Após quebrar recorde brasileiro, hipnotista maranhense dá dicas de memorização

Cayro Léda, de 35 anos, entrou para a história do RankBrasil-2020 por memorizar 52 cartas de um baralho em 4 minutos e 20 segundos. Cayro Léda, de 35 anos, entrou para a história do RankBrasil-2020 por memorizar 52 cartas de um baralho em 4 minutos e 20 segundos.

Natural de Caxias, o hipnotista se apaixonou pelo mundo da magia desde criança, alguns anos depois, durante a faculdade de Engenharia de Produção, teve a oportunidade de realizar o American Dream (sonho americano, em tradução literal) e viajou para os Estados Unidos. Por lá, começou a exercer a profissão de mágico.

“Antes de viajar para fora do Brasil, passei um tempo em São Paulo, então conheci a Associação dos Mágicos e foi nesse momento que me profissionalizei na mágica. Dentro desse âmbito, existe a hipnose, mas naquele momento acabei me aprofundando na mágica e só há alguns anos que resolvi me dedicar a hipnose”, disse Cayro.

Além de auxiliar na prática da memorização, a hipnose, meio de trabalho de Cayro, possui três tipos, entre eles está a hipnose de entretenimento, que consiste em shows de palco, apenas como brincadeira. Existe também a hipnose clínica, que ajuda no lado emocional e traz benefícios à saúde. Por fim, a auto-hipnose, técnica capaz de aumentar o nível de concentração, combater vícios e enfrentar traumas.

“A gente utiliza a hipnose, dentro da terapia, com ferramenta, mas tem que existir uma base terapêutica, a auto-hipnose é muito parecida com a meditação, é como se fosse algo guiado, para treinar sensações que gostaria de ter”, complementou.

De acordo com Cayro, existem várias categorias de memórias e, entre elas, está a Speed Cards, que tem como objetivo decorar um baralho inteiro embaralhado no menor tempo possível. Agora, o hipnotista se dedica para o Guiness Book, na categoria “Decorar o máximo de sequência de cores”.

Para o hipnotista, a maior lenda sobre a memorização é que algumas pessoas nasceram com uma capacidade de memorização incrivelmente mais apurada do que outras. Ele diz que o segredo de uma boa memória é o conhecimento das técnicas e, principalmente, treino diário.

“É claro que existem pessoas que possuem mais facilidade do que outras, mas esse definitivamente não é o fator determinante. Também é fato que a memória se deteriora com a idade, mas um senhor de 80 anos que conhece e coloca em pratica as técnicas de memorização pode muito bem ter a memória melhor do que um jovem de 20 que não conhece tais técnicas”, complementou.

Dicas para exercitar a memorização
Segundo Cayro, existem dezenas de dicas de como melhorar a memória em momentos específicos. No entanto, nas palestras, ele sempre apresenta como decorar uma lista de compras.

Imagina esses 10 pontos no corpo (de cima para baixo): cabelo; olhos, nariz, boca, pescoço, peito, barriga, joelho, canela, pé;

Agora sem olhar a lista acima, lembre-se desses 10 pontos no corpo;

Suponha que temos uma lista de compra com os seguintes objetos: macarrão, cebola roxa, ovo, palitos de dente, alface, camarão, tempero, café, carne, tomate;

Agora, para decorar a lista de compras, associe cada um dos itens da compra a um local do corpo, fazendo-os interagir. Como exemplo, imagina que está sonhando e que nesse sonho tem a seguinte situação:

“O seu cabelo é feito de macarrão; seus olhos são roxos; você está sentindo um cheiro forte de ovo podre; tem 50 palitos de dentes na sua boca; tem um cachecol de alface enrolado no seu pescoço; tem uma tatuagem de camarão no seu peito; você está com a barriga doendo, como se tivesse comido algo com muito tempero; seu joelho está todo preto, parece café; a sua canela é muito musculosa, com a carne cobrindo o osso; o dedão do seu pé é um tomate”, disse Cayro.

Ainda segundo Cayro, qualquer pessoa pode ter uma supermemória, basta conhecer as ferramentas corretas e ter um direcionamento de como aplicá-las.

Nossa capacidade de memorização é muito maior do que possamos imaginar, isso porque infelizmente técnicas de memorização e técnicas modernas de estudo não costumam ser ensinadas nas escolas”, finalizou.

