JUCA MARTINS, UM LÍDER INESQUECÍVEL

Por João Martins*

Dia 11 de junho será, para sempre, o dia de Juca Martins, um nome que está marcado na história de Bequimão. Ele foi um verdadeiro expoente da política local, responsável por inúmeras obras e benfeitorias que contribuíram para o desenvolvimento do município.

Juca Martins se destacou por suas realizações e também por sua proximidade com as pessoas. Sua casa sempre estava de portas abertas para receber o povo, que encontrava nele um líder e um amigo. Ele ouvia as necessidades da comunidade e estava sempre disposto a ajudar.

Seus ensinamentos deixaram marcas profundas nos corações daqueles que o conheceram. Nos momentos em que preciso de orientação, chego a sonhar com ele, pois suas palavras e exemplo continuam vivos em minha memória. A emoção ainda toma conta de mim quando recordo tudo o que ele representa para mim e para a vida de muita gente de Bequimão.

A trajetória de Juca Martins se entrelaça com a história do município, ao longo do último século. Seu nome está intimamente ligado às conquistas e transformações, para melhor, do nosso povo.

Hoje é um dia de saudade, mas também uma oportunidade de honrar seu nome e seu legado. Que possamos manter viva a memória desse grande líder. Que Juca Martins seja sempre lembrado como um exemplo de dedicação, compromisso e amor.


* João Batista Martins é prefeito de Bequimão, formado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual  do Maranhão, foi Superintendente da Codevasf e do Sebrae, Presidente do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense no biênio  2019/2021.

Criação de abelhas-sem-ferrão

A Embrapa divulgou uma Cartilha sobre a Criação de Abelhas sem Ferrão. A meliponicultura, criação racional das abelhas-sem-ferrão, vem demonstrado ser uma excelente alternativa de geração de renda para populações tradicionais. O folheto está dividido nos tópicos: Introdução; Ninho; Escolha da espécie; Produção de ninho-isca; Localização do meliponário; Caixa racional; Instalação das colmeias; Revisão das colônias; Fortalecimento das colônias; Alimentação; Divisão de colônias; Inimigos naturais; Produção de mel; Bibliografia consultada.

Leia o Livro no link abaixo:

CriacaoAbelhaSemFerrao

No Maranhão, o Projeto Abelhas Nativas desenvolveu um método de Tecnologia Social identificado como Meliponicultura Comunitária, que implica no manejo racional coletivo das abelhas nativas. O Projeto foi implantado em 19 comunidades rurais de baixa renda do nordeste do Maranhão.

XI Encontro sobre abelhas nativas no Maranhão

Fontes: https://acervodigital.ufpr.br/; https://www.even3.com.br/ e https://www.embrapa.br/

PERI-MIRIM: Escola faz exposição de fotografia no Dia do Meio Ambiente

No dia de hoje, 05 de junho, em comemoração ao dia do Meio Ambiente, a Escola São João Batista, localizada no Bairro Portinho em Peri-Mirim, realizou o concurso fotográfico “O Meio Ambiente Através das Lentes”, com os alunos do 5° ano.

O professor Eloilson Amorim, idealizador do projeto de ciências O Meio Somos Nós, recebeu 16 fotografias de paisagens naturais do nosso município. Todas as fotos foram expostas na Escola para visitação dos estudantes, onde os mesmos votaram com o selo de visitação na fotografia que mais lhe chamou atenção.

Ao final da exposição os alunos concorrentes do concurso visitaram a galeria de fotos e descobriram a quantidade de selos que suas fotografias receberam.
Tivemos 3 alunos premiados com as imagens abaixo:

Terceiro lugar : Victor Leonardo Barros Pereira. Tema: Campos Naturais.
Segundo lugar : Rafaela dos Santos Melo . Tema: O capinzal do meu avô.
Segundo lugar : Rafaela dos Santos Melo . Tema: O capinzal do meu avô.
Primeiro lugar : Narielly Caxias França. Tema: Pôr do sol.

PERI-MIRIM: Alunos do Jardim Pequeno Príncipe visitam o Sítio Boa Vista e conhecem o Baobá

Hoje (05/06/2023), no Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia da Ecologia, professores e alunos do Jardim Pequeno Príncipe visitaram o Sítio Boa Vista, no Povoado São Lourenço, em Peri-Mirim. O Sítio Boa Vista está instalado em uma grande área de preservação ambiental, pertencente a Ana Cléres e Antônio Sodré. Ana Cléres é gestora do Projeto Plantio Solidário da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP).

