Diretor Regional das Comunidades do Governo dos Açores visita São Luís

Por José Andrade*
Intervenção proferida esta terça-feira (24/09/2024), na cidade de São Luís, a capital do Estado do Maranhão 🇧🇷, que foi organizada por açorianos há mais de 400 anos:
A relação histórica entre Açores e Maranhão é fundamental, tanto para os Açores quanto para o Maranhão.
Para os Açores, ela inaugura o movimento emigratório que levaria uma parte importante do povo açoriano para o Brasil em geral, mas também, depois e sobretudo, para os Estados Unidos e Canadá.
Para o Maranhão, ela representa o início formal da própria organização da cidade de Sao Luiz. E isso nem sempre é devidamente conhecido e reconhecido.
Por isso, começo por citar o historiador maranhense Euges Lima, antigo presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.
No congresso internacional comemorativo dos 400 anos de presença açoriana no Maranhão, aqui realizado em 2019 por ocasião da fundação da Casa dos Açores do Maranhão, ele demonstra o essencial dessa nossa relação histórica, assim resumida:
A colonização açoriana no Maranhão e, em especial, em São Luís, é um tema que ficou meio esquecido da história e memória da cidade“.
Raramente se remete aos colonizadores açorianos, sua importância e legado, que para cá imigraram nos primeiros decénios dos seiscentos.
Talvez a explicação para esse esquecimento seja o mito da fundação francesa que foi inventado há mais de cem anos pela historiografia, ofuscando e deslocando o legado concreto dos portugueses para um “legado” imaginário e inexistente da contribuição francesa na origem da cidade.
Os açorianos foram os responsáveis pelos primeiros passos da municipalidade e início da cidade. A instalação do primeiro Senado da Câmara de São Luís foi obra deles.
Em 1619, Simão Estácio da Silveira – um dos pioneiros da colonização portuguesa no Maranhão, de origem açoriana, chega aqui e se torna o primeiro presidente da Câmara de São Luís.
A festa do Divino Espírito Santo foi trazida por eles;
A arquitetura das antigas casas rurais de São Luís e de várias regiões do interior do Estado são de origem açoriana – possivelmente o Bairro do Desterro, um dos mais antigos da cidade, foi fundado por eles.
São esses portugueses das ilhas que vão iniciar o processo de colonização civil da cidade de São Luís, após a expulsão dos franceses por Portugal em 1616.
Os portugueses que vieram para cá eram militares, faziam parte dessas expedições lusas de reconquista. É com a primeira leva de colonos açorianos em 1619, depois a segunda em 1621 e por aí em diante, que o projeto de colonização civil de São Luís tem início efetivamente.
A intensificação do fluxo migratório de açorianos para o Brasil, principalmente para o Maranhão e Grão-Pará, se deu na conjuntura da expulsão dos franceses do Norte do Brasil, da Ilha de São Luís.
Para a coroa portuguesa nesse momento de União Ibérica, a consolidação da colonização portuguesa na região da bacia e foz do Amazonas era uma prioridade. Portanto, era necessário a implantação de núcleos de povoamento na região e o recrutamento de açorianos foi a solução encontrada.
Um dos capitães e líderes desse processo migratório foi Simão Estácio da Silveira, que era capitão de navio, professor de agricultura, cronista, desenhista, desbravador e procurador das coisas do Maranhão. Ele chegou aqui, possivelmente, por volta de 11 de abril de 1619. Era capitão de um navio com quase 300 pessoas.
Vieram para o Maranhão e Grão-Pará, com essa primeira leva, cerca de 200 casais açorianos, mas só desembarcaram no porto de São Luís 95 casais com alguns solteiros, num total de 461 almas. São essas as primeiras famílias de açorianos que vão colonizar São Luís.
A organização urbana e a origem da municipalidade de São Luís começam efetivamente a partir daí, com a instalação do Senado da Câmara. A criação do estado colonial do Maranhão, separado do estado do Brasil, surgiu nesse contexto, como uma forma de desenvolvimento da região. Simão Estácio da Silveira foi um entusiasta da colonização do Maranhão e do Pará.
