Biografia de José Ribamar Pires Collins

José Ribamar Pires Collins é um brasileiro, pensador e produtor rural de índole e por opção. Foi um dos primeiros a defender o conceito de Desenvolvimento Sustentável na agricultura e pecuária.

Destaca-se pelo caráter nacionalista e social. Pires Collins como gosta de ser chamado ao falar de suas origens afirma que o homem não é filho de onde ele nasce propriamente, mas de onde ele é reconhecido e se realiza. Partindo dessa linha de raciocínio embora tendo nascido na Fazenda Santo Antônio, situada no distrito de Mucambo, atualmente pertencente ao município de Santa Rita, sente-se como filho de Paço do Lumiar. É filho de Graciliano da Silva Collins que era vaqueiro proprietário rural e de Zayde Ferreira Gomes Pires, professora e costureira.

Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros e revistas de sua mãe como por exemplo Vida Doméstica e Seleções. Desde menino já mostrava seu temperamento curioso e atento aos trabalhos de seu pai. Fez o curso primário em Codó 1946. Com 11 anos foi estudar em São Luís, no Colégio Marista onde se identificou muito com autores jovens da época como Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Celso Furtado. Se destacava na prática de esportes, em especial no Basquete com participação nos Grêmios Estudantis da época, sendo fundador da UESSMA (União dos Estudantes Secundaristas do Maranhão).

Posteriormente, em virtude do trabalho se transferiu para o Liceu noturno onde concluiu o secundário. Trabalhou como representante de laboratórios farmacêuticos, dentre eles Eduardo Bezerra (Ceará) e Moura Brasil – Orlando Rangel (Rio de Janeiro).

Marcou a sociedade ludovicense quando em setembro de 1955 comprou a Farmácia Conceição localizada no bairro do Anil onde prestava serviço para as regiões que hoje formam os municípios de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar. Realizando desde trabalhos como aplicação de soro e injeções até primeiros socorros 24 horas por dia. Aos 26 anos já conferia mais de 250 afilhados.

Sob influência das lideranças estudantis, com 18 anos ingressou na política filiando-se ao (PSP) Partido Social Progressista que posteriormente foi substituído por (ARENA) Aliança Renovadora Nacional onde candidatou-se a Deputado Estadual em companhia de Henrique De La Rocque e Clodomir Teixeira Millet. Destacava em seus discursos a ignorância do caboclo, criticando as queimadas e a miséria que tornava incapaz o desenvolvimento da agricultura e pecuária na região. Sendo eleito como Deputado Estadual em 1966 numa votação recorde como segundo mais votado.

Teve sua trajetória política marcada pela criação da Lei de Terras que, através da Comarco abriu a venda das terras devolutas dando assim origem ao capital do Banco de Desenvolvimento do Estado do Maranhão (BDM). Autor também de Lei de Organização Judiciária que aumentou de 10 para 15 desembargadores no Estado do Maranhão e, consequentemente, gerou o aumento do número de Varas nas Comarcas do interior. Causou enorme espanto entre os parlamentares de sua época quando no final da década de 1970, diante da possibilidade de aposentadoria pela Assembleia, abriu mão do benefício.

Em 1966 fundou sua segunda empresa que se deu por meio da apresentação de um projeto para a Sudene se propondo a implantar uma fazenda onde se desenvolveria a Bubalinocultura (criação de búfalos) e a Rizicultura (plantação de arroz irrigado). Empresa esta que está em pleno funcionamento até os dias atuais.

Pires Collins atualmente é solteiro mais esteve casado em 2 oportunidades, primeiramente em 1955 aos 18 anos com Maria Benedita de Castro e Costa com quem teve 3 filhos: George Davi, Rachel Eliza e Heloisa Augusta. Posteriormente, já com 55 anos se casou com Nazaré Bezerra Carvalho, com quem teve Judá Collins.

PERI-MIRIM: Ana Cléres Santos Ferreira

Ana Cléres Santos Ferreira nasceu no Povoado Cametá, Peri-Mirim/MA, em 30 de setembro de 1964. Filha de José Santos e Maria Amélia Martins Santos. Casada com Antônio Campos Sodré Ferreira, com quem tem dois filhos: José Sodré Ferreira Neto e Paulo Victor Santos Ferreira. Educou, desde pequena Ana Carolina Silva Martins, filha do seu irmão caçula que veio a óbito em 05 de setembro de 2011. Tem uma neta, filha do seu filho mais velho e de sua nora Cibelle Rocha: Manuela Rocha Santos Sodré, que mora em Fortaleza/CE.

