Ministério da Agricultura recebe o Fórum da Baixada

Dando continuidade às parcerias institucionais, na última terça-feira, dia 21 de fevereiro do ano de 2024, no gabinete do senhor Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária – SFA/MA, situado na Praça da República, nº 147, bairro Diamante, na cidade de São Luís, Estado do Maranhão, reuniram-se os representantes do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM) e da SFA-MA/MAPA.

Os representantes do Fórum da Baixada realizaram uma apresentação expressa sobre os objetivos da criação do Fórum e das atividades desenvolvidas na região, citando as iniciativas de sucesso na região, como por exemplo os projetos de piscicultura em Matinhas, o projeto Bosques da Baixada, de projetos de açaí em alguns municípios, e os trabalhos desenvolvidos pela secretaria municipal de agricultura de Anajatuba.

O chefe da DDR explanou sobre as ações que estão sendo propostas para a região nos programas de fomento do MAPA. Falou também sobre fortalecer as parcerias entre as entidades parceiras e os municípios da Baixada, priorizando a organização e estruturação das Secretarias municipais. Ressaltou o potencial e a importância das culturas da piscicultura, bubalino cultura, açaí, mandioca e mel, que precisam de maior atenção para um desenvolvimento sustentável.

Foi relatado, por membros do Fórum, a possibilidade de expansão do projeto Bosques da Baixada, que tem como finalidade resgatar e valorizar as espécies tradicionais da flora dos municípios da Baixada, do projeto Itans, que está sendo trabalhado pela AGERP com parceria de outros Órgãos, que levaria a piscicultura para outros municípios da Baixada Maranhense, e sobre as atividades agrícolas desenvolvidas em campo de produção no município de Anajatuba, em destaque para a piscicultura e carcinicultura, que contribuirá para o crescimento econômico e social daquele município.

Foram apontadas as possibilidades de integração das atividades desenvolvidas pelo Fórum com os programas trabalhados pela Divisão de Desenvolvimento Rural da SFA/MA. Houve a sugestão de criação de projeto visando o desenvolvimento produtivo na região da Baixada, com participação do Fórum, SFA-MA e Embrapa. Destacou-se a importância da estruturação do corpo técnico das secretarias de agricultura dos municípios.

Encaminhamentos: 1) Agendar visita aos campos de produção no município de Anajatuba; 2) Participação da SFA-MA nas reuniões periódicas do Fórum da Baixada e; 3) Elaborar proposta de projeto para enfrentamento do período de seca na Baixada Maranhense.

MATINHA 75 ANOS – Avenida Major Heráclito

Por Aroucha Filho*

Em todo o mundo, as cidades têm referências que lhes são peculiares. Museus, monumentos, fontes, palácios, catedrais, parques, teatros, praças, etc… Esses são locais que os turistas buscam em suas visitas.

Eu sempre busco os museus e as igrejas, como indispensáveis nas visitas aos lugares que me destino a conhecer.

 As avenidas são marcas relevantes nas cidades, assim temos: a Champs Élysées, em Paris, com seu destacado Arco do Triunfo; a 9 de Julho, em Buenos Aires, com o seu simbólico Obelisco; a Avenida da Liberdade em Lisboa, com seus 90 metros de largura; em Santiago a Avenida Libertador General O’ Higgins, mais conhecida como Avenida Alameda, com seus 8 km de extensão. Deixei a que mais frequento e adoro passear por ela, para citar por último, trata-se da Avenida Paulista, onde sempre me hospedo em São Paulo. Eu tenho uma grande atração e intimidade com a Paulista, frequento-a quando em São Paulo, diariamente. Sou um assíduo frequentador do MASP. No entanto, a Avenida que mais me encanta e me fascina é a avenida em que nasci no ano de 1951. Uma avenida mística, indelével na minha memória. Possui um simbolismo histórico, tem charme e importância na vida da cidade. Percorri todo esse caminho para referir-me à Avenida Major Heráclito Alves da Silva, na cidade de Matinha – Maranhão. Tão importante para os matinhenses quanto as supracitadas.

A Avenida Major Heráclito nasceu junto com a cidade. Os primeiros traços da urbanização da sede do município foram implantados nesse logradouro. A marcante característica urbana, que se apresenta com ruas largas, teve origem no traçado dessa avenida, irradiando esse aspecto para as demais vias que foram se abrindo com o processo de expansão urbanista da sede do município.

A Major Heráclito com os seus 1300 metros retilíneos de extensão, medindo em média 17 metros de largura, nasce na Avenida José Sarney, que até a década de 60 era denominada rua João Pessoa. Se estende até encontrar a MA 014. Antes da construção da MA 014, chegava até o portão do Campo de Aviação. O primeiro prédio era o Abrigo, local onde ficavam os passageiros para aguardar os aviões teco-teco que faziam linha (voos) para os municípios da Baixada Maranhense. Do outro lado da avenida a primeira casa era a residência do Sr. Teodomiro, bem próximo à cerca de proteção do aeroporto.

