PERI-MIRIM

Peri-Mirim é um município brasileiro, situado na microrregião da Baixada Maranhense, área de 397,994 km², com população estimada em 2020 pelo IBGE de 14.345 habitantes. Possui PIB de R$ 77.182.175,00 e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,599, segundo a última medição do IBGE, que é de 2010. O IDH vai de 0 a 1 – quanto maior, mais desenvolvida a cidade – e tem como base indicadores de saúde, educação e renda. A média no Brasil é de 0,765, segundo dados de 2019 divulgados em 15 de dezembro de 2020 pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD).

Gentílico perimiriense

Prefeito: Heliezer de Jesus Soares, do PC do B

Vice-Prefeito: Vilasio França Pereira, do PDT

Os vereadores eleitos em 2020 são:

Telma Penha, do PSL

Otoniel Coqueiro, do PDT

Joubert Acs, do PDT

Iury Serrão, do PDT (presidente da Câmara de Vereadores)

Pablo Gomes, do PDT
Chico Grande, do PC do B

Cleomar Pereira, do PC do B

Marcos Bordalo, do MDB

Dr Charles, do MDB.

Fonte IBGE e TSE.

Empresa norte-americana Virgin Orbit vai utilizar o Centro Espacial de Alcântara

A previsão é que o primeiro voo orbital seja lançado em território brasileiro no primeiro semestre de 2022.

 

A empresa norte-americana Virgin Orbit está entre as selecionadas para realizar lançamento de veículos espaciais a partir de Alcântara, no Maranhão. O projeto faz parte da iniciativa do Governo Federal em viabilizar economicamente a instalação ligada a Agência Espacial Brasileira (AEB).

A Virgin Orbit poderá assim realizar o lançamento de veículos espaciais não governamentais do tipo orbital e suborbital no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a principal instalação brasileira destinada a missões espaciais.

Curiosamente, a Virgin Orbit utiliza um Boeing 747-400 modificado, empregando o sistema LauncherOne, que serve como um avião de lançamento. O objetivo principal é a redução de custos no lançamento espacial, já que exige menor volume de combustível no foguete que é lançado em grandes altitudes e com maior velocidade.

O lançamento ocorre através de um suporte instalado no ponto de ancoragem do quinto motor do 747, originalmente projetado para transporte de motor sobressalente, que faz o lançamento similar ao empregado em mísseis.

Além disso, o uso de aeronave como principal plataforma de lançamento oferece a possibilidade do sobrevoo em uma infinidade de pontos do planeta, buscando a melhor posição geográfica para atender as necessidades da missão.

Não há lugar melhor no planeta do que Alcântara para um local de lançamento equatorial. E com centenas de quilômetros de alcance cruzado em nossa plataforma de lançamento voadora, o potencial é ilimitado. Estamos ansiosos para trabalhar com nossos colegas da AEB e da FAB para trazer essa nova capacidade vital para Alcântara”, disse Dan Hart, CEO da Virgin Orbit.

A além da Virgin Orbit, outras empresas como a canadense C6 Launch e as norte-americanas Hyperion e Orion AST também irão atuar em Alcântara, e seguem para a fase de negociação contratual junto à Aeronáutica.

A plataforma de lançamento de Alcântara também servirá para a realização de missões com a finalidade de coleta de lixo espacial operados pelas empresas C6 Lauch e a Orion AST. Um dos maiores desafios das empresas que atuam no segmento espacial é o acumulo cada vez maior de lixo orbitando o Planeta. O projeto de recolhimento de detritos, que variam de poucos centímetros até satélites completos, poderá abrir um novo mercado para diversos operadores e para o Brasil.

Saiba mais – Localizado a cerca de 100 quilômetros de São Luís, no município de Alcântara, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) foi inaugurado em 1º de março de 1983 com a finalidade da criação de um apoio logístico e de infraestrutura local como alternativa ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado no Rio Grande do Norte, em decorrência do avanço urbano em suas proximidades, o que limitava a realização dos trabalhos e ampliações da base.

Considerada umas das melhores localizações do mundo por conta da sua posição 2° abaixo da linha do equador, o Centro de Lançamento de Alcântara favorece o menor consumo de combustível para o lançamento de satélites, que pode chegar em até 30% se comparado com bases de lançamentos em localizações com latitudes maiores.

