Parte da Herança de Jô Soares vai para organizações sociais de apoio a autistas

Pouco mais de dois anos após sua morte, Jô Soares segue ajudando instituições sociais. Parte da herança do artista foi dividida em doações para organizações sem fins lucrativos em São Paulo, no Amazonas, em Rondônia e no Mato Grosso.

Todas essas instituições se destinam a cuidar de pessoas com TEA, transtorno do espectro autista. Segundo a ex-mulher de Jô Soares, Flávia Esdras, a herança dele está estimada em R$ 50 milhões pela B&MC News.

A Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande (AMA) está entre cerca de 80 entidades beneficiadas pela herança do artista.

Cuidados com carinho 

Jô Soares morreu em 2022 em decorrência de uma série de problemas de saúde.

Antes, porém, Jô perdeu o único filho Rafael Soares, em 2014.

O artista sempre se referia ao filho com carinho e mencionava sua condição com TEA. Rafael morreu aos 50 anos.

A escolha das instituições  

Flávia revelou em entrevista, no mês passado, que a escolha foi motivada pela necessidade de apoiar organizações em regiões com menor acesso a recursos especializados, como o Centro-Oeste e a Amazônia

A seleção das entidades foi feita a partir de uma análise criteriosa e muitas entrevistas.

A organização do Mato Grosso faz um trabalho social voltado para crianças, adolescentes e jovens com o diagnóstico de autismo. Também mantém uma rede de apoio às famílias, de acordo com Campo Grande News.

Jô Soares foi pai de um único menino: Rafael por causa de série de problemas físicos. Foto: AME/ @caras

Jô Soares foi pai de um único menino: Rafael por causa de série de problemas físicos, ele morreu em 2015. Tinha diagnóstico de autismo.

Fonte: https://www.sonoticiaboa.com.br/2024/09/25/heranca-de-jo-soares-vai-para-organizacoes-sociais-de-apoio-a-autistas-video

Joana I de Castela: a rainha que ficou conhecida como “a louca”

“Quando te disserem que és louca, lembre-se que a 6 de novembro de 1479 em Toledo, Espanha, nasceu Juana de Castela, uma rainha que nunca foi louca, nunca!

Juana foi casada aos 16 anos com um menino que chamavam de lindo, (Felipe El Hermoso), embora não fosse. (Segundo os retratos, era feio)

O cara beneficiou desde o primeiro dia de todas as damas da corte.

Joana ficava furiosa logicamente, porque exigia respeito que ela não lhe era dado.

Nem como mulher, nem como rainha, nem como esposa.

E por isso lhe chamavam louca.

Quando seu marido morreu, Joana reivindicou o trono de rainha de Castela que lhe estava destinado.

Rei Fernando, seu próprio pai, não queria que Joana reinasse.

Então decidiu que eu era louca. E trancou-a.

Joana, além disso, ainda era jovem e muito bonita.

O rei temia que ela se casasse de novo e contasse com um homem que a apoiasse na luta pelo trono. Melhor trancada.

Quando seu filho Carlos foi visitá-la, dizem que ela “divertiu-lhe o poder graciosamente”. Mentira!

Carlos obrigou-o a assinar e deixou-a lá: trancada.

Joana era uma mulher culta, que falava latim e escrevia poesia.

Mas a história chamou-lhe Joana Louca e não Joana Prisioneira.

Joana de Castela é uma das muitas mulheres a quem a história negou a sua verdadeira voz.

Da próxima vez que te chamarem louca ou louca pense que louca é a primeira coisa que dizem a uma mulher quando a querem silenciar.

Abalada pelo óbito do marido e confinada em um castelo: a agonia de Joana, a Louca

Cientistas descobrem novo tipo de madeira capaz de armazenar carbono

Pesquisadores fizeram a descoberta examinando a estrutura microscópica da madeira de algumas das árvores mais emblemáticas do mundo. Um estudo acabou descobrindo um novo tipo intermediário de madeira, que explica porque árvores de tulipas armazenam tanto CO2.

Pesquisadores das universidades Jaguelônica, na Polônia, e de Cambridge, no Reino Unido, fizeram a descoberta examinando a estrutura microscópica da madeira de algumas das árvores mais emblemáticas do mundo: a Tulipeira (Liriodendron tulipifera e Liriodendron chinense).