A avenida Major Heráclito foi e é a via mais importante da cidade de Matinha. Antes concentrava todos os órgãos e serviços público dos três poderes, nas esferas municipal, estadual e federal. Ficavam nesse logradouro a Coletoria Federal, a Agência de Estatística – IBGE e a agência dos Correios e Telégrafos. Meu pai era o responsável pela Agência dos Correios.

Nesse prédio público, eu nasci, e lá morei até o ano de 1961. Depois dos Correios, nesse terreno, por iniciativa do meu pai e outros moradores, foi construído o Grêmio Recreativo Matinhense 15 de Fevereiro, que funcionou como local de realizações das festas da sociedade matinhense, por um longo período. Hoje funciona a Loja do Armazém Paraíba.

No âmbito do poder estadual, ficavam a delegacia, a cadeia, o Hospital Dr. Afonso Matos, o Grupo Escolar Joaquim Inácio Serra e a Coletoria Estadual.

O Poder Municipal, a Câmara Municipal e as Secretarias funcionavam no prédio da Prefeitura, um imponente prédio com uma entrada principal, rodeado de janelões, com uma varanda interna em formato de L. Onde hoje é a residência do ex-vereador Sr. José Bonifácio, funcionou nas décadas de 50/60 um Colégio Municipal com duas salas de aula, o Coleginho, era assim chamado por ser próximo e bem menor que o Grupo Escolar Joaquim Inácio Serra, que na época era construção de maior porte do município.

À avenida Major Heráclito funcionaram lojas comerciais expressivas para o comércio local. Na esquina da prefeitura, hoje, casa da Sra. Livramento de Zé Mário, funcionou o comércio do Sr. Antônio Neves.

Naqueles tempos Matinha não possuía “luz elétrica”, refiro-me à segunda metade dos anos 50. O comércio do Sr. Antônio Neves era o principal distribuidor de querosene, combustível utilizado para “alimentar as lamparinas”, única fonte de iluminação das residências. Era rara a residência que possuía “petromax”.

Petromax designava uma marca de lampião utilizado na iluminação das residências. Essa marca de tão popular pelo seu largo uso, ficou designativa desses utensílios domésticos. O nosso era da marca “Coleman”, mesmo assim, era um “Petromax”

Por ocasião da posse do prefeito João Amaral da Silva, o segundo prefeito eleito de Matinha, um foguete atingiu o depósito onde eram guardadas as latas de querosene, provocando um grande incêndio. O primeiro grande incêndio registrado em nosso município.

Posteriormente esse ponto comercial foi adquirido pelo Sr. João Amaral Nunes, conhecido como João Barata, onde instalou uma grande loja de tecidos, armarinho e utensílios domésticos. No outro canto funcionava o comércio do Sr. João Lima, uma mercearia e bar, com uma bela mesa de jogo de bilhar. O mais importante comércio da avenida era pertencente ao Sr. Manoel Antônio da Silva, primeiro prefeito de Matinha, nomeado para instalar o município e promover a primeira eleição. Para esse pleito, fora eleito o primeiro prefeito de Matinha, o Sr. Aniceto Mariano Costa.

Esse comércio funcionava em uma loja geminada à residência do Sr. Manoel Silva, vendia de tudo. Adquiria e exportava para São Luís gêneros produzidos ou produtos extraídos no município: amêndoas de babaçu, tucum, farinha, arroz, etc… Não sei ao certo, porém, acho, que a primeira padaria de Matinha funcionou ali nos anos de 1949 a 1953. Tinha como padeiro chefe Ribamar Muniz (Ribamar de Honório), auxiliado por Nelson Alves – recém falecido – e Francisco Gomes da Silva (Chico Padeiro).  Em seguida essa padaria foi adquirida pelo seu genro Sr. Arnaldo Lindoso, operando-a até o ano de 1963. Padaria São José. Era uma padaria avançada para a época e seus produtos eram distribuídos em todo o território do município, com destaque ao pão massa fina e massa grossa, pão doce, bolacha doce, biscoito e a famosa bolachinha. Ah! Fabricava massas frescas (macarrão).  Eu como vizinho e amigo dos seus filhos, Carlos Eduardo e Carlos Antônio, tinha como divertimento arrumar as bolachinhas na forma, antes de ir ao forno para serem assadas. E claro, nos dava o direito de deliciar uma boa porção desse tradicional produto matinhense.

As melhores casas residenciais eram as edificadas na Av. Major Heráclito, na sua grande maioria de alvenaria e telha. Tempos em que ainda predominavam as casas construídas com taipa e palha.

A avenida já ostentava um belo conjunto arquitetônico, composto pelo prédio da prefeitura, o Grupo Escolar, o prédio do hospital, o prédio dos Correios, a imponente casa do Sr. Manoel Silva, com sua bela escadaria interna e o piso em sobrado de madeira de lei. Nas imediações de onde fica a casa do Sr. Sebastião Neves, existia duas belas casas no estilo “bangalô”, as primeiras desse tipo arquitetônico, de propriedade do município, essas edificações tinham plantas bem diferentes da arquitetura local. Era um estilo arquitetônico com linhas modernas, acesso por corredor descoberto e porta ao fundo; cumeira no sentido perpendicular à avenida; teto com duas águas e sem os usuais “espigões”.