Outra característica é que sua disposição favorece lançamentos em todos os tipos de órbita, desde equatoriais até polares. Além disso, o clima estável, com médias aceitáveis na velocidade de ventos, permite lançamentos em praticamente todos os dias do ano.

Apesar de tantos pontos favoráveis, em 22 de agosto de 2003, o Centro de Lançamento de Alcântara protagonizou o capítulo mais triste de sua história com a explosão do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1 V03) por volta das 13h30, três dias antes do seu lançamento, matando 21 técnicos. Após um ano de investigações, foi constatado um acionamento prematuro como a principal causa.

Desde então o Brasil retirou grande parte dos seus investimentos no programa espacial, ainda que tenha tentado alguns acordos internacionais, todos sem sucesso e de elevado custo.

Fonte: MaranhãoHoje

Conhecendo a Baixada Maranhense

Autor George Raposo

A região é uma das mais ricas do Maranhão em diversidade de vegetação e fauna, mas sofre com os problemas de desenvolvimento.

Para os maranhenses, o termo Baixada é bastante conhecido e muito utilizado principalmente pelas pessoas provenientes desta região e espalhadas pelo restante do estado. Mas o que é realmente a Baixada Maranhense e o que ela representa para o Maranhão? A Baixada Maranhense localiza-se no extremo norte do estado do Maranhão, abrange 21 municípios e tem 1.775.035,6 hectares de extensão. Pinheiro, com uma população de 78 mil pessoas, é considerado o município mais populoso entre os que integram esta região.

É composta por 21 municípios – Anajatuba, Arari, Bela Vista do Maranhão, Cajari, Conceição do La- go-Açu, Igarapé do Meio, Matinha, Monção, Olinda Nova do Maranhão, Palmeirândia, Pedro do Rosário, Penalva, Peri-Mirim, Pinheiro, Presidente Sarney, Santa Helena, São Bento, São João Batista, São Vicente Férrer, Viana e Vitória do Mearim.

A Baixada Maranhense possui uma população predominantemente rural, com exceção de Arari, Pinheiro, Santa Helena, São Bento e Viana, que apresentam a população urbana como mais expressiva, segundo o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Características

A área é reconhecida principalmente por conta de seus imensos campos, que podem ser divididos em inundáveis e tesos. Na época das chuvas, de dezembro a julho, os campos baixos ficam alagados, restando ilhas de terras firmes e áreas de campos em terreno um pouco elevado, chamadas regionalmente de “teso”.

Durante as cheias, ocorre o transbordamento dos rios, formando-se numerosos lagos. Os rios da Baixada Maranhense são típicos de planícies, caracterizados por baixo declive nos trechos médio e baixo. A região é drenada pelos rios Mearim, Pindaré, Grajaú, Pericumã e afluentes. Além dos campos, há quatro vegetações importantes para a caracterização da Baixada: manguezais, babaçuais, matas de galeria e Floresta Amazônica.

Nos estuários, os manguezais ocorrem penetrando os igarapés, por entre os campos, até onde existe influência das marés. Os babaçuais ou cocais são um tipo de ecossistema característico da área. O solo é argiloso, pouco consolidado, com grande retenção de água.

Área de proteção

A região foi transformada em Área de Proteção por meio de um decreto estadual em 1991. Em 2000, a Área de Proteção da Baixada Maranhense ganhou a classificação de Sítio Ramsar. O governo federal inclui nesta lista as áreas úmidas do Brasil que precisam ser protegidas. Além da Baixada, o Maranhão tem outros dois locais deste tipo: Parque Estadual Marinho do Parcel de Manoel Luiz (2000) e Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses (1997).

O Ramsar foi criado em uma convenção mundial realizada no Irã em 1971. Em 2011, a Convenção das Zonas Úmidas (Ramsar) descreveu a importância da conservação da Baixada Maranhense.

“A APA da Baixada Maranhense é uma área de rica biodiversidade, pois incorpora uma complexa interface de ecossistemas, incluindo manguezais, babaçuais, campos abertos e inundáveis, estuários, lagunas e matas ciliares. Esse mosaico de fisionomias e sua extensão na paisagem torna a APA uma unidade de conservação de extrema importância, pois permite a ocorrência de processos ecológicos de grande escala, além de que a área de manguezal funciona como regulador local dos estoques pesqueiros”, descreve o documento.

