre uma presa fácil; ou seja, se não fizer o que ele (o sistema) quer, volta para atrás das grades;

b) pesquisas de opinião mostrando um cenário virtuoso anti-status quo ajuda a manejar os eleitores indecisos e os desinformados pela grande imprensa, que assumiu de vez seu papel manipulador à luz do dia, sem qualquer refinamento e sofisticação editorial, pois está sufocada pela falta de verbas públicas e se tornou boneco de ventríloquo de ninguém mais ninguém menos do que ele, o sistema;

c) para não dar margem a erro nesta estratégia, é importante cercar de todos os lados; o sistema precisa mais do que nunca que o processo eleitoral seja passível de “ajustes finos” para que a estratégia seja bem sucedida. Afinal não se pode dar uma bobeira como em 2018, né?

Sobre este último ponto da estratégia do sistema, já é esperado que aquela turma centrada e super bem informada, que acompanha o Jornal Nacional todos os dias e assiste o Fantástico todo domingo vai dizer que isso só pode ser maluquice e coisa de Bolsominion.

No entanto, hoje, 1/8/2021, após numerosas manifestações populares, NENHUMA cobertura da imprensa tradicional, tentando fazer crer que não há apoio popular para o voto eletrônico auditável; uma modernização que já deveria ter sido feita há muito tempo, como nas principais sociedades.

No entanto, o movimento contra a transparência é poderosíssimo e assim como a tal da medicação e o tratamento inicial da doença do momento, bastou o homem defender para o poder de análise básica de algumas pessoas dar curto circuito.

Sobre este voto eletrônico auditável, vale ressaltar que ele não precisa de uma PEC na Câmara dos Deputados. Esta já existe, mas muita gente não sabe, como informou o Presidente da Casa, Arthur Lira:

“Já existe uma PEC aprovada no Senado desde 2015 com relação a voto impresso e o Senado nunca se debruçou a analisar. Portanto, eu venho dizendo que o foco está errado. Se alguém quer trazer esse assunto para discussão teria que ser tratado no Senado“, disse Lira. “Votar uma 2ª PEC na Câmara para que depois ela vá ao Senado ter o mesmo destino é perda de tempo, no meu ponto de vista, do processo legislativo.”…(Fonte Poder 360)

Mas analisar o por quê e para quê para muita gente não interessa, porque #elenão tem moral para defender nada. Para alguns isso tudo é teoria da conspiração. Eu entendo. Dá trabalho pensar, estudar, se aprofundar. É mais simples imaginar que tudo isso a nossa volta é fruto apenas de boas intenções de um lado lúdico, científico, socialmente responsável e politicamente correto versus um lado odiento, capitalista, socialmente insensível e voluntariamente genocida.

Um lado pode professar o “ódio do bem”, com os aplausos da parcela da sociedade intelectual e moralmente superior. O outro lado quando fala é tudo anticientífico ou teoria da conspiração.

Enquanto isso, as evidências de que há um jogo sujo e desigual se amontoam a cada dia:

a) Jornalistas de grandes veículos desejam a morte da autoridade democraticamente eleita, mas isso pode, é democrático e representa a mais pura liberdade de expressão;

b) Ministro togado manda prender o jornalista Oswaldo Eustáquio, que ficou paraplégico na prisão, e nenhum órgão de classe e nenhum veículo da imprensa defende o “colega de profissão”;

c) Ministro togado manda prender o deputado que possui imunidade parlamentar, por vídeo gravado que se torna flagrante para justificar a prisão; o crime deveria ser inafiançável, mas é estabelecido valor de fiança; tudo bem que o deputado se excedeu e merecia punição no Conselho de Ética da Câmara, mas jamais a pena arbitrada por um dos “donos” da Constituição que a interpreta a seu bel prazer, quando e como lhe convém;

d) O inquérito do fim do mundo continua em aberto, mas os investigados continuam sem saber exatamente o motivo da investigação;

e) Mais recentemente, a CPI da blindagem dos governadores e prefeitos corruptos está avançando o sinal de forma inimaginável vindo pra cima da Jovem Pan e do Brasil Paralelo como veículos de “desinformação”, por serem os únicos onde ainda se vê colunistas com viés de direita; ou seja, os verdadeiros democráticos, que estão apenas de um lado, decidiram que a democracia brasileira está acima de tudo desde que seja música de uma nota só;

f) Caio Coppola banido dos programas da CNN, com contrato em vigor, mas na geladeira por ter contribuído para o maior abaixo-assinado da história para impeachment do Ministro da Corte;

g) Vale destacar o papel da mulher. O outro lado partiu para ofensa descarada a algumas profissionais mulheres (são de direita; pode ofender, massacrar e perseguir – não fala pra ninguém; só as de esquerda têm proteção total);

h) O caso Adélio então continua sem solução; impossível ter acesso às escutas dos celulares dos 4 advogados que chegaram no mesmo dia em que o sujeito foi preso;
i) Uma vez consolidada a alteração para o voto impresso auditável devido a pressão popular, o sistema já se movimenta para tornar os atuais e eventuais “candidatos “ a presidência como INELEGÍVEIS à custa de uma argumentação jurídica discutível, mesmo que para tal, seja necessário o sacrifício do maior representante da esquerda (o bandido alforriado) que também viria a se tornar inelegível.

