Golpistas causam prejuízos milionários ao Nubank. Mais um criminoso é preso no Maranhão

A Polícia Civil do Maranhão anunciou nesta quarta-feira (19), a prisão de mais um integrante da organização de hackers que causou um prejuízo de quase R$ 13 milhões ao banco virtual Nubank, em várias regiões do Brasil.

Os criminosos mandavam e-mail falso para coletar dados e invadir as contas bancárias. Os crimes eram realizados na cidade de Imperatriz, no sudoeste do estado. De acordo com o delegado Carlos Alessandro, os hackers enviavam e-mail falso para coletar dados das vítimas. Prejuízo ao Nubank chegou a quase R$ 13 milhões. O NUBANK tem a facilidade de resolver tudo pelo aplicativo, e oferecer Cartão de Crédito sem anuidade.

Com o suspeito, foram encontrados notebooks, vários chips e aparelhos celulares.  Considerado foragido da justiça, o preso foi localizado no Bairro Santa Rita, na cidade de Imperatriz, distante a 636 km de São Luís. De acordo com a polícia no momento da prisão, o homem tentou fugir da polícia pulando o muro, mas acabou sendo pego.

Segundo o delegado Ederson Martins, a prisão faz parte do desdobramento da 2ª fase da operação ‘Ostentação’ que foi deflagrada em Imperatriz, em dezembro de 2020, onde os envolvidos desviaram grandes valores da Instituição financeira. Com o suspeito, foram encontrados notebooks, vários chips e aparelhos celulares.
O preso foi encaminhado para uma Unidade Prisional da região tocantina, onde permanece à disposição da Justiça.
Outro suspeito do golpe foi preso em 13 de janeiro deste ano, localizado em um condomínio no bairro do Calhau, em São Luís. Com ele, foram encontrados a quantia de R$ 15 mil, dois notebooks, vários chips, bolsas de grife, celulares, comprovantes de transferências bancárias e uma pequena quantidade de drogas.
Fonte G1 Maranhão

Ferry Boat administrado pela MOB quebra rampa e atrasa viagem em quase 4 horas

A embarcação que deveria ter saído às 3h da manhã da Ponta da Espera, só saiu quase 7h

Mesmo Flávio Dino tomando a administração dos ferry boats dos donos da empresa Servi-Porto, nada melhorou, pelo contrário, ficou ainda pior, já que quem administra as embarcações é Agência de Mobilidade Urbana (MOB) e nada tem feito para melhorar os serviços presados aos passageiros.

Estado do Maranhão define procedimentos para calcular índices de participação dos municípios na receita do ICMS para 2022

Sefaz define procedimentos para calcular índices de participação dos municípios na receita do ICMS em 2022.

A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) publicou o Procedimento Operacional Padrão para o cálculo dos Índices de Participação dos 217 municípios maranhenses na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o ano de 2022, por meio da Portaria 160/2021 do secretário de Estado da Fazenda, Marcellus Ribeiro Alves.

O cálculo do coeficiente de participação dos municípios na receita do ICMS é sempre realizado no ano anterior àquele em que os percentuais vão vigorar.

No ano de 2020, o Estado destinou aproximadamente R$ 2 bilhões aos municípios maranhenses, de acordo com os percentuais apurados em 2019. Em 2021 a perspectiva é que sejam distribuídos R$ 2,2 bilhões, de acordo com os índices elaborados em 2020.    

A Portaria 160/2021 para apuração do índice de participação do ICMS, que vai vigorar em 2022, foi baixada após reunião que contou com técnicos da Sefaz, do Tribunal de Contas de Estado do Maranhão (TCE/MA) e da Federação dos Munícipios do Estado do Maranhão (Famem).

Na reunião foram definidas as regras para o cálculo do valor adicionado de cada município, que é apurado pela Sefaz com acompanhamento pelo TCE/MA e pela Famem, conforme estabelecido na Lei Complementar Federal 63/90 e na Lei Estadual 5.599/92, com base nos valores declarados em 2019 e 2020.

O produto final desse trabalho é um relatório preparado pelo Núcleo do Índice dos Municípios, vinculado à Unidade de Informações Econômico Fiscais (IPM/UNI), da Sefaz, que apura o valor adicionado (VA), o principal critério econômico na determinação dos índices de participação dos municípios no ICMS.