Ecossistemas localizados na zona de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado, com influência dos ambientes costeiros e marinhos, destacando-se as zonas úmidas que proporcionam habitat para diversas espécies aquáticas, incluindo aves, em abundância, além de espécies vegetais (castanheira, gameleira, embaúba, cedro e babaçu) que são importantes para a economia das populações locais.

Campos inundáveis

São o sistema ecológico mais representativo na região, dominado por herbáceas (gramíneas e ciperáceas) e sofre inundação sazonalmente. Predomina a água doce, mas há incursões de água salobra nas partes mais próximas à costa. A salinidade também varia sazonalmente, sendo, mesmo nessas áreas, 100% doce na época chuvosa e salobra, na seca.

Rios e igarapés

São um conjunto bastante complexo, variando desde nascentes em bacias locais até rios de grande porte, de bacias bastante extensas. Inclui alguns igarapés que secam por inteiro na época seca.

Tesos

São ilhas de terra firme (campos herbáceos) inseridas no meio de uma matriz formada por campos inundáveis e estuário. A altura chega a um máximo 10m, com média de 5m. A vegetação inclui palmeiras, floresta pré-amazônica e arbustos. Em algumas áreas há presença de cactáceas consorciadas com mata amazônica. É o lugar preferido para ocupação humana e pecuária bovina ou para criação de outros animais domésticos.

Complexo de lagos

Domina a parte mais meridional do Sítio Ramsar, com a exploração mais intensa de recursos pesqueiros. Apresenta bastante sazonalidade, com conectividade entre os lagos no auge da época chuvosa, que é interrompida quando o nível da água baixa com a seca. A água é 100% doce, normalmente, mas alguns lagos (por ex., o lago Viana) excepcionalmente sofrem incursão de água salgada durante intensas secas. Há presença de macrófitas aquáticas e igapós.

Manguezais e estuários

São vegetações dominadas por Avicennia, Rhizophora, Laguncularia. Há grande diversidade fisionômica, com vegetação que varia de pequeno a grande porte, com árvores de até 30m. Os manguezais ocorrem desde o início da influência da maré, na foz dos rios Pindaré, Mearim, Turiaçu e Pericumã e se estendem ao longo da baía de São Marcos, inclusive ocupando a grande maioria da Ilha do Caranguejo. O estuário inclui extensas áreas de apicuns (clareiras com areia e lama nos manguezais – áreas mais procuradas para criação de camarão em cativeiro). O estuário é muito importante para a vida aquática, incluindo peixes-boi, botos e várias espécies de peixes que utilizam a área em suas rotas migratórias, etc. O mangue abriga o caranguejo, de altíssima importância econômica local.

Matas de terra firme

Este alvo abriga tanto manchas de mata de terra firme pré-amazônica, como os babaçuais, capoeira e matas ciliares. A maior parte da população humana está nessas áreas, onde, inclusive, se localizam as sedes da maioria dos municípios. São ricas em palmeiras de importância econômica. Esta é a zona de uso mais intensivo na APA

Ictiofauna

A ictiofauna inclui espécies endêmicas da bacia amazônica e espécies estuarinas. As espécies de maior importância econômica incluem, no estuário: camurim, sardinha e bagre de água salobra, e, nos lagos e rios de água doce: surubim, curimatã, pescada, piaba, traíra, jeju, piranha, mandi, cascudo etc. Há tanto camarões de água salgada/salobra como espécies de água doce.

Espécies caçadas

Inclui as seguintes espécies de aves: jaçanã (Jacana jacana), o piaçoca (Prophyru- la martinica), inhambus, patos e outras aves caçadas para o comércio, como curió e demais Sporophilas, além de algumas espécies de psitacídeos. Entre os mamíferos: tatus, tamanduás, capivaras, primatas, veados, cutias e pacas. Entre os répteis: quelônios dos mais diversos e o jacaré (Caiman crocodilus).

Desenvolvimento

Em 2016, pesquisadores do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepa) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) destacaram a importância do uso de indicadores sociais como base para as atividades de planejamento e formulação de políticas públicas nas diferentes esferas do governo.