Ana Cléres é a nona filha de uma prole de onze irmãos: 1) Francisco Xavier Martins dos Santos; 2) Ademir João Martins dos Santos (in memoriam); 3) Cleonice de Jesus Martins Santos; 4) Edmilson José Martins dos Santos; 5) Ricardina Militina Martins dos Santos; 6) Ademir Martins Santos; 7) Maria do Nascimento Martins dos Santos; 8) Ana Creusa Martins dos Santos; 9) Ana Cléres Santos Ferreira; 10) José Maria Martins Santos e 11) Carlos Magno Martins Santos (in memoriam).

Estudou as primeiras letras na Escola Sá Mendes, no Povoado Ilha Grande. Com seis anos de idade foi estudar a 1ª série no Grupo Escolar Carneiro de Freitas, tendo que caminhar 10 km para ir e vir à Escola. Por ser muito pequena, suas pernas doíam e ela tinha que ser carregada pelos irmãos mais velhos: Edmilson e Ademir. Também tinha muita dificuldade para acordar às quatro horas da manhã para tomar banho e depois tomar o café e caminhar os 5km entre o Cametá e a sede do município. Seu pai, sempre carinhoso, a estimulava a tomar banho, enquanto exibia a batata ou macaxeira fumegante para acompanhar o café da manhã. Na saída, os pais sempre estavam à porta para abençoar os filhos, desejando boa sorte e falando para prestarem bastante atenção às aulas. Por volta das 13h chegavam em casa de volta.

Aos domingos toda a família ia aos cultos, na Ilha Grande, ou na casa de Santinho no Cametá. O culto era celebrado, ou por seu pai José Santos, ou por Pedro Martins. Uma vez por mês, o Padre Gerard Gagnon celebrava a Santa Missa. Ana Cléres logo se destacou para compor o Coral, viajava para sede de Peri-Mirim para treinar os cânticos com Ana Lúcia e equipe.

Nos cultos Ana Cléres era destaque com sua bela voz entoando os cânticos de Entrada, Ofertório, Comunhão e Cântico Final. Aquele momento para as crianças servia mais como diversão que, verdadeiramente, ato de Fé. Para José Santos e sua família, o domingo era sagrado, naquele dia não se fazia o trabalho duro da roça. Somente à tarde José se liberava um pouco para exercer a barbearia, pois, cortava o cabelo dos amigos que o visitavam, sempre acompanhado de longas conversas e gargalhadas. A criançada ficava sentada no chão para ouvir as conversas e sair em disparada carreira caso José pedisse água – aquele momento era disputadíssimo para beberem o restinho de água que ficava no copo.

Sua mãe se ocupava de fazer pequenas consertos de roupas, dobrar roupas e conversar sobre histórias de príncipes e princesas. Todos dormiam cedo. A mãe falava “hora de se agasalhar”. A reza do terço e da oração ao Anjo da Guara eram sagrados, não dormiam sem rezar, para não terem pesadelos e serem protegidos: “Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarda, me governa, me ilumina. Amém”, todos entoam ao mesmo tempo.

A religiosidade era marcante na década de 60 e 70. Na Comunidade do Cametá e Ilha Grande, no final do ano, armava-se o Presépio para homenagear o nascimento do Menino Jesus. Geralmente o presépio era levantado nas casas de Maria de Nhonhô ou de Lourdes de Pedro Martins. Era pura diversão para crianças e jovens. Antes da reza, faziam muitas brincadeiras. Depois da reza, sempre se servia um lanche, fornecido por um novenário. No dia 6 de janeiro (no dia de Reis) era desmontado o Presépio e queimadas as palhinhas, levantando um cheiro maravilhoso da murta usada no presépio. Era um momento muito triste, em que se cantava: “adeus meu menino, adeus meu amor; até para o ano se eu viva for”.

Ana Cléres gostava de histórias de lobisomem, mula sem cabeça e outras “visagens”. Ela se disfarçava de criaturas “do outro mundo” usando um lençol branco sobre um socó na cabeça e uma lamparina.

