“Quando te disserem que és louca, lembre-se que a 6 de novembro de 1479 em Toledo, Espanha, nasceu Juana de Castela, uma rainha que nunca foi louca, nunca!
Juana foi casada aos 16 anos com um menino que chamavam de lindo, (Felipe El Hermoso), embora não fosse. (Segundo os retratos, era feio)
O cara beneficiou desde o primeiro dia de todas as damas da corte.
Joana ficava furiosa logicamente, porque exigia respeito que ela não lhe era dado.
Nem como mulher, nem como rainha, nem como esposa.
E por isso lhe chamavam louca.
Quando seu marido morreu, Joana reivindicou o trono de rainha de Castela que lhe estava destinado.
Rei Fernando, seu próprio pai, não queria que Joana reinasse.
Então decidiu que eu era louca. E trancou-a.
Joana, além disso, ainda era jovem e muito bonita.
O rei temia que ela se casasse de novo e contasse com um homem que a apoiasse na luta pelo trono. Melhor trancada.
Quando seu filho Carlos foi visitá-la, dizem que ela “divertiu-lhe o poder graciosamente”. Mentira!
Carlos obrigou-o a assinar e deixou-a lá: trancada.
Joana era uma mulher culta, que falava latim e escrevia poesia.
Mas a história chamou-lhe Joana Louca e não Joana Prisioneira.
Joana de Castela é uma das muitas mulheres a quem a história negou a sua verdadeira voz.
Da próxima vez que te chamarem louca ou louca pense que louca é a primeira coisa que dizem a uma mulher quando a querem silenciar.