O livro “Relação Sumária das Cousas do Maranhão”, uma espécie de material publicitário para atrair novos colonos, sua obra de maior vulto, foi publicada em Lisboa, em 1624 – este ano está completando 400 anos de sua primeira edição.” Fim de citação.
É por tudo isso que estamos aqui, 400 anos depois. De facto, vivemos nos Açores há quase 600 anos, desde 1427, e há mais de 400 anos que saímos dali, primeiro, em 1629, acrescentando às nove ilhas do Atlântico Norte uma décima ilha de São Luiz na América do Sul.
Na sua fase inicial, a emigração açoriana dirige-se para a região do nordeste brasileiro, para o Maranhão.
O historiador açoriano Luís Mendonça, no seu livro “História da Emigração Açoriana – Séculos XVII a XX”, que tive o gosto de apresentar este mês na Casa dos Açores em Lisboa, identifica alguns desses primeiros movimentos transatlânticos:
Em meados do século XVII, partem para o Maranhão 100 casais da Ilha De Santa Maria, que contavam de 500 a 600 pessoas;
Em 1675, seguem da Ilha do Faial para o Pará 50 casais com 234 pessoas e há outros 200 casais que trocam a pequena ilha Graciosa pelo grande território do Maranhão;
Em 1722, a ilha do Pico regista mais de 300 casais alistados para passarem a viver no Maranhão com mais de 1700 pessoas, o equivalente a cerca de 20% da população então residente na ilha montanha dos Açores.
O Maranhão marca assim a emigração açoriana até meados do século XVIII, com três caraterísticas específicas:
Em primeiro lugar, era uma emigração de casais e, inclusive, por ilhas, com o duplo propósito de servir a política colonizadora da Coroa portuguesa e de facilitar o espírito de união entre os que partiam.
Em segundo lugar, não havia, por conseguinte, uma emigração livre – as pessoas só iam se e para onde a Coroa achava conveniente, no sentido de melhor servirem os interesses nacionais.
Em terceiro lugar, e por norma, eram situações excecionais – como calamidades naturais ou miséria comprovada das populações – que motivavam os movimentos de emigração ou colonização entre os Açores e o Maranhão.
O Maranhão foi a porta de entrada da emigração açoriana no Brasil, mas os açorianos dispersaram-se um pouco por todo o imenso território brasileiro.
No século XVIII, chegámos ao Brasil meridional para povoar Santa Catarina, em 1748, e Rio Grande do Sul, em 1752.
E fomos ainda mais longe, até ao Uruguai, para fundar a cidade de San Carlos, em 1763.
No segundo ciclo da emigração açoriana para o Brasil, já no século XIX, chegámos ao Rio de Janeiro, a São Paulo, a Salvador da Bahia e já antes havíamos marcado presença noutros estados brasileiros como Minas Gerais ou Espírito Santo.
Em resultado e como testemunho dessa relação histórica entre Açores e Brasil, existem já sete “embaixadas” simbólicas da herança cultural açoriana na grande nação brasileira:
A Casa dos Açores do Rio de Janeiro, fundada em 1952;
As Casas dos Açores de São Paulo e da Bahia, fundadas ambas em 1980;
A Casa dos Açores de Santa Catarina, em 1999;
A Casa dos Açores do Estado do Rio Grande do Sul, em 2003;
A Casa dos Açores do Maranhão, em 2019;
E a Casa dos Açores do Espírito Santo, em 2022.
Sendo embora uma das mais recentes das 18 Casas dos Açores no mundo – em Portugal, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Uruguai e Bermuda – a Casa dos Açores do Maranhão, historicamente, devia ter sido a primeira de todas. A sua criação há cinco anos, assinalando quatro séculos de presença açoriana no Maranhão, foi um ato de justiça histórica.
Estão, por isso, todos de parabéns – desde o seu presidente fundador e agora presidente honorário, Paulo Matos, até ao seu atual presidente, Raphael Guará, passando pelo conselheiro da diáspora açoriana que representa os demais Estados do Brasil, Aristides Bittencourt, entre outros.
Mas a criação da Casa dos Açores do Maranhão não foi um ponto de chegada. Ela é um ponto de partida. Por isso estamos aqui, para reiterar e reforçar a relação do Governo dos Açores com o Estado do Maranhão.
Em breve teremos uma Praça dos Açores na cidade de São Luís e uma sede própria para a Casa dos Açores, provando, afinal, que o nosso passado tem presente e que o nosso presente tem futuro.
Muito obrigado por serem o testemunho dos Açores no Maranhão!”