“O estudo descobriu que as tulipeiras, que são parentes das magnólias e podem crescer mais de 30 metros de altura, têm um tipo único de madeira que não se enquadra em nenhuma das categorias de madeira dura ou macia”, diz comunicado publicado na revista científica EurekAlert.

Para a descoberta, os cientistas usaram um microscópio eletrônico de varredura de baixa temperatura (crio-SEM) para obter imagens da arquitetura em nanoescala de paredes celulares secundárias (madeira) em seu estado hidratado nativo.

Captura de carbono
O estudo mostra que as tulipas possuem macrofibrilas – fibras longas organizadas em camadas – significativamente maiores do que as de outras árvores de madeira dura.

Segundo o cientista Jan Łyczakowski, principal autor da pesquisa, os Liriodendrons têm uma estrutura de macrofibrila intermediária que é significativamente diferente da estrutura da madeira macia ou dura.

“Os Liriodendrons divergiram das Magnolia Trees há cerca de 30-50 milhões de anos, o que coincidiu com uma rápida redução no CO 2 atmosférico. Isso pode ajudar a explicar por que as as árvores tulipeiras são altamente eficazes no armazenamento de carbono.”

O pesquisador explica que ambas as espécies de árvores são conhecidas por serem excepcionalmente eficientes em reter carbono, e sua estrutura macrofibrilar ampliada pode ser uma adaptação para capturar e armazenar maiores quantidades de carbono, mesmo quando a disponibilidade de carbono atmosférico estava sendo reduzida.

“Tulipeiras podem acabar sendo úteis para plantações de captura de carbono. Alguns países do leste asiático já estão usando  plantações de Liriodendron  para reter carbono de forma eficiente, e agora achamos que isso pode estar relacionado à sua nova estrutura de madeira”, disse o cientista.

O tulipeiro (Liriodendron tulipifera) é uma árvore decídua, florífera, de grande porte, com uma bela variação estacional, e bastante interessante para o paisagismo das regiões subtropicais e temperadas do sul do Brasil. Da mesma família das magnólias, ela é originária do leste dos Estados Unidos, e o único representante ocidental do gênero Liriodendron, que engloba apenas duas espécies.

Fontes: https://www.terra.com.br/ e https://super.abril.com.br/ciencia/

VOTOS DE ALANA PARA CÍCERO DURANTE A CERIMÔNIA DE CASAMENTO

Em 2013, quando te olhei pela primeira vez nos corredores do Ministério Público Federal te achei bonito, mas não poderia imaginar o desenrolar da nossa história.

Um convite seu para irmos ao cinema, transformou-se em uma história de amor de 11 anos.

Fomos o primeiro namorado um do outro e aprendemos juntos como ser pacientes, respeitar a forma como o outro age e pensa. Você me ensinou muito!

Entre tantas viagens prestando concurso pelo Brasil e entre nosso namoro dividido com as suas viagens ao interior para trabalhar, sobrevivemos!

E eu tenho certeza absoluta que você é o amor da minha vida. Aprendemos que o amor está nos pequenos atos do cotidiano.

Em você, encontrei um Porto Seguro.

Quando eu passei no concurso dos meus sonhos, você me mandou a mensagem mais linda que eu poderia receber, me dizendo que nunca duvidou que esse dia chegaria.

Você sempre torceu pelo meu sucesso. Em você, nunca identifiquei um traço de dúvida. Muito pelo contrário, você fortifica o “nós” e não o “eu”.

Ético, brincalhão, homem de valores sólidos, você me mostra todos os dias o motivo pelo qual te amo.

A nossa união é inquebrantável, pois não existe mais Alana sem o Cícero, nem o Cícero sem a Alana.

Marcamos a vida um do outro para sempre e a nossa história até aqui comprova isso.

Eu amo o seu sorriso e, quando você sorri, imediatamente fico feliz e esqueço qualquer desafio e só quero poder sorrir com você.

Você é meu melhor amigo e estou ansiosa para estar ao seu lado pelo resto das nossas vidas.

Te amo!

São Luís, 13 de julho de 2024.