Os estudiosos realizaram uma pesquisa no intuito de conhecer a realidade socioambiental dos municípios da Baixada Maranhense, para que as políticas públicas sejam elaboradas conforme a situação de cada um, no que se refere ao desenvolvimento. O grupo busca elaborar um sistema de indicadores para avaliar a qualidade urbana dos municípios  que compõem a região. Segundo a coordenadora da pesquisa, Zulimar Márita Ribeiro Rodrigues, doutora em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo(USP), no Maranhão, as cidades crescem sem planejamento prévio, ocasionando a acentuação dos aspectos negativos como ausência de saneamento básico, baixos indicadores sociais, violência urbana, dentre outros.

“Tomando com base este índice, para diagnosticar a qualidade dos municípios da Baixada Maranhense, percebe-se que todas as cidades são classificadas como ‘Desenvolvimento Médio’ dentro do limite mínimo para estar neste intervalo. Ou seja, a média dos municípios da referida região é de 0,584”, afirma Márita.

Os intervalos considerados pelo Pnud, para classificar o IDHM, são de: baixo (menor que 0,500), médio (0,500 a 0,800) e alto (superior a 0,800). Esses índices e indicadores como instrumentos para medir e informar sobre as cidades podem ser classificados em duas formas: indicadores intermunicipais e intramunicipais.

O Maranhão é o segundo estado do país com menor IDH. Diante desta realidade, o governo do estado implementou o Plano de Ação “Mais IDH” com a intenção de promover a superação da extrema pobreza e das desigualdades sociais no meio urbano e rural, por meio de estratégia de desenvolvimento territorial sustentável, com políticas públicas que valorizem a diversidade social, cultural, econômica, política, institucional e ambiental das regiões do estado.

O programa definiu como prioridade os 30 municípios do estado com menor desempenho no Índice de Desenvolvimento Humano. Entre eles três municípios da Baixada Maranhense: Cajari, Conceição do Lago-Açú e Pedro do Rosário.

Artigo publicado no Jornal O Imparcial de 24 de outubro de 2017. Autor George Raposo. E-mail: gdinamite@gmail.com

Poema para a Baixada Maranhense

Autor Hilton Mendonça*

Deslumbra-se a Baixada maranhense

Em vasta paisagem de sol e de chuva

E nela escreve a sua singular epopeia.

 

Sob um dezembro ofegante

Ou debaixo de um abril lacrimoso,

A Região ecológica enamora golfo,

Serpenteia lagos,

Abraça rios,

Revigora campos

E luta pela vida.

 

Útero de tanta gente

– geradora de santos e santa –

A Baixada é mãe de Helena,

De Bento.

De João Batista

E de Vicente Ferrer.

 

Como todas as mães seculares,

Perfilhou gentes até o corpo fatigar,

E dezenas de filhos

Ainda lhe escaparam do ventre:

Nasceram as belas Viana, Vitória, Olinda e Palmeirândia,

Que se irmanaram às formosas Conceição,

Anajatuba, Matinha e Penalva,

Todas de excelsa Bela Vista.

 

E como a descendência baixadeira

Não se podia compor só de princesas,

Eis que das suas entranhas regionais

Irromperam rebentos varonis,

Crismados de Pinheiro, Peri-Mirim, Monção e Cajari,

Este último de perfeita rima com o ribeirinho Arari.

 

E para não rimar com mais irmãos

E serem a singularidade do todo,

Vieram Igarapé do Meio e Pedro do Rosário,

Para, à mesa, sentarem-se com Presidente Sarney

Uma bacia hidrográfica.

-farta de Mearim, Pindaré, Turiaçu e Pericumã – Plantada

bem no seio dessa Planície olímpica,

Faz a vida seguir bagrinhos, mandis e jacanãs.

Siamesa, outra bacia, lacustre,

-servida de Itans, Formoso, Viana e Aquiri –,

lacrimeja curimatás, jandiás e socós,

Além de japeçocas, surubins e acaris.

 

E para pescar esse peixe abundante,

Há o choque, o caniço e o landruá,

A se juntarem à tarrafa, ao espinhel e ao puçá.

 

No quintal baixadeiro,

Um cardápio de galinhas e patos avizinha-se

De suínos, bovinos e caprinos,

Espalhados pelos vastos campos,

Dos litigiosos búfalos africanos.

