MATINHA, TERRA ENCANTADA

Autor CésarBritoImagem de Internet

Guardiana

Nas águas do Piraí…

Luar de prata, índios se abrigam lá na mata,

Desbravadores viajantes se encantam com a beleza,

Dessa terra verdejante, lindos campos, Cacoal e exuberante mangal;

Mata frondosa, paparaúba, ingá, cajá, bacuri, bacurizinho, goiaba araçá,

Terra gloriosa, caneleira, Axixá, sumaúma, Ervacidreira, jatobá,

Mata nativa, mata formosa, Enseada da Mata, mata, Matinha,

Subia o Genipaí a tribo dos Criviris, sob as águas do Caiada descansa Jaibara, sombra, água fresca, cachaça tiquira e juçara;

Caboclo meche a farinha com suor e alegria, parcela que teve o negro, com trabalho e devoção, importante integrante dessa miscigenação,

Levanta Santa Maria, o melaço belo dia, Vida doce, que alegria,

Esperança e Boa Fé abençoa Frei Antônio o Engenho Nazaré,

Enseada Grande no Lago Aquiri, tudo é lindo por aqui, capim boiador, agapéua, língua de vaca, pajé, orelha de veado, brilha arroz do campo, Balcedo, espelho d’água que encanto, espia o rosto mãe Iara, Reforma, Jacarequara, Sembal, Os Paulos, Charalamba, Cotias, Curral de Vara, São José dos Araras e também Ponta da Capivara,

Em São José de Bruno tem Felicidade, Antônio Augusto que saudade, meu padrinho sua benção, que Deus te guarde nessa nova dimensão.

Poucos lembram de Osmundo e Marco Camaleão, da passagem de um rio, muitas águas no grotão, resta ainda uma ponte que um dia foi passagem, no tempo uma viagem, para aqueles que ainda lembram, apenas recordação, pois a mata recobriu onde foi habitação,

Meia Légua, Malhada Grande, Caminho do fio, em Cafusa é beira campo e Roque ainda tem peixe e bastante algodão do campo, por lá canta bem-te-vi, bico de brasa, Curica e Bico de Ferro, menino, pé no chão, pé de moleque, pé de chinelo, saliva doce caramelo, sobe a Rampa dos Meireles até o alto da pedra, Monte Cristo, suplica meu Bom Jesus, Graças, Aleluia, Azevedo, Salva Terra agricultor, boa safra está por vir, te apega a Santa Rita, Santa Tereza, São Francisco, Contenda, esperança e Bom Fim, Valei-me meu Santo Antônio, São Raimundo, São Caetano, abençoa quem aqui está, quem já esteve e quem está por vir,

Ponta Grossa de Baiardo, Campinas, Coroatá, Nova Brasília, Cabaceira, Preguiças, Roma e Mendonça e até Ponta do Chá, Olho

PERI-MIRIM: CAMPEÕES DE REDAÇÃO DO ENEM – OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) fez um levantamento dos alunos do município de Peri-Mirim, para fins de registro e para que falassem um pouco sobre as suas trajetórias de estudos para chegar aos resultados magníficos na Nota do ENEM em Redação. A tarefa foi cumprida pela confreira Giselia Martins e Diêgo Nunes.

Até o momento, foram levantados os alunos os nomes dos seguintes estudantes:

  1. ANA CAROLINA PEREIRA – Instituto Federal de Educação;
  2. EMELI KAUANY – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  3. FÁBIAN GRAZIELLE FERREIRA GOMES – Instituto Federal de Educação;
  4. HEMILLY TAICYELLE – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  5. ISTEFFANY LETÍCIA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  6. KAWÃ EDUARDO FRANÇA – Instituto Federal de Educação;
  7. OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho e 
  8. SHALANA CÂMARA FRANÇA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho.

 

Conheça e história de OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA que recebeu a Nota 980 na Prova de Redação do ENEM. Em entrevista à ALCAP declarou que: “E 2012 o meu ano de conclusão do ensino médio, fiz o ENEM nesse ano pela primeira vez e vendo meu resultado foram péssimas notas e no ano de 2013 e 2014 não diferiu, pois não me preparei adequadamente.