Fonte: https://jornalfloripa.com.br/

A Pandemia Ignorada: TCE/MA suspende pagamentos a empresa suspeita de fraude que pode envolver mais de 20 municípios maranhenses

Duas cautelares concedidas na sessão do Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) da última quarta-feira (06/01) ampliam a revelação do que pode ser um golpe milionário envolvendo pelo menos 20 municípios maranhenses na contratação da empresa EMET Instituto. O objeto do contrato é a suposta realização de estudos científicos baseados no Guia Nacional da Vigilância Epidemiológica, visando monitorar a ocorrência das 39 doenças relacionadas no guia.

Decorrentes de Representações do Núcleo de Fiscalização II do TCE (Processo nº 6377/2021) e do Ministério Público de Contas (Processo nº 7242), as cautelares se referem a processos licitatórios em curso nos municípios de Matões do Norte e Urbano Santos, envolvendo recursos da ordem de R$ 1.274.000,00 (R$ 1,2 milhão) e R$ 2.479.960,00 (R$ 2,4 milhões), respectivamente.

Os motivos elencados nos pedidos de liminar apontam irregularidades como: divergência na estimativa de preços, ausência de pesquisa de preços, divergência entre valor estimado/contratado e valores disponíveis para combate à pandemia de COVID-19.

“Não existem justificativas suficientes para a contratação, além de clara incompatibilidade do valor a ser gasto com a realidade da pandemia do COVID-19 e a possível falta de utilidade prática do objeto”, destaca a auditora Flaviana Pinheiro, que coordena o Núcleo de Fiscalização II, do TCE.

Às falhas apontadas pela unidade técnica no processo de contratação vem se somar um conjunto de fatos relacionados à empresa que transformam a questão toda em um escândalo digno de figurar, proporcionalmente, entre os maiores detectados até o momento no contexto da pandemia do COVID-19 no país.

Investigação realizada pelo Ministério Público de Contas (MPC) revela a empresa não possui Licença Sanitária de Funcionamento, nem licença para a realização de exames, e mesmo assim se propõe a realizar cerca de 40 mil exames laboratoriais, com procedimentos que envolvem coleta, armazenamento, transporte, processamento das amostras, análise, disponibilização de equipamentos, reagentes e produtos para diagnósticos, utilização de técnicas, entre outros.

Não é aceitável que uma empresa qualquer, sem comprovação de atendimento aos requisitos legais estabelecidos pelo órgão regulador de questões sanitárias – Anvisa – oferte ou execute atividades de coleta de análise laboratoriais”, aponta o MPC, que chama atenção para o risco para a saúde pública representado pelos procedimentos.

DESPERDÍCIO  – Além dessa constatação, considerada grave o suficiente para comprometer a validade dos processos, o MPC aponta ainda para o caráter ilegítimo e lesivo das despesas. Só no caso de Matões do Norte, por exemplo, uma comparação dos dados do contrato com as informações disponíveis no Portal da Transparência do município revela que os gastos com a realização desse “estudo científico” supera em duas vezes toda a despesa que o município informa ter realizado no enfrentamento da pandemia até agora.

Reforçando a tese da inutilidade dos gastos levantada pelo Núcleo de Fiscalização, o MPC lembra que o objeto da contratação supostamente tem o objetivo de “monitorar a ocorrência das 39 doenças relacionadas” no Guia Nacional de Vigilância Epidemiológica. De forma contraditória ao objetivo da contratação, a Ata de Registro de Preços contempla somente oito doenças, longe das 39 referidas no preâmbulo do Edital e na Cláusula Primeira da Ata de Registro de Preços”.

Das oito doenças arroladas no Termo de Referência – prossegue o parecer do órgão -, três sequer constam no Guia, são elas glicemia, Próstata – PSA e COVID. Ao que parece, o estudo epidemiológico para monitoramento das doenças citadas no Guia Nacional não terá qualquer serventia para o monitoramento das doenças citadas no Guia nacional, simplesmente porque o estudo não tem o objetivo de coletar exames relacionados a 83% das doenças citadas no Guia. Ou seja, 83% das doenças que deveriam ser alvo de vigilância epidemiológica não estão abrangidas pela contratação, o que tornaria o estudo sem utilidade alguma.

De acordo com a auditora Flaviana Pinheiro, as duas representações acatadas elevam para seis o número de cautelares concedidas pelo órgão, de um conjunto de 20 municípios representados envolvendo a mesma empresa e o mesmo tipo de contratação.

