CARNAVAL NÃO É PARA AMADORES

Por Zé Carlos Gonçalves

CENAS DO COTIDIANO VII

Quis aposentar CENAS DO COTIDIANO, mas não deu. É verdade. Muitos pedidos dos amigos mais próximos e, sim, uns acontecimentos últimos “me fizeram me trair”.

O importante é que quero sair do carnaval, porém esse “diacho de bicho”, insistente, não deixa. Teima mais é em revelar a fragilidade ou a má fé de um “prinspe”, assim, não tão “real”. “Prinspe” ausente, a ir brincar em outro carnaval. E, só para os entendidos, há mais carnaval a curtir que a vã filosofia administrativa.

E como carnaval não é para amadores, “me vi cantarolano ‘acorda e veim fazê café, o dia já veim raiano e a puliça já tá in pé”. É que Lampião, quem diria, romantizou-se em “um herói do carná”. E o pouco, a que assisti da apuração das notas, me levou a imaginar a alegria dele, o Lampião (que, como rezam as lendas, era um inveterado festeiro, esse “filho do cangaço”, para não insultar a santa p…), ao ouvir a inconfundível voz, que já se eternizou na Globo, a gritar dez. Deez, deez, deez! Parece, até, uma saraivada de balas, a ricochetear em minha mente, tão abismada com “o resgate” do bandoleiro, “que causava arrepio até na cabeleira do mandacaru”.

Por ironia, temo. Em não ser cancelado por me referi, assim, ao “campeão do carnaval”. Como bem dizia no meu tempo de criança: “Não vou nem comer hoje!” E, com essa, é melhor me esconder lá, “nos cafundós do Judas”, para não receber o benefício feroz de “um papo amarelo”. “Cruz credo!”

Não sei se emprego “agora ou então”. “Muletas”, que vêm salvando “muitas gentes” na hora de começar a dizer. Mas, vou, sim, com a primeira ante à total antipatia à segunda. É, mai gódi! “Agora”, cismado eu fiquei mesmo, ao assistir, no JM TV, à uma reportagem, em plena quarta-feira de cinzas. Até pensei que atenderam os meus apelos e boicotaram os ferrys. Retornaram à Ponta da Madeira, quase vazios. Aí, até “um absurdo” imaginei. Como seria bom essa realidade “se instituir” após o carnaval! Há de haver “um pouquinho de alento” aos baixadeiros tão sofridos. Quis ficar contente; mas, então, descobri que a tal recusa na tão propagandeada gratuidade tinha outro, e mais sábio, motivo. Afinal, de louco e de bobo nem o momo. E “a pedida da hora” era “esticar o feriado”. Só não cuidaram de avisar ao Gestor-Mor que “a volta”, já que ninguém é besta, só no domingo. Haja dor de cabeça ao amigo C_s_m_r_!
A verdade é que 2023 só irá começar após os lava pratos! Será, adivinhão?!

Eita, povinho pilantra!

Imposto de exportação sobre petróleo cru, anunciado por Haddad, é alvo de críticas do setor

Ministro informou que a cobrança de imposto de exportação sobre óleo cru deve gerar uma arrecadação de R$ 6,6 bilhões e terá um impacto de 1% no lucro da Petrobras

Criação de imposto sobre óleo cru deve garantir arrecadação e estimular refino interno de combustíveis no país.

RIO E SÃO PAULO – A medida anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de taxar as exportações de petróleo cru – ou seja, sem refino – por quatro meses, a fim de complementar a receita prevista com a reoneração parcial sobre combustíveis, foi criticada pelo setor.

Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), principal representante do setor no País, “a tributação das vendas externas, mesmo de forma temporária, pode impactar a competitividade do país a médio e longo prazos, além de afetar a credibilidade nacional no que tange à estabilidade das regras”.

Haddad informou que a cobrança de imposto de exportação sobre óleo cru, que sai de zero para 9,2%, deve gerar uma arrecadação de R$ 6,6 bilhões e terá um impacto de 1% no lucro da Petrobras.

De acordo com o IBP, a indústria de óleo e gás representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. A estimativa de investimentos gira em torno dos US$ 180 bilhões ao ano na próxima década, com a criação de mais de 445 mil postos de trabalho diretos ou indiretos. “As exportações de petróleo são o terceiro item mais importante da balança comercial brasileira, sendo responsável por um superávit de US$ 65 bilhões nos últimos quatro anos”, informou o IBP.

“A criação desse novo imposto também afeta as perspectivas de aumento da produção de petróleo, uma vez que o produto será onerado e sofrerá uma maior concorrência de países que não tributam a commodity”, afirmou. O presidente da Enauta, Décio Oddone, também disse ao Estadão/Broadcast que a decisão é negativa e vai contra o objetivo de expandir a produção de petróleo no Brasil. “A criação de uma tributação sobre exportação pode afetar a concretização de investimentos no aumento da produção, prejudicando a arrecadação, as exportações e a geração de empregos no futuro”, disse o executivo.