Parte da Herança de Jô Soares vai para organizações sociais de apoio a autistas

Pouco mais de dois anos após sua morte, Jô Soares segue ajudando instituições sociais. Parte da herança do artista foi dividida em doações para organizações sem fins lucrativos em São Paulo, no Amazonas, em Rondônia e no Mato Grosso.

Todas essas instituições se destinam a cuidar de pessoas com TEA, transtorno do espectro autista. Segundo a ex-mulher de Jô Soares, Flávia Esdras, a herança dele está estimada em R$ 50 milhões pela B&MC News.

A Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande (AMA) está entre cerca de 80 entidades beneficiadas pela herança do artista.

Cuidados com carinho 

Jô Soares morreu em 2022 em decorrência de uma série de problemas de saúde.

Antes, porém, Jô perdeu o único filho Rafael Soares, em 2014.

O artista sempre se referia ao filho com carinho e mencionava sua condição com TEA. Rafael morreu aos 50 anos.

A escolha das instituições  

Flávia revelou em entrevista, no mês passado, que a escolha foi motivada pela necessidade de apoiar organizações em regiões com menor acesso a recursos especializados, como o Centro-Oeste e a Amazônia

A seleção das entidades foi feita a partir de uma análise criteriosa e muitas entrevistas.

A organização do Mato Grosso faz um trabalho social voltado para crianças, adolescentes e jovens com o diagnóstico de autismo. Também mantém uma rede de apoio às famílias, de acordo com Campo Grande News.

Jô Soares foi pai de um único menino: Rafael por causa de série de problemas físicos. Foto: AME/ @caras

Jô Soares foi pai de um único menino: Rafael por causa de série de problemas físicos, ele morreu em 2015. Tinha diagnóstico de autismo.

Fonte: https://www.sonoticiaboa.com.br/2024/09/25/heranca-de-jo-soares-vai-para-organizacoes-sociais-de-apoio-a-autistas-video

A FORÇA DO BAIXADÊS III (… o “F” de todos os Baixadeiros)

Por Zé Carlos Gonçalves

No sábado último, na AMEI, no lançamento do livro O ÓRFÃO E O JORNALISTA, mediado por Nonato Reis, tive “uma senhora conversa” com o mestre Manoel Barros. Ali, como não poderia deixar de ser, transpirou, vê só, a nossa querida BAIXADA. E, de verdade, coisas boas virão! Os DIÁLOGOS BAIXADEIROS vêm revigorados. Ou, como se diz no BAIXADÊS, “veim cum ‘fôça’ totá!”
O certo é que, nesse “falatório”, muita “futrica” saiu. E me veio a “fandanga” ideia de mergulhar no BAIXADÊS com a família do “F”, após sentir a vibração de algumas palavras com essa fricativa. Vamos ver o que vai dar! “Afiná, mi deo foi uma vontade doida” de brincar “um tiquinho”.
E, com “fé” em Santo Inácio de Loiola, vou “atentar”!
O ar de nossa Princesa anda muito “fuvêro”, com a “fuxicada” do período eleitoral, em que o que não falta são “os ‘faniquitos’, os ‘fala’ mansa, os ‘fulêros’, os ‘fofoqueiros”.
Mas não só de política o “F” se alimenta. De saudade, também.
A “Favêra” e o Oiteiro do “Finca” agonizam para sempre. Já são “finados” para nós, que os vimos vivos e os sentimos “firmes” sob os nossos pés.
Também se “faz” presente, ao nos oferecer, cantantes, as mais ricas pérolas “fonéticas”, que dançam em nossos ouvidos e nos embalam em nossas lembranças. Eita, “F,’ ‘fio’ di uma mãe!”
E, aí, as expressões “vãum si ‘fazeno” e nos “matando a vontade”. E só quem é BAIXADEIRO para entender a “profundeza” das mensagens; pois a mesma vem eivada de sentimentalidade. Afinal, quem nunca mediu a beleza dos seus com a máxima máxima. “Cara di um ‘focinho’ du ôto”. Ou “se quêxô” do desconforto “físico”, após um longo e árduo dia de trabalho duro. “Tô ‘fadigado’ i discaderado di ‘fazê’ tanta ‘força”.
O certo é que pululam as nossas identidades linguísticas. “Êsse piqueno é um ‘fuguete’, mais ‘fuçadô’ qui um quêxada”. E só aumentam. Na saúde e na doença. Na alegria e na tristeza. Nos sonhos e nas certezas do que somos. Misericórdia! Muito escutei, durante um resfriado. “Êssi muleque tá cum a venta qui paréci um ‘fole”. E, para depreciar alguém, o repertório se apresentava “farto’. ‘Fogoió’, ‘fio’ duma égua, ‘finório’, teim a mão ‘fina’, ‘féla’ da puta, é uma mulé di vida ‘fáci”.
Esse desfilar do “F” se impõe poderoso, em suas metáforas, que se potencializam, com a intenção do desprezo. “Êssi sujeitho num é neum galo, tá mais pra ‘frango”. Ou no ápice do desespero. “Só quiria sê, i ‘fincô’ u pé na merda”.
Também, em palavras, que se apresentam “fortes”, por si só. “Fundilho, faca pexêra, fajuto, furunco, fanhoso, fedorento …”
E, para fechar, uma das nossas construções mais fantásticas. “Dêxa di tua ‘fóba”.
Eita “F”, da gôta serena! Infitético!

O PAI PERDOA

Por W. Livingston Larned*

Escute, filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto. Há poucos minutos atrás, enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.

Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei furioso com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão.

Durante o café da manhã, também impliquei com algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou a mão e disse: “Thau, papai!” e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: “Endireite esses ombros!”

De tardezinha, tudo recomeçou. Voltei e quando cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na minha frente. As meias são caras – se você as comprasse tomaria mais cuidado com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai!

Mais tarde, quando eu lia na biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta:

– “0 que é que você quer?”, perguntei implacável.

Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.

Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e nauseante tomou conta de mim. Que estava o hábito fazendo de mim? 0 hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas – era dessa maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida.

E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado!

É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um papai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei minha língua quando palavras impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: “Ele é apenas um menino – um menininho!”

Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito.

