ENCONTRO DA BAIXADA MARANHENSE: Construção de uma Agenda Estratégica de Desenvolvimento

Aconteceu ontem (26/08/2025), no horário das 8:00 às 18:00h na sede do Sebrae/MA (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão) no Multicentro, localizado na Jerônimo de Albuquerque – Alto do Calhau em São Luís, para discutir e construir um Plano Estratégico de Desenvolvimento para a microrregião da Baixada Maranhense.

Lideranças se reúnem com o Sebrae para construir um Plano de Desenvolvimento da Baixada Maranhense para a próxima década.

O evento contou com a participação de representantes de mais de 20 municípios da microrregião da Baixada e Litoral Ocidental, onde as águas desenham o horizonte e a terra pulsa de histórias.

De início, o cantor e compositor Josias Sobrinho vocalizou duas músicas que refletem o êxodo dos baixadeiros de sua terra natal na buscar de novas oportunidades de trabalho e renda. A música “De Cajari pra Capital” foi acompanhada por todos. Na cabeça dos presentes passava um filme sobre suas viagens em deixam seus entes queridos em busca de oportunidades. Foi um momento de grande emoção!

O superintende do Sebrae, Albertino Leal, deu as boas-vindas aos baixadeiros, elogiando a iniciativa e colocando-se à disposição para dar continuidade à agenda de desenvolvimento da Baixada, uma área abençoada, mas que necessita de investimentos e desenvolvimento sustentável.

A gerente de Empreendedorismo Territorial, Hildenê Maria, discorreu sobre a importância de promover a colaboração entre diferentes atores: empreendedores, poder público e comunidade e que o Fórum da Baixada pode aproveitar o momento para fazer um excelente projeto.

Por parte do Fórum da Baixada, João Silveira comparou a parábola “Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras!” ao planejamento da Baixada que está sendo gestado, uma vez que visa, especialmente, as gerações futuras.

João Martins foi chamado a “Traçar a Linda do Tempo”. Antes, porém, ele convocou o pastor Silveira para fazer uma Oração, a fim de pedir discernimento e bênçãos aos participantes. João Martins lembrou que o Fórum da Baixada foi instituído oficialmente em 2015 e que, de lá para cá, nunca parou e sempre contou com a parceria do Sebrae. Afirmou que o Fórum da Baixada tem em seu histórico muitas conquistas que foram registradas em uma Cartilha, produzida ainda na gestão do primeiro presidente, Flávio Braga.

Também usaram da palavra a gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Pinheiro, Rosa Amélia Borges e

O atual presidente do Fórum da Baixada, Expedito Moraes, discorreu que o pedido de ajuda ao Sebrae para elaborar um Plano, foi movido pelo sonho de prosperidade, educação de qualidade, acesso à saúde, produção sustentável, oportunidades de emprego e qualidade de vida. Expedito Moraes afirmou que esses sonhos ecoam nas conversas ao entardecer, nos encontros em praças, igrejas e centros comunitários, alimentando a esperança de que dias melhores não só são possíveis, mas necessários.

A necessidade de conversar, ouvir, planejar, identificar ações concretas que tragam desenvolvimento de verdade, capazes de atrair investimentos, fomentar a capacitação e valorizar o que a Baixada tem de melhor: sua cultura, sua natureza, sua gente. E para isso, cada voz importa e que o conhecimento técnico do Sebrae é fundamental para sistematizar as ideias e sonhos.

A facilitadora do Programa LIDER do Sebrae, Eulália Oliveira, reportando-se à música de Josias Sobrinho, “De Cajari pra Capital”, fez alusão à reunião chamando o encontro de “Da Capital pra Cajari”, comparando o momento como ação inversa, ou seja, levando conhecimento e benefícios por meio de baixadeiros que estão em São Luís para a Baixada.

Eulália apresentou a metodologia e programação de trabalho do Encontro da Baixada Maranhense, que se constituiu em dinâmica de grupo, oficinas, construção da agenda de desenvolvimento e considerações finais.

Na temática de dinâmica de grupos, considerando-se que o Fórum da Baixada completou 10 (dez) anos, fez-se a retrospectiva de dez anos e a perspectiva de futuro para o espaço de tempo.

Posteriormente, Eulália dividiu os presentes em dois grupos: um grupo exporia os pontos positivos e o outro os pontos negativos na Baixada durante dez anos passados.