MINHA “PRINCESA” MINHA

Por Zé Carlos Gonçalves

voo abraçado às lembranças,
que se insinuam,
pulsantes,
a me carregar nas entranhas
dos teus encantos

voo as tuas manhãs,
a explodir em vital energia,
que me alimenta,
abraçado pelo azul celeste
e
pelo verde campestre,
que me sustentam
leve
e
livre

voo os teus caminhos,
trançados em sabedorias,
abraçados pelas veredas,
que me conduzem
livre
e
leve

voo leve,
a te apreciar
em tuas belezas humanas,
acobreadas pelo sol,
baixadeiros benditos,
enrijecidos no trato da terra
no cabo da foice e da enxada
no caniço prenhe de piaba
de acará
de bagruinhos
na corda de couro
a domar o sacro leite,
alimento de todo dia

e

pelos teimosos sonhares
dos teus filhos bem amados

voo livre,
a receber o verdor do vento
a essência do capim
de marreca
o sussurro do Pericumã
e
os mistérios da Juçareira,
a te carregar amuleto meu,
único
e
único

voo, voo, voo,
nas asas das saudades,
impulsionado pela tua leveza
e
pela tua infinda liberdade.

O HOJE DE OUTRORA (… sem barco, sem …)

Por Zé Carlos Gonçalves

“A minha princesa querida”, como boa parte da Baixada, já nasceu com a vocação para “o sacrifício”. E, um dos maiores “desafios” sempre foi o livre ir e vir de seus filhos, que eram, e são, obrigados a enfrentar os maiores e mais absurdos “aperreios”. Antes e agora. Principalmente, no tocante a ir à capital.

OUTRORA, sem estradas, a aventura se apresentava uma verdadeira aventura. HOJE, com “as buracostradas e os ferrugiferrys”, a aventura se torna uma aventura mais “arriscosa”.

OUTRORA, “visitá a capitá” só pelos barcos. “O que não era pros fracos”. Ainda mais no período de estio, quando o sofrimento se fazia sentir mais intensamente. O campo seco, desconfiado, sentia o arrastar de pés, a buscar “o velho Armazém”, a se arrastar numa procissão, sem pressa e sem silêncio; e sentia, também, o arrastar dos carros de boi, numa cantiga chiada e persistente, a massacrar as suas entranhas. O rio, em sua sequidão, não descansava com o vai e vem insano de canoas e batelões, abarrotados de Baixadeiros, bodes, galinhas, porcos, gado, babaçu, farinha, arroz, medos e expectativas.

Isso era só o início. Já que, desde cedo, “começavam os preparativos”. “O balaio” era sagrado. Carne salgada e carne seca, para enfrentar a incerteza das marés e a certeza da fome. As maletas, prenhes de roupas novas, a exalar a naftalina, geralmente, iam ser “batizadas”. Era a primeira vez na Ilha. As mil encomendas, a consumir a paciência de quem se encarregava de levá-las, iam parindo cartas, cofinhos de farinha, embrulhos, sacas de arroz, dinheiro, ervas, cortes, tamancos, roupas, notícias, acompanhantes …

O apogeu, dessa saga, se dava, de verdade, no coração dos barcos, a exemplo do Boa Esperança, de Benedito Bitencourt, e do Bandeirante, de Franco Castro. Ali, tudo acontecia. “O empilhamento” de gente e de bichos; das mercadorias e do bodum, a exalar no abafadiço de tão exíguo espaço, que se multiplicava, à medida que se apresentava mais um e mais um. E o emaranhado de redes, a embalar a ânsia dos estômagos mais fracos, “tão abalados, refletidos em olhares perdidos e rostos amarelinhos, a baldear as tripas”, seguros apenas pelo limão, “enficado” nas mãos, como o mais fiel e seguro passaporte para o bem estar. E o aterrorizante medo, a enfrentar a monstruosidade da Pedra de Itacolomi, sempre desafiadora e cortante, pendurado na “única arma” infalível. E as “fortes e caladas rezas”, que uniam, num só credo, crentes e descrentes. E o pernoite se fazia quase eterno, na Ponta d’Areia, a esperar a boa vontade da lua. E “a cerca”, o terror de todo navegante, a embaralhar os ventos, na mais viva roda viva, faminta de quilhas e velas, “a toldar” o tão perto, mas tão distante, cais, a boiar lá, longe, como uma miragem, que chama, chama, chama.

HOJE … nos arrastamos nos buracos, que devolvem, debochadamente, os nossos votos, a nos arrastar em nossa sina, e penamos no Cujupi!

Que os Santos baixadeiros nos protejam!

Após apresentar falhas mecânicas, ferry-boat José Humberto tem operações suspensas no MA; caso será investigado.