Em lugar de condenar os outros, procuremos compreendê-los. Procuremos descobrir por que fazem o que fazem. Essa atitude é muito mais benéfica e intrigante do que criticar; e gera simpatia, tolerância e bondade. “Conhecer tudo é perdoar tudo”. Como disse o dr. Johnson: “0 próprio Deus, senhor, não se propõe julgar o homem até o final de seus dias”.

Então, por que eu e você deveríamos julgar? 


*William Livingston Larned foi um autor e poeta americano. Ele é conhecido por suas obras “Father Forgets” e “Advertisement Illustration”. Em 1909, ele escreveu um poema intitulado “Flor do Estado da Flórida” para comemorar a designação da flor de laranjeira como a flor oficial do estado da Flórida.

A versão de Papai Perdoa publicado na revista Reader’s Digest também foi incluída no livro de Dale Carnegie, “Como fazer amigos e influenciar pessoas”. Carnegie descreveu isso como; Um dos escritos populares do jornalismo americano. Inicialmente, foi publicado como editorial em 1927 no People’s Home Journal. Desde então, foi impresso em inúmeras revistas, boletins informativos e jornais de todo o país, e também foi traduzido para vários idiomas estrangeiros. Além disso, foi apresentado em muitos programas e programas de rádio. Surpreendentemente, até mesmo publicações de faculdades e escolas secundárias compartilharam este poema.

A FORÇA DO BAIXADÊS II (… urupema, balaio, carrapeta, coxo …)

Por Zé Carlos Gonçalves

Após procurar “pano pra manga”, em A FORÇA DO BAIXADÊS I, fiquei “doidinho di vontade” de me encontrar entre os meus. E, “cumo isso tá muito difíci, fiz uma viági nu nosso linguajá”. Pelo menos, em pensamento, “vô matano um pôco a vontade lôca di ouvi, mi ouvino”.

E, de verdade, me peguei sorrindo das primeiras palavras, que “me lavaram a alma”. E não se tratam de palavrões. Mentalmente, comecei a balbuciar “urupema”. E, veio a imagem da peneira quadrada, a me espiar dali do gancho, a descansar no velho caibro, do centro da cozinha. E, a acompanhar e bem ilustrar o flashback, veio a figura da vovó Dedé, a preparar o “alguidar” de juçara, que ia se transformando no jantar, rico e delicioso, “bem acompanhado” da farinha e “da jabiraca”, que chiava, sendo “sabrecada”, na brasa, que estava, também, faminta de nossa iguaria.

O certo é que as palavras continuaram a jorrar, num turbilhão de emoções. Palavras fortes e tão familiares. E, por incrível que pareça, mesmo que não pareçam, são nossas. “Ananás, tipiti, peneira, urinó, mençaba, mucajuba, filhós …”
E, para se tornar mais fantástico ainda, “entrou em campo” a riqueza semântica, que permeia o BAIXADÊS e nos sustenta em nossas lembranças. E, veio “balaio”, a nos remeter à peneira, ou ao cesto, ou à “merenda”, ou “à expressão porreta”, “balaio de gatos”. E “capanga”, uma pequena bolsa, repleta de “soluções”; ou um reles guarda costas, “um puxa saco”, a não viver a própria vida.

E, para não supervalorizar “balaio e capanga”, vou puxar “carrapeta”. Um utensílio tão comum no universo das costureiras. Também, um brinquedo, subtraído de entre “os riris”, os botões, as linhas, as agulhas e os dedais, a criar confusão e alguns “cascudos”, que não eram peixes. Ou, ainda, a criança “traquina”, que passa a ser sinonimizada como “capeta, endemoniada, elétrica, faísca …” Barbaridade!

E, para fechar, “qui tal” fazer referência a “cocho”, a gerar “confusão” com sua homônima. Aquela, usada para a retenção de água ou comida, para animais; esta, “coxo”, vai se desdobrando em “cachibento, coxolé, capenga, manquitola, manco …” Eita, Santo Inácio de Loiola!
E, assim, “um tiquinho qui seja”, matei a vontade do meu BAIXADÊS! “Arre égua!”

A ACADEMIA PERIMIRIENSE É HOMENAGEADA POR ESCOLA MUNICIPAL EM DESFILE CÍVICO

A Escola Municipal Cecília Botão homenageou a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) durante o Desfile Cívico promovido pela Escola no último dia 07 de setembro de 2024.

Foi formado um Pelotão de Desfile, composto por alunos da escola que exibiam o brasão da Academia, banner com foto de todos os acadêmicos e vestes nas cores da agremiação. A baliza do pelotão, Elisa Fernanda, do 6º ano B, portava o escudo da ALCAP, um dos símbolo da instituição representada. O desfile foi narrado pela professora Mara Edith Costa Costa, professora inclusiva.

O banner com as fotos dos acadêmicos foi conduzido pelos alunos Ana Sophia e Rhuann Vitor, ambos alunos do 6º ano B da Escola Cecília Botão.