Quanto à sua vida escolar, Ana Cléres cursou parte do primário no Colégio Carneiro de Freitas em Peri-Mirim (1ª à 3ª série). A 4ª série cursou em São Luís, no Colégio Ivan Saldanha, na época residia com sua irmã Cleonice na Rua da Estrela, no Centro da cidade. Retornou a Peri-Mirim para cursar a 6ª e 7ª séries do Ginásio na Escola Municipal Cecília Botão e a 8ª cursou no CEMA em São Luís, onde as aulas eram televisionadas, tendo apenas um orientador fisicamente.

Após concorrida seleção, foi aprovada e estudou o primeiro ano do Ensino Médio no Liceu Maranhense. O 2º e 3º ano do Ensino Médio, foi selecionada para estudar na Escola Técnica Federal, no curso técnico de Agrimensura. Lembra com carinho dessa época em que fez muitas amizades, as quais mantém até os dias de hoje.

Em 1986 teve seu primeiro filho José Sodré Ferreira Neto. Em 1988 foi aprovada em 1º lugar no Concurso do Banco do Brasil. Foi lotada no município de São Luís Gonzaga. Teve de deixar seu filho com apenas dois anos de idade aos cuidados dos seus avós maternos e de sua irmã Cleonice. Apesar da confiança, foi um tempo muito sofrido, pois, somente via seu filho nos finais de semana. Seu filho, aos dois anos foi estudar no Colégio Menguinho e logo depois, no Colégio Marista, onde terminou o ensino médio. Quando Sodrezinho tinha sete anos, o levou a São Luís Gonzaga para estudar a primeira série. Ele que era um menino muito esperto, não quis ficar, pois, percebeu que o ensino estava muito aquém daquele que costumou ter no Colégio Marista.

Paulo Victor que nasceu 1991 ficou com Ana Cléres e por lá estudou as primeiras letras, depois, foi para São Luís estudar no Colégio Dom Bosco. Seus dois filhos biológicos são formados em Direito e nessa área construíram suas carreiras.

Quanto à sua vida laboral, Ana Cléres era conhecida como trabalhadora, muito esperta, sabia montar a cavalo, empurrar canoa, correr pelos campos atrás de gado, sabia laçar, enfim, era uma menina destemida.

Sua vida profissional no Banco do Brasil foi marcada por muitos desafios e alegrias – amava o seu trabalho. Após aprovação no concurso, tomou posse no município maranhense de São Luís Gonzaga em 14 de março de 1988, ficando na Agência até abril de 2004, transferindo-se para Pinheiro no dia 12 de abril de 2004.

Sua trajetória de funções no Banco do Brasil foram: inicialmente, Escriturária, depois, cargo de Caixa Efetivo. Em 1994 houve reestruturação da Agência, o quadro foi reduzido onde atuavam em todos os setores de Caixa, Supervisor e até Gerente Geral. Depois de anos foi efetivada como Gerente de Serviço.

Em abril 2004, foi transferida para Pinheiro como Caixa Executivo, sendo cedida para Agência de Alcântara para implantação daquela agência. Retornou à Agência Pinheiro, tempo depois assumiu a Gerência de Expediente. No dia 18 de dezembro de 2016 aposentou-se, encerrando um ciclo de muito aprendizado e, ao final, encerrou a carreira com a sensação do “dever cumprido”.

Atualmente, Ana Cléres dedica-se às obras sociais, especialmente em sua comunidade, às atividades de agricultura e pecuária no Sítio Boa Vista em Peri-Mirim. Ela é feliz com o que faz, e sente-se grata pelo ambiente acolhedor em que vive. Ela plantou um bosque ao qual denominou Santuário das Anas, em homenagem às várias Anas da família. Cultiva um grande jardim com muitas espécies de flores. Ela é gestora do Projeto Plantio Solidário da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) e presidente da Associação Ação de Graças na Jurema.

Peri-Mirim, 106 anos de história, luta e amor!

Por Charles Antoine*

Neste centésimo sexto aniversário da nossa amada Peri-Mirim, celebramos mais do que uma data: celebramos um povo forte, uma terra de tradições e uma história construída com suor, fé e esperança.

