IFMA oferta 760 vagas em licenciaturas para professores da educação básica

A pré-inscrição segue até o dia 7 de fevereiro, por meio da Plataforma Capes de Educação Básica.

O Instituto Federal do Maranhão (IFMA) está ofertando 760 vagas em cursos de licenciatura para professores da rede pública de educação básica. A oferta ocorre no âmbito do Plano Nacional de Formação de Professores para a Educação Básica (Parfor), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Há vagas para os cursos de Química (120), Ciências Biológicas (240), Matemática (160), Física (80), Artes Visuais (80) e Educação do Campo com terminalidade Matemática (80). As licenciaturas estão sendo ofertadas por 10 campi do IFMA, em 17 municípios de implantação. Professores de localidades vizinhas também podem se candidatar.

Os cursos serão ministrados nos municípios de Alto Alegre do Pindaré, Araioses, Cândido Mendes, Caxias, Colinas, Governador Archer, Lago da Pedra, Lago do Junco, Morros, Pinheiro, Santa Helena, Santa Luzia do Paruá, São Domingos do Maranhão, São João dos Patos, São Luís – Centro Histórico, Timon e Zé Doca.


Edital CAPES 08/2022 (e alterações)

Quadro de vagas

Plataforma Capes de Educação Básica

Manual de preenchimento do currículo


O processo de seleção envolve duas fases: pré-inscrição e validação da inscrição pela Secretaria Municipal de Educação. Após ler o edital, o interessado pode efetuar a pré-inscrição até dia 7 de fevereiro na plataforma Capes de Educação Básica. Segundo as normas da seleção, a pré-inscrição poderá ser realizada na licenciatura na qual o professor necessitar de formação e de acordo com a disciplina que ministra no município de sua lotação, conforme as informações constantes no currículo cadastrado.

Para participar do Parfor, os professores da rede pública de educação básica devem estar com os currículos cadastrados e atualizados na Plataforma Capes de Educação Básica até dia 7 de fevereiro. O resultado preliminar está previsto para dia 17 de abril, sendo o resultado final dos cursos aprovados divulgado até 12 de maio.

A seleção e a matrícula dos professores devem ocorrer no período de 15 de maio a 30 de junho, pelo IFMA. As aulas presenciais e orientações acadêmicas devem iniciar em agosto de 2023. O funcionamento dos cursos ocorrerá na forma presencial, aos finais de semana e durante o período de férias, com disciplinas intensivas, de acordo com calendário do IFMA em acordo com as Secretarias de Educação.

Em caso de dúvidas, o candidato pode procurar a Secretaria de Educação do seu município ou o campus do IFMA que esteja ofertando o curso. É possível também entrar em contato com a Capes/Parfor através da Central de Atendimento: 0800 61 61 61 – opção 7.

Como Portugal elevou sua educação às melhores do mundo: Pouco dinheiro, muito empenho

Com a alcunha de “estrela ascendente da educação internacional“, o país investiu nas pessoas que formam a comunidade escolar, especialmente as mães e as crianças de 0 a 6 anos.

Desde 2015, a União Europeia observa a ascensão educacional de um país que, a despeito de ainda sentir os efeitos de uma grave crise econômica e estar entre os mais pobres do bloco, chama atenção por seus resultados no principal teste internacional de educação.

Portugal conseguiu que seus alunos de 15 anos ficassem acima da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, organização também conhecida como “clube dos ricos”) nos domínios avaliados pelo Pisa: ciências, leitura e matemática.

Aliás, desde que o exame começou a ser aplicado pela OCDE nos anos 2000, a cada três anos, Portugal avança um “bocadinho”.

Assim, há pelo menos uma década e meia, o país europeu mantém essa trajetória nos seus resultados e é o único do continente que melhora seu desempenho a cada ano.

Nem mesmo nos períodos mais duros da última grande crise, com a redução de investimentos e o ajuste fiscal imposto pelo Fundo Monetário Internacional, pelo Banco Central Europeu e pela Comissão Europeia, essa evolução cessou.

É tamanha a consistência de resultados que Portugal hoje recebe informalmente a alcunha de “estrela ascendente da educação internacional” – e fez isso sem apostar em nenhuma grande estratégia educativa, mas investindo nas pessoas que formam a comunidade escolar, especialmente as mães e as crianças de 0 a 6 anos.