O brasão da Academia portado pela baliza do pelotão, Elisa Fernanda, foi confeccionado por Fernanda Amorim. Segundo Fernanda, para confecção do brasão foram utilizados os seguintes materiais: isopor, EVA, as letras que compõem o nome da Academia, bem como o lema da Academia: “Vanguarda do Conhecimento” foram cotadas com tesourinha de unha. Uma verdadeira obra de arte que encanta todos que veem.

A homenagem à ALCAP se deu pela iniciativa inovadora em direção ao resgate, valorização e desenvolvimento da educação e cultura perimiriense, que se destaca na vanguarda, resgate das memórias perimirienses incentivando a nova geração.

Durante o desfile, com a narração perfeita e emocionante, foi registrado que a ALCAP é fruto de um sonho antigo de alguns conterrâneos notáveis e do professor (in memoriam) “João Garcia Furtado”, e sob a inquietação de criar e organizar uma instituição voltada para a valorização da cultura local, perimirienses reuniram-se para discutir a forma que poderiam contribuir para o resgate e a revitalização da história do município de Peri-Mirim.

A narrativa emocionante durante o desfile, em resumo, foi a seguinte:

Os fundadores da Academia abraçaram a ideia e aderiram ao projeto, surgindo assim a ALCAP, sob o lema – VANGUARDA DO CONHECIMENTO; esta, sendo uma instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo promover a cultura por meio de suas diversas atividades.

Reforçando seu compromisso com a difusão do conhecimento e da produção artística, por meio de iniciativas como palestras, exposições e eventos culturais, fomentando o desenvolvimento cultural e intelectual da comunidade local promovendo o resgate e a valorização da literatura, das ciências e das artes.

A fundação da ALCAP ocorreu em 20 de maio de 2018 e a solenidade de posse foi realizada em 15 de dezembro do mesmo ano, composta por 28 membros, entre confrades e confreiras ocupando a cadeira de imortais ilustres.

E ainda, preocupando-se com os jovens na busca por transformar uma geração leitora, elabora projetos preparando os jovens para o futuro, inserindo-os no mundo da literatura. Dentre eles, o clube da leitura, concursos de poesias, crônicas, e desenho, contemplando toda faixa etária, sarau cultural.

Contribuindo, dessa forma, para o fortalecimento da ideia, a ALCAP planeja e executa várias ações, como o Plantio Solidário, e ainda, celebrou a inauguração da aquisição de uma biblioteca que recebe o nome em homenagem ao professor RAIMUNDO JOÃO SANTOS (in memoriam) vulgo, professor “Taninho”, esta, localizada no prédio do SINDPROESPEM (Sindicato dos profissionais da Educação e Servidores Municipais de Peri-Mirim).

Os nossos alunos apresentaram-se neste momento, vestidos com trajes semelhantes em homenagem à instituição referida e trazem nas mãos, palavras em que incentivam a busca pelo conhecimento e a relevância que tem na sociedade, visto que são norteadoras do desenvolvimento, possibilitando novas oportunidades, entre elas podemos citar:

Letras, Literatura, Artes, Ciências, Pesquisa, Preservação, Resgate, Memórias, Música, Obras literárias, Cultura, Criticidade, Vanguarda, Valores, Pertencimento, Educação, Ressignificar e Valorização.

Estreitando os laços, como forte tentativa de elevar a nossa história nas mais diversas áreas como as Letras, a literatura, o meio ambiente, a música, entre outras manifestações culturais.

E ainda, preocupando-se com os jovens na busca por transformar uma geração leitora, elabora projetos preparando os jovens para o futuro, inserindo-os no mundo da literatura. Dentre eles, Clube da Leitura, concursos de poesias, crônicas, e desenho, contemplando toda faixa etária, sarau cultural.

O presidente da ALCAP, Venceslau Pereira Júnior, em nome de todos os acadêmicos, agradeceu a linda homenagem da Escola Municipal Cecília Botão, afinal, a ALCAP somos todos nós!


Desfile Cívico – Edição 2024

Tema: Homenagem à ALCAP (Academia De Letras, Ciências e Artes Perimiriense).

Secretária Municipal de Educação: Zaine Campos Ferreira

Gestores e organizadores: Profª Juciléa de Jesus Ferreira Cabral, José Júlio Amorim Costa e Ângela Fabrícia Campos Almeida.

Texto em Homenagem à ALCAP: Redação da Professora Aldilene Pereira Azevedo, 40 anos, moradora do povoado Baiano, no quadro efetivo desde 2009, exerce a profissão há mais de 20 anos neste município e Pós-graduada em Docência na Educação Básica.

Estudante cearense é premiada em Feira Científica e de Engenharia nos Estados Unidos

A estudante Gabrielle de Oliveira Rodrigues, da Escola de Ensino Médio Luiz Girão, localizada em Maranguape, foi premiada na Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF). A Feira aconteceu no último mês de maio, em Los Angeles-CA, nos Estados Unidos, onde foi apresentado o projeto “Revestimento comestível à base de mandacaru e carnaúba: uma nova alternativa como conservante de frutos”, sob a orientação do professor da unidade de ensino, Carlos Eduardo Oyama. O projeto obteve o 2º lugar na categoria Plant Sciences no Gran Awards da ISEF.