É com muito orgulho que, pelo terceiro ano consecutivo, fazemos um abadá em homenagem à nossa terra. Uma forma simples, mas cheia de simbolismo, de declarar o nosso amor por esse chão que tanto nos orgulha.

Já contribuímos de formas e em cargos diversos, e seguimos firmes, lado a lado com os amigos, os povoados, as famílias — sempre presentes, sempre comprometidos com o bem da nossa terra. Meu compromisso com Peri-Mirim é permanente: apoiar, somar, contribuir — sempre com responsabilidade, carinho e respeito à nossa tradição.

Parabéns, Peri-Mirim! Que tua história continue sendo escrita com dignidade, trabalho e a força dos que verdadeiramente te respeitam.

*Charles Antoine Nunes Almeida, advogado e ex-vereador de Peri-Mirim.

PERI-MIRIM: Academia Promoverá Eleição de Novos Patronos

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) realizará, no dia 21 de abril de 2025, a eleição dos patronos para preenchimento de 11 (onze) cadeiras vagas na instituição. O processo ocorrerá em sessão secreta, garantindo transparência e legitimidade à escolha dos homenageados.

Os patronos serão escolhidos entre pessoas já falecidas, com base em critérios que consideram a relevância histórica, cultural e social de cada personalidade para Peri-Mirim. Para ser indicado, o patrono deve ter tido contribuição significativa para a literatura, ciência, arte, educação, cultura ou desenvolvimento econômico da cidade. A iniciativa visa preservar a memória desses personagens e fortalecer a identidade cultural local.

A lista de nomes aptos à eleição conta com 19 personalidades, entre escritores, políticos, educadores, religiosos, artistas e figuras que marcaram a trajetória da cidade. As biografias dos indicados estão no site da Academia, basta clicar no nome para acessar as respectivas biografias. Os indicados são:

01 Afonso Pereira Lopes
02 Adelar José Álvares Mendes (Dedeco)
03 Carlos Antônio Almeida
04 Carmem Martins (Mamãe Carmem)
05 Fernando Ribamar Lobato Viana
06 Floriano Pereira Mendes
07 Jaime Lima Campos
08 João Batista Pinheiro Martins
09 José de Jesus Pereira Campos (J. Campos)
10 José do Carmo França
11 Luiz Gonzaga Campos (Luiz Bode)
12 Maria de Jesus Castro Martins (Dona Morena)
13 Maria Madalena Nunes Corrêa
14 Nelsolino Silva
15 Manoel Lopes (Nhozinho Lopes)
16 Pe. João Helder
17 Raul Pinheiro Mendes
18 Raimundo Martins Nunes (Sipreto)
19 Zaira Miranda Ferreira

A presidente da ALCAP, Jessythannya Carvalho Santos, reforça a importância do momento, afirmando que:

A eleição dos patronos é uma forma de celebrar aqueles que ajudaram a construir a nossa identidade cultural. Com essa iniciativa, a ALCAP reafirma seu compromisso em valorizar a história e as raízes do povo perimiriense.

A Academia convida toda a comunidade a acompanhar esse importante marco na preservação da memória local.

ANIVERSÁRIO DE PERI-MIRIM

Por Francisco Viegas Paz

Hoje, Peri-Mirim está completando 106 anos de emancipação política. É mais uma data que tem a marca registrada da Lei nº 850 de 31 de março de 1919, assinada pelo então presidente do Estado do Maranhão, Raul da Cunha Machado.

A inauguração do Município de Macapá se deu em 07 de agosto de 1919, com muita festa. Afinal a sua independência era motivo de alegria, propagada pelos estampidos do foguetório e os mais calorosos discursos dos senhores: Urbano Santos, Coronel Brício de Araújo, Raul da Cunha Machado, Coronel Carneiro de Freitas, Carlos Reis, etc.

Macapá teve o nome substituído para Peri-Mirim, por meio do Decreto-Lei 820 de 30 de dezembro de 1943, assinado pelo Governador Paulo Martins de Souza Ramos. E o motivo da substituição do nome de Macapá para Peri-Mirim, está contido nas páginas 25 a 30 do livro Peri-Mirim, Cem Anos de Emancipação deste autor.

A população ficaria muito grata à Administração, se, em cada aniversário fosse inaugurada uma obra para o enaltecimento do Município.