Os exemplos são inúmeros do quadro bizarro do jogo de forças que estamos vivendo. Mas muita gente ainda acha que estamos vivendo coisas normais de uma democracia e que o único problema é o presidente genocida de maus modos.

Em minha humilde opinião, a guerra já estava perdida há tempos. O sistema se apoiou em uma lógica cruel de aparelhamento de instituições basilares da sociedade (polícia, academia, imprensa, órgãos de classe etc.), enquanto a maioria da população apenas trabalhava para sobreviver.

Estamos vivendo um espasmo de resistência que pode estar perto do fim, porque o lado negro da força é poderoso demais e age de forma sub-reptícia, o tempo todo e em tudo.

Mas ainda há uma única chance: aqueles que já perceberam o que está em jogo precisam escolher. Ou vão ficar com nojinho do cara porque ele não é o Lord que queriam, não tem bons modos e passa do ponto com frequência, para dizer o mínimo, ou vão entender de uma vez que se o sistema voltar com tudo, não tem mais volta. Perdeu playboy!

Ah, entendi. Você acha que ele é o sistema também. Tudo bem, siga com suas convicções. Good luck!

Mas pra você que pegou a visão, presta atenção nos detalhes. O jogo é bruto! As peças estão se movimentando no tabuleiro todos os dias nas suas barbas. Cuidado com o que você assiste ou lê. Procure as fontes primárias, preferencialmente não editadas. Muita gente não entende o que se passa. Se atualizam com manchetes e notícias enviezadas, e agem como miquinhos amestrados. E o que é pior: alguns se acham mais espertos e vivem chamando os outros de gado, enquanto, involuntariamente, fazem bonitinho o trabalho sujo que vai lhes extorquir o futuro e a liberdade, sua e de seus descendentes.

Não acredita, parece viajem, tudo bem, segue o fluxo!

Estamos juntos assim mesmo, sempre! Somos vítimas comuns desse Estado putrefato. Nenhum político merece que a gente perca amigos e a boa relação com familiares. Nem hoje, nem nunca!

Hoje eles nos usam sem piedade, até que a gente aprenda a usá-los a nosso favor, um dia, quem sabe.

Momentos turbulentos exigem nossa atenção especial.

Como diria Shakespeare: “Em tempo de paz convém ao homem serenidade e humildade;
mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre!”

Fica a reflexão!

NO MUNDO DAS BONECAS

Por Zé Carlos

Dá-me uma angústia ao perceber o desapego, para não dizer o “desprezo”, que têm os pequeninos, buliçosos e destemidos, às brincadeiras mais simples. Brincadeiras, que nos guiaram vida a fora. Lamentavelmente, eles não mais se dão ao luxo de cultivá-las. O fascínio, que os aprisiona, são a televisão, o celular, o PC, o tablet, o iPhone e outros eletrônicos, que não conheço nem mesmo sei substantivá-los!
Cismo que os pequeninos já trazem no DNA “as digitais dos eletrônicos”. Sons, cores, movimentos, “tão vivos”, aprisionam-nos, certamente. O que não é um ato exclusivo deles, “não”. Inúmeros adultos, também, foram “pescados” pela “praga” da nossa era. Que, de verdade, tem muitas e muitas vantagens, porém há quem extrapole e se “hospede” em um mundo individual e infalível. O resto que se exploda. “Cada qual com seu cada qual”.
Não nos desvirtuemos. O que importa são os brinquedos. Como tivemos! “De graça”. Construídos ao sabor de nossa imaginação. Latas de óleo e de sardinha, “chinelas” gastas, caixas e caixotes, “taubas” velhas, rolamentos, canos, câmaras de bicicleta e de carro, melão de São Caetano, folhas de “pindoba”, vidros de remédios e de perfumes eram as “matérias primas” mais desejadas e caçadas. Valiam ouro, prata e bronze. Só para ficarmos no espírito olímpico.
Não esqueçamos dos cavalinhos de talos e folhas de bananeira, damas, dominós, petecas. A bola é um outro papo. E, em tempo de brincadeiras sadias e sem “patrulhamento político-ideológico”, tínhamos as arapucas, as “baladeiras” e as espingardas de talos de sororoca. “Morremos e matamos”, incontáveis vezes.
Ainda cabia “espectar”, de longe. Como era bom observar. Só observar o quintal tão movimentado. Invariavelmente, não podíamos estar “enfurnados” naquela atmosfera. O que nossos amigos iriam dizer. Não podiam saber. As gozações eram certas. Até alguns pais (…) não queriam meninos metidos com meninas. “Pronto e acabado”. Quanta barbaridade!
Observar era o que restava.
Observar surgirem as casinhas, magicamente, no quintal. A plena sublimação da fortíssima presença e influência materna na idealização de um cozinhar perfeito, na execução das demais tarefas domésticas e no cumprir, o sublime desempenho, o papel de mãe. Tudo com o mais amplo desvelo.
Quanta organização! Cada atriz a se entregar plena e verdadeira ao seu palco, à sua personagem, à sua história.
Nesse cenário, havia uma participação especialíssima. As bonecas. Que maravilhosas! Companheiras fiéis. Os mais diversos tipos e formas. Pacientes. Ouvintes perfeitas. Obedientes. Sem tpm, “arrelias”, queixumes (…) Nem quando eram “esquartejadas” pela ira da amiga ou irmã contrariada. Permaneciam no mais profundo silêncio, esperando o seu resgate, o seu renascer ou o seu fim. O lixo.
Que falta fazem as bonecas!