No ano de 2014 tomei a decisão de me alistar no Serviço Militar para poder pagar meus estudos em São Luís porque a capital possui muitos cursos pré-vestibulares, porém, somente em 2019, após ser transferido de Alcântara para São Luís, ingressei em um cursinho de Redação e, enquanto trabalha buscava forças para estudar.

Nesse ano (2019), minha nota redação subiu, mas não cheguei aos 900 pontos. Em 2020 veio a pandemia, aproveitei o tempo em casa para usar plataformas online de estudos que uso desde então, onde assistia inúmeras, aulas fazia questões e praticava redação fazendo até duas por semana e refazendo após a correção dos professores.

O estudo de todas as áreas de conhecimento foi essencial para chegar na minha nota de 940 nesse ano porque o tema da redação ENEM é sempre um problema social e estatal em que entra a Sociologia, Filosofia e pode ser usado dados geográficos como os sensos e históricos; no ano de 2021 veio 960 e em 2022, a Nota 980.

Vou continuar estudando até atingir a média que quero, agradeço primeiramente a Deus e todos, minha família e especial minha mãe Graça Maria e meus professores do CE Artur Teixeira de Carvalho em especial Professor Hilário, Juciléa, Yole, Manuel, Batista, Nicó e Marizinha.

Gostaria de ter em 2012 a mentalidade que tenho hoje sobre a importância dos estudos na vida das pessoas e a mudança que causa e repito: você que tem um sonho corra atrás, busque melhorar sempre, estude e dedique-se que os resultados vão chegar. Hoje com a democratização da internet o que chamamos de era digital é excelente para os estudos, desde que o acesso seja feito da forma correta, podemos aprender muito”. 

PERI-MIRIM: CAMPEÕES DE REDAÇÃO DO ENEM – HEMILLI TAICYELLE PEREIRA

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) fez um levantamento dos alunos do município de Peri-Mirim, para fins de registro e para que falassem um pouco sobre as suas trajetórias de estudos para chegar aos resultados magníficos na Nota do ENEM em Redação. A tarefa foi cumprida pela confreira Giselia Martins.

Até o momento, foram levantados os alunos os nomes dos seguintes estudantes:

  1. ANA CAROLINA PEREIRA – Instituto Federal de Educação;
  2. EMELI KAUANY – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  3. FÁBIAN GRAZIELLE FERREIRA GOMES – Instituto Federal de Educação;
  4. HEMILLY TAICYELLE – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  5. ISTEFFANY LETÍCIA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  6. KAWÃ EDUARDO FRANÇA – Instituto Federal de Educação;
  7. OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho e 
  8. SHALANA CÂMARA FRANÇA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho.

 

Conheça e história de HEMILLI TAICYELLE PEREIRA recebeu a Nota 920 na Prova de Redação do ENEM. Em entrevista à ALCAP declarou que: “tenho 18 anos, dei início os meus estudos na escola Jardim de infância.

O pequeno príncipe onde frequentei a escola por três anos, logo depois fiz somente o primeiro ano do ensino fundamental na escola Keila Abreu Melo, a partir do segundo ao nono ano estudei na escola Carneiro de Freitas onde concluí o ensino fundamental, em seguida ingressei na escola Artur Teixeira de Carvalho onde realizei a conclusão do ensino médio”.

PERI-MIRIM: CAMPEÕES DE REDAÇÃO DO ENEM – SHALANA CÂMARA FRANÇA

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) fez um levantamento dos alunos do município de Peri-Mirim, para fins de registro e para que falassem um pouco sobre as suas trajetórias de estudos para chegar aos resultados magníficos na Nota do ENEM em Redação. A tarefa foi cumprida pela confreira Giselia Martins.

Até o momento, foram levantados os alunos os nomes dos seguintes estudantes:

  1. ANA CAROLINA PEREIRA – Instituto Federal de Educação;
  2. EMELI KAUANY – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  3. FÁBIAN GRAZIELLE FERREIRA GOMES – Instituto Federal de Educação;
  4. HEMILLY TAICYELLE – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  5. ISTEFFANY LETÍCIA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  6. KAWÃ EDUARDO FRANÇA – Instituto Federal de Educação;
  7. OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho e 
  8. SHALANA CÂMARA FRANÇA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho.