 

Na bela Planície inundada,

Sobre aguapés, juncos, mururus e gameleiras

Inda paira a memória da luz azul da curacanga,

Que assusta até o boi marrequeiro…

 

Se o verão é o pote de barro

-que se esvazia e se racha –,

O inverno é o copo cheio,

Derramado nesse Jardim flutuante,

Que seca e que enche e que pulsa

Na mente e no corpo da gente…

E viva a Baixada!

*Hilton Mendonça é natural de Arari (MA). Graduado em Direito pela UFMA. Advogado, poeta e escritor. É autor das seguintes obras: “Julgados do Tribunal Trabalhista do Maranhão”, “Julgados das Turmas Recursais do Maranhão”, “Justiça Gratuita”, “Uma Ação Rescisória de Matar: TJ e STJ” e coator do livro Ecos da Baixada.

 

Ruth Pinto de Souza, primeira dama negra do teatro, cinema e televisão do Brasil

Ruth Pinto de Souza foi uma atriz brasileira foi a homenageada de hoje pelo Google. Ruth foi a primeira dama negra do teatro, do cinema e da televisão do Brasil. Ela foi a primeira artista nascida no país a ser indicada ao prêmio de melhor atriz num festival internacional de cinema, por seu trabalho em Sinhá Moça, no Festival de Veneza de 1954.
Nascimento: 12 de maio de 1921, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Falecimento: 28 de julho de 2019, Centro Médico Hospital Copa D’Or, Rio de Janeiro
Pais: Sebastião Joaquim Souza, Adelaide Pinto
Prêmios: Ordem do Mérito Cultural.
Fonte: Wikipédia

Mais uma fuga de cérebro: após ser impedida de se matricular na USP, jovem ganha bolsa em escola nos EUA

“Nós, da StartSe, acreditamos que não são os diplomas que definem nossas habilidades, mas sim o conhecimento que se adquire. Por isso, decidimos acompanhar a Elisa no seu desenvolvimento.”

A jovem Elisa Flemer, 17 anos, passou para engenharia civil na USP (Universidade de São Paulo) com a 5ª melhor nota entre os candidatos do curso na Fuvest – prova para ingressar na universidade.

Mas a Justiça a impediu de se matricular na instituição por ela não ter o diploma do ensino médio. Sensibilizada com a história e dedicação de Elisa com os estudos, a empresa StartSe concedeu à jovem uma bolsa de estudos na escola internacional de negócios StartSe University, em San Francisco (EUA).

De acordo com o CEO da empresa, Junior Borneli, a bolsa da adolescente cobrirá todos os seus gastos lá no Vale do Silício. Com a bolsa, Elisa estudará administração de negócios e fará estágio, também na StartSe.

Nosso Brasil é uma tristeza: excesso de leis para atrapalhar o desenvolvimento do país. Elisa se submeteu ao teste, foi aprovada, o que mais seria preciso para provar sua capacidade?! Perdemos mais um cérebro que segue magoado com nosso país, cujas leis e políticos são reprovados pela maioria da população.

Fonte: https://razoesparaacreditar.com. Adaptado por Ana Creusa

Ator Paulo Gustavo morre aos 42 anos vítima da Covid-19

O ator, humorista e diretor Paulo Gustavo morreu na noite desta terça-feira (4) em decorrência de complicações da Covid-19. Ele tinha 42 anos e deixa dois filhos de 1 ano de idade, Romeu e Gael, e o marido, o médico Thales Bretas, com quem se casou em dezembro de 2015.

Internado desde 13 de março, ele realizou tratamento em um hospital privado em Copacabana, no Rio de Janeiro.  Pouco depois, em 21 de março, Paulo Gustavo teve de ser intubado devido às dificuldades respiratórias causadas pelo novo coronavírus.

Após alguns dias de evolução favorável, Paulo Gustavo voltou a piorar no início de abril, necessitando de um tratamento conhecido como Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês), que buscava auxiliar a função pulmonar.

Balança comercial registra o melhor resultado em 24 anos, com superávit de US$ 10,35 bi em abril

Valor é a diferença de US$ 26,48 bilhões em exportações e US$ 16,13 bilhões em importações; no acumulado do ano, Brasil tem saldo positivo de US$ 18,26 bilhões, alta de 106,4%.