O sócio da Tendências Consultoria e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega questionou a medida. “Vejo isso como uma forma disfarçada de reduzir o lucro da Petrobras”, disse o ministro. “Não faz mais sentido o Brasil ter um imposto sobre exportações”.

https://www.terra.com.br/

Idoso se arruma todo dia para visitar esposa que perdeu a memória e vídeo viraliza

Por Vitor Guerras

Quem nunca ouviu aquela máxima de que o amor move montanhas e supera obstáculos? Um exemplo disso são os avós de Catalina, uma menina que viralizou no TikTok ao apresentar a belíssima história de amor entre seu vovô e a vovó. Junto há 59 anos, o casal compartilha vitórias, dores e muito amor. Não faltam histórias!

E ele faz um pedido especial para sua companheira. “Nunca pare de olhar para mim”, afirma emocionado.

Nos últimos 15 anos, a avó da menina sofre com a perda de memória, apagando lenta e gradualmente as lembranças. Mas o avô da garota, sempre apaixonado pela mulher, não desanima: jamais deixar de visitar a esposa e para tanto se arruma como na época em que eram namorados.

Catalina posta vídeos com frequência sobre a história de amor que une os avós Edgar Enrique, de 86 anos, e María Alicia, de 82. “Meu avô se arruma todas as manhãs para visitar minha avó no quarto. Ele tem 86 anos e ela 82. Eles estão casados há mais de 59 anos. A vida foi difícil para eles porque há mais de 15 anos minha avó adoeceu. Embora tenha perdido a memória, ela reconhece meu avô”, afirmou.

Amor rotineiro

O amor do avô de Catalina pela sua esposa é tão grande que o idoso arrumou um jeito de nunca ser esquecido pela companheira. Todos os dias de amanhã, antes de entrar no quarto para visitar sua amada, o vovô embeleza todo.

No vídeo compartilhado nas redes sociais pela neta, é possível ver o idoso penteando o cabelo frente a um espelho de mão.

A cena segue mostrando o encontro maravilhoso entre os dois e a avó de Catalina fica super feliz em ver seu parceiro com quem divide mais de 50 anos de vida. O avô ainda conta piadas e beija sua amada, enquanto ela ri e aceita os carinhos.

Para Catalina, a relação entre os dois é a mais pura definição de amor. “Se você me perguntar o que é o amor, minha resposta é: Olhe para os meus avós”, afirmou a jovem.

Amor

Eles moram em Buenos Aires, na Argentina. Encantada com o amor que une os avós, Catalina se derrete ao definir o sentimento.  “Se me perguntarem o que é o amor, direi ‘olha meus avós’, aquele olhar que diz tudo sem precisar dizer nada”, escreveu Catalina.

Edgar Enrique nasceu em Tandil, mas muito jovem se mudou para Buenos Aires para estudar Medicina, onde conheceu María Alicia, uma professora de jardim de infância. Eles logo se apaixonaram. “Eles se conheceram pela primeira vez através de amigos em comum sem querer”, disse Silvina, filha do casal, ao VíaPaís.

Após a aposentadoria de Edgar Enrique, os planos eram viajar. Mas tudo mudou com a doença de Maria Alícia.

“Quando papai se aposentou, eles pensaram que iam viajar de motorhome, barraca ou caminhão, mas naquele momento ele percebeu que minha mãe estava começando a ficar confusa, a memória dela estava começando a falhar”, disse Silvina.

Apaixonado pela mulher, Edgar adaptou sua vida com base na de María Alicia. “É a forma de agradecê-lo por tudo que fez por ele”, disse Silvina. “Ele cuida dela, não tem hora que ele não faz o que se vê no vídeo. Se ele for ao médico, ele volta e faz a rotina. Ele a tem como uma rainha: quando a mãe o vê, seu rosto se ilumina.

O amor também é cuidar. “O amor que eles têm um pelo outro é o mais normal do mundo porque eu cresci com isso. Sinto que as pessoas ficam desesperadas e é só paciência. Meu avô sempre foi contra levá-la para a casa de repouso, embora fosse o mais fácil, ele sempre foi contra e, graças a isso, acreditamos que minha avó ainda está conosco”, disse Catalina.

@katiuska.bg

El amor de ellos dos ???????? #amor #abuelostiktokers #abueloseternos #fypage #foryou #fyp #argentina #reallove #lovestory

♬ Repeat Until Death – Novo Amor

Fonte: https://www.sonoticiaboa.com.br/

Filmes para assistir sobre o assunto: Perda de memória: 10 filmes que retratam o tema de forma incrível (guiadasemana.com.br)

A VALENTE VÓ SEBASTIANA

Por Zé Carlos

(… um pedacinho do paraíso, antes da luz elétrica).

Os baixadeiros, por muitas vezes, só encontramos a paz e a beleza plenas em nossos verdes campos. Campos, que nos atestam com o seu mais autêntico silêncio, a nos gritar e nos revelar em nossos mais aflitos momentos de procura e autoafirmação. E, ante tão acolhedora atmosfera, o certo é que podemos encontrar o sentido da vida.

A vida simples, que seguia sem preocupação, ao ritmo das leves pancadas de vento, a invadir a alma longínqua e esquecida da enseada, lá, no miolo do Cafundoca, que não se cansa, ainda, de desejar o rio Pericumã.