Duas barragens de contensão construídas de alvenaria existiam na avenida para evitar erosão e facilitar a acessibilidade das pessoas no período invernoso, eram implantadas no sentido longitudinal à avenida. A primeira e a maior foi construída na década de 50, e ficava frontal à Praça de Eventos. Era longa, bem construída e possuía uma grande galeria por onde escoava as águas pluviais que se acumulavam em grande volume naquela área. A outra ficava nas imediações (hoje) do Depósito Leal, tinha a mesma finalidade; não possuia galeria, apenas um recorte por onde era drenada a água que escorria do transbordamento da Baixa de Crisóstomo. As águas dali alimentavam o Igarapé de Pito; a da outra barragem, o Igarapé do Gongo.

Em uma noite da década de 50, em procissão iluminada por velas, a comunidade católica saindo da Igreja de São Sebastião, conduzindo uma grande cruz, eu participei desse evento religioso, seguiram até às imediações da Padaria de Benedito de João Lima, e implantaram uma grande cruz de madeira, na cor ocre, bem no centro da avenida. Era um grande monumento da fé. Todos chamavam: O Cruzeiro. A intenção dos fiéis que caminharam nessa procissão, era, a exemplo do Cristo Redentor, monumento do Rio de Janeiro, deixar registrado um marco da fé ao cristianismo simbolizado por essa grande cruz.

Ali permaneceu por décadas. Sentados em sua base com dois degraus, reunia moradores para longas conversas de final de tarde.  Lamentavelmente não foi preservado.

O primeiro Mercado de Matinha também funcionou na Major Heráclito, era próximo à esquina da Prefeitura.

Enfim, essa larga e elegante avenida carrega o maior simbolismo urbano da nossa cidade.

Nessa avenida eu vivi alegre e feliz toda a minha infância, guardo até hoje as amizades, desta tão significativa fase da minha vida.

Todas as brincadeiras permitidas pratiquei nesse belo logradouro, joguei bola, empinei papagaio, andei de perna de pau, rodei ladeira a baixo dentro de pneus, joguei bolinha de vidro, pião feito de coco babaçu, jogo de chucho, banhei na Baixa de Crisóstomo, andei de bicicleta. Fiz muitas estrepolias por ali.

Hoje em homenagem aos 75 anos de emancipação política de Matinha, falar dessa imponente Avenida é o meu contentamento.

Parabéns Matinha!

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José Ribamar Aroucha Filho (Arouchinha) é natural do município de Matinha-MA, Engenheiro Agrônomo aposentado do INCRA, exerceu os cargos de Executor do Projeto Fundiário do Vale do Pindaré e Executor do Projeto Colonização Barra do Corda. Ex Superintendente do INCRA Maranhão. Foi Superintendente da OCEMA e Chefe de Gabinete da SAGRIMA.

Fonte: https://fdbm.org.br/matinha-75-anos-avenida-major-heraclito/

AS “VISITADORAS” DA ESCOLA (… e a FOBIA à escola)

Por esses dias, em uma fila de supermercado, “vi” uma conversinha, por demais interessante, de três meninas, sobre a volta às aulas. Até aí, tudo bem. Tudo normal. O excepcional é que a conversinha descambou para o particular interesse das mesmas, ao ir à escola.
Uma, entre “sorrisinhos sacaninhas”, descreveu, e empregarei o vocabulário delas, com toda fidelidade, “a bundinha absurda do teacher”, como “a coisa mais interessante” a se ter na volta às aulas. E, vejam só, já traçava planos de “mordiscar”, segundo ela, “aquela bundelícia!” Uau!
A outra se contorcia de ansiedade, e lamentava, e culpava o carnaval, por tão maldoso feriado, a vir atrapalhar a aproximação, que já estabelecia com “um pôdinho”, que, pelas “tatus”, lhe parecia ser “um elemento do ‘baralho”. Entenda por onde quiser ou por onde for possível imaginar. Misericórdia!
A outra outra se desfazia em olhares. Olhares, que reviraram que reviraram, ao falar da “tara”, que já alimentava por M________, “uma morena de olhos castanhos mel. Tão vivos, que me desnudam”. Falou, sim, senhor! E, mais. Falou de algumas estratégias, a serem usadas para “atrair ela pra minhas teia”. Que loucura! “Que interesse pela escola!”
Ouvi que ouvi. Ouvi tudo, “tintim por tintim”. Aí, né, cheguei a conclusão de que sou fruto de uma geração, que foi feliz por não conhecer o termo FOBIA. O mais perto que chegávamos disso foi FOBA. “Deixa de tua foba, rapá. Cumigo tu num pôdi!” E o máximo, que podia acontecer, era o uso das duas armas mais explosivas, que tínhamos.
A mais potente dinamite ou a mais devastadora granada. A CUSPIDA, na mão do adversário, ou o RETRATO DA MADRINHA, rabiscado, em riscos horríveis e disformes, no arenoso chão. E, a consequência, “a troca diuns supapos”, e, depois, só risadas. Hoje, a explosão é diferente. De verdade, é explosiva. E mortífera. Sem direito ao sentido conotativo. E, o pior, a palavra FOBIA domina a vida dos nossos jovens, tão perdidos, tão órfãos de pais vivos, tão tolos, como rebeldes. E, que se vangloriam, sem pudor, de serem adeptos da PROFESSORFOBIA, com exceção da citada aluna, uma quase antropófoga; e adeptos da ESCOLAFOBIA; e adeptos da ESTUDOFOBIA.
E, “para não perder a toada”, e a ironia, e fazer uma infame comparação, isso só me lembra um pinheirense, dos mais sábios, que não “aguentando” mais a chatice de “um chatíssimo cumpadinho”, metido a ser “besta, a sê u qui a folhina não marcava”, sempre que o encontrava, perguntava. “U qui tom dizeno da gênti pur aí”. E esperava um elogio, como sempre. Mas, desta vez, a resposta veio venenosa. Direta e certeira. “Qui nóis somo dois GRANDÍSSIMO, NOTABILÍSSIMO, BESTÍSSIMO!” Como dizia o primo Antônio Capilas, “justo e abotoado”. “O cabra procurou ‘foi’ o seu rumo” e passou a ignorar o compadre, “qui, infim, têvi sussego na vida”.
Ressalto que aqui são três “visitadoras” da escola, mas “é iscritinho!”