Os principais pontos positivos nos últimos dez anos (2015 a 2024) foram:

  1. Criação do Fórum da Baixada em 2015;
  2. Lançamento do livro Ecos da Baixada;
  3. Implementação de IEMA e IFMA;
  4. Construção da ponte Central Bequimão;
  5. Início da construção da Barragem de Maria Rita;
  6. Estrada do Afoga;
  7. Desenvolvimento da piscicultura e apicultura;
  8. Fábrica de gelo;
  9. CBH – Pindaré;
  10. Lançamento de vários livros de baixadeiros;
  11. Construção da Estrada do Peixe;
  12. Atuação positivo do Guarás e Litoral;
  13. Expedições Expocapril;
  14. Realização de Diálogos Baixadeiros;
  15. Acompanhamento público e federal dos Diques da Baixada;
  16. Início da construção do Terminal Portuário do Anel Viário;
  17. Hospitais regionais e + IDH
  18. Expressão e premiação de alunos da Baixada;
  19. Existência de vários Blogs na Baixada;
  20. Criação de Academias na Baixada;
  21. Desenvolvimento do turismo;
  22. Início da Construção da Estrada Anajatuba – São João Batista e
  23. Infraestrutura portuária: Terminal da Ponta da Espera, entre outros.

 

Quanto aos pontos negativos nos últimos dez anos (2015 a 2024) foram:

  1. Estiagem;
  2. Fechamento de agências bancárias;
  3. Marés de sizígia – mortandade de peixes;
  4. Covid-19 com prejuízo econômico de atividades empresariais;
  5. Cercamentos dos campos;
  6. Casos de Hanseníase/Tuberculose;
  7. Avanço de facções criminosas;
  8. Guerra na Ucrânia afetou o preço do mel;
  9. Más condições da MA-014;
  10. Deficiência no transporte de Ferry Boat;
  11. Colapso das pontes;
  12. Violência urbana e rural;
  13. Inércia dos modelos de crescimento municipal;
  14. Presença de espécies predadoras nos rios e urina preta;
  15. Escassez de Mão de Obra;
  16. Falta de Macrozoneamento da Baixada;
  17. Falta de indicadores de produção agrícola;
  18. Rompimento dos meandros dos rios Pindaré e Mearim;
  19. Assoreamento dos rios e lagos e
  20. Salinização e carência de água potável.

 

Posteriormente, a facilitadora pediu que cada grupo escolhesse uma pessoa para fazer a apresentação e que o outro grupo poderia acrescentar mais itens.  Após a apresentação, todos se concentraram nos pontos positivos e negativos para os próximos dez anos (2025 a 2035).

Quanto aos pontos positivos para os próximos dez anos (2025 a 2035) foram:

  1. Plano de Ação para o desenvolvimento da Baixada;
  2. Diques da Baixada;
  3. Feira de livros;
  4. Feiras de agronegócios;
  5. Fiscalização ambiental eficiente;
  6. Fábrica de ração;
  7. Rodovia Transoceânica (Pará – Maranhão);
  8. Posto de Bombeiros em cada município;
  9. Programa de editoração de livros;
  10. Expandir produção de açaí;
  11. Inventário de Turismo da Baixada;
  12. Implantação de campo de pouso;
  13. Dessalinização de poços;
  14. Mais hospitais;
  15. Polo de Apicultura;
  16. Polo Piscicultura;
  17. Polo de Carcinicultura;
  18. Incentivo Associativo e Cooperativismo;
  19. Regularização fundiária de comunidades Quilombolas;
  20. Implantação da Ferrovia Alcântara para Sul;
  21. Ciência e Tecnologia nas escolas;
  22. Desassorear rios e lagos;
  23. Conclusão da travessia Anajatuba – São João Batista;
  24. Conclusão da Barragem Maria Rita;
  25. Programa de capacitação de jovens;
  26. Criação de Banda Municipais de Música;
  27. História e Geografia da Baixada nas Escolas;
  28. Disciplinamento da Bubalinocultura;
  29. Aplicação da Ciência na produção agrícola e
  30. Infraestrutura regional.