O dia se arrastava, à espera da explosiva miríade de tons, e Sebá já se encontrava firme na lida. Tão enleada em uma cantiga toda sua, ainda que vagarosa e montada em seus muitos e muitos anos, varria o terreiro; e o papeiro voraz e borbulhante esperava o café torrado romper fervura, para temperar o início do seu dia.

Sacra enseada, sacudida pelo burburinho ensurdecedor da passarada, acordava e gerava vida pulsante, a alimentar a velha cabocla em sua labuta de todo instante.

As tacurubas, descansando do calor da fome, e mudas, se encaravam tão famintas das panelas, que dormitavam nas estacas do velho jirau de pau a pique; assim, tão desejosas das ardentes chamas, que por demais lhes queriam.

A pedrês calava o cacarejo, já repousante no molho pardo, a “dar sustança aos piquenos, doidinhos” por um pirão de parida.

O cachorrinho, enrolado em sua magreza, parecia ter suas costelas rasgando o imundo couro, tão maltratado pelas coivaras, na caça aos tatus.

A nesga de terra, queimada, antes das primeiras chuvas, rebentava viçosa, “na parição” do arroz, feijão, macaxeira, maxixe, quiabo, jerimum, uns pés de milho, amendoim; a garantir a fartura do ano inteiro.

“À boquinha da noite”, o angu, competindo com o cachimbo e a lamparina, rescendia-se ansioso pelas histórias, que se repetiam, noite a noite, a embalar “os piquenos” em fantasias, embaralhadas no fio tênue da ficção e da dura realidade, tão marcante em cada um deles.

Um pedacinho do paraíso se esqueceu ali. E vó Sebastiana, incorporada nele, se arrastava com a certeza certa de que a sua alma dependia disso para continuar entre os seus.

PALAVRAS DITAS E NÃO DITAS

Por Sodré Neto

Um bom começo pode ser extraído do conto de Guimarães Rosa, A terceira margem do rio, ao dizer que “nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação”. Assim era Zé Santo, a quem peço vênia para chamar, a partir de agora, de Papaizão.

Nascido em 2/2/22, natural de Palmeirândia e criado na Jurema em Peri-Mirim, Papaizão, aos dezoito anos, já assumia as rédeas da família em virtude da perda de sua mãe. Aqui, percebo que a precocidade de sua paternidade permitira o desenvolvimento de tudo o que se sucedeu. Os acontecimentos não foram fáceis, mas, para ele, não precisavam ser. “Mar calmo nunca fez marinheiro experiente”. E, assim, a vida o fez um almirante de primeira!

Comunicar não é sair verbalizando tudo e Papaizão sabia disso como poucos. Lembro-me dos momentos em que nos sentávamos todos à mesa para almoçar – vestidos com camisa, é claro! – e, por alguma ou outra razão, começámos a tagarelar. Evidente era o desrespeito àquela hora sagrada que ele ensinara com seus agradecimentos silenciosos sobre o prato de comida. Bastava que ele repousasse a sua colher sobre o prato para sabermos que o limite havia sido ultrapassado. Se ele levantasse a vista, pronto! A vergonha se instalava entre nós.

Mas nem sempre gestos são suficientes e palavras precisam ser ditas. Ele também sabia disso. Aliás, em toda nossa história, acabei não conseguindo descobrir o que ele não sabia. Mas voltemos às palavras. Com a precisão de um neurocirurgião, Papaizão proferia, sussurrava e até disparava palavras, tamanha era a sua destreza com elas. Com o tom perfeito para cada ocasião. Não me lembro de tê-lo visto gritar com alguém que estava perto. Não porque lhe faltava capacidade ou estridência, mas porque lhe sobrava sabedoria.

E, ainda tratando das palavras de Papaizão, me lembro das muitas histórias contadas quando nos sentávamos num mocho para que ele cortasse os nossos cabelos. Do que não me lembro – porque não acontecia – era dele repetir os contos, salvo se houvesse pedido nesse sentido.

Não posso deixar de mencionar que Papaizão não confrontou o tempo, como muitos de nós o fazemos. Eles se aliaram. Lembram daqueles almoços sagrados em silêncio? Pois é, continuaram sempre sagrados, mas deram lugar a risos e boas conversas. As inarredáveis rugas se apresentaram no rosto, mas a velhice nunca lhe tocou o coração.

As conversas e histórias sobre a sua meninice não saíram de cena. Entretanto, surgiram piadas sobre Barack Obama. Ele viveu em um tempo atemporal. E, se vivesse mil anos, falaria de carros voadores como conversava sobre uma plantação de maniva.

Enganam-se aqueles que acham que sua sabedoria se esvaiu com seu corpo. Hoje, a sua descendência fala – ou cala! – seguindo os passos de Papaizão. Não com a mesma habilidade, é bom que se diga. Carregamos marcas indeléveis de sua educação, de seu caráter e de sua integridade.

Com estas reflexões sobre as palavras, por pertinência, registro os parabéns pelos 3 anos da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense, trazendo as lembranças do nosso estimado patrono da cadeira nº 24, José dos Santos.