Peri-Mirim, 31 de março de 2025.

Peri-Mirim: OSVALDO ALVES

Por Ana Creusa e Ana Cléres

Osvaldo Alves, conhecido como Brigador, nasceu na sede de Peri-Mirim, em 19 de agosto de 1932. Filho de Mundico Castro e Juliana Maria Lopes Alves. Trabalhava com agricultura e pesca, mas, sua atividade principal era trabalhar com o gado de propriedade de Vadico, irmão de Cotinha de Osmar. Estudou até o 1º ano primário na Casa de Santinha Miranda, a educação era “na palmatória”. Teve que parar de estudar para poder trabalhar e ajudar sua mãe.

Perguntado sobre a sua alcunha de Brigador, Osvaldo falou que morava com sua mãe no local onde depois residiu Sipreto, saía escondido de casa e ia lutar com os amigos no Bairro Campo de Pouso, onde era conhecido como bom de briga.

Casou-se com Nelci, com quem teve 09 (nove) filhos: José Luís Lopes Alves (in memoriam); João Pedro; Osvaldo Alves Filho; Nilton; Francite; Marinete; Lucinete; Carlos Alberto e Josuel.

A casa de Osvaldo e Nelci, localizada na entrada da cidade, era utilizada para abrigar alunos da zona rural, especialmente dos povoados: Poções, Ponta D´Poço, Cametá e Ilha Grande. Os filhos de Zé Santos, Santinho, Dico Nunes e outros, sempre tomavam banho e trocavam roupas para irem à Escola. A criançada eram bem tratada pelo casal.

Perguntado sobre as suas lembranças sobre os prefeitos de Peri-Mirim, Osvaldo respondeu que lembra de Tarquínio de Souza, que morava na Tijuca, tinha engenho, onde um macaco de ferro era utilizado como ferramenta. Muita gente trabalhava nos engenhos do Rio da Prata, Teresópolis e do Engenho Queimado que, segundo Osvaldo, ainda existe.

Também mantém fortes lembranças de Agripino Marques, Ademar Peixoto e Zé Bacaba. Ele destaca que Agripino construiu o Cemitério, a Delegacia, o Colégio Carneiro de Freitas e a Barragem do Defunto (hoje Maria Rita) em regime de mutirão, onde ele participou dos trabalhos como voluntário, assim com Zé Santos e outros. No mutirão ganhavam apenas comida e cachaça. A comida era servida em folha de bananeira. Contou que Agripino indicou a hora exata de fazer a tapagem da barragem. O barro ficou todo acumulado ao lado do canal e foi colocado todo de uma vez, segurando a maresia. Sobre Zé Bacaba, Osvaldo destaca que no seu governo foi instalado o motor de luz elétrica que funcionava somente até as dez horas da noite.

Quanto às tradições, recorda Osvaldo, com saudade, que era brincador de Bumba Boi, que nas apresentações sempre era chamado a participar de lutas como diversão para os presentes, mas para ele era sério, pois, não admitia perder e assim mantinha a sua fama de brigador. Também gostava de brincar Carnaval e do festejo de São Sebastião, cujas roupas eram compradas em São Bento, sempre feitas no capricho pelo alfaiate Antônio Porca e os sapatos, por Antônio de Coió e Chico Putuca. No Festejo de São Sebastião sempre caprichava no paletó.

Conta que era compadre de Jacinto Pinto, padrinho do seu filho Carlos Alberto. Seu compadre foi morto no Povoado Xavi na véspera de ano novo. O corpo passou em sua porta, foi motivo de muita tristeza e comoção.

Osvaldo, com sua memória prodigiosa, falou sobre o carpinteiro Antoninho Lobato, dos marceneiros Jair Amorim e Albino, seus colegas de festas. Afirmou que conheceu Naísa Amorim, que era professora, morava no mesmo local onde posteriormente viveu Paulo Dentista, em frente à casa de Dedeco Mendes. Disse, ainda que conheceu os filhos de João de Deus do Feijoal, especialmente: Manoel Martins, Procório, Benvindo e Isabel Nunes. Conheceu também o Coronel Carneiro de Freitas, que quando vinha a Peri-Mirim, sempre se hospedava na casa de José Gomes, que era irmão de Miguel Gomes que, por sua vez, era marido de Mundica Gomes, mãe de Chiquinho e Borges Gomes.