 

Também foram projetados pontos negativos para os próximos dez anos (2025 a 2035) que foram:

  1. Deficiência no transporte de Ferry Boat;
  2. Lago e rios assoreados;
  3. Ausência de gestão ambiental municipal;
  4. Continuação do cercamento dos campos naturais;
  5. Regularizações fundiárias deficientes;
  6. Invasão de água salgada nos campos;
  7. Não adaptação das mudanças climáticas;
  8. Aumento da criminalidade: facções e drogas;
  9. Deficiência no enfrentamento de doenças endêmicas;
  10. Falta de política de desenvolvimento;
  11. Falta de ações públicas durante décadas;
  12. Crise ambiental;
  13. Conflitos agrários – a Baixada lidera esses conflitos;
  14. Não comprometimento da classe política, empresarial e da sociedade com a agenda de desenvolvimento;
  15. Migração forçada;
  16. Ausência de macrozoneamento, pois a Baixada é área de preservação ambiental;
  17. Salinização dos campos das águas para produção de arroz e
  18. Falta de desenvolvimento econômico e infraestrutura.

 

Com esses dados, e focando-se nos pontos positivos para a década 2025-2035, a instrutora pediu que fossem destacados, a partir dos pontos positivos, as ações em urgentes, médio e logo prazo. A partir da marcação com postites dessas ações. Em seguida, os itens foram separados em três ações: 1) Negócios Rurais; 2) Infraestrutura e 3) Desenvolvimento Humano.

Desta feita, os participantes foram divididos nesses três grupos, a fim de construírem o Plano de Ação, com as premissas de: Ação, quem, quando e como, para alcançar um objetivo específico.

Novamente, cada grupo apresentou seu trabalho, levando os itens sugeridos pela instrutora que, de posse desses trabalhos, irá compilar os resultados em um documento técnico com a marca Sebrae!

Finalmente, o Fórum da Baixada agradece aos que compareceram ao evento, deram suas contribuições para formulação da Agenda Estratégica de Desenvolvimento, em especial ao Sebrae pelo conhecimento técnico, viabilizando a caminhada, a fim de promover um despertar aos habitantes da Baixada Maranhense e Litoral Ocidental para o desenvolvimento sustentável.

 

Biografia de José Ribamar Pires Collins

José Ribamar Pires Collins* foi um brasileiro, pensador e produtor rural de índole e por opção. Foi um dos primeiros a defender o conceito de Desenvolvimento Sustentável na agricultura e pecuária. Nasceu em 08 de fevereiro de 1937. Filho de Graciliano da Silva Collins que era vaqueiro e proprietário rural e de Zayde Ferreira Gomes Pires, professora e costureira.

Destacou-se pelo caráter nacionalista e social. Pires Collins como gostava de ser chamado ao falar de suas origens afirma que o homem não é filho de onde ele nasce propriamente, mas de onde ele é reconhecido e se realiza. Partindo dessa linha de raciocínio, embora tendo nascido na Fazenda Santo Antônio, situada no distrito de Mucambo, atualmente pertencente ao município de Santa Rita, sente-se como filho de Paço do Lumiar.

Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros e revistas de sua mãe como por exemplo Vida Doméstica e Seleções. Desde menino já mostrava seu temperamento curioso e atento aos trabalhos de seu pai. Fez o curso primário em Codó, concluindo em 1946. Com 11 anos foi estudar em São Luís, no Colégio Marista onde se identificou muito com autores jovens da época como Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Celso Furtado. Se destacava na prática de esportes, em especial no Basquete com participação nos Grêmios Estudantis da época, sendo fundador da UESSMA (União dos Estudantes Secundaristas do Maranhão).

Posteriormente, em virtude do trabalho se transferiu para o Liceu noturno onde concluiu o secundário. Trabalhou como representante de laboratórios farmacêuticos, dentre eles Eduardo Bezerra (Ceará) e Moura Brasil – Orlando Rangel (Rio de Janeiro).

Marcou a sociedade ludovicense quando em setembro de 1955 comprou a Farmácia Conceição localizada no bairro do Anil onde prestava serviço para as regiões que hoje formam os municípios de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar. Realizando desde trabalhos como aplicação de soro e injeções até primeiros socorros 24 horas por dia. Aos 26 anos já conferia mais de 250 afilhados.

Sob influência das lideranças estudantis, com 18 anos ingressou na política filiando-se ao (PSP) Partido Social Progressista que posteriormente foi substituído por (ARENA) Aliança Renovadora Nacional onde candidatou-se a Deputado Estadual em companhia de Henrique De La Rocque e Clodomir Teixeira Millet. Destacava em seus discursos a ignorância do caboclo, criticando as queimadas e a miséria que tornava incapaz o desenvolvimento da agricultura e pecuária na região. Sendo eleito Deputado Estadual em 1966 numa votação recorde como o segundo mais votado.