VI AÇÃO DE GRAÇAS NA JUREMA PROMOVE TROCA DE MUDAS, SEMENTES E SABERES

A Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense  (ALCAP) proveu a terceira Edição da Feira de Troca de Mudas, Sementes e Saberes, durante a VI Ação de Graças na Jurema, realizada em 14 de outubro de 2023, no Sítio Jurema no Povoado do Cametá, município de Peri-Mirim-MA.

A referida feira foi realizada por meio do Projeto Plantio Solidário João de Deus Martins, que tem como gestora, Ana Cléres Santos Ferreira, com a colaboração de Ducarmo, as quais estão preparam um ambiente aprazível para receber a comunidade. A Ação de Graças na Jurema foi idealizada por José dos Santos, para promover a União em sua comunidade.

O objetivo da feira é ajudar a preservar a biodiversidade, promover a educação ambiental e estimular a alimentação saudável e orgânica. As mudas foram fornecidas pelo Jardim Botânico da Vale S.A, UEMA, por meio do Prof. Dr. Gusmão Araújo, a maioria das mudas são oriundas do Sítio Boa Vista, de propriedade da gestora do Projeto.

Além de mudas de hortaliças, legumes e vegetais, foram trocadas plantas ornamentais, como por exemplo, flores e cactos, bem como frutíferas e não frutíferas, plantas medicinais, sementes e muito conhecimento. Esperamos contar com a participação de engenheiro agrônomo ou outro especialista, para orientar as pessoas.

 

SEXTA AÇÃO DE GRAÇAS NA JUREMA

No dia 14 de outubro de 2023 foi realizada a VI Ação de Graças na Jurema. José dos Santos  idealizou que, uma vez por ano, fosse feita uma reunião na Comunidade de Cametá, na casa que construiu para homenagear a sua mãe, para que todos se reunissem para celebrar a união e gratidão pelas pessoas do lugar.

José faleceu antes que fosse realizada a 1.ª Ação de Graças que idealizou para que fosse realizado todo ano no último sábado do mês de julho. No dia 29 de julho de 2017 foi realizada a 1.ª Ação de Graças na Jurema; a 2.ª Ação de Graças 28 de julho de 2018; a 3.ª em 27 de julho de 2019;  em 2020 não houve devido a Pandemia da Covid-19; a 4.ª em 20 de novembro de 2021; a 5ª em 19 de novembro de 2022 e a 6ª em 14 de outubro de 2023.

José dos Santos era um líder, um educador nato, possuidor de uma inteligência ímpar, um homem digno, que mereceu entrar para a imortalidade ao ser escolhido para ser um dos patronos da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense, para que sua história seja contada às futuras gerações – foi um homem exemplar, motivo de orgulho para toda a sua descendência.

José dos Santos sempre pregou a União, vivia na graça, era um Homem Feliz, faleceu no dia 25 de fevereiro de 2017, aos 95 (noventa e cinco) anos, em São Luís, onde está sepultado juntamente com seu filho mais novo, Carlos Magno.

O CANGACEIRO TITO SILVA

Autor Manoel Braga

Tito Silva era filho de Wenceslau Silva, que por sua vez era filho de João Silva. Todos eles nasceram na localidade Ilha do Veado pertencente ao hoje município de Peri-Mirim. Contam que Wenceslau passou 1 ano dormindo no cemitério do Souza na Malhada dos Pretos após ter cometido um assassinato.

O crime se deu por causa de uma brincadeira muito comum tempos atrás na Baixada. Era chamada de Serra. Consistia em fazer um ritual fúnebre de uma pessoa idosa que por ventura existisse na comunidade. Era um pouco macabro. Era feita a leitura de um suposto testamento do idoso em que suas coisas eram deixadas para os vivos.

Esse ritual era realizado tarde da noite acompanhado de muita zoada. Todo velho morria de medo de ser serrado. Tinha um instrumento confeccionado especialmente para essas ocasiões chamado de corrupião. Constituía-se de um pedaço de madeira onde era enfiado um fio que a pessoa segurava e rolava sobre a cabeça o que causava um barulho ensurdecedor. Muitas pessoas participavam da brincadeira.