Recorda com carinho da sua mãe que educava os filhos com rigor, mas não costumava bater. Ele é o 2º filho. Sua mãe os colocava nos trabalhos da roça, tinha muita fartura, fazia farinha na casa de Zé Barreira.

A convite da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), no dia  25/01/2024, Osvaldo Alves participou da Expedição com acadêmicos, professores, alunos e idosos, participou da visita às obras da Barragem Maria Rita. Osvaldo, visivelmente emocionado, comentava cada momento marcante que o fez voltar ao tempo em que participou da construção da barragem, que àquela época levava o nome de Barragem de Defunto.

Nonato Reis lançará livro no Fórum Desembargador Sarney Costa

O jornalista e escritor vianense Nonato Reis lançará o livro Vida de Oficial – Era só uma intimação nesta terça-feira (25), às 10h, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau – Auditório Madalena Serejo. Segundo Nonato, no dia 25 de março – Dia do Oficial de Justiça, é mais uma forma de homenagear essa importante profissão.

lançamento,  A obra será lançada nesta terça-feira (25), às 10h, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau – Auditório Madalena Serejo.

 Vida de Oficial é um relato das histórias envolvendo cumprimento de mandados judiciais e o que se busca com isso é, através dessas narrativas de situações que envolvem esse cumprimento, mostrar como essa função, de oficial de justiça, é indispensável para a efetivação das ordens judiciais”, explicou Nonato Reis ao programa ‘Café com Notícias’ na segunda-feira (24), na TV Assembleia. O livro conta com textos assinados por oficias de justiça de todo o país e que trazem relatos diversos sobre a profissão.

PERI-MIRIM: Clube de Leitura da ALCAP promove atividades

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) convida todos os amantes da literatura para o Clube de Leitura “Professor João Garcia Furtado”, um espaço dedicado à leitura, ao debate e à valorização do patrimônio cultural brasileiro. Com encontros bimestrais, o clube abordará o tema “Cultura Popular: Heranças e Tradições do Brasil e do Maranhão“, promovendo uma imersão nas lendas, mitos, religiosidades e manifestações culturais do nosso país.
📖 Como funciona?
O clube é aberto a estudantes, professores, membros da ALCAP e toda a comunidade, incluindo crianças, jovens e adultos. Os encontros acontecerão de forma presencial e virtual, promovendo discussões guiadas sobre as obras selecionadas e incentivando a produção literária e artística dos participantes, finalizando com um momento cultural.
Como incentivo, as melhores produções serão apresentadas durante os encontros e serão publicadas em um livro digital e/ou impresso.

Local dos encontros: Sindicato dos Profissionais da Educação e Servidores Municipais de Peri-Mirim (SINDPROESPEM)
📅 Cronograma de Atividades:
📌 1º Encontro – 30 de março de 2025 (15h às 18h)
Tema: Introdução às Lendas Maranhenses
Livro: “Passeios pela história e cultura do Maranhão”, de Wilson Marques.

📌 2º Encontro – 18 de maio de 2025 (15h às 18h)
Tema: Arte e Devoção na Cultura Maranhense
Livro: “Arte e Devoção”, de Joana Bittencourt.

📌 3º Encontro – 13 de julho de 2025 (15h às 18h)
Tema: A Literatura Maranhense: Entre o Real e o Mítico
Livro: “Úrsula”, de Maria Firmina dos Reis.

🎭 Atividade Prática – 25/07/2025
Roteiro cultural em São Luís e bate-papo com autor
🔗 Inscreva-se agora!
Garanta sua participação acessando o https://forms.gle/i7Xt64yXNksgPWMs8

Venha fazer parte deste encontro enriquecedor e fortaleça sua conexão com a literatura e a cultura do Maranhão!