Teve sua trajetória política marcada pela criação da Lei de Terras que, através da Comarco abriu a venda das terras devolutas dando assim origem ao capital do Banco de Desenvolvimento do Estado do Maranhão (BDM). Autor também de Lei de Organização Judiciária que aumentou de 10 para 15 desembargadores no Estado do Maranhão e, consequentemente, gerou o aumento do número de Varas nas Comarcas do interior. Causou enorme espanto entre os parlamentares de sua época quando no final da década de 1970, diante da possibilidade de aposentadoria pela Assembleia, abriu mão do benefício.

Em 1966 fundou sua segunda empresa que se deu por meio da apresentação de um projeto para a Sudene se propondo a implantar uma fazenda onde se desenvolveria a Bubalinocultura (criação de búfalos) e a Rizicultura (plantação de arroz irrigado). Empresa esta que está em pleno funcionamento até os dias atuais.

Pires Collins esteve casado em 2 oportunidades, primeiramente em 1955 aos 18 anos com Maria Benedita de Castro e Costa com quem teve 3 filhos: George Davi, Rachel Eliza e Heloisa Augusta. Posteriormente, já com 55 anos casou-se com Nazaré Bezerra Carvalho, com quem teve Judá Bezerra Carvalho Pires Collins.

Ele participou ativamente do Fórum em Defesa da Baixada, onde lutava com a força de um guerreiro e o sonho de um menino pelas causas defendidas pela instituição, como os Diques da Baixada, transporte digno nos ferrys boats, construção de estradas e, principalmente pelo desenvolvimento econômico sustentável da região. Na agremiação, ele ganhou a alcunha de Príncipe Collins, pela sua forma educada e decidida de expor as reinvindicações da nação baixadeira.

Após uma trajetória de sucesso, José Ribamar Pires Collins faleceu em São Luís, no dia 17 de maio de 2020, deixando um legado para as gerações futuras, registrando a sua marca positiva em forma de exemplo que transcende o tempo.

* Biografia escrita por José Ribamar Pires Collins e seu filho Judá Collins.

FÓRUM DA BAIXADA E SEBRAE PROMOVEM REUNIÃO PREPARATÓRIA PARA O I ENCONTRO DA BAIXADA

No dia 04 de fevereiro de 2025, às 19 horas, no Multicenter Sebrae ocorreu a primeira reunião para organização do I Encontro da Baixada, com a participação de vários baixadeiros do Fórum em Defesa da Baixada (FDBM) e o consultor do SEBRAE e forense, João Martins. Na ocasião foi avaliada a proposta apresentada pela Diretoria do Fórum de realizar um grande Encontro em que será apresentada uma Agenda Estratégica de Desenvolvimento da Região.

O Fórum buscou apoio do Governo do Estado, do Sebrae e outras instituições públicas e privadas para a realização desse evento. Em vários depoimentos foi enfatizado o apoio e a disposição que o Governador Brandão em trabalhar no desenvolvimento da Baixada e Litoral Ocidental, tendo o reconhecimento unânime de todos pelos investimentos que tem realizado nas Regiões.

A ideia inicial é que esse encontro aconteça, ainda neste semestre, na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, em São Bento.

Na oportunidade foi criada uma comissão de forenses que juntamente com a equipe do SEBRAE ficará responsável pela elaboração da Agenda e organização do evento.

O que se pretende é criar um ambiente na região capaz de atrair investidores, empreendedores, estimular e capacitar pessoas para o fortalecimento da economia local.

Todos sintetizaram o entusiasmo e o otimismo numa frase sempre repetida pelo presidente do FDBM, Expedito Moraes: NÓS PODEMOS.

Confira a Ata da Reunião no link a seguir: Ata 04.02.2025 – 1ª Reunião FDBM para Encontro Desenvolvimento da Baixada

DIQUES DA BAIXADA: Mais uma Vez a Esperança se Renova

O Fórum em Defesa da Baixada (FDBM), a partir da sua instituição em 2016, vem lutando pela construção dos Diques da Baixada, desde então, acompanha os movimentos para construção da tão sonhada obra! As esperanças se renovaram após a reinstalação da Frente Parlamentar da Baixada Maranhense que está retomando os diálogos sobre esse assunto.