As crianças tiveram a oportunidade de conhecer espécies vegetais raras como: Jaboticaba, Pitanga, Mucá, Café, Andiroba, e até o famoso e raro Baobá, que consta no livro O Pequeno Príncipe, que  inspirou o nome da escola. Os meninos comeram frutas, especialmente amoras.

Visitaram a horta de viveiro com as mudas de várias plantas. Ficaram curiosos com os galinheiros com ovos, muitas galinhas e chocadeira, alguns com os pintainhos já saindo da casca. Outra atração foi a criação de abelhas. Viram o entra-e-sai das abelhas aos enxames.

Brincaram no balanço. Foi um dia especial. Uma criança falou: “o melhor dia da minha vida”. De maneira organizada, fizeram o lanche na varanda da casa. Ana Cléres, emocionada, na saída disse: “meus meninos foram embora” e aguarda ansiosamente que a visita se repetia em breve.

Câmara de Vereadores de Peri-Mirim aprova Projeto de Lei que reconhece a ALCAP como entidade de Utilidade Pública.

No último dia 30 de maio de 2023, em sessão solene, a Câmara de Vereadores de Peri-Mirim aprovou, por unanimidade dos presentes, o Projeto de Lei de iniciativa do presidente da instituição, vereador CLEOMAR DE JESUS PEREIRA, que reconheceu a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), como Entidade de Utilidade Pública.

Dada a importância do evento, uma grande comitiva da ALCAP se fez presente à sessão solene. O vice-presidente, Diêgo Nunes Boaes, usou da palavra para demonstrar a importância daquele título à agremiação, destacando que:

Fui solicitado pela ALCAP para aqui defendê-la contar e mostrar sua história para os nobres conhecê-la resumo toda a ALCAP sem nenhuma brincadeira como instituição de resgate cultural não estou falando asneira É a confraria dos sonhos para Peri Mirim inteira. Orgulho em fazer parte desta bela instituição sem fins políticos e lucrativos é a mais nova do Maranhão contém 28 membros que amam este Torrão são pessoas envolvidas com histórico e cultura perimiriense que é nossa paixão marca registrada neste grupo e conservada no coração.

Vários vereadores discursaram, sempre enfatizando a importância da ALCAP para o município, no tocante à Educação, Ciências e Cultura que, com certeza, é um marco histórico para Peri-Mirim, que possui grandes personalidades no campo das letras e das artes, alguns que são lembrados in memoriam e são homenageados como patronos da Academia. Todos demonstraram imensa satisfação em votar favoravelmente ao Projeto de Lei que seguiu para sanção do Excelentíssimo Prefeito, Heliezer Soares.

ACADEMIAS NA BAIXADA, A VEZ DE PENALVA

Foi realizada a primeira reunião para a instalação da Academia de Ciências, Artes e Letras de Penalva, no dia 24 de de maio de 2023, no Espaço Cultural da Livraria AMEI em São Luís. O evento contou com o apoio do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), com a presença do presidente e vice-presidente da entidade, Expedito Nunes Moraes e Ana Creusa Martins dos Santos. Atuou como Secretário da reunião Gilmar Pereira.

Participantes: Alberto Muniz, Ana Creusa Martins dos Santos, Célia Leite, Carlos César Silva Brito, Expedito Moraes, Raimundo Balby, Mario Garcês e Luciana Arruda Garcês e Gilmar Pereira, que lavrou a presente Ata:

Às 17:0 horas do dia 24 do mês de maio do ano de 2023, na Associação Maranhense de Escritores Independentes – AMEI, foi realizada a primeira reunião para discutir um plano para instalação da fundação da Academia de Letras e Artes de Penalva. O Sr. Carlos César Silva Brito, presidiu a reunião para deliberar a respeito das questões abaixo: 

  1. a) a relação dos fundadores e estabelecimento de regras;
  2. b) formação da comissão;
  3. c) reunião de posse: administrativa e solene;
  4. d) sede provisória;
  5. e) mandato e presidência: duração de 2 anos;
  6. f) nomes: 40 cadeiras;
  7. g) patronos: pessoas falecidas e figuras expressivas.

Levando-se em consideração todas as questões aqui debatidas, foi estabelecido também, a respeito do número de cadeiras, a escolha do nome dos patronos, do principal patrono penalvense para ser o patrono da Academia, dos membros fundadores (12 fundadores), no mínimo, a relação da diretoria e a data da reunião da fundação da Academia.