Apesar dos resultados positivos, a interpretação é de que ainda há muito a melhorar. A recomendação do professor António Gomes Ferreira, diretor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, é ter prudência na leitura dos dados.

“O Pisa traduz uma boa evolução, mas não uma boa colocação: Portugal está apenas ligeiramente acima da média da OCDE, ocupando um lugar simplesmente mediano”, afirma.

Entre os 72 participantes no teste, a pontuação de Portugal na última avaliação foi oito pontos superiores à média em ciências, cinco pontos em leitura e dois pontos em matemática – esta última diferença não é considerada estatisticamente significativa.

A colocação final dos alunos portugueses foi 17º lugar em ciências, 18º em leitura e 22º em matemática – o que posiciona o país entre os melhores do mundo, mas distante ainda do desempenho dos sistemas educacionais de referência globais, como Cingapura, Finlândia, Hong Kong, Canadá e Suíça.

“O que o Pisa e outras avaliações nos mostram é que Portugal está num patamar de país desenvolvido, mas ainda longe de acompanhar os que estão no topo”, diz Gomes Ferreira, que coordena o Grupo de Políticas Educativas e Dinâmicas Educacionais do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século 20 (CEIS20). Dados de 2019.

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/ e https://renatocasagrande.com/

Enem Digital vai ofertar mais de 100 mil vagas

Modalidade digital contará com atendimentos especializados.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou, nesta terça-feira (1º), à Agência Brasil, que a versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano ofertará 101.100 vagas e terá novos recursos disponíveis como prova ampliada, prova superampliada, prova com contraste e locais de prova com acessibilidade para pessoas com deficiência.

Ontem (31) o Inep anunciou a realização das provas do Enem 2021 para os dias 21 e 28 de novembro. Segundo o instituto, os editais das duas versões do exame – impressa e digital – estão prontos e serão publicados nesta semana. O período de inscrições para o Enem 2021 será de 30 de junho a 14 de julho.

De acordo com a instituição, nesta edição, as provas da modalidade impressa e digital serão aplicadas no mesmo dia. Ainda de acordo com o Inep, a participação dos “treineiros” na versão impressa está garantida.

Pandemia
Tanto o Inep quanto o consórcio aplicador das provas estão monitorando os locais de realização do exame a fim de garantir o cumprimento das medidas sanitárias de prevenção contra a covid-19, como o distanciamento social. Os aplicadores estudam o aumento do número de municípios onde o exame é realizado.

Fonte: Agência Brasil.

EDUCAÇÃO: A pandemia gera várias desigualdades

A pandemia do novo coronavírus teve grande impacto na educação brasileira em 2020. A suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares evidenciou uma série de desigualdades, deixando, inclusive, estudantes sem atendimento. A publicação Retratos da Educação no Contexto da Pandemia do Coronavírus – Um olhar sobre múltiplas desigualdades reúne cinco estudos, realizados entre maio e julho de 2020, que se propuseram a coletar dados e depoimentos sobre o ensino no país. 

“A ideia é ter um material que traga as visões de diferentes atores, como foi esse período para os professores, como foi para os pais, como foi para os gestores, em se tratando de tomada de decisão para a educação. Assim, passar uma visão completa de qual foi o cenário educacional nesse período”, explica o diretor-fundador do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Faria, um dos participantes do estudo.

A compilação pode, de acordo com Faria, servir como subsídio para que redes de ensino e escolas possam se preparar melhor para 2021. “[A pandemia] é um período que gera várias desigualdades. A gente precisa entender quais desigualdades são essas para daí poder tentar se antecipar a alguns problemas, como a evasão dos alunos”, diz.

Uma das pesquisas que integram a publicação, realizada pela Fundação Lemann, o Itaú Social e Imaginable Futures, mostra que, três meses depois do início da suspensão das aulas presenciais, ainda havia cerca de 4,8 milhões de estudantes, o equivalente a 18% do total de alunos do ensino fundamental e do ensino médio da rede pública, que não teriam recebido nenhum tipo de atividade, nem por meios eletrônicos, nem impressos.

Além disso, mais de quatro em cada dez estudantes, o equivalente a 42%, não teriam, segundo seus familiares, equipamentos e condições de acesso adequados para o contexto da educação não presencial. Ficaram também evidentes desigualdades regionais. Enquanto quase sete em cada dez estudantes do ensino médio na Região Sudeste tiveram aulas online mediadas por seus professores, essa proporção foi de pouco mais de quatro em cada dez nas regiões Nordeste e Sul.