Até o momento, foram concedidas cautelares envolvendo os municípios de Carutapera (R$ 1.750.000,00), Chapadinha (R$ 5.792.000,00), Cururupu (R$ 2.526.500,00) e Pedro do Rosário (R$ 1.400.000,00), além dos já mencionados Matões do Norte e Urbano Santos. O total de recursos envolvidos é de R$ 15,4 milhões somente em relação a esses seis, já que outros 14 podem ser alvo da fiscalização do órgão.

Pela decisão, ficam suspensos quaisquer pagamentos em favor da empresa até que haja comprovação de que ela cumpre todos as exigências legais para executar serviços propostos e que sejam demonstrados os fundamentos técnicos para a quantidade de exames contratados, ou até que o TCE aprecie o mérito das representações.

Fonte: https://site.tce.ma.gov.br/

Dia do Nordestino é 8 de outubro

Nesta sexta-feira, 8 de outubro, comemora-se o Dia do Nordestino, uma data que homenageia as tradições, paisagens e a cultura dos nove estados que integram o Nordeste.

A criação desta data é uma homenagem ao centenário do poeta popular, compositor e cantor cearense Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré (1909 – 2002).

Patativa do Assaré (1909-2002) foi um poeta e repentista brasileiro, um dos principais representantes da arte popular nordestina do século XX. Com uma linguagem simples, porém poética, retratava a vida sofrida e árida do povo do sertão. Projetou-se nacionalmente com o poema “Triste Partida” em 1964, musicado e gravado por Luiz Gonzaga. Seus livros, traduzidos em vários idiomas, foram tema de estudos na Sorbonne, na cadeira de Literatura Popular Universal.

COISAS E LOAS XV (DESVIAR O CAMINHO JAMAIS)

Por Zé Carlos

Algumas vezes, por mais valentes que desejamos ser, somos tomados por um medo terrível, que nos paralisa. Então, uma sensação de impotência assalta-nos. Mesmo assim, acho o medo, por demais, interessante. E sábio. Prova-nos, na maioria das vezes, o quão frágeis somos. Não respeita idade, credo, cor. Nem hora, nem lugar. E, assim, nos impõe “um freio”.

Particularmente, não assisto a filmes de terror. Terror, jamais. Já basta o terror de nosso cotidiano. O terror da vida real. Ainda mais que já vivi muitas situações críticas. Dessas situações, algumas tão críticas que se tornaram hilárias. Duas merecem ser relatadas.

Em uma ocasião, entre Santa Quitéria e Brejo, por volta das 3 horas, plena madrugada, viajava sozinho. Sintonizei em uma rádio. Tocava uma música. Em inglês. Automaticamente, comecei a traduzi-la.

Concomitantemente, comecei a congelar. Congelar literalmente. Era um culto ao “demo”. O carro começou a perder velocidade e veio “morrendo, morrendo”. Praticamente, parou. O Campari escafedeu-se. A sudorese tomou-me por inteiro. O coração zambubava, em desespero extremo, ecoando mais que o Boi de Apolônio e o Boi de Pindaré, juntos. A música parecia não ter fim. Só comecei a reagir, quando começou a tocar uma nova música. E que reação! Em câmera lenta. A custo, consegui imprimir certa velocidade ao carro. Uma velocidade tímida, nervosa, covarde. Mais covarde que o motorista. De tal situação, só o medo restou-me, como “fiel companheiro”, “a me acompanhar” até o fim do trajeto.

Em outra ocasião, ainda adolescente, fui buscar um cavalo na Ponta Branca, a mando de papai. Após muita correria e tropeços, consegui laçá-lo. Em vez de rumar para casa, fiz uma parada no Chico de Belísia. Estava cansado. E com sede de São João da Barra. Perdi a hora. Apressei-me. Entretanto, havia “um trecho”, no caminho, que me “arrupiava” por inteiro. Passar por uma “tapera”, que ficava atrás do cercado do juiz, na saída de uma enseada. Tinha a impressão de que ela me acompanhava, espiando-me, ameaçando-me, toda vez que passava por ali. Não respeitava hora.

Um medo suave foi-me dominando. Cresceu. Tomou-me todo. E, fortemente, assustou-me. Aí, sim, “um medo de respeito”. A imaginação começou a trabalhar.