IPVA MARANHÃO 2023: HOJE (03/03) ÚLTIMO DIA PARA PAGAMENTO COM DESCONTO DE 15%

O Governo do Maranhão, por meio da Portaria nº 84/2023, da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), prorrogou, excepcionalmente, até sexta-feira (3), o prazo para pagamento antecipado do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), relativo ao exercício 2023, em cota única, com desconto de 15%.

A medida se deu pela alta quantidade de acessos na emissão do Documento de Arrecadação (DARE), nesta terça-feira (28). Com objetivo de oferecer aos contribuintes mais tempo para realizar o pagamento com desconto, o governador Carlos Brandão ofereceu mais dias para o contribuinte aproveitar o benefício de 15% para pagamento em cota única.

O contribuinte não precisa se deslocar às agências de atendimento da Sefaz para emissão do IPVA. A consulta dos valores por modelo de veículo pode ser feita na página do IPVA, no portal da Sefaz, clicando no menu “IPVA 2023/Débitos Anteriores”.

O pagamento do IPVA pode ser feito nos bancos Caixa, casas lotéricas, Bradesco, Banco do Brasil e seus respectivos correspondentes. Uma novidade que vai facilitar ainda mais para os contribuintes é o pagamento do IPVA via PIX, pelo QR Code informado no DARE – Documento de Arrecadação.

Quem não optar pelo pagamento à vista com 15% de desconto tem a opção de parcelar o IPVA em até 3 cotas, sendo a primeira com vencimento no mês de março de acordo com o final da placa, ou pagar em cota única, porém sem desconto de 15%. As cotas devem ser quitadas em ordem crescente, de forma que o pagamento da segunda cota fique condicionado ao pagamento da primeira e, assim, sucessivamente.

Caso haja atraso no pagamento das referidas cotas, estas poderão ser quitadas com acréscimo de multa e juros moratórios calculados a partir do vencimento das mesmas.

Mais informações podem ser obtidas na página do IPVA: https://sistemas1.sefaz.ma.gov.br/portalsefaz/jsp/pagina/pagina.jsf?codigo=23

Créditos do Nota legal podem ser utilizados para abater IPVA 2023

Consumidores cadastrados no programa Nota Legal podem utilizar o módulo de resgate de créditos para abatimento do IPVA 2023. O resgate de créditos pode ser feito até o dia 30 de março de 2023 para pagamento parcelado e o valor a ser resgatado está limitado a 50% do valor do IPVA.

Para utilizar o crédito, o consumidor deverá acessar o site do Programa Nota Legal (http://notalegal.sefaz.ma.gov.br) e selecionar a opção “Acessar Sistema” e informar o CPF e a senha de acesso.

Em seguida, clicar na guia “Resgatar Créditos” > “Crédito de Notas” >, “Abatimento IPVA” > “Selecionar o veículo cadastrado” > informar o valor a ser abatido (até o limite de 50% do valor do IPVA).

Ao clicar em ”Confirmar”, o consumidor não poderá cancelar a operação.

Para gerar o boleto de pagamento do IPVA acesse o site da Sefaz (portal.sefaz.ma.gov.br), clicando no menu “IPVA 2023/Débitos Anteriores”. Imprima o boleto e pague na rede bancária credenciada até a data de vencimento.

Cuidado com links maliciosos

Contribuintes devem ter atenção ao realizar consulta e pagamento do IPVA 2023 por sites de busca. Nesta terça-feira (28), um falso link de consulta, semelhante à página do IPVA 2023, foi encontrado. O endereço oficial do sistema de consulta e pagamento do IPVA no Maranhão tem domínio https://sistemas1.sefaz.ma.gov.br. Qualquer outro endereço diferente é malicioso.

Para sua segurança, opte acessar o sistema por meio dos portais oficiais da Secretaria de Fazenda (portal.sefaz.ma.gov.br) e do Detran/MA (http://www.detran.ma.gov.br/).

Fonte: https://www.ma.gov.br/

A DESCENDÊNCIA DE JOSÉ DOS SANTOS

Levou para aquela terra seus filhos, seus netos, suas filhas e suas netas, ou seja, toda a sua descendência. Gênesis 46:7.

José dos Santos é o patriarca da Família Martins Santos, ele conservou em si a ideia primordial da Paz, pregando que todas são irmãos entre si, filhos de um único Pai. Seu maior desejo era ver a família sempre unida.

Pregava em parábolas, falava que os irmãos devem se unir como feixes de varinhas que juntas não poderiam ser quebradas, mas, se separadas seriam facilmente quebradas. 