Um dos grandes impactos a ser sentido ainda este ano, de acordo com Faria, poderá ser o aumento da evasão escolar daqueles que não seguirão estudando em 2021. Mais de um em cada quatro jovens do ensino médio já pensou em não voltar para a escola ao final do período de suspensão das aulas, segundo estudo realizado pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e por parceiros.

Com análise e texto de Ana Lúcia Lima, da Conhecimento Social, integram a publicação a Fundação Carlos Chagas, Fundação Roberto Marinho, Fundação Lemann, o Itaú Social, Instituto Península e Iede. O estudo está disponível na íntegra na internet.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao.

Professores brasileiros recebem menor salário inicial entre países da OCDE

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil é o país com o menor salário inicial anual pago aos docentes do ensino fundamental e médio em comparação com todos os demais países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo o relatório, o Brasil pagava, em 2017, um salário inicial de US$ 13.971 por ano aos seus professores do ensino fundamental e médio, enquanto no Chile, por exemplo, os educadores recebiam um piso de US$ 23.429 no ensino fundamental. Como os países da OCDE pagam em média um salário básico maior para o ensino médio e no Brasil o salário é o mesmo para todas as etapas da educação básica, a distância entre a remuneração dos professores brasileiros e a média da OCDE (US$ 34.534) fica ainda maior para esse nível.

A Síntese mostra também que, embora a maioria dos municípios houvesse aprovado plano de carreira para o magistério (95,7%), mais de um quarto deles não tinha definido o piso salarial do magistério público em lei municipal. A pesquisa mostrou, também, que apenas 38,8% dos municípios possuíam plano de carreira para os profissionais da área de serviços e de apoio escolar como o inspetor de alunos, merendeira e os funcionários administrativos.

Os dados mostram ainda que 69,5% dos municípios recorreram somente à indicação política para a escolha dos diretores de escola da rede municipal. Houve uma queda de 4,9 p.p. em comparação com 2014 (74,4%). A educação não é a panaceia da sociedade brasileira. É uma junção de várias políticas sociais, não só na escola, mas para reduzir a desigualdade nacional. A partir do momento que distribuir mais renda, o sistema educacional será mais igual”, concluiu a analista do IBGE.

A educação não é a panaceia da sociedade brasileira. É uma junção de várias políticas sociais, não só na escola, mas para reduzir a desigualdade nacional. A partir do momento que distribuir mais renda, o sistema educacional será mais igual”, concluiu a analista do IBGE.

Fonte: Site do IBGE

Abandono escolar é oito vezes maior entre jovens de famílias mais pobres

Não é novidade para os brasileiros que a renda familiar determina os percentuais de abandono e atraso escolar dos jovens de 15 a 17 anos. Na evasão escolar, 11,8% dos jovens mais pobres tinham abandonado a escola sem concluir o ensino médio em 2018. Esse percentual é oito vezes maior que o dos jovens mais ricos (1,4%).

No país, cerca de 737 mil pessoas nessa faixa de idade estavam nessa situação no ano passado. A pergunta é: há perspectiva de amenizar esse quadro? quais medidas estão sendo tomadas? É fato que o índice de educação determina o desenvolvimento econômico e social de uma Nação.

Os dados acima são da Síntese de Indicadores Sociais 2019, divulgada ontem pelo IBGE. Com um percentual de 7,6% para o país, a evasão dos adolescentes atingia 9,2% no Norte e Nordeste e era menor no Sudeste (6%). O fenômeno era maior na zona rural (11,5%) do que na urbana (6,8%), entre homens (8,1%) do que mulheres (7%) e era maior entre pretos ou pardos (8,4%) do que brancos (6,1%).

Segundo a analista do IBGE Betina Fresneda, depois da universalização do ensino fundamental na década de 90, os problemas de desempenho e desigualdade educacional por renda e cor ou raça estão no ensino médio e superior.

“Idealmente, o sistema de ensino devia oferecer igualdade para todos, independentemente da origem, para que a pessoa pudesse desenvolver seus potenciais. Mas ele reflete a estrutura social do país. Estudos mostram que quanto mais igual o país menos desigual o ensino”, explicou. Fonte IBGE.

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