Ademais, foi sugerida elaboração do Estatuto, registro em Cartório e inscrição no CNPJ.

Além disso, na reunião foi comentado a respeito do papel da Academia – que vive do passado – como instituição literária que valoriza a língua, a arte e a literatura, como destaque, foram citadas as Academias da Baixada Maranhense que são valorizadas por todo o diferencial que possuem.

Ao final da reunião, foram feitas algumas observações como: a elaboração da Assembleia de Fundação, agendar a primeira reunião em Penalva/MA e por último, a formação da primeira Diretoria Executiva da Academia.

Sendo o que havia para o momento, deu-se por encerrada a reunião às 19:00 horas e, para constar, eu, Gilmar Pereira Santos, lavrei a presente ata, que após lida e aprovada, segue assinada por mim e pelos demais participantes.

 

PERI-MIRIM: Câmara de Vereadores apreciará Projeto de Lei para declarar a Academia de Letras de Utilidade Pública

Em sessão solene, a Câmara de Vereadores do município de Peri-Mirim apreciará amanhã, dia 30 de maio de 2023, um Projeto de Lei (PL), de iniciativa do presidente da entidade, Vereador CLEOMAR DE JESUS PEREIRA, que visa declarar a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) como de Utilidade Pública Municipal.

A ALCAP enviará à Câmara de Vereadores uma comitiva de acadêmicos para acompanhará a discussão do Projeto, o qual atenderá a um pedido formulado pela Academia, mediante  Ofício nº 11-2023 – Presidente da Câmara – ALCAP utilidade pública.

 

https://drive.google.com/drive/folders/1tm6tLtZmz6LxVKsQJc-ZbgA9_GOX-8eb

 

Reunião da Coordenação do Território Quilombola Pericumã

No domingo, dia 28 de maio de 2023, a Coordenação do Território Quilombola Pericumã, esteve reunida na comunidade Rio da Prata.

Tratamos entre outras coisas da nova realidade do Território com a Titulação de Tijuca, Muritim e Capoeira Grande. E futuramente a de Malhada dos Pretos e Santa Cruz. Falamos sobre a necessidade urgente de que todas as associações estejam com suas documentações atualizadas. Falamos da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Definimos o prazo até o dia 10 de junho para que todas as associações mandem a sua lista de participantes no curso Gestão de Cooperativa Rural. Tratamos da Certificação Estadual feita pelo Instituto de Colonização e Terras (ITERMA).

Resolvemos dar uma estudada melhor nessa questão e, por último, tratamos do Campeonato Quilombola. Ficou definido que formaremos uma comissão com representantes de todas as comunidades que ficará responsável pela condução do campeonato.

Texto de Maninho Braga.

DISCURSO DE POSSE: MEMBRO CORRESPONDENTE DA AVL

Por Maria Zilda Costa Cantanhede*

Dia 27 de maio de 2023 foi uma noite memorável.
Adentrar à Academia Vianense de Letras- AVL, como Membro Correspondente foi uma alegria inenarrável. Muito grata com a honrosa presença e companhia da estimada amiga Nany e sua irmã Régia.
Compartilho com vocês meu discurso de Posse.

Excelentíssima Senhora Presidente da Academia Vianense de Letras, Dra. Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro; diletíssimos confrades e confreiras desta Magnânima Confraria, Casa Anica Ramos; colendas autoridades civis e religiosas; amados familiares, queridos amigos,
senhoras e senhores, boa noite! Obrigada pela presença honrosa de todos e todas, nesta noite gloriosa.

É com o coração transbordante de alegria que participo deste rito acadêmico, no qual, adentro a este Ateneu, qual seja, a Academia Vianense de Letras – AVL, como Membro Correspondente. A Deus toda minha gratidão, por tamanha permissão! Não poderia começar se não agradecendo aos ilustres acadêmicos pela anuência a mim concedida. Estar entre e com vocês é dizer que estou ao lado de gigantes. Gigantes na arte de arquitetar palavras, transformando-as em obras antológicas. Confesso que foi um atrevimento juntar-me a vocês, cuja plêiade de intelectuais, composta por homens e mulheres que evidenciam e enobrecem a literatura vianense, maranhense e brasileira; porém cá estou na condição de aprendiz.