A retomada do diálogo sobre o projeto de construção dos Diques da Baixada foi destacada, durante a sessão plenária desta terça-feira (3/9/2024), pelo deputado Jota Pinto (Podemos), que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense.

Com o objetivo de retomar o diálogo sobre o projeto de construção dos diques da microrregião da Baixada, a Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense, reuniu-se, em 29/08/2024, com a superintendência estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf). O encontro ocorreu na sede do órgão federal, no bairro Areinha, em São Luís.

 O deputado ressaltou encontro, ocorrido na última sexta-feira (29), com o superintendente estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf) no Maranhão, Clóvis Luís Paz. A reunião contou com presença do deputado Júlio Mendonça (PCdoB).

Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense retoma diálogo sobre construção de diques
Deputados Jota Pinto e Júlio Mendonça durante a reunião com o superintendente da Codevasf no Maranhão, Clóvis Luís

Em seu pronunciamento, o deputado Jota Pinto informou que, nesta quarta-feira (4), às 15h, o superintendente Codevasf e o secretário estadual de Meio Ambiente, Pedro Chagas, estarão na Assembleia Legislativa para debater os impactos ambientais do projeto com a Frente Parlamentar.

 O projeto promete transformar a região com benefícios sociais, econômicos e ambientais. A ideia é represar água doce e impedir a invasão de água salgada nos campos, um marco no desenvolvimento sustentável da nossa terra.  Um avanço para garantir um futuro mais promissor e produtivo para todos na Baixada.

O objetivo é fazer uma força-tarefa com os segmentos envolvidos, inclusive a bancada federal, para que este projeto possa sair do papel, finalizou.

 O projeto Diques da Baixada foi proposto em 2012 e consiste em uma obra de engenharia que tem a previsão de alcançar 70,6 km em 11 municípios, permitindo a contenção de água doce nos campos naturais durante a estação chuvosa, retardando o seu escoamento para o mar sem alterar as cotas máximas de inundação.

APRESENTAÇÃO DIQUES DA BAIXADA DO MARANHÃO

#FrenteParlamentar #DiquesDaBaixada #DesenvolvimentoSustentável #BaixadaMaranhense

Fonte: https://www.al.ma.leg.br/

O Fórum da Baixada realizará a eleição da nova Diretoria e Conselho Fiscal

O presidente do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense em exercício, Expedito Moraes, expediu Edital de Convocação para eleição da Diretoria da instituição, para o biênio de 2024-2025, cuja votação ocorrerá nas dependências do Restaurante Picuí Tábua de Carne, localizado Av. Daniel de La Touche, 1040 – Cohama – São Luís – MA, 65.074-115, às 19:00h do dia 26 de abril (sexta feira) de 2024.

A eleição para a Diretoria Executiva e Conselho Fiscal será realizada por votação direta e secreta para um mandato de 2 (dois) anos. A Diretoria Executiva é o órgão de representação da Sociedade em Defesa da Baixada Maranhense, eleita simultaneamente com o Conselho Fiscal, e será constituída do Presidente, primeiro Vice-Presidente, segundo Vice-Presidente, Primeiro e Segundo Secretários e Primeiro e Segundo Tesoureiros. O Conselho Fiscal é constituído por 3 (três) membros efetivos e seus respectivos suplentes.

As chapas que concorrerão à eleição serão compostas para todos os cargos previstos no Estatuto e poderão ser registradas até 72 (setenta e duas) horas antes da data do pleito, mediante comunicação à Sociedade em Defesa da Baixada Maranhense e em 24 (vinte e quatro) horas antes da data da eleição, deverá ser dada publicidade sobre a composição de todas as chapas inscritas, conforme Edital abaixo:

Edital de Convocação para Eleição FDBM

PLANTIO SOLIDÁRIO DA ALCAP: Igreja Católica de São Jerônimo recebe mudas de plantas

Hoje, dia 24 de fevereiro de 2024, foi a vez de os fiéis da Igreja Católica de São Jerônimo receberem mudas de Acácia Roxa, Angelim, Pau Brasil e Ipê. As mudas foram doadas pela ALCAP (Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense), referente ao projeto Plantio Solidário que é liberado pela amiga da Academia Ana Cléres Santos Ferreira. Juntamente com a comunidade, realizaram o plantio, os confrades Nani Pereira da Silva, Diêgo Nunes, Venceslau Júnior e a amiga da ALCAP, Maria do Carmo Pereira Pinheiro. Foram plantas aproximadamente 20 mudas que irão fornecer sombra e uma paisagem ainda mais agradável, além de estimular atitudes de preservação ambiental.