 

Conheça e história de SHALANA CÂMARA FRANÇA recebeu a Nota 920 na Prova de Redação do ENEM. Em entrevista à ALCAP declarou que: “Tenho 18 anos, comecei a estudar na escola Jardim de infância O Pequeno Príncipe onde concluí o maternal, logo após estudei na escola municipal Keila Abreu Melo apenas um ano do ensino fundamental menor e concluí meu ensino fundamental na escola municipal Carneiro de Freitas, posteriormente, ingressei no Centro de Ensino Artur Teixeira de Carvalho onde efetuei meu ensino médio.

Sempre me dediquei muito aos estudos, dava o meu melhor ao apresentar os seminários e gosto de aprender coisas novas. Eu cresci, e ao longo dos anos mudei a perspectiva de vida, mudei os planos, o foco e os objetivos.

Hoje, eu estou prestes a viver aquilo que achei pouco provável e que muitas pessoas disseram ser impossível. Quero sempre ir em busca daquilo que sempre sonhei e  me tornar uma excelente profissional na área da Medicina Veterinária.

Sonho em proporcionar uma vida agradável às minhas mães (Ana e Zilda ) que sempre me apoiaram, e que nunca mediram esforços para me ajudar quando necessário”, concluiu.

MATINHA E SEU MITO DE CRIAÇÃO

Autor João Carlos*

Matinha é uma simpática cidade, distante 240 quilômetros da capital, São Luís. Pertence à microrregião da Baixada Maranhense, possui uma população estimada em 22 mil habitantes, foi desmembrada do município de Viana, e teve sua emancipação política em 15 de fevereiro de 1949.

São 74 anos de vida, dessa emancipação tão esperada por todos os moradores da povoação Matinha, a mata pequena. 15 de fevereiro, uma data a ser guardada em nossos corações, uma história que tem em João Amaral da Silva, o Juca Amaral, tio Juquinha, como carinhosamente o chamávamos, sua principal figura.

Segundo a Sociologia, toda sociedade, cidade ou cultura têm o seu mito de criação, que se torna simbólico, eternizado na História, assim foi com Roma, e seus gêmeos Rômulo e Remo; São Luís, com sua serpente; Viana, a índia Ana, etc.

Matinha também tem a sua: A Caneta de Ouro, uma caneta de ouro puro comprada por tio Juquinha, só para que fosse assinado o ato emancipatório. Conta-se que esta valiosa caneta desapareceu misteriosamente após a evento. Verdade, mentira? Não importa, os mitos não têm o objetivo de reafirmar verdades ou mentiras, e sim demonstrar a posteridade, um aspecto marcante. da trajetória de um povo, de um herói.  É exatamente isto que este episódio representa, a abnegação, o sentimento de amor que o nosso mais ilustre conterrâneo dedicava  a sua terra, abrindo mão de custos financeiros, para alcançar seu objetivo, nossa libertação do jugo vianense.

Nesses meio século e dezenove  anos de idade, nossa terra teve como prefeitos: Manoel Antônio da Silva (prefeito nomeado); Aniceto Mariano Costa  (1º prefeito eleito); João Amaral da Silva; Benedito Silva Gomes; José Conceição Amaral; Francisco das Chagas Araújo, Raimundo Silva Costa, Pixuta (1º mandato); José Estácio Baia Silva; Aldenora Borges; Manoel de Jesus Amaral; Aristóteles Passos Araújo (1º mandato); Raimundo Silva Costa, Pixuta (2º mandato); Raimundo Freire Cutrim; Raimundo Silva Costa, Pixuta (3º mandato); Aristóteles Passos Araújo (2º e 3º mandatos (foi reeleito); Marcos Robert Silva Costa, Beto Pixuta (1º mandato); Emanoel Rodrigues Travassos, Dr. Emano; Marcos Robert Silva Costa (2º mandato) e Linielda Nunes Cunha – Linielda de Eldo (2º mandato).

Uma cidade com muitos filhos ilustres. No ano de 2017 alguns destes filhos fundaram a AMCAL – Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras, a denominada casa de Astolfo Serra, com objetivo de fomentar as artes e as letras do município. Matinha hoje tem no seu distrito de Itans uma referência nacional em termos de aquicultura e criação de peixes em cativeiro. Esse fator eleva atualmente o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) para 31º lugar entre as 217 cidades do Estado do Maranhão.