O mesmo trabalho cearense já havia conquistado sete prêmios, entre eles o 1º lugar geral na categoria Ciências Agrárias, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior do Brasil, promovida pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP). Nesse mesmo evento científico, conseguiu credencial para a ISEF 2024. Para participar da Febrace, por sua vez, o credenciamento veio por conta da participação na Mostra Científica do Cariri, em 2023, com a experiência desenvolvida na Escola Luiz Girão, em que a aluna cursava a 3ª série do Ensino Médio. Naquela ocasião, a iniciativa ficou em primeiro lugar na categoria Ciências Agrárias.

A estudante diz que se sente realizada com a experiência. “Foi incrível, resultado de um ano de trabalho. Fiquei extremamente feliz por estar representando o Brasil e principalmente o Ceará e a minha escola”, comemora.

Conforme Gabrielle, o interesse pelo projeto surgiu da problemática do desperdício alimentar, algo recorrente no Brasil, que afeta em especial os agricultores da região de Maranguape. “No início da pesquisa eu percebi que estudar mais a fundo esse assunto poderia ajudar a comunidade da minha escola, já que parte dos alunos e seus familiares trabalham com a agricultura”, explica.

Ela conta ainda que decidiu criar um conservante natural, pois percebeu que atualmente os conservantes mais utilizados são químicos. “Esse tipo de método conservativo faz mal à saúde humana e alguns desses conservantes podem não ter uma ação efetiva na conservação de frutos. Portanto, decidi unir o mandacaru e a cera de carnaúba para criar um conservante saudável, natural e sustentável. Meu conservante apresenta uma vantagem em relação ao prolongamento da vida de prateleira dos frutos, já que pode fazer com que um fruto permaneça em prateleira de 21 a 27 dias”, relata.

A Escola Luiz Girão promoveu o apoio ao desenvolvimento da experiência, que contou com a orientação do professor Carlos Eduardo Oyama. Em linhas gerais, ele destaca a importância do processo, assim como os desafios e a premiação. “Como todo projeto de iniciação científica, foi cheio de altos e baixos, porém muito exitoso. Gabrielle foi uma aluna excepcional durante toda a sua trajetória e conseguiu resultados incríveis com o RCMC (conservante) em suas testagens finais. O 2° lugar foi de suma importância para a Gabrielle como aluna, pois esse prêmio abre portas no mundo acadêmico, dentro e fora do Brasil. Para mim, como orientador, foi algo extremamente recompensador, pois estou há 13 anos fazendo projetos de iniciação científica na rede estadual e ver uma aluna chegar na ISEF e ser premiada é algo que não tem preço. Para minha escola, foi o reconhecimento de um trabalho que há 8 anos vem colhendo frutos da iniciação científica, sendo premiada dentro e fora de nosso estado”.

A aluna Gabrielle também destaca o acompanhamento da Escola. “Recebi o devido suporte dos gestores e principalmente dos professores ao longo de toda a pesquisa. Esses profissionais me ajudaram em diversas áreas do conhecimento, extremamente necessárias para o desenvolvimento de um projeto, principalmente nas habilidades textuais e na compreensão da matemática para realizar, por exemplo, análises estatísticas. Não poderia deixar de mencionar alguns alunos que me ajudaram a realizar as práticas laboratoriais. Além de meu orientador, que fez um trabalho de excelência me acompanhando em todo o decorrer da pesquisa”.

Com o ingresso no ensino superior, Gabrielle pretende dar continuidade à pesquisa no curso de Engenharia de Alimentos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “O maior plano a partir de agora é continuar com a minha pesquisa na universidade. Quero fazer um estudo extenso, verificando todas as possibilidades de trabalhar com essas duas espécies, inclusive verificar a compatibilidade do meu conservante com outros frutos, como a acerola, o fruto mais produzido na região de Maranguape”, completa.

Para os colegas, em especial da rede estadual, deixa um incentivo. “Desejo que todos os estudantes sempre busquem se engajar em pesquisas dentro do ambiente escolar, busquem ir além, independentemente de qualquer obstáculo. É extremamente importante que tenhamos cada vez mais alunos pesquisadores. A pesquisa científica muda vidas, forma profissionais de excelência mesmo em nível pré-universitário. É algo extremamente importante para a educação e não forma apenas cientistas, mas cidadãos que poderão eventualmente solucionar diversos problemas em nível nacional e global”.

Na primeira foto, Gabrielle na produção do RCMC. Na segunda, a aluna com o certificado de uma das sete premiações que o projeto recebeu

Fonte: https://www.seduc.ce.gov.br/

Frente Parlamentar em Defesa da Baixada amplia discussões sobre construção de Diques com Codevasf, Sema e Fórum da Baixada

A reunião do colegiado foi a continuidade dos diálogos iniciados sobre o empreendimento que está em processo de licenciamento ambiental.

A Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense da Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu, nesta quarta-feira (4), reunião com representantes da Superintendência Estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) e o Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM).

A reunião, conduzida pelo presidente da frente parlamentar, deputado Jota Pinto (Podemos), teve como objetivo dar continuidade aos diálogos sobre o projeto de construção dos diques da Baixada Maranhense, sendo um desdobramento da visita feita pelos parlamentares à Superintendência da Codevasf, semana passada. Naquela ocasião, foram informados de que o projeto de construção dos diques está na Sema, em processo de análise para licença ambiental.

“O objetivo deste encontro foi reunir a Assembleia Legislativa, Codevasf e a Sema para que possamos discutir o projeto dos diques da Baixada Maranhense que se encontra em análise na Sema e, a partir disso, vermos quais passos podemos avançar, reunindo, posteriormente, o Ministério Público e a bancada de deputados federais”, ponderou Jota Pinto.

A reunião contou ainda com as presenças dos deputados Júlio Mendonça (PCdoB), que é relator do colegiado, Florêncio Neto (PSB) e Mical Damasceno (PSD). O superintendente da Codevasf no Maranhão, Clóvis Luís Paz, e equipe, além do secretário adjunto de Licenciamento da Sema, Arthur Barros Fonseca Ribeiro e o Presidente do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, Expedito Moraes.

Desenvolvimento

Na ocasião, tanto a Codevasf quanto a Sema prestaram esclarecimentos, tiraram dúvidas, explicaram o rito do processo para o licenciamento ambiental, bem como outras ações necessárias para concretizar a obra que foi proposta em 2012 e que é considerada de grande importância para a Baixada Maranhense, com perspectivas de desenvolvimento social, econômico e ambiental para os municípios que integram a região.

Segundo Arthur Ribeiro, atualmente o projeto está na fase de organização das audiências públicas. “O passo atual é a definição dos municípios nos quais serão realizadas as audiências públicas, já que o empreendimento impacta oito municípios. A Sema vê com bons olhos este projeto, é muito importante, vai trazer benefícios nas áreas econômicas e sociais, mas, por outro lado, temos que observar todo o rito legal do processo de licenciamento”, observou o secretário adjunto.

De acordo com Arthur Ribeiro, após a realização das audiências, o próximo passo será a elaboração de parecer técnico sobre os estudos ambientais, ou seja, a conclusão sobre o processo que pode receber parecer favorável ou não.

Durante a reunião, o superintendente da Codevasf, Clóvis Paz, explicou que a atuação do órgão federal foi elaborar o projeto, bem como o estudo de impacto ambiental que foi apresentado à Sema. “Estas etapas são necessárias para a obtenção da licença e para que possamos dar continuidade na parte formal do projeto, até a sua efetiva construção. É um projeto muito representativo, importante para a Baixada, porque, em síntese, vai perenizar toda a água que é hoje captada por águas pluviais”.

Segundo Expedito Moraes, Presidente do Fórum em Defesa da Baixada:

O maior desafio: RECURSOS.
Como já tínhamos informado, a CODEVASF não dispõe de recursos próprios, depende de emendas parlamentares para elaboração e execução de projetos. De acordo com os deputados presentes pretendem uma ampla mobilização entre as bancadas estadual e federal para viabilizar tais recursos.

Disponibilidade hídrica

Os diques da Baixada Maranhense têm como objetivos proteger áreas mais baixas contra a entrada de água salgada pelos igarapés, decorrente das variações da maré, além de armazenar água pluvial nos campos naturais durante a estação chuvosa e, assim, aumentar a disponibilidade hídrica, em boas condições para usos na pesca artesanal, agricultura familiar irrigada, piscicultura e outros, aumentando a oferta de alimentos na região.

De acordo com o projeto, os diques terão uma extensão de 70,45 km e sua construção, estimada em 30 meses a partir do início das obras, está estimada em até R$ 350 milhões. Os recursos, segundo a Codevasf, deverão ser oriundos de emendas parlamentares.

A área beneficiará os municípios de Bacurituba, Cajapió, Matinha, Olinda Nova do Maranhão, São Bento, São João Batista, São Vicente Ferrer e Viana.

Fonte: https://www.al.ma.leg.br/sitealema/.

DIQUES DA BAIXADA: Mais uma Vez a Esperança se Renova

O Fórum em Defesa da Baixada (FDBM), a partir da sua instituição em 2016, vem lutando pela construção dos Diques da Baixada, desde então, acompanha os movimentos para construção da tão sonhada obra! As esperanças se renovaram após a reinstalação da Frente Parlamentar da Baixada Maranhense que está retomando os diálogos sobre esse assunto.

A retomada do diálogo sobre o projeto de construção dos Diques da Baixada foi destacada, durante a sessão plenária desta terça-feira (3/9/2024), pelo deputado Jota Pinto (Podemos), que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense.