Até 20 de dezembro de 2021 José dos Santos contabilizou 81 (oitenta e um) descendentes, sendo 11 (onze) filhos, 31 (trinta e um) netos, 35 (trinta e cinco) bisnetos e 7 (sete) tataranetos, conforme abaixo:

F I L H O S

  1. FRANCISCO XAVIER MARTINS DOS SANTOS
  2. ADEMIR DE JESUS MARTINS DOS SANTOS (in memoriam)
  3. CLEONICE DE JESUS MARTINS SANTOS
  4. EDMILSON JOSÉ MARTINS DOS SANTOS
  5. ADEMIR MARTINS SANTOS
  6. RICARDINA MILITINA DOS SANTOS PIRES
  7. MARIA DO NASCIMENTO MARTINS DOS SANTOS
  8. ANA CREUSA MARTINS DOS SANTOS
  9. ANA CLÉRES SANTOS FERREIRA
  10. JOSÉ MARIA MARTINS SANTOS
  11. CARLOS MAGNO MARTINS SANTOS (in memoriam)

 

N E T O S

  1. FRANK XAVIER AMORIM DOS SANTOS
  2. FREDSON AMORIM DOS SANTOS
  3. FÁBIO AMORIM DOS SANTOS
  4. FRANCILDA AMORIM DOS SANTOS
  5. FRANCILENE AMORIM DOS SANTOS
  6. FRANCISCO XAVIER MARTINS DOS SANTOS FILHO
  7. JOSÉ DOS SANTOS NETO
  8. SUELY CAMPOS SANTOS
  9. SUZILENE CAMPOS REGADAS
  10. KAROLAYNE SUELMA TORRES OLIVEIRA
  11. SUELMA CAMPOS SANTOS
  12. EDMILSON JOSÉ MARTINS DOS SANTOS JÚNIOR
  13. MARIA AMÉLIA SANTOS FERREIRA
  14. ARTUR MAGNO CÂMARA MARTINS SANTOS
  15. ANA CARINA CÂMARA MARTINS SANTOS
  16. DILCIMARA NASCIMENTO SANTOS BENTES
  17. ADEMIR MARTINS SANTOS JÚNIOR
  18. DILCIANE NASCIMENTO SANTOS
  19. TALITA ÁGAPE MOURA SANTOS
  20. MICHELLE DOS SANTOS PIRES
  21. EVANDRO GOMES PIRES FILHO
  22. MARCELLE DOS SANTOS PIRES
  23. JOSÉ EDSON DOS SANTOS JÚNIOR
  24. MARCUS ANDRÉ MARTINS DOS SANTOS
  25. GUSTAVO MARTINS DOS SANTOS
  26. AIRTON LUÍS MARTINS MOTA
  27. ALANA MARTINS MOTA
  28. JOSÉ SODRÉ FERREIRA NETO
  29. PAULO VICTOR SANTOS FERREIRA
  30. AMANDA BAHURY BARROS SANTOS
  31. ANA CAROLINA SILVA MARTINS

 

B I S N E T O S

  1. ANA LÚCIA ALMEIDA MARTINS SANTOS
  2. NICHOLAS RHAMON NUNES DOS SANTOS
  3. JÚLIA VICTÓRIA NUNES DOS SANTOS
  4. LARA VITÓRIA PEREIRA DOS SANTOS
  5. CLARA LORRANY DOS SANTOS RIBEIRO
  6. NÁDILLA RASNAN DOS SANTOS PAIXÃO
  7. JOSÉ HEITOR DOS SANTOS PAIXÃO
  8. JHONATHA MESSI SANTOS BECKMAN
  9. ANNY MARISTELLA GONÇALVES
  10. THAYLLA VITÓRIA DINIZ DOS SANTOS
  11. ANA BEATRIZ THEMÍSTOCLES SANTOS
  12. JOSÉ GUILHERME LIMA SANTOS FERREIRA
  13. EDUARDO DOS SANTOS BRITO
  14. MARCOS ANTÔNIO DE JESUS LOUZEIRO SEGUNDO
  15. MATHEUS CAMPOS DOS SANTOS
  16. FRANCISCO NEVES REGADAS NETO
  17. MAX SWEEDEL OLIVEIRA DOURADO
  18. STEFHANNY DE TÁSSIA OLIVEIRA DE SOUZA
  19. MAURÍCIO HENRIQUE OLIVEIRA SOUZA
  20. MICHAEL BRUNO CAMPOS SANTOS
  21. ÁGATA NASCIMENTO SANTOS BENTES
  22. LANNA BEATRIZ VIEIRA SANTOS
  23. LUCAS VIEIRA SANTOS
  24. MARIA CLARA FIGUEIREDO SANTOS
  25. HANNA LETÍCIA NASCIMENTO SANTOS
  26. GABRIEL SANTOS ALVES
  27. DAVI CARVALHO ABREU DOS SANTOS
  28. JOÃO PEDRO ABREU DOS SANTOS
  29. ISADORA SOARES PEREIRA MARTINS
  30. ALICE SOARES PEREIRA MARTINS
  31. ESTELLA CASTRO MARTINS DOS SANTOS
  32. JOÃO LUCAS CASTRO MARTINS DOS SANTOS
  33. SARAH EMANUELLY MOURA MARTINS
  34. PAULO RICARDO MOURA MOTA
  35. MANUELA ROCHA SANTOS SODRÉ

 

T A T A R A N E T O S

  1. PAULO ROBERTO FIGUEIREDO GOMES BRITO
  2. MARIA EDUARDA FIGUEIREDO GOMES BRITO
  3. MIGUEL BUZAR CAMPOS
  4. LARA BUZAR CAMPOS
  5. CARLOS GABRIEL SILVA DA COSTA
  6. SOPHIA GABRYELLA SOUZA
  7. ISA KAROLAYNE SANTOS OLIVEIRA
  8. IZA OLIVEIRA REGADAS

Luz del Fuego infernizou a vida da família tradicional brasileira durante as décadas de 1940 e 1950

Conheça a história de Dora Vivacqua, a mulher que infernizou a vida da família tradicional brasileira durante as décadas de 1940 e 1950. Adepta do naturismo e com histórico de frequentes enfrentamentos ao sistema de costumes da época, Luz Del Fuego, como ficou conhecida, chegou a ser presa e internada em clínicas psiquiátricas, reclusões ocorridas em consequência de suas posições perante a sociedade conservadora brasileira.