Tinha uns que batiam em lata. Outros imitavam animais. Principalmente o acauã (rasga mortalha). Nesse ritual, o bode era muito comum também. Este geralmente se roçava na parede da casa feita de pindoba para criar o clima de despedida do idoso.

Uma determinada noite a “canalha” resolveu que era chegado o dia de rocar seu João Silva que já estava bem velho. Estava no ponto de ser serrado. Era tarde da noite, estava na hora de começar o ritual. Fizeram zoada. Leram o testamento. Distribuíram as coisas de seu João. Teve um que subiu em uma árvore e começou a imitar o rasga mortalha.

Seu Wenceslau, pai de Tito Silva, muito brabo pegou uma espingarda, esperou o rasga mortalha piar e largou chumbo. Foi só um tiro. O cabra caiu durinho. Acabou a brincadeira. A brincadeira acabou mesmo. Não fizeram mais esse ritual. Mandaram prender seu Wenceslau. Ele para não ser encontrado durante o dia se escondia no mato. À noite vinha dormir no cemitério onde sabia que não iam procurar por ele. E assim ele escapou muito tempo da prisão.

O primeiro prefeito de Bequimão, que nesse tempo ainda chamado de Santo Antônio e Almas foi o capitão José Mariano Gomes de Castro. Era um grande proprietário de terras, fazendeiro, comerciante e delegado. Certa ocasião o prefeito que, também, era o delegado mandou prender Tito Silva acusado de roubo de gado.

Durante a prisão, o denunciado foi muito torturado. Para completar, o delegado trouxe a mulher dele e na frente de Tito foi humilhada, teve suas vestes rasgadas e sofreu abuso sexual. Tito ficou injuriado. Prometeu que se vingaria.

Tito foi enviado para cumprir sentença na fazenda do senhor Antonio Sousa que era grande proprietário de terras na Tijuca. Tito ficou por lá um certo tempo, mas sempre esperando uma oportunidade para fugir. Durante esse tempo ele apresentou um bom comportamento. Ficou de confiança do fazendeiro.

Até que um dia o senhor Antonio chegou de viagem, apeou do cavalo e o entregou para Tito lavar e dá de comer. Era tudo que Tito tanto esperava. Tito aproveitou a oportunidade e deu no pé. Foi embora para o sertão.

Depois de um certo tempo ele voltou, já com um bando formado. Chegou à propriedade de seu Antonio num dia em que ele tinha encomendado uma missa. Tito com seu bando acabaram a festa. Fizeram zoada, deu tiro para cima e em todas as direções.

Dizem que o padre ficou tão assustado que se jogou do segundo pavimento da casa, só não morreu porque caiu dentro de um depósito de melaço. A mãe de seu Antonio, uma idosa, quase morre de susto. Contam que uma bala perdida pegou em uma garota que ficou se contorcendo de dor. Tito vendo aquilo pegou o seu punhal e enfiou na criança acabando com a sua agonia.

Depois dessa confusão toda que ele causou na casa do senhor Antonio Sousa, ele rumou para Bequimão para consumar sua vingança. Chegando lá, ele localizou o Coronel José de Castro. Ele o prendeu. Torturou o quanto pode. Furou os olhos e o castrou. Por último cortou as orelhas que levou para mostrar para a mulher como prova da sua vingança.

No final ele perguntou ao Coronel: – sabe o que vim fazer? – Eu vim te matar. O coronel era homem duro disse para Tito: – homem se mata, não se maltrata. Nisso um dos homens de Tito, achando que o vexame do coronel já tinha sido muito deu um tiro e acabou com o sofrimento do velho.

Depois de consumada a vingança, os homens de Tito se dispersaram. Tito acabou sendo preso. Foi enviado para cumprir pena em uma fazenda do governador do estado que na época era Magalhães de Almeida e que tinha como vice Marcelino Machado. Dizem que os dois mantinham uma relação homo afetiva. Tito estava bem por lá. Bom comportamento e tudo.

Um certo dia, para azar de Tito ele viu os dois se amando. Tito se escondeu. Mas eles ficaram com a dúvida se Tito tinha olhado ou não. Eles tinham medo que a relação deles viesse a público acabando com a trajetória política deles.

Um dia, eles chamaram Tito e perguntaram o que ele tinha visto. Ele disse que não tinha visto nada. Mas eles não acreditaram. Eles botaram Tito para cavar um poço. Quando já estava com uma certa fundura eles perguntaram ao Tito: – tu sabe o que tu tá fazendo e ele respondeu: – estou cavando a minha sepultura. Então, deram-lhe um tiro e o enterraram. E assim acabou a trajetória de vida violenta que Tito levou.

Nota do Autor: Parte desta história deve ser tratada como lenda, pois, baseou-se em ditos dos mais antigos. Sabe-se que pessoas como Tito Silva têm em torno de si muitos mistérios.