Coloco-me à disposição para de alguma forma contribuir com a efetivação de “cláusulas pétreas” desta Instituição Acadêmica: produzir e fomentar cultura neste torrão gentil, e acolhedor – Viana-MA, cujos cognomes são lindamente expressos e impressos em forma de hino:“ Rica Pérola Engastada, Veneza Dileta, Rútila Estrela Brilhante”. Eis que é deste “Berço de Heróis Destinada á Suprema Comunhão” que nasceu no povoado Barro Vermelho, (hoje Cajari), aquele que viria ser e foi um herói: Eider Furtado da Silva, de quem tecerei brevemente algumas palavras. Sem antes, contudo, e, faz-se mister dizer de onde venho, sem dizer portanto quem sou, pois esta definição, ainda não a tenho, ouso todavia dizer, que sou simplesmente isto que sou: uma incompletude, que se completa à medida que vivo.

Sou de Matinha, município limítrofe deste rincão. Membro fundador do Sodalício, em cujo Estatuto, apresenta-se, em seu Art. 1º “Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras, com sigla AMCAL, fundada em 29 de julho de 2017, com sede e foro na cidade de Matinha, estado do Maranhão, tem por fim a defesa e o desenvolvimento cultural, notadamente da Literatura, Ciências e Artes Culturais, na cidade de Matinha e na Baixada Maranhense (…). Ocupo a Cadeira de número 19, cuja patrona é minha mãe, Pedrolina Costa Cantanhede, assento no qual tenho a honra em ocupá-lo, mas não a alegria… Na atual Diretoria, assumo a função de Presidente.

Expresso minha felicidade em compartilhar este momento com meus confrades: Manoel Câmara Alves, José Raimundo Trindade e Simão Pedro Amaral, que ora representam, aqui, (AVL), como Membros Correspondentes, também e tão bem a nossa Confraria.


*Maria Zilda Costa Cantanhede Presidenta da Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras – AMCAL; Especialista em Linguística, Educação do Campo, Educação Pobreza e Desigualdade Social; Articulista, cronista, poetisa, revisora textual; Professora da Rede Estadual de Ensino; Supervisora de Normas e Organização da Rede Integral/ SUNORI/SEDUC/SAEPI; Coordenadora de Mostras e Feiras Científica do CNPq/MCTI; Pesquisadora do CNPq.

BENDITA CATUABA (… quase vejo Ana Jansen)

Por Zé Carlos Gonçalves

Por esses dias, ao passar pela Madre de Deus, vi-me no “Ponto de Fuga”. Ali, foi o meu reduto. Invariavelmente, até o auge da madruga, quando era, praticamente, expulso pelos garçons dormintes. E ainda saía contrariado, a vagar pelo centro da minha nova cidade. Mas, o destino final era certo. “O Come em pé”, lá, na praça João Lisboa.

Em uma noite, a lua, em sua plenitude, seguiu “os meus ‘firmes’ passos”, reflexos dum tremendo porre. Assim que me aproximei da Santa Casa, na rua do Passeio, invadiu-me o som de um tropel, que, cada vez mais, se aproximava. Eu, como estava no meio da rua, quase fui atropelado por uma carruagem em desembestada carreira.

Fiquei sem reação alguma. O meu sangue fugiu para os confins do medo. E, para me aniquilar de vez, ouvi o freio estrondoso, a ecoar como coisa de outro mundo. Fechei os olhos. Balançava mais que um joão teimoso. Aí, veio um frio, mais do que gelado, e se apossou da minha “espinha”.

Estático, permaneci. O suor descia tal uma cachoeira. Até parece que “se passou-se” uma eternidade. O silêncio era pleno. Com muito custo, resolvi abrir um dos olhos. Santa barbaridade! Lá estava “a bendita!”

Lutei com o olho curioso, que se negou a fechar. Teimei ainda, mas nada. O certo é que o clarão estava à minha frente, alimentado pelas vivas labaredas, que se mantinham firmes nos pescoços dos cavalos.

Nessa agonia, nem procurei vislumbrar quem estava ali, dentro da ardente carruagem. Só sei que, por longo tempo, não soube o que fazer. Mas, já me sentindo devorado, por vorazes línguas de fogo, senti a calça molhar, em todos os sentidos, e me arrisquei “a me despregar” do chão e fui saindo lentamente. A cada passo aumentava, e como, a dificuldade. Lutei que lutei, a fim de me mover. E, o receio “foi saindo de fininho”, após uma dúzia deles. Só aí me equilibrei, sem olhar para trás, e a caminhada continuei, afinal, “estava montado em algumas dúzias de talagadas de catuaba”; o que ainda me manteve vivo, para poder lhes contar “essa vivença”.
Mas, a coragem, naquele momento, de verdade, não era, ainda, a minha alma!