PERI-MIRIM: CAMPEÕES DE REDAÇÃO NO ENEM – FÁBIAN GRAZIELLE FERREIRA GOMES

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) fez um levantamento dos alunos do município de Peri-Mirim, para fins de registro e para que falassem um pouco sobre as suas trajetórias de estudos para chegar aos resultados magníficos na Nota do ENEM em Redação. A tarefa foi cumprida pela confreira Giselia Martins.

Até o momento, foram levantados os alunos os nomes dos seguintes estudantes:

  1. ANA CAROLINA PEREIRA – Instituto Federal de Educação;
  2. EMELI KAUANY – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  3. FÁBIAN GRAZIELLE FERREIRA GOMES – Instituto Federal de Educação;
  4. HEMILLY TAICYELLE – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  5. ISTEFFANY LETÍCIA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  6. KAWÃ EDUARDO FRANÇA – Instituto Federal de Educação;
  7. OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho e 
  8. SHALANA CÂMARA FRANÇA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho.

 

Conheça e história de FÁBIAN GRAZIELLE FERREIRA GOMES recebeu a Nota 920 na Prova de Redação do ENEM. Em entrevista à ALCAP declarou que: “Tenho 17 anos. A maior parte da minha família – como minha vó, pai, mãe e tios – são professores, então eles sempre me incentivaram a ler e a estudar desde pequena. Iniciei a vida escolar com dois anos e estudei a vida inteira em escolas públicas.

Fiz o ensino fundamental inteiro na Escola Municipal Carneiro de Freitas, onde tive contato com professores incríveis e que me ajudaram a evoluir muito em meus estudos. Quando eu finalizei o 9º ano, passei em 1° lugar para o IFMA do Campus Pinheiro, onde cursei o 1° e 2° ano do ensino médio.

Em 2022 fui transferida para o IFMA do Campus Monte Castelo, onde concluí o ensino médio. Hoje eu sou técnica de Informática e estou em busca do meu sonho de ser médica e poder cuidar das pessoas. Sou imensamente grata por toda a trajetória que percorri para tentar alcançá-lo e sei que essa nota na redação foi apenas um começo e o fruto dos meus esforços. Fico feliz de contar a minha trajetória acadêmica e espero que ela possa inspirar outras pessoas a buscarem os seus sonhos”.

PERI-MIRIM: CAMPEÕES DE REDAÇÃO NO ENEM – KAWÃ EDUARDO FRANÇA

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) fez um levantamento dos alunos do município de Peri-Mirim, para fins de registro e para que falassem um pouco sobre as suas trajetórias de estudos para chegar aos resultados magníficos na Nota do ENEM em Redação. A tarefa foi cumprida pela confreira Giselia Martins.

Até o momento, foram levantados os alunos os nomes dos seguintes estudantes:

  1. ANA CAROLINA PEREIRA – Instituto Federal de Educação;
  2. EMELI KAUANY – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  3. FÁBIAN GRAZIELLE FERREIRA GOMES – Instituto Federal de Educação;
  4. HEMILLY TAICYELLE – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  5. ISTEFFANY LETÍCIA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho;
  6. KAWÃ EDUARDO FRANÇA – Instituto Federal de Educação;
  7. OSEAN MAXIMILYAN CÂMARA PEREIRA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho e 
  8. SHALANA CÂMARA FRANÇA – Centro Educacional Artur Teixeira de Carvalho.

 

Conheça a história de KAWÃ EDUARDO FRANÇA recebeu a Nota 940 na Prova de Redação no ENEM, em entrevista à ALCAP, declarou que “vou contar um pouco da minha vida na escola. Comecei meus estudos no Jardim de Infância o “Pequeno Príncipe”, onde tive os primeiros aprendizados.

Tive um pouco de dificuldade em permanecer na escola sem a presença da minha mãe, o que é normal quando somos pequenos e o nossa rotina muda de repente. Depois de concluir todo o ensino primário na escola supracitada, passei um curto período na escola Keila Abreu, antigo Tarquinho. Fui transferido para a escola pela qual tenho um enorme carinho e apreciação, Carneiro Freitas. Lá, os profissionais me ensinaram a ser uma pessoa dedicada e esforçada com os estudos. Aliás, como muitos professores e servidores falavam: “o estudo é a principal ferramenta de transformação e melhoria dos indivíduos/cidadãos“, e hoje acredito que estão certos.