Naquele momento, para mim, os espíritos do mato estavam à espreita. Prontos ao ataque. Já esperava a aparição do curupira, da mãe d’água, até da onça, que um dia atacou Zé Pessoa, levando-o a se fingir de morto. E, para alimentar o meu medo, de repente, um barulho terrível.

Um porco, “varano o mato”, ao quebrar galhos secos, folhas de palmeiras … O cavalo empinou-se. E “eu, chão”. Uma queda terrível! “O danado abriu na carreira”, deixando-me “plantado no chão”. Morto de medo. Mas, o pior foi encontrar-me a pé e ter de encarar uma dura caminhada. E com a tarde findando. Uma jornada longa e cansativa. Passei pela entrada da Nova Ponta Branca, Ponta de Santana, Fazenda de Dr. Estrela, andei boa extensão pelo campo, Teso de Bernardo.

A cidade, longe, nadava em luzes alaranjadas, como se dançasse na cadência da aragem, que invadia a noite e teimava em me confundir a visão.

Ao chegar às proximidades do Taçoanha, já noite feita, escutei os gritos de Zé Carrinho, muito preocupado, à minha procura. O cavalo chegou ao seu destino. Muito bem. Só não levou o cavaleiro.
Tive dupla sorte. Escapei de uma “senhora surra” e aprendi uma grande lição. “Nunca desviar o caminho”!

PRIMEIRA DEPUTADA NEGRA DO BRASIL CRIOU O DIA DO PROFESSOR EM 1948

A partir de 1963 o Dia do Professor passou a ser comemorado oficialmente em 15 de outubro em todo o Brasil. Mas a data já era celebrada em Santa Catarina desde 1948 por iniciativa de Antonieta de Barros, a primeira mulher negra a ser eleita deputada no país. Professora por formação e filha de uma ex-escrava, ela teve papel fundamental na luta pela igualdade racial e pelos direitos das mulheres.

O dia 15 de outubro foi escolhido como Dia do Professor em referência à data em que o imperador D. Pedro I instituiu o Ensino Elementar no Brasil, em 1827. No ano de 1947, o professor paulista Salomão Becker já havia proposto a criação de um dia de confraternização e homenagem aos professores. No ano seguinte, Antonieta de Barros apresentou à Assembleia Legislativa catarinense o projeto de lei que criava o Dia do Professor. Somente 15 anos depois é que a data passou a ser oficializada em todo o Brasil, após a assinatura de um decreto do presidente João Goulart.

Primeira deputada negra do Brasil criou o Dia do Professor em 1948 - 1

A trajetória de vida de Antonieta de Barros é admirável. Nascida em Florianópolis, em 1901, ela teve uma infância difícil. Após ser libertada da escravidão, sua mãe trabalhou como lavadeira e, para completar o orçamento, transformou sua casa em pensão para estudantes. O pai de Antonieta, um jardineiro, morreu quando ela ainda era menina.

Foi convivendo com os estudantes na pensão de sua mãe que Antonieta se alfabetizou. Aos 17 anos, entrou na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921. No ano seguinte, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, voltado para a educação da população carente.

Antonieta também trabalhou como jornalista, sendo fundadora do periódico A Semana, que circulou entre 1922 e 1927. Por meio de suas crônicas, divulgava ideias ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito.

Em 1934, na primeira vez em que as mulheres brasileiras puderam votar e se candidatar, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense, elegendo-se deputada estadual. Uma das principais bandeiras de seu mandato foi a concessão de bolsas de estudo para alunos carentes. Ela exerceu o mandato até 1937, quando começou o período ditatorial de Getúlio Vargas. No mesmo ano, sob o pseudônimo Maria da Ilha, escreveu o livro Farrapos de Ideias.

Em 1947, após o fim da ditadura Vargas, ela se elegeu deputada novamente, desta vez pelo Partido Social Democrático, cumprindo o mandato até 1951. Antonieta nunca deixou de exercer o magistério. Ela dirigiu a escola que levava seu nome até morrer, em 1952.

Fonte: https://history.uol.com.br/

Mais um ano sem os Diques da Baixada Maranhense

Por Luiz Figueiredo*

A Baixada Maranhense sofre mais uma vez a grave crise da estiagem o que acontece dos meses de agosto a dezembro, todos os anos, a partir da década de 50, quando aumentaram o número e a profundidade dos igarapés que além de drenarem a água doce, levam uma enorme quantidade de peixes, e contribuem também para invasão da água  do mar, provocando a salinização dos campos naturais em prejuízo da biodiversidade ali existente.