Dora Vivacqua nasceu em 21 de fevereiro de 1917, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Décima quinta filha de uma influente família da região, cresceu em meio a políticos, empresários e intelectuais e, desde a infância, chamou a atenção por seu jeito rebelde e por não seguir os padrões esperados por sua família. Na adolescência, era conhecida por provocar os rapazes e criticar o jeito recatado das irmãs.

Tornou-se conhecida nos anos 40 e 50, apresentando-se como bailarina em circos e teatros e realizando espetáculos marcados pela sensualidade, nos quais aparecia nua ou seminua e com cobras enroscadas no corpo. Adotou o nome artístico Luz Divina, o qual acabou modificando, por sugestão do palhaço Cascudo, para Luz del Fuego, marca de um batom argentino recém-chegado ao país. É com esse nome que se tornará uma das vedetes mais conhecidas dos anos 50 no Brasil, uma precursora do feminismo e a primeira defensora do naturismo no país.

Era uma mulher impetuosa, que sabia se impor não só nos palcos, mas também fora deles, defendendo opiniões ousadas para a época, como o divórcio, por exemplo. Vestindo-se com ousadia e envolvendo-se em diversos relacionamentos, seu comportamento causava constrangimento à tradicional família da qual fazia parte e acabou levando-a a duas internações psiquiátricas. A primeira delas, no início dos anos 30, quando morava com sua irmã Angélica e foi assediada pelo cunhado. Flagrada pela irmã, ela foi considerada culpada e internada em um hospital psiquiátrico de Belo Horizonte, onde passou dois meses internada e foi diagnosticada como esquizofrênica. A segunda internação ocorreu algum tempo depois, quando morava com seu irmão Archilau. Certo dia, apareceu em casa com apenas três folhas de parreira cobrindo os seios e duas cobras-cipós cobrindo a púbis, ao ser repreendida pelo irmão, jogou-lhe um vaso de cristal na testa e foi internada em uma clínica psiquiátrica no Rio de Janeiro.

Tornou-se famosa em 1944, momento em que passou a se apresentar no Circo Pavilhão Azul, no qual se apresentava de forma muito sensual em companhia de duas jiboias. Ela foi a primeira artista a aparecer nua no palco, o que lhe rendeu uma prisão e o pagamento de multa na delegacia, além de uma longa ficha de atentado ao pudor.

Dentre as muitas manchetes que fazem referência a Dora Vivacqua em jornais da época, é possível encontrar menção ao dia em que foi expulsa do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, durante um baile de Carnaval no qual se fantasiou de “Noivinha Pistoleira” e deu tiros de revólver no teto do teatro, ou, ainda, o dia em que parou o Viaduto do Chá, em São Paulo, por apresentar-se nua, com cabelos e pelos tingidos de verde-esmeralda, para a divulgação de um show no qual interpretava Iemanjá.

Em 1947, Luz del Fuego lançou o romance autobiográfico “Trágico Black-Out”, fazendo duras críticas ao casamento e apresentando descrições sexuais. A obra enfureceu seu irmão, o senador Attilio Vivacqua, que mandou queimar grande parte dos exemplares do livro.
Em 1949, publicou seu segundo romance, “A verdade nua”, e começou a defender explicitamente o naturismo. No mesmo ano, lançou o Partido Naturalista Brasileiro (PNB), que tinha como principais bandeiras o divórcio, a defesa da mulher e o naturismo. Embora não tenha conseguido o registro do partido, pediu ao então ministro da Marinha, Renato Guilhobel, a concessão de uma ilha para criar um clube de nudismo.

Del Fuego conseguiu a concessão e passou a ocupar a ilha Tapuama de Dentro, localizada próxima de Paquetá, na baía de Guanabara. O lugar, rebatizado como Ilha do Sol, passou a sediar o primeiro clube naturista da América Latina, tornando-se um lugar frequentado por astros de Hollywood e contando com mais de 200 sócios.

Após o golpe de 64, o clube de Luz Del Fuego começou a entrar em decadência e, em 1967, ela o fechou, mas continuou vivendo lá com seu caseiro Edgar. Após denunciar à polícia pescadores que estavam fazendo uso de explosivos ao redor da ilha, Luz e seu caseiro foram assassinados pelos irmãos Alfredo e Mozart Teixeira Dias, no dia 19 de julho de 1967. Morta com golpes de remo, seu corpo foi aberto à faca, amarrado em pedras e jogado ao mar. Os corpos foram encontrados apenas em agosto e os pescadores acabaram confessando o crime e sendo presos.

