A razão da celebração do Dia Internacional de Charles Darwin é simples: foi 12 de fevereiro de 1809 que nasceu Charles Darwin. O objetivo da celebração é inspirar as pessoas a refletir cientificamente, com curiosidade, como fez Darwin.
Darwin foi o primeiro cientista a explicar com rigor a evolução biológica, por intermédio da seleção natural, na sua obra magnífica, “A Origem das Espécies“, que se tornou uma das obras mais relevantes de todos os tempos.
Neste dia realizam-se várias iniciativas pelo mundo tendo em vista a promoção da ciência em geral e o tributo ao grande naturalista britânico em particular. Desta forma, neste dia têm lugar exposições, palestras, workshops, peças de teatro, entre outros.
Durante a viagem de quase cinco anos que fez ao redor do mundo entre 1831 e 1836, Darwin esteve no Brasil, a bordo do navio Beagle, passou por Fernando de Noronha, Salvador, Abrolhos e Rio de Janeiro, que se deu em 1832.
As anotações do naturalista sobre a viagem ao Brasil — onde ficou por quatro meses durante seu périplo de cinco anos à bordo do navio Beagle — estão recheadas de descrições horrorizadas sobre a escravidão, mas não chegou a fazer nenhum estudo profundo sobre a escravidão brasileira.
Charles Robert Darwin nasceu em Shrewsbury, Reino Unido. Desde moço, interessou-se pelas ciências naturais. Após a expedição realizada a bordo do HMS Beagle, o naturalista realizou várias observações importantes e que foram essenciais para o desenvolvimento da sua obra, publicada em 1859.
Era filho de um médico muito conhecido chamado Robert Waring Darwin (1766-1848) e de Susannah Wedgwood (1765-1817), filha de um rico homem da indústria de cerâmica. Sua mãe faleceu quando ele tinha apenas oito anos.
Vida de Charles Darwin
Desde jovem, Darwin era apaixonado por colecionar rochas, animais e plantas. Além disso, adorava realizar atividades laboratoriais com seu irmão, Erasmus, em um laboratório de química montado pelos dois.
Aos 16 anos, seu pai retirou-o da escola e passou a levá-lo para seu consultório, para que ele anotasse todos os sintomas dos pacientes. Logo depois, Darwin começou a estudar medicina na Universidade de Edimburgo, seguindo os passos de sua família.
Darwin não se identificou com o curso, sendo um dos pontos mais traumáticos a falta de anestesia nas disciplinas que envolviam cirurgias. Entretanto, a Universidade de Edimburgo foi importante para ele, pois lá aprendeu sobre taxidermia e teve acesso a importantes obras, como o livro Zoonomia, obra de seu avô, em que se trata de ideias básicas sobre a evolução.
Entretanto, apesar do aprendizado, em 1827, Darwin desiste do curso de medicina. Isso fez com que seu pai aconselhasse-o a dedicar-se à Igreja anglicana, enviando-o para o Christ’s College, em Cambridge. Assim ele encontrou o local ideal para estudar história natural, iniciando uma famosa coleção de besouros.
Foi em Cambridge que ele conheceu John Stevens Henslow, um naturalista dedicado à botânica. Henslow aconselhou-o a conhecer as florestas tropicais e indicou-o para viajar a bordo do navio HMS (Her Majesty Ship) Beagle.
O navio partiu em 27 de dezembro de 1831, e Darwin viajou por cinco anos, coletando uma grande quantidade de material. Material esse que rendeu vários trabalhos sobre fauna e flora dos locais visitados, além de contribuições sobre a geologia de algumas áreas. As ideias sobre evolução, no entanto, não foram rapidamente publicadas.
Darwin casou-se com sua prima Emma Wedgwood, em janeiro de 1839, e teve com ela 10 filhos. Uma de suas filhas, Annie, a mais velha, morreu precocemente, com apenas 10 anos, e isso abalou as ideias dele em relação a Deus.
Emma Darwin era uma mulher inglesa, prima em primeiro grau de Charles Darwin. Eles se casaram em 29 de janeiro de 1839 e foram pais de dez filhos, sete dos quais sobreviveram até a idade adulta.
O famoso pesquisador morreu no dia 19 de abril de 1882, na Inglaterra, e foi enterrado na Abadia de Westminster, em Londres. A causa de sua morte foi, ao que tudo indica, um ataque cardíaco.
Darwin e a seleção natural
A seleção natural é o mecanismo, proposto por Darwin, responsável pela evolução. De acordo com o pesquisador, as espécies vivem uma luta constante pela sobrevivência, e é nesse contexto que a seleção natural atua.
De acordo com tal teoria, o meio seleciona o organismo mais apto a sobreviver em determinado ambiente. Esse organismo reproduz-se e passa suas características aos seus descendentes. Desse modo, as variações que permitem a sobrevivência permanecem ao longo das gerações.
Imagine, por exemplo, que existam insetos verdes e marrons que servem de alimento para um tipo de pássaro. Esses insetos vivem em troncos de árvores, desse modo, os marrons ficam mais camuflados que os verdes. O pássaro, para alimentar-se, recorre, na maioria das vezes, aos verdes, pois esses são avistados com mais facilidade.
Desse modo, os indivíduos marrons apresentam uma vantagem em relação aos verdes, que morrem cedo, muitas vezes, antes de atingirem a idade reprodutiva. Os insetos marrons, nesse caso, reproduzem-se mais e passam essas características aos seus descendentes, aumentando o número desses organismos “mais aptos” ao ambiente.
Um problema nessa ideia está no fato de que Darwin não foi capaz de explicar como as características eram transmitidas de um indivíduo para outro. Essa explicação só foi possível posteriormente, graças ao desenvolvimento da genética.
Pesquisa, adaptação e correção realizada por Ana Creusa.
Fontes: https://g1.globo.com/; https://aventurasnahistoria.uol.com.br/; https://mundoeducacao.uol.com.br/ e https://www.bbc.com/