Sobre a foto destacada:  Na legenda da foto do livro Adagas & Punhais do irmão @antonioguimaraes355 está: “Cartão fotográfico emitido pelo retratista Joaquim Moura Quinou. Foto em gelatina e prata. Retrato do cangaceiro Tito Silva na cadeia pública de São Luís-MA, pouco antes de ser transferido para o Aprendizado Agrícola Christiano Cruz”. Acervo Antonio Guimarães. Querem programa sobre ele? Eu já queria um filme! Sua história é espetacular. Saiam da bolha, o assunto cangaço é muito maior que o ciclo LAMPIÔNICO.

Alinhamento de Ações entre o Fórum da Baixada e a Superintendência da Agricultura no Maranhão

O Fórum da Baixada continua na sua trajetória de luta para minimizar os efeitos da seca que, historicamente, castiga a microrregião que ostenta um dos maiores índices do pobreza do Brasil, com essa finalidade, reuniu-se no dia 18 de janeiro do ano de 2024, na sede da Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária – SFA/MA, com o Superintendente  Wellington Reis Sousa e sua equipe.

Inicialmente, os representantes do Fórum da Baixada relataram os problemas sazonais de seca e alagamento enfrentados pelas comunidades locais e a necessidade de implantação de planos de enfrentamento destes problemas, visando o desenvolvimento econômico e social da região.

Também foi informado sobre projetos de dragagem em igarapés e um estudo realizado em 2018 que identificou 103 pontos favoráveis para barragem da água da chuva. Houve uma apresentação geral sobre as ações da Divisão de Desenvolvimento Rural, acerca dos Planos: ABC+; Amazônia Sustentável; Agro Nordeste e Indicação Geográfica.

Encaminhamentos: 1) Envio de apresentação das atividades desenvolvidas pelo Fórum da Baixada; 2) Incluir o Fórum da Baixada nos programas ABC+ e Amazônia Sustentável e Agendar reunião para apresentação detalhada dos programas desenvolvidos pela Divisão de Desenvolvimento Rural.

Participaram da Reunião: Wellington Reis, Dario Erre Rodrigues, Ana Isabela Lima Ribeiro e Letícia Raquel Silva Sousa, pela SFA/MA; Expedito Nunes Moraes e Antônio Lobato Valente, pelo FDBM.

O FDBM encaminhou Ofício ao Sr. Superintendente, acompanhado do Portifólio das principais ações desenvolvidas pela Instituição, solicitando parceria com a Superintendência. Posteriormente, a SFA/MA marcou nova reunião para o dia 21 de fevereiro do corrente ano, para detalhamento das solicitações.

Ofício ao Ministério da Agricultura                     Portifólio do FDBM

SALVEMOS A NOSSA LÍNGUA!

Por José Carlos Gonçalves

(Qui linguági é éssa, mermão?!)

Desde que a Linguística, uma ciência espetacular, “invadiu” a universidade, o que deveria ser um efetivo instrumento de enriquecimento da nossa Língua, decretou-se o desaparecimento da Gramática. O que é uma lástima! O povo, que não domina a sua Gramática, tende a se enveredar por caminhos tenebrosos. Sem conexão, sem concordância, sem argumentação. E “outras coisitas mais”. E, olha que não sou um pai de santo, muito menos um purista!
 A verdade é que o ato comunicativo empobreceu de tal forma que a Língua vem-se desfigurando em uma assustadora velocidade. E ninguém que venha com o chocho argumento de que o que importa é se comunicar.

A verdade é que o desastre está posto. E pode ser notado em todas as nossas manifestações. Do incentivo às crianças, que se perdem em uma língua pobre, chula, sem consistência, a esdrúxulas e erradas construções dos telejornais, que não prezam mais nem pelos caracteres a esclarecer o telespectador. Dos livros, sem revisão, eivados de erros gramaticais, aos diálogos de todo instante. Das letras das “músicas modernas” a centenas de influencers, que não estão influenciando. Tem-se quase “um novidioma”.

Se se decreta o fim da Gramática, está junto o fim de bons profissionais. Principalmente, redatores e comunicadores. O pior é que isso já se sente fortemente. E posso bem afirmar, afinal, tenho recebido monografias e TCCs, para correção, que beiram à infantilidade. Haja vista se constituírem de pseudo pesquisas, fundamentadas em “copiar e colar”; trazerem paupérrima, ou nenhuma, argumentação e quase nenhuma observância gramatical. Sem surpresa, não há leitura. Só resta, de verdade, um emaranhado de informações desencontradas, que nada diz. O que será de um profissional desse, que não se empenha no último e vital trabalho de sua formação?! Como será o desempenho em uma entrevista ou na execução de um laudo?! Certamente não terá a perspicácia de um aluno, que tive, em uma grande escola da capital. “Enrolado” em uma prova final, criou, e com criativa criatividade, um fenômeno gramatical, gigantesco, ao fazer uma análise morfossintática. Literalmente. “Profe, esta palavra nada mais é do que um tal de ‘substantivo apronominado’, que, também, é o sujeito”. Misericórdia! Atribui uma bela nota ao nascente “geniozinho”. Mereceu!