Beneficiada pela alta das commodities (bens primários com cotação internacional e pela recente mudança de metodologia, a balança comercial registrou o melhor saldo da história para meses de abril. No mês passado, o país exportou US$ 10,349 bilhões a mais do que importou.

balança comercial brasileira fechou abril com superávit de US$ 10,35 bilhões, alta de 67,9% na comparação com o mesmo mês em 2020, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira, 3. Este é o melhor desempenho para qualquer mês da série histórica iniciada em 1997. O saldo é resultado de US$ 26,48 bilhões em exportações, aumento de 50,5%, ante US$ 16,13 bilhões em importações, avanço de 41,1%. A corrente de comércio, que mesura o valor das transações, registrou alta de 46,8%, somando US$ 42,61 bilhões. No acumulado do ano, a balança comercial registrou superávit de US$ 18,26 bilhões, alta de 106,4% na comparação com janeiro e abril do ano passado. No período, a venda de produtos brasileiros no mercado internacional cresceu 26,6%, totalizando US$ 82,13 bilhões, enquanto a compra de itens estrangeiros cresceu 14%, somando US$ 63,87 bilhões. Este é o segundo melhor desempenho para o mês, atrás somente do acumulado de US$ 19 bilhões em 2017.

China se mantém como o principal parceiro comercial brasileiro, responsável pela exportação de US$ 10,35 bilhões e importação de US$ US$ 3,09 bilhões, fechando o mês de abril com saldo positivo de US$ 7,26 bilhões para o Brasil. As exportações para os Estados Unidos somaram US$ 2,32 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 2,73 bilhões. O saldo deixa o Brasil com saldo negativo de US$ 42 milhões. Já com a Argentina, o principal parceiro comercial dos brasileiros na região, as exportações registraram US$ 90 milhões, enquanto as importações foram de US$ 82 milhões, fechando com superávit de US$ 7 milhões para os brasileiros.

Fonte: Agência Brasil.
Fonte MEC

Os efeitos catastróficos da pandemia na Educação Brasileira

O governo de São Paulo estima que levará 11 anos para recuperar a aprendizagem perdida em Matemática durante a pandemia nos anos iniciais do ensino fundamental. Estudantes do 5.º ano da rede estadual perderam habilidades que já haviam adquirido. Hoje, um aluno de 10 anos de idade tem desempenho pior do que ele mesmo tinha quando estava com 8 anos.

Os dados sobre o desempenho dos estudantes foram divulgados pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, em 27 de abril. Os alunos passaram por avaliações amostrais semelhantes ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do governo federal, e, por isso, segundo o secretário, é possível comparar os resultados obtidos agora com as avaliações externas anteriores.

As escolas estaduais em São Paulo foram fechadas em março do ano passado, para conter a disseminação do coronavírus. Só em setembro começaram a ser reabertas, para atividades de reforço, com baixa participação de alunos. Alguns municípios, como a capital paulista, vetaram a reabertura naquele mês. Neste ano, as aulas presenciais começaram em fevereiro, mas um mês após a reabertura foram suspensas novamente por causa do recrudescimento da pandemia. O novo retorno ocorreu no dia 14 de abril e enfrenta resistência de professores, que temem contaminação.

Segundo o estudo apresentado, a perda de aprendizagem é maior em Matemática e mais evidente no início do ensino fundamental, com alunos mais novos. “Além de não aprender novas coisas, o aluno não consolidou o que tinha aprendido”, explica Rossieli. Para manter o mesmo nível de aprendizagem que tinham em 2019, os estudantes teriam de subir 46 pontos na escala do Saeb.

Nas últimas edições do Saeb, porém, os estudantes do ensino fundamental subiram apenas 4 pontos por ano, o que levou a Secretaria Estadual da Educação a estimar que seriam necessários cerca de 11 anos para recuperar a aprendizagem perdida nos anos iniciais do ensino fundamental.

“No 5.º ano, com esse resultado de Matemática, os alunos sabem resolver problemas muito elementares de adição e subtração, não sabem multiplicação e divisão, não sabem ler um gráfico nem dados apresentados em tabela, que são habilidades básicas e essenciais importantes para prosseguir com os estudos”, diz Lina Kátia, vice-presidente da Associação Brasileira de Avaliação da Educação e coordenadora do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), ligado à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

 

A avaliação para medir os impactos da pandemia na rede estadual paulista foi aplicada pela Secretaria da Educação em parceria com o Caed. As provas, com questões de Matemática e Língua Portuguesa, foram realizadas no início deste ano. Fizeram os testes cerca de 21 mil alunos do 5.º e 9.º anos do ensino fundamental e da 3.ª série do ensino médio da rede estadual de São Paulo.