Mais sugestões de leitura disponível para empréstimo na Biblioteca ALCAP Prof. Taninho:
Literatura em minha casa: quatro mitos brasileiros – Mônica Stahel
Um saci no meu quintal: mitos brasileiros – Mônica Stahel
A história do boizinho de brinquedo – Joana Bittencourt
Literatura em minha casa: bazar do folclore – Ricardo Azevedo
Brincando de folclore – Maurício de Sousa
📩 Para mais informações, visite nosso Instagram@bibliotecaalcap ou entre em contato pelo e-mail: academiaperimiriense@gmail.com

PERI-MIRIM: ACADEMIA NOMEIA DIRETORIA E CONSELHO DA BIBLIOTECA

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) torna pública a nomeação dos novos membros do Conselho da Biblioteca ALCAP Prof. Taninho, conforme Edital de Convocação nº 001/2025 e Portaria nº 02/2025, de 10 de fevereiro de 2025, assinados pela Presidente da ALCAP, Jessythannya Carvalho Santos.

Após o período de inscrições e análise das candidaturas, os nomes indicados foram submetidos à deliberação da Assembleia Geral da ALCAP, em conformidade com o Regimento de Funcionamento da Biblioteca. O Conselho tem papel fundamental na formulação de políticas que incentivem o acesso à leitura e ao conhecimento, além de acompanhar projetos e fortalecer a integração entre a Biblioteca e a comunidade.

I – Diretoria da Biblioteca: Direção Geral: Ana Creusa Martins dos Santos; Assistência à Direção: Nani Sebastiana Pereira da Silva; Supervisão de Projetos e Convênios: Diêgo Nunes Boaes; Sessão de Apoio Administrativo: Giselia Pinheiro Martins; Sessão de Apoio Administrativo: Jaílson de Jesus Alves Sousa e Atendimento ao Público

II – Conselho da Biblioteca: Presidente da ALCAP: Jessythannya Carvalho Santos; Vice-Presidente da ALCAP: Manoel de Jesus Andrade Braga; Tesoureiro da ALCAP: Edna Jara Abreu Santos e Representante da Comunidade Geral: Lourivaldo Diniz Ribeiro; Representante da Comunidade Estudantil: Alice Santos Lopes.

A ALCAP parabeniza os eleitos e reforça seu compromisso com o fortalecimento da Biblioteca Prof. Taninho como um espaço de cultura, aprendizado e integração social.

Acesse a Portaria de nomeação: PORTARIA Nº 02 DE 10.02.2025

 

BARRAGEM DO PERICUMÃ: Comissão realiza vistora técnica

 A Barragem do Rio Pericumã recebeu na tarde do dia 05 de fevereiro a visita de uma comissão composta por técnicos, professores, ambientalistas, estudantes, lideranças de comunidades ribeirinhas e representantes de entidades ligadas à Pesca. A Barragem do Rio Pericumã fica localizada no município de Pinheiro, no Maranhão.

Com o objetivo de efetuar uma avaliação prévia, seguida da elaboração de um manifesto à sociedade civil e às autoridades, clamando por um posicionamento sobre ações urgentes a serem tomadas pela manutenção e preservação desse importante instrumento público, responsável pela contenção das águas e o desenvolvimento sustentável na Baixada Maranhense.

A Barragem enfrenta sérios problemas estruturais e operacionais, Veja os principais problemas detectados:

– As eclusas e cabos de sustentação estão comprometidos, apresentando sinais evidentes de desgaste e fragilidade;

– As roldanas estão danificadas, prejudicando o controle do fluxo de água;

– O maquinário encontra-se totalmente inoperante, agravando a situação;

– A parte estrutural da barragem mostra pilares expostos e comprometidos;

– As comportas estão visivelmente enferrujadas, aumentando o risco de falhas críticas;

– Sem contar que a estrada está intrafegável.

A deterioração geral demanda medidas emergenciais para evitar danos ambientais e riscos à segurança da população. Com a palavra, a prefeitura de Pinheiro, o DNOCS, deputados estaduais e federais da região e governo do Estado.

Sobre a vistoria realizada pela comissão técnica, o Presidente do Fórum da Baixada, Expedito Moraes, manifestou-se dizendo que: “Só para lembrar aos companheiros que realizaram essa providencial expedição à Barragem de PERICUMÃ e produziram um excelente laudo de vistoria, que esse caso, está contido nas reivindicações deste FÓRUM e fará arte da Agenda estratégica de Desenvolvimento da Baixada, documento que será apresentado às autoridades municipais, estaduais e federais no I ENCONTRO DA BAIXADA”.

Fonte: https://www.maranhaoaz.com.br/.