E, só para se ter uma ideia de como a “bagunça” é geral, nos últimos dias ganhou repercussão “o ato heroico” de algum técnico do MEC, que “suprimiu” a Língua Portuguesa do tão propalado “Concurso Nacional”. Mas, “de novo”, não há surpresa alguma! Há muito, a Língua já não está nos concursos. O predomínio é de “uma interpretação de texto”, que ninguém desvenda. Acho, até, que nem “os capacitadíssimos elaboradores”. E, interpretar texto, também, passa, e como, por conhecimento gramatical. E, nessa zorra “babélica”, recorrer a quem?! Eita, que já inventei “côsa!” E mais virá. Já irá começar “o festival de preciosidades”. A campanha política.

A verdade é que “tamo no mato, ‘com’ cachorro”. E, dos grandes! Por isso, esta crônica descambou para um desabafo, guardado há muito, ao receber uma mensagem de um leitor, que me pede a volta do Tio Bobo. E, não é brincadeira, não. Foi, simplesmente, telegráfica. Esta última palavra, por pura ironia minha, só a entenderá quem mandou e recebeu telegramas, em longínquas eras. “Zé mermão vc n devi acaba c/ tio bobo e/ é mais manero fdp qui conheço. É do _aralho e mi faiz ri muito. Trás e/ di volta, tá valeno”.

Quase atribuo essa adjetivação a … Mas, “deixa pra lá”. Dos males o menor, pelo “ao” menos, esse leitor tem bom gosto. Gosta do Tio Bobo!
E, “aproveitando essa vibe, parça”, eu, também, faço um pedido. “Salvemos a nossa Língua!”

TJMA abre seletivo para estágio com 532 vagas na capital e interior

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) torna pública a realização de processo seletivo para preenchimento de vagas e formação de cadastro de reserva para o Programa de Estágio Remunerado no Poder Judiciário do Estado do Maranhão. O seletivo objetiva preencher 532 vagas de estágio do ensino médio, graduação e pós-graduação.

As inscrições gratuitas e as provas on-line serão recebidas somente via internet, no período de 27 de fevereiro até às 12 horas (horário de Brasília) do dia 5 de março, incluindo sábados, domingos e feriados. Não serão aceitas outras formas de inscrições.

Edital 72024 foi assinado pelo presidente do TJMA, desembargador Paulo Velten, no dia 1º de fevereiro.

O Processo Seletivo será regido pelo referido edital, anexos, avisos, atos complementares e eventuais retificações, com a execução sob responsabilidade do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), com supervisão da Comissão do Processo Seletivo do TJMA, garantida a reserva de vagas para pessoas com deficiência, pretas ou pardas.

Além de São Luís, os(as) candidatos(as) também poderão concorrer, nos termos do Edital, por vagas disponíveis em cidades do interior como Açailândia, Arame, Bacabal, Balsas, Barreirinhas, Caxias, Chapadinha, Codó, Imperatriz, Itapecuru-Mirim, Lago da Pedra, Paço do Lumiar, Pastos Bons, Pedreiras, Pinheiro, Presidente Dutra, Raposa, Rosário, Santa Inês, São Domingos do Azeitão, São Domingos do Maranhão, São Francisco do Maranhão, São João dos Patos, São José de Ribamar, São Mateus e Timon, para o ensino médio. Para graduação e pós-graduação, também há vagas em cidades de diversas regiões do Maranhão.

VAGAS

A Seleção destina-se ao preenchimento de 298 vagas para estágios extracurriculares de ensino médio e graduação e 234 vagas para estágio extracurricular de Pós-Graduação em Direito (Residentes Jurídicos) e nas áreas de interesse do TJMA, a quem estiver regularmente matriculado nos cursos e semestres ou etapa equivalente, conforme previsto no Anexo I do edital e formação do cadastro de reserva.

O valor da Bolsa-Auxílio corresponderá a 1 salário mínimo vigente por mês para Ensino Superior; 2 salários mínimos por mês para Pós-Graduação; 60% do salário mínimo vigente para o Ensino Médio. O estágio não contempla outros benefícios, tais como auxílio-alimentação, auxílio-saúde e similares, exceto auxílio-transporte, que compreenderá valores pagos vigentes a servidores(as) do TJMA.

O regime do estágio será de 20 horas semanais para estudantes do Ensino Médio, 25 horas semanais para estudantes do Ensino Superior e 30 horas semanais para estudantes de Pós-graduação, a serem cumpridas em horários e turnos definidos pelo TJMA, considerando-se as necessidades do órgão.

INSCRIÇÃO

As inscrições serão gratuitas e só poderão ser realizadas para os cursos divulgados conforme o Anexo I do edital.

Acesse AQUI o Edital.

Fonte: https://www.tjma.jus.br/midia/tj/noticia/

A IMPORTÂNCIA DA BARRAGEM MARIA RITA

Por Ana Creusa e Francisco Viegas

Ciente da importância da Barragem de Maria Rita, como grande obra estruturante, pois, vai promover o desenvolvimento da atividade econômica nos municípios de toda a região, dentre eles Bequimão, São Bento, Alcântara, Bacurituba, Palmeirândia e Peri-Mirim, a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoveu, na última quinta-feira (25/01/2024), uma Expedição com acadêmicos, professores, alunos e idosos, para visita às obras da Barragem Maria Rita. A expedição saiu às 8 horas da Praça São Sebastião em Peri-Mirim, com destino à sede do município de Bequimão, onde foram acompanhados por uma equipe técnica, conforme determinação do Exmº Sr. Prefeito, João Martins, a pedido da presidente da ALCAP, Ana Creusa Martins dos Santos.