Atualmente, a Ilha do Sol está abandonada, mas a história de Luz del Fuego foi eternizada em um filme de 1982, nos versos de uma música de Rita Lee e na memória de muitos daqueles que acompanharam sua vida ousada e a sua determinação em defesa de suas ideias e projetos.
“Eu hoje represento o segredo/ Enrolado no papel/ Como Luz del Fuego/ Não tinha medo/ Ela também foi pro céu, cedo!”

Texto – Adriana de Paula / Joel Paviotti

Jovem que começou a falar aos 11 anos, torna-se professor universitário

"Qualquer coisa vai dar certo, desde que você persista o tempo suficiente". 
Conrado Adolpho.

O professor Jason Arday, 37, não falou até os 11 anos depois de ser diagnosticado com autismo.

Só conseguindo escrever depois dos 18, Jason Arday torna-se o primeiro professor de origem africana mais jovem da história da consagrada Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

Aos 37 anos, o acadêmico desafiou a sorte e ultrapassou todos os limites que especialistas previam para ele. Imagina a felicidade ao receber o telefonema com a notícia! “Quando fui contatado pela Faculdade de Educação sobre conseguir o cargo, não pude acreditar”, diz Jason.

Professor de sociologia da educação, de Clapham, em Londres, Arday está no seleto grupo de cinco outros acadêmicos pretos com cargos semelhantes na instituição de elite, sendo um dos 155 professores universitários de origem africana do Reino Unido, de um total de 23 mil que lecionam em instituições de ensino superior no país.

Superação

Arday foi diagnosticado com autismo e atraso no desenvolvimento global, quando criança, sofrendo uma série de estigmas por apresentar um comportamento diferente do esperado.

Porém, o professor conta que a mãe dele jamais aceitou que tivesse limitações, matriculando-o em uma escola primária em Wandsworth, depois seguiu para Southfields Community College e nunca mais parou.

Segundo Arday, depois de desafiar todas as probabilidades e crescer em uma “área relativamente desfavorecida”, está determinado a melhorar a representação das minorias étnicas em Cambridge.

“Olhando para trás, foi quando eu realmente acreditei em mim mesmo. A partir desse momento, eu estava determinado e focado”, disse.

Histórico

Pai de dois filhos, Arday fez dois mestrados e um doutorado em estudos educacionais na Liverpool John Moores University e na Brunel University London. Para conseguir estudar e pagar as contas, fez malabarismos.

O professor de Educação Física lecionava no ensino superior durante o dia e estudava sociologia e à noite redigia trabalhos acadêmicos.

“Quando comecei a escrever trabalhos acadêmicos, não tinha ideia do que estava fazendo. Ninguém nunca me mostrou como escrevê-los. Tudo o que enviei foi violentamente rejeitado”, recordou-se.

Há dois anos, com apenas 35 anos, tornou-se professor de sociologia da educação na Escola de Educação da Universidade de Glasgow, tornando-se um dos professores mais jovens do Reino Unido na época.

Com o apoio de seu mentor, tutor universitário e amigo Sandro Sandri, Arday começou a ler e escrever no final da adolescência, aos 18 anos.

Ele então estudou Educação Física e Ciências da Educação na Universidade de Surrey, no sul de Londres, antes de se formar como professor de educação física.

Crescer em uma área relativamente carente e mais tarde trabalhar como professor escolar, diz ele, deu a ele uma visão em primeira mão das desigualdades sistêmicas enfrentadas na educação por jovens de minorias étnicas.

Superação
Ele se lembra de ter ficado profundamente comovido com o sofrimento dos outros e de sentir um forte impulso para agir.

“Lembro-me de pensar que, se não fosse jogador de futebol ou jogador profissional de bilhar, queria salvar o mundo”, diz ele.

Sua mãe desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de sua autoconfiança e habilidades.

A mãe apresentou a ele uma ampla variedade de músicas na esperança de que isso o ajudasse a conceituar a linguagem.

Mas também despertou nele um interesse permanente pela cultura popular que tem caracterizado algumas das suas pesquisas.

Arday diz que, enquanto estudava para o doutorado à noite, gostava “não logicamente” das críticas ao seu trabalho.

Aos 22 anos, Arday se interessou pela ideia de fazer pós-graduação e discutiu com seu mentor.

“Sandro me disse: ‘Acho que você consegue, acho que podemos enfrentar o mundo e vencer’”, lembra.

“Olhando para trás, foi então que realmente acreditei em mim. Muitos acadêmicos dizem que foram parar ali por acaso, mas a partir daquele momento eu estava determinado e focado. Eu sabia que esse seria o meu objetivo”, diz.

Dificuldades para ser acadêmico
Estudar para ser acadêmico, porém, foi muito difícil. Acima de tudo, porque quase não tive treinamento prático ou orientação de como fazer.

“Quando comecei a escrever artigos acadêmicos, não fazia ideia do que estava fazendo”, admite.

Durante o dia, Arday trabalhava como professor de Educação Física no ensino superior.

À tarde e à noite dedicava-se a escrever trabalhos académicos e a estudar Sociologia.

Fonte: https://time.news/  e BBC, com tradução com ajuda do google tradutor.