Alunos do 5.º ano obtiveram nota média de 196 pontos em Matemática – em, 2019, o desempenho do 5.º ano no Saeb era de 243 pontos. O governo paulista vinha registrando melhora gradual nesta série ao longo da década. Mas esse resultado agora é equivalente ao que a rede estadual tinha em 2007. Ou seja, os avanços no 5.º ano foram perdidos, de acordo com o novo estudo. Em Língua Portuguesa, os alunos do 5.º ano obtiveram 194 pontos no teste realizado no início deste ano. Em 2019, o resultado do Saeb para esta série era de 223 pontos. O nível de aprendizagem que os alunos têm hoje equivale ao que a rede estadual registrava 10 anos atrás.

No 9.º ano do ensino fundamental e no 3º. ano do ensino médio, também há prejuízos, tanto em Português como em Matemática, mas em escala menor do que o prejuízo verificado entre os estudantes mais novos. Uma das hipóteses é que alunos mais velhos têm autonomia maior para estudar em casa. Já entre os mais novos, o fechamento das escolas tem impacto ainda maior na aprendizagem.

O governo paulista também comparou o desempenho de alunos do 5.º ano com os resultados de uma prova estadual, o Saresp, aplicada para estes mesmos alunos quando eles estavam no 3.º ano do fundamental. Os resultados indicam que após 15 meses, os alunos estão em um nível de proficiência apenas levemente superior em Língua Portuguesa e menor em Matemática.

Em Matemática, um estudante do 3.º ano que fez 212 pontos no Saresp hoje tem nota 196, apesar de já estar no 5.º ano. “Não só não temos avanço como podemos ter regressão”, disse Rossieli. O secretário qualificou os retrocessos na Educação como uma “catástrofe”. Para Rossieli, os estudantes podem levar as dificuldades em Matemática até o fim do ensino médio.

Para superar as defasagens, o secretário reforçou a necessidade de que as escolas continuem abertas e apresentou um projeto de recuperação de aprendizagem, com a contratação de mais professores para reforço escolar. Segundo a pasta, 2.261 professores estão atuando com recuperação e mais 10 mil docentes ainda podem ser contratados.

Também deverá ser feita uma repriorização curricular, que significa colocar foco em habilidades consideradas essenciais para os alunos avançarem. No Centro de Mídias, plataforma do governo estadual para atividades remotas, haverá expansão da carga horária diária.

Como o Estadão mostrou, com o retorno de alunos às aulas presenciais em fevereiro, aumentaram as queixas de pais em relação às aulas remotas para quem ficou em casa. Segundo as famílias, há pouco acompanhamento dos professores da turma no Centro de Mídias. Na plataforma, docentes dão aulas para toda a rede de ensino, mas, segundo os pais, os alunos mais novos sentem falta do contato virtual direto com seus professores, que foram deslocados para as aulas presenciais.

De acordo com o governo, haverá acompanhamento semanal com grupos menores no Centro de Mídias. “Vamos ter professores para orientar estudantes que vão estar organizados em grupos de 8 a 12 alunos. Esse professor consegue focar nas principais necessidades e desafios daquele grupo”, explicou Bruna Waitman, coordenadora do Centro de Mídias. A pasta estima que frequentaram as aulas presenciais 1,1 milhão de estudantes, após o fim da fase emergencial no Estado de São Paulo – a rede tem 3,6 milhões de alunos.

Para Emily, de 10 anos, aluna de uma escola estadual na capital, não houve avanço na pandemia. No 5.º ano, ela mal sabe ler e escrever e não sabe fazer contas – só pelo celular. A menina já tinha dificuldades antes da pandemia e, com as aulas remotas, os problemas se agravaram. “Em casa não tem internet. Eles falam que vão colocar os pais em um grupo para passar atividades para fazer em casa, mas estou esperando faz tempo”, diz a mãe, Fabiana Rossi, de 30 anos. Ela também diz que faltam atividades de recuperação e atendimento psicológico. A menina voltou a ter aulas presenciais, mas vai apenas uma vez por semana – a escola só pode receber 35% dos alunos.