BAIXINHO INVOCADO: Peixe minúsculo gera ruídos de 140 decibéis

Tamanho não é documento. Nas profundezas dos riachos de Mianmar, na Ásia, reside uma criatura notável de cerca de 12 mm, trata-se de um peixe que possui capacidade surpreendente de produzir sons de intensidade equivalente a um tiro – que ultrapassam com folga, um show de rock ou as sirenes de ambulâncias e viaturas policiais. Continue reading “BAIXINHO INVOCADO: Peixe minúsculo gera ruídos de 140 decibéis”

A MENTE DAS ABELHAS

Por Mauricio Brum e Bruno Garattoni

As abelhas sabem contar. Medem distâncias e horários, aprendem a usar ferramentas, transferem conhecimento aos descendentes – e também brincam, por puro divertimento. Podem até ser capazes da chamada metacognição: a habilidade de refletir sobre si próprio. Continue reading “A MENTE DAS ABELHAS”

AS “VISITADORAS” DA ESCOLA (… e a FOBIA à escola)

Por esses dias, em uma fila de supermercado, “vi” uma conversinha, por demais interessante, de três meninas, sobre a volta às aulas. Até aí, tudo bem. Tudo normal. O excepcional é que a conversinha descambou para o particular interesse das mesmas, ao ir à escola.
Uma, entre “sorrisinhos sacaninhas”, descreveu, e empregarei o vocabulário delas, com toda fidelidade, “a bundinha absurda do teacher”, como “a coisa mais interessante” a se ter na volta às aulas. E, vejam só, já traçava planos de “mordiscar”, segundo ela, “aquela bundelícia!” Uau!
A outra se contorcia de ansiedade, e lamentava, e culpava o carnaval, por tão maldoso feriado, a vir atrapalhar a aproximação, que já estabelecia com “um pôdinho”, que, pelas “tatus”, lhe parecia ser “um elemento do ‘baralho”. Entenda por onde quiser ou por onde for possível imaginar. Misericórdia!
A outra outra se desfazia em olhares. Olhares, que reviraram que reviraram, ao falar da “tara”, que já alimentava por M________, “uma morena de olhos castanhos mel. Tão vivos, que me desnudam”. Falou, sim, senhor! E, mais. Falou de algumas estratégias, a serem usadas para “atrair ela pra minhas teia”. Que loucura! “Que interesse pela escola!”
Ouvi que ouvi. Ouvi tudo, “tintim por tintim”. Aí, né, cheguei a conclusão de que sou fruto de uma geração, que foi feliz por não conhecer o termo FOBIA. O mais perto que chegávamos disso foi FOBA. “Deixa de tua foba, rapá. Cumigo tu num pôdi!” E o máximo, que podia acontecer, era o uso das duas armas mais explosivas, que tínhamos.
A mais potente dinamite ou a mais devastadora granada. A CUSPIDA, na mão do adversário, ou o RETRATO DA MADRINHA, rabiscado, em riscos horríveis e disformes, no arenoso chão. E, a consequência, “a troca diuns supapos”, e, depois, só risadas. Hoje, a explosão é diferente. De verdade, é explosiva. E mortífera. Sem direito ao sentido conotativo. E, o pior, a palavra FOBIA domina a vida dos nossos jovens, tão perdidos, tão órfãos de pais vivos, tão tolos, como rebeldes. E, que se vangloriam, sem pudor, de serem adeptos da PROFESSORFOBIA, com exceção da citada aluna, uma quase antropófoga; e adeptos da ESCOLAFOBIA; e adeptos da ESTUDOFOBIA.
E, “para não perder a toada”, e a ironia, e fazer uma infame comparação, isso só me lembra um pinheirense, dos mais sábios, que não “aguentando” mais a chatice de “um chatíssimo cumpadinho”, metido a ser “besta, a sê u qui a folhina não marcava”, sempre que o encontrava, perguntava. “U qui tom dizeno da gênti pur aí”. E esperava um elogio, como sempre. Mas, desta vez, a resposta veio venenosa. Direta e certeira. “Qui nóis somo dois GRANDÍSSIMO, NOTABILÍSSIMO, BESTÍSSIMO!” Como dizia o primo Antônio Capilas, “justo e abotoado”. “O cabra procurou ‘foi’ o seu rumo” e passou a ignorar o compadre, “qui, infim, têvi sussego na vida”.
Ressalto que aqui são três “visitadoras” da escola, mas “é iscritinho!”