Cursei todo o meu ensino fundamental nessa escola, pois sabia que lá era o local certo para me tornar um jovem com uma perspectiva de futuro. Além disso, não posso deixar de ressaltar a natureza competitiva dos meus amigos que lá fiz, o que alavancou nosso desempenho não só no quesito notas, mas também em outras atividades, como gincanas.

E destaco minha primeira professora de redação, a Prof.ª  Maria de Lourdes, a qual devo toda a minha admiração e respeito. Em seguida, fui estudar na Escola Estadual Artur Teixeira de Carvalho, onde novamente fui transferido. Depois de tanto esperar, consegui passar na segunda chamada no seletivo do Instituto Federal, no Campus Pinheiro. Sair do meu município de residência afim de continuar meus estudos mostrou-se um novo desafio para mim.

No entanto, com o advento da pandemia, parte considerável dessa educação se deu de forma remota. Ainda assim, consegui concluir com êxito todo o ensino médio. Depois de retornar presencialmente, conheci brilhantes professores e servidores que, assim como na antiga escola (Carneiro de Freitas), incentivavam os alunos.

No IFMA, fiz alguns projetos e viagem. Fui líder de turma e vice-presidente do Grêmio Estudantil, que foi reestruturado graças aos esforços meus e de valiosos amigos. Só tenho a agradecer a todos dessa escola, em especial aos professores que sempre me ajudaram em redação: a Prof. Dra Maria Isabel, ao Prof.Msc Antônio Meneses e a Prof. Msc Lívia Fernanda. Enfim, deixo o agradecimento aos professores que participaram da minha vida acadêmica, aos meus amigos e a minha família por sempre me apoiarem”. concluiu.

SER, APENAS SER

Por César Brito*

“Viver com naturalidade nos torna filhos da natureza. Fazer parte de tudo, ser um só, apenas ser e deixar que outros sejam”.

Como decifrar o enigma desse mundo de sonhos misteriosos que nos rodeiam, enquanto buscamos simplesmente viver a vida? Viver com naturalidade nos torna filhos da natureza. Ver, sentir, ouvir, tocar, consumir, aceitar, entender, suportar, nos faz parte de tudo, o segredo de ser um só, apenas ser e deixar que outros sejam, difícil entender essa linha divisória que nos separa das indagações que está em todas as coisas e em tudo que há vida.

Curioso é, que quando chegamos próximo de entender e sem alternativas aceitar, sentimos o amor em sua mais pura essência por tudo e por todos, finalmente a confirmação, a esfinge, mas, já é final…

Devemos, portanto, em meio a vida e esperança viver com amor e muita emoção que faz com que haja sentido, que valha a pena, que tenha razão.

O coração que canta na alegria, no encanto, na fartura no celeiro, é o mesmo que lamenta angustiado, que grita, rugi com a alma em desespero.

É preciso espojar-se ao sentir o orvalho das noites, a brisa das manhãs e os primeiros cantos dos pássaros, o deslumbrante nascer do sol, os ventos, as chuvas, as nuvens, as estrelas, o bailar das folhas, o frescor sonolento, o abraço e o sorriso, o aroma das flores, do café e das cores, as boas novas, o amor, a inspiração e a poesia que nos leva ao longe e nos faz sentir as bençãos do criador.

Devemos sorrir e cantar nos momentos de alegria no coração, assim como sofremos e lamentamos na angústia e no desespero.

A ilusão da afortunada segurança proveniente da prosperidade, da sorte dos desertores do Senhor, que envaidecidos bendizem e exaltam supostas divindades e santidades, reflexo do ceticismo do ímpio ao refugiar-se à sombra da mesa posta na fartura, no deleite dos banquetes com delícias regadas a muitas bebidas, vinhos finos e aromáticos dedicados ao sommelier, em tom às vezes irônico, cínico, simpático, poético, ressoa em cada taça a expressão da arte, enchendo seus corações de emoção e alegria passageira, na intencionalidade da aparente perspectiva da vida, sem olhar pros lados, distantes da luz, do equilíbrio e daquilo que os levariam ao possível direcionamento mais justo, verdadeiro e preciso.