Durante a viagem, a fim de que ficasse clara a natureza educacional da expedição, o confrade Francisco Viegas proferiu uma palestra, ainda no interior do transporte, na qual abordou a história da Barragem, que segue resumida abaixo:

HISTÓRICO DAS BARRAGENS PERI-MIRIM/BEQUIMÃO

A primeira barragem conhecida como Barragem dos Defuntos foi construída no primeiro mandato do prefeito Agripino Álvares Marques, entre 1948 a 1951. (Página 16 do livro Curiosidades Históricas de Peri-Mirim).

A referida barragem foi feita no braço pelos destemidos perimirienses. Pois naquela época o município não dispunha de máquinas para edifica-la. Depois de terminada ela passou por vários problemas de rompimento, provavelmente devido a compactação do barro e a largura insuficiente que suportasse o volume d’água. Por isso quase todos os invernos precisava de reparos. (Tapagem dos furos).

Trinta e dois anos após a sua construção, a barragem estava desgastada e não cumpria mais a função de anteparo das águas: doce de um lado e salgada do outro.

Consciente da importância da barragem, o então prefeito Benedito de Jesus Costa Serrão, construiu, nas proximidades da Flor Amarela e cerca de quinhentos metros distante da Barragem dos Defuntos, a nova barragem, que ficou mais próxima da sede do município perimiriense. Esta barragem teve sua edificação através de maquinários adequados para a obra.

A Barragem da Flor Amarela, ou Benedito de Jesus Serrão (nome aprovado pela Câmara Municipal de Peri-Mirim), media 3.236 metros de extensão e foi concluída no ano de 1983 e, cuja verba de edificação foi da própria Prefeitura.

Atualmente está sendo construída a Barragem Maria Rita, entre Buritirana, em Bequimão e São Bento, que contempla a LUTA do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense.

A construção está a cargo da Empresa Edecansil Construções e Locações Ltda, com as seguintes especificações: 16 KM de comprimento, mais 10 KM de estrada até a MA 106. Ela tem 15 metros na base e 9 metros no cume, sendo duas pistas de rolamento de 3 metros cada e 1,50 metro de cada lado como fuga. Informação dada pelo Agente Comunitário, Sr. Tonilsom Ferreira.

De onde surgiu o nome Maria Rita?

Havia na localidade Aurá, nas proximidades Tubarão, duas aldeias, que foram perseguidas pelos portugueses e tendo os índios se evadidos para as matas. Na fuga pegaram uma indiazinha a cachorro, mas lhe pouparam a vida. Ela era muito bonitinha e o senhor que a caçou lhe pôs o nome da sua filha, que se chamava Maria Rita. Ela cresceu e ficou uma moça bonita. Ao local da sua prisão, deram-lhe o nome de Maria Rita. Como a Barragem passa por lá, deram-lhe o nome dela. (Página 116 do livro Tapuitininga – Da Colônia à República, do escritor e pesquisador Domingos de Jesus Costa Pereira. “conhecer de perto para contar de certo”. (08:00h do dia 25.01.2024).

Peri-Mirim, 25 de janeiro de 2024.

Francisco Viegas Paz.

O Secretário de Infraestrutura, Sr. Tonho Martins e Leônidas Neto nos acompanharam até o Povoado de Buritirana, onde iniciam as obras, fomos recebidos por Tonilson Ferreira líder Comunitário e Agente de Saúde. A partir daí, os expedicionários questionavam sobre as obras e se maravilhavam com ela, com o maquinário, com os trabalhadores e, em especial, com as pessoas do lugar. Conforme relatado acima, Viegas forneceu dados sobre a construtora e quilometragem da barragem.

Um show à parte se deu com a conversa que os expedicionários tiveram com o Sr. Zé, proprietário de um retiro, onde cria porcos, patos e galinhas. A construção é rudimentar, de pau a pique, com dois pavimentos: o de baixo ficam as criações e o de cima serve de moradia, com rede de dormir e outros apetrechos típicos da Baixada Maranhense. Ele disse que não trocaria aquele lar por nenhuma mansão. A proximidade da noite de lua cheia, fez o campesino se inspirar, com gracejos ligados ao amor e à paixão.

A expedição foi bastante proveitosa, na medida em que o desenvolvimento sustentável é uma necessidade, a fim de preservar as potencialidades naturais, sem comprometer a vida da presente e futuras gerações. Todos sabem que a construção da barragem, além da necessidade, para evitar a salinização dos campos e preservação da água doce, é a realização de um sonho.

Entretanto, alguns expedicionários ficaram muito preocupados e com dúvidas relacionadas a alguns aspectos, os quais já foram levados à apreciação do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), solicitando vistoria de especialistas no assunto e que fazem parte da instituição, pois, sabe-se que há vontade política de realizar a obra da melhor forma possível.

Fonte: https://oresgate.net.br/