Com o objetivo de retomar o diálogo sobre o projeto de construção dos diques da microrregião da Baixada, a Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense, reuniu-se, em 29/08/2024, com a superintendência estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf). O encontro ocorreu na sede do órgão federal, no bairro Areinha, em São Luís.

 O deputado ressaltou encontro, ocorrido na última sexta-feira (29), com o superintendente estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf) no Maranhão, Clóvis Luís Paz. A reunião contou com presença do deputado Júlio Mendonça (PCdoB).

Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense retoma diálogo sobre construção de diques
Deputados Jota Pinto e Júlio Mendonça durante a reunião com o superintendente da Codevasf no Maranhão, Clóvis Luís

Em seu pronunciamento, o deputado Jota Pinto informou que, nesta quarta-feira (4), às 15h, o superintendente Codevasf e o secretário estadual de Meio Ambiente, Pedro Chagas, estarão na Assembleia Legislativa para debater os impactos ambientais do projeto com a Frente Parlamentar.

 O projeto promete transformar a região com benefícios sociais, econômicos e ambientais. A ideia é represar água doce e impedir a invasão de água salgada nos campos, um marco no desenvolvimento sustentável da nossa terra.  Um avanço para garantir um futuro mais promissor e produtivo para todos na Baixada.

O objetivo é fazer uma força-tarefa com os segmentos envolvidos, inclusive a bancada federal, para que este projeto possa sair do papel, finalizou.

 O projeto Diques da Baixada foi proposto em 2012 e consiste em uma obra de engenharia que tem a previsão de alcançar 70,6 km em 11 municípios, permitindo a contenção de água doce nos campos naturais durante a estação chuvosa, retardando o seu escoamento para o mar sem alterar as cotas máximas de inundação.

APRESENTAÇÃO DIQUES DA BAIXADA DO MARANHÃO

#FrenteParlamentar #DiquesDaBaixada #DesenvolvimentoSustentável #BaixadaMaranhense

Fonte: https://www.al.ma.leg.br/

PROJETO COERÊNCIA POR UM MUNDO MELHOR: Reino desunido não prospera!

Extraído do livro: COMO SE TORNAR SOBRENATURAL de Dr. Joe Dispenza

“Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá”. Mateus 12:25

 

Vivemos em um tempo de extremos, e esses extremos são reflexo de uma velha consciência que não pode mais sobreviver e de uma futura consciência na qual a própria Terra e todos no planeta estão se transformando. A velha consciência é movida por emoções de sobrevivência como ódio, violência, preconceito, raiva, medo, sofrimento, competitividade e dor, que servem para nos induzir a acreditar que estamos separados um do outro. A ilusão de separação sobrecarrega e divide indivíduos, comunidades, sociedades, países e a Mãe Natureza. A desatenção, o descuido, a ganância e o desrespeito à atividade humana ameaçam a vida como a conhecemos. Por simples questão de lógica e razão, esse tipo de consciência não pode se sustentar por muito mais tempo.

Como tudo caminha para polaridades extremas, é inegável que muitos dos sistemas atuais – políticos, econômicos, religiosos, culturais, educacionais, médicos ou ambientais – são desmontados à medida que paradigmas antiquados caem. Podemos ver isso de forma mais proeminente no jornalismo, em que ninguém mais sabe em que acreditar. Algumas mudanças refletem escolhas das pessoas, outras refletem níveis crescentes de consciência pessoal.

Uma coisa é óbvia: nessa era da informação, tudo o que não está alinhado com a evolução da nova consciência vem à tona. Se você não está ciente de que ocorre um aumento na frequência e energia neste momento – um aumento na ansiedade, tensão e paixão –, talvez não esteja prestando atenção ao seu estado de ser e à interconexão da humanidade com essa energia.

Além de agitações nos ambientes políticos, sociais, econômicos e pessoais, altamente carregados, muita gente também sente o tempo acelerando, ou que acontecimentos importantes estão ocorrendo a intervalos de tempo menores. Dependendo do ponto de vista, pode ser um momento histórico emocionante de despertar ou indutor de ansiedade. Independentemente disso, o velho deve desaparecer ou desmoronar para que algo mais funcional possa surgir. É assim que pessoas, espécies, consciência e o próprio planeta evoluem. A excitação energética nos seres humanos e na natureza gera várias perguntas: será que estão em cena influências maiores, que afetam a correlação da humanidade com violência, guerra, crime, terrorismo e, inversamente, paz, unidade, coerência e amor? Será que existe uma razão para tudo isso estar acontecendo neste momento específico?

Fonte: DISPENZA, Joe. Como se tornar sobrenatural : pessoas comuns realizando o extraordinário; tradução de Lúcia Brito. Porto Alegre: CDG, 2020.


JOE DISPENZA estudou bioquímica na Universidade Rutgers. Detém o grau de bacharel em ciência com ênfase em neurociência e obteve o título de doutor em quiroprática na Life University de Atlanta, Geórgia.