Seria, portanto, o mesmo que comer e continuar a sentir fome, beber e não saciar a sede, rejubilar-se em meio a indiferença, a insegurança e ao profundo sentimento de remorso e vergonha ao deparar-se com as sombras do verdadeiro prisma da vida. Surgem então, novos sentimentos ao estímulo da humildade, como o arrependimento, os pedidos de perdão, juras vazias e secretas, já que os erros e desencontros de outrora serão banalizados e esquecidos, já não lhes volverão ao espírito, o passado não será lembrado.

Novas vidas surgirão, amigos se vão outros que vêm, novos caminhos e edificações, a semente que brota ao cair no chão, sempre haverá um novo dia e uma nova contemplação, novos frutos, mais alegrias e a desilusão.

Isso mesmo, de mãos dadas, caminhando lado a lado sempre estará o lobo e o cordeiro, o dia e a noite, a alegria e a tristeza, a água e o braseiro, a sorte e a sua falta, descontração e a dor, a ira e o amor, a vida e a partida, o destino, o sul e o norte.

*Carlos César Silva Brito (Presidente da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão-SCLMA).

ZÉ NINGUÉM E ZÉ ALGUÉM …

Por Zé Carlos Gonçalves

CENAS DO COTIDIANO

A cidade, agitada, não dorme. Está, impotente, a ver a noite passar. O silêncio deixa-a só e parte rumo ao continente do descanso.

O galo, gaiato, “saído não se sabe de onde, rasga um canto desafinado”, a agitar a manhã, que vem surgindo apressada, e a enfurecer o corpo tão mal dormido.

No pulo da cama, o mirrado “zé ninguém” cega-se à casa. Não enxerga a companheira nem os filhos nem o seu fiel cachorro, comprado em dez vezes, sem juros. Só lhe resta um pedaço de pão, duro, a lhe rasgar a fome, que não teve tempo de se saciar com a fria marmita.

A cidade furiosa e insana lhe vai sugando a já combalida energia; e “zé ninguém”, que se autofagiou e se perdeu da família, busca numa tentativa, desesperadora, alimentar as contas bancárias estranhas e, cada vez, mais famintas.

O dia finda-se. Lá, fora, só resta a pressa de “voltar pra casa”. Mergulhado no mar de gente, alimenta o banguela e voraz ônibus, que lhe devora a força já tão débil. Desenxerga quem está sentado ao lado; desenxerga a praça e a a sua rosa solitária, dorminte, no canto esquerdo do jardim; desenxerga a sisuda ponte, a suster-se nas marés altas de muitas luas; desenxerga até a solícita praia, a lhe chamar, e lhe chamar, e lhe chamar. Vai. Vai alheio, sem um qualquer pensamento seu.

A noite, em sua ligereza, lhe “come” o sonho, perdido em um sono tão sobressaltado e vacilante, à espera “do gaiato galo” rodar a roda viva de uma outra e apressada manhã. Manhã, que talvez nem venha clamar por “zé ninguém”!

CENAS DO COTIDIANO II

No povoadozinho, dormia um sono solto e acompanhava os seus, ainda que esgotado da insana lida.

Do velho e esperado galo, esperava o canto, a despertar a barra do dia, no espetáculo mais espetacular de todos os outros espetáculos. Um mar de cores.

Os passarinhos, mais sábios que nós, despertavam felizes, a agradecer a nova alvorada. O fantástico e ensurdecedor alarido rasgava os sentidos de “zé alguém” em todos os tons!

Ao bem-ti-vi, alerta e canoro, só restava atiçar-lhe o sentido em todos os sentidos.

Pelo telhado, uma verdadeira peneira, invadiam-se tantos e tantos “raiozinhos de sol”, a gritarem que o “desacordar” chegava. Era hora de começar a labuta de todo dia.

Na casa de forno, o apogeu. O beiju, a exalar em todos os olfatos, ia “zumbinizando” o faminto do alimento sagrado.

A manhã seguia tranquila. E, de repente, só era quebrada a calmaria, com o mesmo grito, da mesma hora, a oferecer tudo. A dona de casa, alheia às suas preocupações, corria à porta e abastecia a faminta despensa, as suas panelas e fartava todas as bocas, que choramingavam em volta de sua saia.

A tarde, calma e dormente, era invadida pela verdadeira Babel. Piiróóléé, piiruuliitoo, algoodãoo dooce, piipoocaa. Fazia-se a mágica. Garrafas e litros brotavam em profusão. O escambo mais doce e justo realizava-se; e a saciedade a afogar a fome, que estava ali, sempre a espreitar.