O Projeto Plantio Solidário “João de Deus Martins” da ALCAP trata-se de uma ação que tem como objetivo repovoar áreas que tiveram a vegetação removida por força da natureza ou pela ação humana, como exploração de madeira, expansão de ambiente para agropecuária, queimadas, entre outros.

A exigência/orientação, para esta fase do projeto, é que a comunidade se responsabilize pelas atividades de cuidados com as mudas. A equipe da ALCAP sentiu um excelente engajamento da comunidade, traduzida na participação no plantio, e gestos de gratidão, com oferecimento de um delicioso lanche.

Consolidação de Parceria: Fórum da Baixada reúne-se com a CODEVASF

O Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), desde o início do ano de 2024, vem buscando consolidar parcerias com diversos órgãos das esferas das três esferas de Governo.

Considerando-se que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF tem por missão desenvolver bacias hidrográficas de forma integrada e sustentável, contribuindo para a redução das desigualdades regionais, em 22 de fevereiro de 2024, uma equipe do FDBM reuniu-se com a equipe de trabalho da CODEVASF.

Nessa reunião tomamos conhecimento do atual estágio do Projeto DIQUE DA BAIXADA, projeto que tem fundamental importância para toda a região. De um lado, evita a entrada da água salgada nos campos e igarapés (como já acontece) e, do outro possibilita o acúmulo de água da chuva durante quase o verão todo.

Ocorre que, para este projeto, ainda faltam muitas exigências a serem cumpridas, como: licenças ambientais e outros procedimentos legais. O que consideramos altamente relevante é o empenho que o ex-deputado GIL CUTRIM, agora um dos Diretores Federais da CODEVASF, ter solicitado ao atual Superintendente no Maranhão, CLOVES PAZ, incluir no alinhamento das ações da atual gestão, o Projeto dos Diques da Baixada. E muito mais satisfeitos ficamos foi sabermos que o Governador BRANDÃO já demonstrou bastante interesse pelo Projeto, pois, autorizou o Secretário da SINFRA, APARÍCIO BANDEIRA, formar com a CODEVASF uma comissão conjunta de trabalho para agilização e acompanhamento desta grande obra.

O FDBM se colocou à disposição para, de alguma forma, contribuir nessas demandas, bem como demonstrou seu interesse na construção dessa obra, que é a principal reinvindicação dos baixadeiros.

Compareceram à sede da Superintendente da 8ª Superintendência Regional da CODEVASF, o presidente do FDBM, Expedito Moraes e os forenses: Alexandre AbreuAntônio Valente, Benito CoelhoEduardo Castelo Branco e Narlon Santos, foram recebidos por Eduardo Madeira e Clovis Luís Paz Oliveira, Superintendente da 8ª Superintendência Regional da CODEVASF, que presidiu a reunião.

Ministério da Agricultura recebe o Fórum da Baixada

Dando continuidade às parcerias institucionais, na última terça-feira, dia 21 de fevereiro do ano de 2024, no gabinete do senhor Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária – SFA/MA, situado na Praça da República, nº 147, bairro Diamante, na cidade de São Luís, Estado do Maranhão, reuniram-se os representantes do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM) e da SFA-MA/MAPA.

Os representantes do Fórum da Baixada realizaram uma apresentação expressa sobre os objetivos da criação do Fórum e das atividades desenvolvidas na região, citando as iniciativas de sucesso na região, como por exemplo os projetos de piscicultura em Matinhas, o projeto Bosques da Baixada, de projetos de açaí em alguns municípios, e os trabalhos desenvolvidos pela secretaria municipal de agricultura de Anajatuba.

O chefe da DDR explanou sobre as ações que estão sendo propostas para a região nos programas de fomento do MAPA. Falou também sobre fortalecer as parcerias entre as entidades parceiras e os municípios da Baixada, priorizando a organização e estruturação das Secretarias municipais. Ressaltou o potencial e a importância das culturas da piscicultura, bubalino cultura, açaí, mandioca e mel, que precisam de maior atenção para um desenvolvimento sustentável.

