O vice-presidente da República, Hamilton Mourão esteve em São Luís nesta tarde de quinta (05), ele explicou sobre os próximos passos para o Conselho Amazônia Legal: “Não devemos ficar só no discurso, temos que ter a prática”, afirmou ele. O dia se concluiu com uma reunião com o governador do Maranhão, Flávio Dino. Pela manhã do mesmo dia, Mourão visitou os Governadores do Pará e Amapá.
Mourão assumiu o Conselho Nacional da Amazônia Legal, após decreto do presidente Jair Bolsonaro. O Decreto foi assinado pelo presidente no dia 11 de fevereiro e transferiu o conselho do Ministério do Meio Ambiente para a Vice-presidência. Segundo Mourão, governadores serão consultados.
O vice-presidente falou que o objetivo agora é observar se haveria algum tipo de desperdício de recurso, já que foi disponibilizado mais de R$ 400 milhões para investir na situação das queimadas.
Outro ponto é ouvir as propostas de cada um dos governadores. “Eu quero ouvir a visão dos governadores, as suas principais prioridades, de modo que quando fecharmos o planejamento no dia 25 de março, eu tenha condições de abarcar os problemas principais de uma forma coordenada”, afirmou o vice-presidente
Sobre a suposta exclusão dos governadores, vice-presidente afirmou que o governo tinha uma prioridade no momento de apressar as coisas e não desperdiçar recursos federais. Esse ato de ir em cada estado e ouvir seus representantes veio após os próprios governadores reconhecerem essa necessidade, que agora estaria sendo melhor difundida entre todos os poderes.
“Eles têm a voz, viemos apresentar o planejamento para que eles [os governadores] ratifiquem ou retifiquem aquilo que estamos colocando como prioridade. A nossa grande prioridade é a luta contra o desmatamento e as queimadas, e todos concordam nisso, então qualquer ruído de comunicação inicial já foi superado”, declarou Mourão.
“Eu estou terminado hoje esse circuito muito satisfeito, muito entusiasmado e com o apoio total dos governadores ao trabalho que estamos realizando. Estou indo em todos os estados para ouvir os seus governadores, as visões e prioridades de cada estado”, comentou Hamilton Mourão após a reunião com Flávio Dino.
Quanto à organização e planejamento foi discutida a necessidade da integração das Secretarias de Meio Ambiente, Ibama, institutos de terras e do Incra, para que exista um aumento da capacidade de controle e fiscalização. Mourão destacou que a falta de uma organização fundiária é a principal causa das queimadas, pois não existe quem culpar.
“Essa questão de queimada está muito ligada a uma questão fundiária, pois aí você não consegue responsabilizar, você não sabe a quem pertence a terra, com todos os problemas recorrentes dessa situação que a gente enfrenta”, afirmou o vice-presidente da República.
O Plano Amazônia Legal O conselho foi criado em 1995 com o governo de Fernando Henrique Cardoso, mas somente no governo Bolsonaro foram realmente levantadas essas questões. Quando questionado sobre o período de 25 anos que o projeto foi deixado de lado, Mourão afirmou que o atual governo resolveu refazer em um plano mais enxuto e coordenado. Ele explicou que cada departamento tem suas prioridades, e a necessidade de coordenar todos os ministérios para que os esforços não sejam dispersos.
Quanto à contribuição do Maranhão. O Maranhão tem uma porção do território da Amazônia e diversas reservas indígenas. Mourão ressaltou o Programa Maranhão Verde, que trata de reorganizar a repartições de terra e títulos nos estados.
Ele declarou que esse projeto deve ser levado a outros estados, que devem tomar iniciativas parecidas, já que essa troca de informações e experiências pode ser benéfica e ajudar no avanço de todo o processo e organização do Conselho Amazônia.
Fontes: Jornal O Imparcial (reportagem de Matheus Werneck); G1; DOU e site da SEMA.









Eu plantava junto com meu avó e meus primos os caroços de milho e ajudamos os tios no plantio da maniva, minha avó e minha bisa plantavam o feijão e o arroz, meus tios plantavam maniva e maxixe. Deles o que mais demorava era a maniva, ao chegarmos, meu avó e meus tios pegavam os troncos das manivas secas e decotavam, ou seja, cortava todos em tamanhos pequenos e iguais, com auxilio do facão ou patacho e um tronco de árvore que era colocado transversalmente apoiado em uma pendoveira. Juntávamos os pedaços de maniva com tamanho de um palmo e colocávamos nos cofos, os destinados a plantá-las amarravam o cofo nas cinturas.
No mês de abril íamos colher as espigas de milho, era a parte que mais gostava, pois pensava logo em comê-las assadas, cozidas, feitas pamonhas e canjicas. Minha avó separava as espigas moles serviam para comer cozida, um pouco mais dura, assávamos ou eram raladas para fazer canjica ou pamonha, as muito duras eram utilizadas para alimentar as criações de galinha, pato e porco.