À noite, o cabecear de sono era obra da velha Telefunken e do velho rádio Semp, que amoleciam o corpo, já tão em frangalhos; mas que dormia, sonhava belos sonhos e, até, contava co’outra promissora alvorada.

“Zé alguém” podia, enfim, ir labutar de novo!

A AMCAL segue sua trajetória de sucesso

Por Ana Creusa

O Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM) participará da posse solene dos membros da Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras – AMCAL, que ocorrerá dia 18 de fevereiro (domingo). Na ocasião o Presidente da AMCAL, César Brito, se filiará ao Fórum da Baixada.

Durante o evento, o FDBM colocará à disposição dos matinhenses exemplares do Livro ECOS DA BAIXADA, o qual contém crônica do acadêmico João Carlos, folha 101 do livro.  O Livro Ecos da Baixada é composto por 32 (trinta e duas) crônicas e artigos sobre a Baixada.

Nesse compasso, vale à pena recordar a história de sucesso da AMCAL, cuja criação deu-se no dia 29/07/2017, em sessão solene dirigida por Fátima Travassos, presidente da Academia Vianense de Letras – AVL.

Conforme prevê o Estatuto, a Academia é composta de 40 (quarenta) acadêmicos, titulares das respectivas cadeiras, sendo eles: Alan Rubens Silva Sá; Arquimedes Soeiro Araújo; Carlos César Silva Brito; Doralice Souza Cunha; Edleuza Nere Brito de Souza; Emanoel Rodrigues Travassos; Euzébia Silva Costa; Ezequias Nascimento Cutrim; Helena de Jesus Travassos Araújo; José Antônio Alves da Silva Cutrim; João Carlos da Silva Costa Leite; João Meireles Câmara; Luís Kleber Furtado Brito; Manoel Santana Câmara Alves; Maria Zilda Costa Cantanhede; Maria de Jesus Serra Ferreira; Maria Madalena Nascimento; Osmar Gomes dos Santos; Padre Guido Palmas; Pedro Carlos dos Santos; Raimunda Silva Barros; Simão Pedro Amaral e Valdemir dos Santos Amaral.

Na ocasião da Sessão Solene de criação, foi eleita a primeira Diretoria da AMCAL, com mandato de 02 (dois) anos, permitida a reeleição, com a seguinte composição: Carlos César Silva Brito – Presidente; Edleuza Nere Brito de Sousa – Vice-Presidente; Maria Zilda Costa Cantanhede – 1° Secretária; Maria de Jesus Serra Ferreira – 2° Secretária; João Carlos da Silva Costa Leite – 1° Tesoureiro e Simão Pedro Amaral – 2° Tesoureiro.

A AMCAL promoveu um evento de muita repercussão e sucesso no dia 16/09/2017, em parceria com a gestão municipal de Matinha, Fórum da Baixada, Associação Maranhense de Escritores Independentes – AMEI e Feira do Livro do Autor e Editor Maranhense – FLAEMA, a Academia promoveu a Amostra Cultural de Matinha no São Luís Shopping.

O evento marcou, efetivamente, o início das atividades da Academia Matinhense, com promoção de danças, reuniu pessoas para falar de suas raízes, do seu sentimento de pertencimento, do histórico de lutas, de suas tradições, do orgulho de ser baixadeiro, com seu linguajar peculiar, que marcadamente o destaca e o diferencia, porém, costumeiramente, gera discriminações e preconceitos.

Reconhecendo a importância da AMCAL, o FDBM, dia homenageou a AMCAL no dia 19/12/2017, com entrega de uma Comenda, pelos relevantes serviços prestados à cultura baixadeira e por ser a mais recente academia criada na Baixada Maranhense, criada sob a filosofia da inclusão das diversas modalidades de manifestação cultural.

A AMCAL segue sua trajetória de sucesso, com mais uma vitória: no último dia 08/02/2018, o presidente da AMCAL, César Brito, foi eleito Tesoureiro da Federação das Academias de Letras do Maranhão (FALMA).

O povo matinhense está de parabéns pela atuação de sua academia de ciências, artes e letras que cumpre seu papel de fomentar esses valores, de forma inclusiva e participativa. Parabéns aos acadêmicos que serão empossados no dia 18 de fevereiro.