Foi relatado, por membros do Fórum, a possibilidade de expansão do projeto Bosques da Baixada, que tem como finalidade resgatar e valorizar as espécies tradicionais da flora dos municípios da Baixada, do projeto Itans, que está sendo trabalhado pela AGERP com parceria de outros Órgãos, que levaria a piscicultura para outros municípios da Baixada Maranhense, e sobre as atividades agrícolas desenvolvidas em campo de produção no município de Anajatuba, em destaque para a piscicultura e carcinicultura, que contribuirá para o crescimento econômico e social daquele município.

Foram apontadas as possibilidades de integração das atividades desenvolvidas pelo Fórum com os programas trabalhados pela Divisão de Desenvolvimento Rural da SFA/MA. Houve a sugestão de criação de projeto visando o desenvolvimento produtivo na região da Baixada, com participação do Fórum, SFA-MA e Embrapa. Destacou-se a importância da estruturação do corpo técnico das secretarias de agricultura dos municípios.

Encaminhamentos: 1) Agendar visita aos campos de produção no município de Anajatuba; 2) Participação da SFA-MA nas reuniões periódicas do Fórum da Baixada e; 3) Elaborar proposta de projeto para enfrentamento do período de seca na Baixada Maranhense.

Alinhamento de Ações entre o Fórum da Baixada e a Superintendência da Agricultura no Maranhão

O Fórum da Baixada continua na sua trajetória de luta para minimizar os efeitos da seca que, historicamente, castiga a microrregião que ostenta um dos maiores índices do pobreza do Brasil, com essa finalidade, reuniu-se no dia 18 de janeiro do ano de 2024, na sede da Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária – SFA/MA, com o Superintendente  Wellington Reis Sousa e sua equipe.

Inicialmente, os representantes do Fórum da Baixada relataram os problemas sazonais de seca e alagamento enfrentados pelas comunidades locais e a necessidade de implantação de planos de enfrentamento destes problemas, visando o desenvolvimento econômico e social da região.

Também foi informado sobre projetos de dragagem em igarapés e um estudo realizado em 2018 que identificou 103 pontos favoráveis para barragem da água da chuva. Houve uma apresentação geral sobre as ações da Divisão de Desenvolvimento Rural, acerca dos Planos: ABC+; Amazônia Sustentável; Agro Nordeste e Indicação Geográfica.

Encaminhamentos: 1) Envio de apresentação das atividades desenvolvidas pelo Fórum da Baixada; 2) Incluir o Fórum da Baixada nos programas ABC+ e Amazônia Sustentável e Agendar reunião para apresentação detalhada dos programas desenvolvidos pela Divisão de Desenvolvimento Rural.

Participaram da Reunião: Wellington Reis, Dario Erre Rodrigues, Ana Isabela Lima Ribeiro e Letícia Raquel Silva Sousa, pela SFA/MA; Expedito Nunes Moraes e Antônio Lobato Valente, pelo FDBM.

O FDBM encaminhou Ofício ao Sr. Superintendente, acompanhado do Portifólio das principais ações desenvolvidas pela Instituição, solicitando parceria com a Superintendência. Posteriormente, a SFA/MA marcou nova reunião para o dia 21 de fevereiro do corrente ano, para detalhamento das solicitações.

Ofício ao Ministério da Agricultura                     Portifólio do FDBM

A IMPORTÂNCIA DA BARRAGEM MARIA RITA

Por Ana Creusa e Francisco Viegas

Ciente da importância da Barragem de Maria Rita, como grande obra estruturante, pois, vai promover o desenvolvimento da atividade econômica nos municípios de toda a região, dentre eles Bequimão, São Bento, Alcântara, Bacurituba, Palmeirândia e Peri-Mirim, a Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP) promoveu, na última quinta-feira (25/01/2024), uma Expedição com acadêmicos, professores, alunos e idosos, para visita às obras da Barragem Maria Rita. A expedição saiu às 8 horas da Praça São Sebastião em Peri-Mirim, com destino à sede do município de Bequimão, onde foram acompanhados por uma equipe técnica, conforme determinação do Exmº Sr. Prefeito, João Martins, a pedido da presidente da ALCAP, Ana Creusa Martins dos Santos.

Durante a viagem, a fim de que ficasse clara a natureza educacional da expedição, o confrade Francisco Viegas proferiu uma palestra, ainda no interior do transporte, na qual abordou a história da Barragem, que segue resumida abaixo:

HISTÓRICO DAS BARRAGENS PERI-MIRIM/BEQUIMÃO

A primeira barragem conhecida como Barragem dos Defuntos foi construída no primeiro mandato do prefeito Agripino Álvares Marques, entre 1948 a 1951. (Página 16 do livro Curiosidades Históricas de Peri-Mirim).