O VOTO FEMININO NO BRASIL, UMA REPARAÇÃO HISTÓRICA

O voto feminino no Brasil foi reconhecido em 1932 e incorporado à Constituição de 1934, mas era facultativo. Em 1965, tornou-se obrigatório, sendo equiparado ao voto dos homens.

A conquista do voto feminino

Deu-se por meio do art. 2º do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, in verbis:

“Art. 2º E’ eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na fórma deste Codigo”. (grifou-se).

O referido decreto, do então presidente Getúlio Vargas, que instituiu o Código Eleitoral. Vargas chefiava o governo provisório desde o final de 1930, quando havia liderado um movimento civil-militar que depôs o presidente Washington Luís. Uma das bandeiras desse movimento (Revolução de 30) era a reforma eleitoral. O decreto também criou a Justiça Eleitoral e instituiu o voto secreto.

Bertha Lutz é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras.

Quem foi Bertha Lutz?

 

Bertha Maria Júlia Lutz é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras. Ela se empenhou pela aprovação da legislação que outorgou o direito às mulheres de votar e de serem votadas.

Nascida em São Paulo, no dia 2 de agosto de 1894, filha da enfermeira inglesa Amy Fowler e do cientista e pioneiro da Medicina Tropical Adolfo Lutz, Bertha foi educada na Europa, formou-se em Biologia pela Sorbonne e tomou contato com a campanha sufragista inglesa.

Voltou ao Brasil em 1918 e ingressou por concurso público como bióloga no Museu Nacional, sendo a segunda mulher a entrar no serviço público brasileiro. Ao lado de outras pioneiras, empenhou-se na luta pelo voto feminino e criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).

Em 1922, Bertha representou as brasileiras na Assembleia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Somente dez anos depois do ingresso das brasileiras na Liga das Mulheres Eleitoras, em 1932, por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, foi estabelecido o direito de voto feminino.

Sucessora de Leolinda Daltro, fundadora da primeira escola de enfermeiras do Brasil, Bertha Lutz organizou o primeiro congresso feminista do país e, na Organização Internacional do Trabalho (OIT), discutiu problemas relacionados à proteção do trabalho da mulher. Também fundou a União Universitária Feminina, a Liga Eleitoral Independente, em 1932, e, no ano seguinte, a União Profissional Feminina e a União das Funcionárias Públicas.

Candidata, em 1933, pela Liga Eleitoral Independente, a uma vaga na Assembleia Nacional Constituinte de 1934, pelo Partido Autonomista do Distrito Federal, Bertha não conseguiu eleger-se. Mas obteve a primeira suplência no pleito seguinte e acabou assumindo o mandato de deputada na Câmara Federal em julho de 1936, devido à morte do titular, Cândido Pessoa.

Sua atuação parlamentar foi marcada por proposta de mudança na legislação referente ao trabalho da mulher e do menor, visando, além de igualdade salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas diárias.

Com o regime do Estado Novo implantado em 1937 e o fechamento das casas legislativas, Bertha permaneceu ocupando importantes cargos públicos, entre os quais a chefia do setor de Botânica do Museu Nacional, cargo no qual se aposentou em 1964.

No ano de 1975, Ano Internacional da Mulher, estabelecido pela ONU, Bertha foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do país no primeiro Congresso Internacional da Mulher, realizado na capital do México. Foi seu último ato público em defesa da condição feminina. Bertha Lutz faleceu no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1976, aos 84 anos.

Curiosidades e Antecedentes Históricos

Antes mesmo do voto feminino ser uma realidade em todo o Brasil, algumas mulheres do Rio Grande do Norte fizeram história e marcaram o pioneirismo na política brasileira. São desse estado nordestino os primeiros exemplos da presença feminina em disputas eleitorais.
O direito de as mulheres votarem e serem votadas só seria conquistado em todo o Brasil a partir de 1932. Porém, seis anos antes, em 1926, quando a Lei Eleitoral do Rio Grande do Norte estava sendo revista, o senador Lamartine Faria enviou telegrama do Rio de Janeiro mandando acrescentar um artigo que abria a possibilidade para efetivação do voto feminino.
O corpo do texto original dizia: “Sancionada a Lei sob o nº 660 que Regula o Serviço Eleitoral do Estado”, onde o artigo 77 das Disposições Gerais estava escrito: “No Rio Grande do Norte poderão votar e ser votados, sem distinção de sexo, todos os cidadãos que reunirem condições segundo a Lei”. Sancionada pelo governador da época, em pouco tempo a notícia corria o País.
O voto feminino no estado potiguar começou em 1927 e, naquele mesmo ano, a professora Celina Guimarães Viana, de Mossoró, se tornou a primeira brasileira a fazer o alistamento eleitoral. Assim, fez história como a primeira mulher a se tornar eleitora no Brasil.

Foi esse primeiro passo dado no Rio Grande do Norte que permitiu a eleição de Joana Cacilda Bessa para o posto de membro do Conselho da Intendência Municipal – equivalente à atual Câmara de Vereadores – em 1928, no município de Pau dos Ferros.

Fontes: Agência Senado e https://www2.camara.leg.br/; https://www.politicadinamica.com/; https://www.tre-rn.jus.br/. Foto de destaque: Berth Lutz.