Os diques da Baixada foram concebidos em 1986, portanto há mais de trinta anos, tendo início com a construção da barragem de Pericumã no município de Pinheiro. De lá até agora nada mais foi executado. Interrompido o andamento desse importante projeto, o caos voltou a se instalar na Baixada com a falta d’agua causando grandes prejuízos para os que ali vivem e tirando o  sustento das famílias,  a pesca, a caça e agropecuária. Quem visita a região hoje, se depara com os campos áridos, semidesertificados, onde os animais perambulam de um lado para outro a procura de pasto e água.

Um verdadeiro crime e falta de sensibilidade daqueles que manipulam o dinheiro público. Muitos desses animais e aves, típicos da região, já se encontram em fase de extinção. O peixe, alimentação básica, está cada vez mais difícil e caro. Sentindo o agravamento desse quadro, tomei a iniciativa de em novembro de 2006, portanto a quase vinte anos do início (1987) e paralização dessa obra, de acompanhar técnicos do governo do estado para constatar “in loco” o  situação de abandono dos nossos campos, e encontramos pessoas carregando água na cabeça, em lombo de animais e o torrão rachado e a vegetação seca.

Agradeço a Reginaldo Telles que me deu apoio, Luiz Raimundo Azevedo, Leo Costa, Manoel Bordalo, Júlio Noronha, o saudoso e grande líder Neiva Moreira, que juntos formamos um grupo para apresentar uma nova proposta para o governo, a qual foi analisada, aprovada e de imediato autorizada o reinício dessa tão almejada e importante obra. Já se passaram outros dez anos e tudo continua como antes. A Baixada é uma região imensa, linda e bem localizada, rica,  com potencial para continuar sendo o celeiro da capital, como foi no passado, portanto merece uma ação urgente e definitiva para que aquela gente humilde e trabalhadora não venha continuar a sofrendo.

Sabemos que com os diques teremos uma região semelhante ao pantanal mato-grossense, com uma biodiversidade e um ecossistema bem característicos.  Vamos agir antes que seja tarde, pois a água salgada está prestes a invadir os lagos o que seria uma catástrofe ambiental sem precedentes. Medidas paliativas, soluções localizadas como pequenas barragens, canais ou açudes não resolvem, apenas minimizam as dificuldades da população. Só os diques promoverão a redenção dessa região rica e exuberante que a Baixada Maranhense.

Lamentavelmente concluo afirmando, 2016, MAIS UM ANO SEM OS DIQUES.

Luiz Figueiredo, administrador, presidente da Fundação Chiquitinho Figueiredo e Rádio Beira Campo, ex-prefeito de São João Batista.

DEM e PSL confirmam fusão e criação do União Brasil

O DEM e o PSL oficializaram hoje (6) a decisão de se fundirem em um só partido que se chamará União Brasil. A fusão foi confirmada pelas duas legendas após convenções partidárias. O União Brasil, no entanto, só existirá oficialmente após aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Embora não haja uma posição definida, o novo partido trabalha com a possibilidade de lançar um candidato à presidência da República em 2022.

“O que vamos discutir no momento oportuno é se vamos ter uma candidatura do próprio partido ou uma candidatura de um partido que se aglutine a nós. Em breve, depois de estarmos juntos, vamos começar a discutir um nome comum”, disse o presidente do PSL, Luciano Bivar.

Bivar concedeu coletiva à imprensa junto com o presidente do DEM, ACM Neto. A expectativa dos dois dirigentes é que o TSE leve de dois a três meses para confirmar a fusão e o nascimento oficial do novo partido.

O PSL tem, atualmente, a maior bancada da Câmara, com 54 deputados. No Senado, o partido tem dois representantes. Já o Democratas tem 28 deputados, a 11ª maior bancada. No Senado, o partido tem seis representantes, além do presidente da Casa, e do Congresso, Rodrigo Pacheco, de Minas Gerais.

Fonte: https://oimparcial.com.br/

13 municípios do Maranhão são alvo de busca e apreensão pelo Ministério Público e Polícia Civil

O objetivo da operação é apurar possíveis fraudes em licitações para contratação da empresa Águia Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda.