Na rede privada, impactos de aprendizagem também serão sentidos. Um dos diretores da Associação Brasileira de Escolas Particulares, Arthur Fonseca Filho destaca que “as perdas vão existir, do ponto de vista do sistema educacional como um todo, porque ele exige a atividade presencial. O que se faz de forma remota é um remendo diante da impossibilidade das aulas presenciais“. O diretor também aponta que a associação não presta nenhum tipo de orientação para as escolas particulares, mas que a rede interage para troca de métodos pedagógicos que estejam funcionando durante a pandemia.

Ainda sobre as perdas, Arthur esclarece que deve ser feita uma avaliação quando as atividades voltarem presencialmente, de forma efetiva, para todos os anos. Porém, ele garante que algumas mudanças devem impactar o processo educacional para sempre. “A aprendizagem mudou, não somente a relação dos estudantes com o acesso tecnológico. O processo de aquisição do conhecimento se tornou mais autônomo, isso é um ganho para os estudantes. Especialmente os maiores”, diz ele.

Resultados de São Paulo sugerem cenário ainda pior em outros Estados

O cenário atestado em São Paulo pode ser pior em outros Estados que ainda nem mediram o desempenho de alunos. “A Secretaria de São Paulo conseguiu estruturar uma resposta, errando, refazendo, melhorando. Se esses resultados aconteceram em São Paulo, que teve uma das melhores reações do País, o que dá para projetar para o resto do Brasil é uma situação muito mais crítica“, diz Priscila Cruz, presidente executiva do movimento Todos pela Educação.

Apesar da urgência de ações na área, especialistas veem omissão do Ministério da Educação (MEC) em projetos para garantir a volta segura às escolas e redução das defasagens. Segundo Priscila, a recuperação demanda investimentos em formação docente, revisão do calendário escolar e currículo, além de reformas físicas em escolas para que o retorno seja seguro. “Também é muito importante envolver os professores, em uma conversa aberta, desarmada. Colocá-los como parte da solução”, diz.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/

Um dia de mendigo

Por Ana Creusa

Final da década de 1950. Era festejo do glorioso São Sebastião. Igreja lotada. O padre Edmundo de frente para a cruz do altar e de costas para os fiéis, celebrava a Santa Missa em latim.

Terminada a missa, o pároco desceu do altar, reuniu os padrinhos e madrinhas em um círculo, para dar as instruções sobre o concorrido Batizado.

Desde à entrada na igreja, ninguém conseguia tirar os olhos da esposa do famoso advogado Joaquim. Ela estava vestida em um tubinho escarlate que, além de curto, deixava à mostra os fartos seios.

O santo padre não teve como ignorar a situação. Voltou-se ao marido, que estava muito bem trajado, de terno e gravata, então, poderia resolver o problema. Pediu-lhe gentilmente.

– Empreste seu paletó à sua esposa, para que eu possa dar seguimento ao Batizado.

O advogado fez ouvido de mercador. Continuava ereto, na sua pose de sempre.

– Cubra sua esposa com seu paletó, Doutor! Ordenou o padre.

Os presentes imaginaram que o orgulho do advogado seria a causa da recusa de se despir do apetrecho que fazia parte do seu costumeiro traje.

O advogado ainda pensou se aquela seria a melhor saída, ou se simulava alguma desculpa, típica do teatro do Tribunal do Júri.

Sem outra saída possível, o Dr. Joaquim resolveu obedecer ao padre e retirou seu paletó, bem devagarinho, com gestos indecisos.

Sob a admiração de todos, o advogado deixou à mostra uma camisa toda rasgada, que lhe sobravam apenas o colarinho, que segurava uma gravata de seda, e os punhos que ficavam à mostra quando levantava os braços.

A situação era constrangedora! Todos viram os farrapos que estavam sob aquele paletó de linho belga, vestido pelo rico advogado. Na ocasião, suas vestes imitavam ao de um mendigo, sem que tivesse a mesma humildade.

Os muitos afilhados ficaram órfãos das bênçãos do padrinho, pois o famoso advogado nunca mais pisou no município.

História passada de pai para filhos, por José dos Santos, patrono da Cadeira nº 24 da ALCAP.