A referida barragem foi feita no braço pelos destemidos perimirienses. Pois naquela época o município não dispunha de máquinas para edifica-la. Depois de terminada ela passou por vários problemas de rompimento, provavelmente devido a compactação do barro e a largura insuficiente que suportasse o volume d’água. Por isso quase todos os invernos precisava de reparos. (Tapagem dos furos).

Trinta e dois anos após a sua construção, a barragem estava desgastada e não cumpria mais a função de anteparo das águas: doce de um lado e salgada do outro.

Consciente da importância da barragem, o então prefeito Benedito de Jesus Costa Serrão, construiu, nas proximidades da Flor Amarela e cerca de quinhentos metros distante da Barragem dos Defuntos, a nova barragem, que ficou mais próxima da sede do município perimiriense. Esta barragem teve sua edificação através de maquinários adequados para a obra.

A Barragem da Flor Amarela, ou Benedito de Jesus Serrão (nome aprovado pela Câmara Municipal de Peri-Mirim), media 3.236 metros de extensão e foi concluída no ano de 1983 e, cuja verba de edificação foi da própria Prefeitura.

Atualmente está sendo construída a Barragem Maria Rita, entre Buritirana, em Bequimão e São Bento, que contempla a LUTA do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense.

A construção está a cargo da Empresa Edecansil Construções e Locações Ltda, com as seguintes especificações: 16 KM de comprimento, mais 10 KM de estrada até a MA 106. Ela tem 15 metros na base e 9 metros no cume, sendo duas pistas de rolamento de 3 metros cada e 1,50 metro de cada lado como fuga. Informação dada pelo Agente Comunitário, Sr. Tonilsom Ferreira.

De onde surgiu o nome Maria Rita?

Havia na localidade Aurá, nas proximidades Tubarão, duas aldeias, que foram perseguidas pelos portugueses e tendo os índios se evadidos para as matas. Na fuga pegaram uma indiazinha a cachorro, mas lhe pouparam a vida. Ela era muito bonitinha e o senhor que a caçou lhe pôs o nome da sua filha, que se chamava Maria Rita. Ela cresceu e ficou uma moça bonita. Ao local da sua prisão, deram-lhe o nome de Maria Rita. Como a Barragem passa por lá, deram-lhe o nome dela. (Página 116 do livro Tapuitininga – Da Colônia à República, do escritor e pesquisador Domingos de Jesus Costa Pereira. “conhecer de perto para contar de certo”. (08:00h do dia 25.01.2024).

Peri-Mirim, 25 de janeiro de 2024.

Francisco Viegas Paz.

O Secretário de Infraestrutura, Sr. Tonho Martins e Leônidas Neto nos acompanharam até o Povoado de Buritirana, onde iniciam as obras, fomos recebidos por Tonilson Ferreira líder Comunitário e Agente de Saúde. A partir daí, os expedicionários questionavam sobre as obras e se maravilhavam com ela, com o maquinário, com os trabalhadores e, em especial, com as pessoas do lugar. Conforme relatado acima, Viegas forneceu dados sobre a construtora e quilometragem da barragem.

Um show à parte se deu com a conversa que os expedicionários tiveram com o Sr. Zé, proprietário de um retiro, onde cria porcos, patos e galinhas. A construção é rudimentar, de pau a pique, com dois pavimentos: o de baixo ficam as criações e o de cima serve de moradia, com rede de dormir e outros apetrechos típicos da Baixada Maranhense. Ele disse que não trocaria aquele lar por nenhuma mansão. A proximidade da noite de lua cheia, fez o campesino se inspirar, com gracejos ligados ao amor e à paixão.

A expedição foi bastante proveitosa, na medida em que o desenvolvimento sustentável é uma necessidade, a fim de preservar as potencialidades naturais, sem comprometer a vida da presente e futuras gerações. Todos sabem que a construção da barragem, além da necessidade, para evitar a salinização dos campos e preservação da água doce, é a realização de um sonho.

Entretanto, alguns expedicionários ficaram muito preocupados e com dúvidas relacionadas a alguns aspectos, os quais já foram levados à apreciação do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM), solicitando vistoria de especialistas no assunto e que fazem parte da instituição, pois, sabe-se que há vontade política de realizar a obra da melhor forma possível.

Fonte: https://oresgate.net.br/