Uma operação está cumprindo mais de 60 mandados de busca e apreensão em 13 municípios do Maranhão com o objetivo de apurar possíveis fraudes em licitações para contratação da empresa Águia Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda. O atual deputado federal Josimar Cunha Rodrigues, mais conhecido como Josimar de Maranhãozinho é sócio da empresa investigada.

De acordo com o Ministério Público do Maranhão, os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de São Luís, Maranhãozinho, Zé Doca, Araguanã, Carutapera, Centro do Guilherme, Pedro do Rosário, Pinheiro, Santa Inês, Miranda do Norte, Presidente Médici, São José de Ribamar, Parnarama) e na cidade de Várzea Alegre, no estado do Ceará.

Participam da operação 54 equipes da Polícia Civil, além de promotores de justiça e servidores do Gaeco integrantes dos núcleos de São Luís, Imperatriz e Timon, bem como promotores de justiça das Comarcas de Maracaçumé, Zé Doca, Santa Inês e Guimarães, além de servidores públicos.

A Operação Maranhão Nostrum recebeu esse nome em alusão ao “Mare Nostrum”, termo latino que significa “O Nosso Mar”, dado ao Mar Mediterrâneo pelos romanos, após a conquista de extensões territoriais que os tornavam dominadores da província romana da Hispânia até a do Egito. No presente contexto, a tendência de dominação e poder em diversos municípios mostrou uma organização criminosa com controle da máquina pública para malversação de recursos e práticas ilegais que beneficiam ao mesmo grupo político.

Fonte: https://www.policiacivil.ma.gov.br/

Porto do Itaqui: compromisso com a Gestão Ambiental

O Porto do Itaqui recebeu recomendação para recertificação na ISO 14001, norma de reconhecimento internacional que atesta os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental, exige compromisso da empresa com a prevenção à poluição e implementação de melhorias contínuas. O resultado foi anunciado nesta sexta-feira (24), no final da auditoria, iniciada na segunda (20), sem nenhuma observação, recomendação ou não conformidade.

Para o presidente da EMAP, Ted Lago, esse reconhecimento por meio da recertificação na ISO 14001

confirma a consistência do modelo de governança implantado no Porto do Itaqui, uma realização conjunta de uma grande equipe comprometida e responsável, focada em apresentar os melhores resultados.

Ao fazer o anúncio, o auditor Jorge Tadeu Zanellatto Lisauskas, da ABS Quality Evaluations (sociedade classificadora marítima e offshore), destacou a cordialidade e transparência de todos os entrevistados, a consistência dos controles operacionais nas áreas de maior potencial poluidor, a gestão de emergências, a participação da área de Meio Ambiente em novos projetos da Autoridade Portuária e o Sistema de Gestão por Competências da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP).

Ao longo da semana, Lisauskas analisou todos os processos e requisitos da norma, auditou 11 áreas e entrevistou 35 pessoas que atuam no porto.

Muito marcante aqui no Porto do Itaqui é a organização e a consciência que foi percebida nas pessoas que realizam os seus trabalhos, bem como o nível de competência da equipe. Cada um, de forma consistente, faz com o que o Itaqui seja diferenciado em relação à maioria dos portos que a gente tem visitado, disse.

A norma foi criada para auxiliar empresas a identificar, priorizar e gerenciar seus riscos ambientais como parte de suas práticas usuais. Desde 2018, o Porto do Itaqui integra o seleto grupo de portos públicos brasileiros que possuem a certificação ISO 14001.

Para obter a certificação, é preciso comprovar, por meio de documentação, controles e registros, que está comprometida com o seu Sistema de Gestão Ambiental. Um dos pontos importantes no trabalho que a EMAP realiza é a existência de um conjunto de objetivos e metas que se traduzem em procedimentos efetivamente implementados e amplamente conhecidos por colaboradores, terceirizados e parceiros.

Fonte: https://www.ma.gov.br/

Maranhão pode perder R$ 21,3 bilhões em benefícios sociais e ambientais e deixar de criar 53 mil empregos sem a universalização do saneamento básico

Estudo do Instituto Trata Brasil aponta que o Maranhão poderia ganhar R$ 2,8 bilhões em redução de gastos na saúde pública levando água tratada e esgotos a todos os maranhenses.

No Brasil, dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano 2019, mostram que o país ainda possui 35 milhões de pessoas sem acesso à rede de água potável e mais de 100 milhões sem coleta dos esgotos. Somente 49% dos esgotos gerados no país são tratados, o que equivale a jogar todos os dias na natureza uma média de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgotos sem tratamento. A universalização dos serviços de saneamento e esgoto trariam inúmeros benefícios em diversas áreas econômicas e sociais, gerando ganhos que contribuiriam para o crescimento nacional.
Mesmo vivendo uma das maiores crises hídricas da história, com reservatórios vazios e riscos de falta de água para abastecimento humano e animal, agricultura e geração de energia, o Brasil ainda perde 39,2% da água potável nos sistemas de distribuição nas cidades, antes de chegar às casas. São mais de 7 mil piscinas olímpicas de água já potável perdidas por dia e uma maior eficiência no setor de saneamento ajudaria, e muito, a manter os reservatórios mais cheios.

Nesse contexto, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a Ex Ante Consultoria Econômica, divulga o estudo “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento no Maranhão” visando mostrar os ganhos sociais, ambientais e econômicos que a universalização do saneamento básico traria ao estado, um dos que possuem os maiores desafios em relação a levar água tratada, coleta e tratamento de esgotos a todos os maranhenses.

O estudo traz uma abordagem ampla dos ganhos que o estado teria de 2021 a 2040, prazo limite para a universalização desses serviços de acordo como novo Marco Legal do Saneamento (Lei Federal 14.026/2020), mas também num cenário de 35 anos, até 2055, prazo usual nos contratos de concessão e subconcessão do setor.

CENÁRIO DO SANEAMENTO NO MARANHÃO

O Maranhão possui 7,1 milhões de habitantes espalhados em 217 municípios. Segundo informações do SNIS em 2019, apenas 48,4% da população é atendida com abastecimento de água, enquanto somente 11,5% possuem coleta de esgoto em suas residências. O estado avança lentamente nesse sentido, nos últimos 15 anos (2005 a 2019), dos atuais 7 milhões de habitantes, menos de 100 mil pessoas passaram a ter acesso ao serviço de abastecimento de água tratada e 246 mil passaram a ter o serviço de coleta de esgoto.

Quando analisamos a situação do saneamento básico nos 16 maiores municípios do estado (Tabela 1), o estudo mostra que, em 2019, de uma população de 7,1 milhões, vimos que 3,6 milhões de pessoas ainda moravam em residências sem acesso à água tratada, desse número 184,6 mil residem em São Luís. No caso do acesso à coleta de esgoto o número foi ainda maior 6,6 milhões de habitantes moravam em residências sem coleta de esgoto. Na capital 50,4% da população não tem acesso aos serviços de coleta de esgoto, ou seja, 554,8 mil habitantes.

Os recursos hídricos da região recebem uma carga de 160,6 milhões de m³ por ano de água poluída, o que equivale a cerca de 85 mil piscinas olímpicas de poluição por ano ou 233 piscinas olímpicas de poluição por dia. Os números explicitam que o Maranhão tem um longo trabalho no sentido da universalização desses serviços.

PRINCIPAIS GANHOS FUTUROS COM A UNIVERSALIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO

Primeiramente, é importante notar que, nos últimos 15 anos, entre 2005 e 2019, mesmo com baixo avanços dos serviços de água e esgotos, o estado acumulou ganhos equivalentes a R$ 2,1 bilhões em benefícios gerados pelo investimento em saneamento.

Para o futuro, o estudo leva em consideração dois períodos de análise: de 2021 a 2040, que é o tempo definido pelo novo marco regulatório do saneamento, e o de 2021 a 2055, que é a extensão temporal usualmente empregada em contratos de concessão ou subconcessão. Traz também os ganhos do legado da universalizaçao no futuro. Para se chegar à universalização, o estudo aponta a necessidade de investimentos de R$ 6,3 bilhões; recursos capazes de incorporar quase 4 milhões de pessoas no sistema de distribuição de água tratada e cerca de 6 milhões de pessoas no sistema de coleta de esgoto. Com a universalização do saneamento até 2040, o Maranhão teria ganhos líquidos, ou seja, já descontados os investimentos necessários, de R$ 11,3 bilhões em benefícios e, até 2055, um ganho de R$ 13,4 bilhões.

Maranhão pode perder R$ 21,3 bilhões em benefícios sociais e ambientais e deixar de criar 53 mil empregos sem a universalização do saneamento básico