O valor adicionado (VA) apurado em cada município revela as diferenças econômicas das cidades e regiões, apontando os respectivos coeficientes de participação dos municípios maranhenses na receita do ICMS. 

O VA é levantado com base nas informações captadas das Declarações de Informações Econômico-Fiscais (DIEF), apresentadas mensalmente pelas empresas cadastradas como contribuintes do ICMS no território maranhense.

Anualmente, a Sefaz encaminha, para o TCE/MA, o relatório final fixando o Índice definitivo de participação dos municípios maranhenses na receita do ICMS para o exercício subsequente. O TCE/MA é o responsável pela aprovação do relatório e a sua publicação como base legal para distribuição de 25% da receita do ICMS para os municípios.

A importância do trabalho de elaboração do índice de participação dos municípios na receita do ICMS fica patente quando se verifica o valor a ser distribuído às municipalidades, valor este que, em muitos casos, representa a maior receita do município, superando até o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a receita própria das prefeituras.

Com base neste universo de muitas informações econômico-fiscais, que afetam diretamente a disponibilidade de recursos dos municípios, onde vivem os 7 milhões de maranhenses, o Núcleo do Índice dos Municípios da Sefaz vai preparar o novo relatório que reflete as diferenças econômicas dos municípios e regiões do estado. O documento será elaborado pelos auditores Adalzemir Braga e Ermenegildo Araújo, com o apoio de técnicos da Sefaz e Corpo Técnico de Tecnologia da Informação.

Fonte Sefaz/MA.

SÃO LUÍS: Vacinação contra a Covid-19 nesta terça (18)

Confira as pessoas e locais de vacinação contra a Covid-19 nesta terça-feira (18) em São Luís, conforme tabela abaixo:

Pessoas com a 2ª dose agendada (Coronavac ou Astrazeneca)

  • Local de vacinação: Drive-thru do Espaço Reserva, no Shopping da Ilha
  • Horário: 08h às 18h
  • Documentos: Documento oficial com foto e cartão de vacinação.

Profissionais da educação municipal, comunitária e particular com 40 anos ou mais

  • Local de vacinação: Drive-thru da UFMA e Centro de Convenções da UFMA
  • Horário: 08h às 18h
  • Documentos: Documento oficial com foto e último contracheque. 

Pessoas com comorbidades com 18 anos ou mais

  • Quem pode se vacinar: Pessoas com Síndrome de Down; Gestantes e mães que estão amamentando, que possuem comorbidades; Pessoas com comorbidades que constam no Plano Nacional de Imunização.
  • Local de vacinação: Centro Municipal de Vacinação, no Multicenter Sebrae; Drive-thru do Espaço Reserva, no Shopping da Ilha
  • Horário: 08h às 18h. Pela manhã: Nascidos de Jan a Jun/ Pela tarde: Nascidos de Julho a Dez
  • Documentos: Documento oficial com foto; Laudo ou relatório médico que comprove a comorbidade (exceto Síndrome de Down); e comprovante de residência.

Profissionais da rede estadual e federal de ensino com 18 anos ou mais

  • Quem pode se vacinar: professores, gestores, supervisores, merendeiras, zeladores, porteiros, técnicos na ativa de unidades cadastradas no Ministério da Educação com lista enviada para a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC);
  • Local de vacinação: Drive-Thru do São Luís Shopping e no Iema Anil (Antigo Cintra)
  • Horário: 8h às 16h;
  • Documentos: RG, Cartão do SUS, Carteira de Vacinação e Contracheque ou declaração da direção (com CNPJ).

Profissionais das forças de segurança e salvamento

  • Local de vacinação: Drive-thru do São Luís Shopping (Somente para segunda dose)
  • Local de vacinação: Centro de Ensino João Francisco Lisboa – no Centro (Somente para retardatários)
  • Horário: 8h às 16h;
  • Documentos: RG, Cartão do SUS, Comprovante de residência e último contracheque.

fonte: G1 Maranhão

Biden: promessa não cumprida e cerca de 130 brasileiros serão deportados dos Estados Unidos

Os Estados Unidos estão prestes a enviar ao Brasil o primeiro voo fretado de imigrantes brasileiros deportados desde o início do governo de Joe Biden.

O governo Joe Biden decidiu enviar na quinta-feira (20) ao Brasil o primeiro voo de imigrantes brasileiros deportados, ou seja, pessoas que foram detidas na fronteira ao tentarem entrar nos Estados Unidos sem documento.

Segundo diplomatas envolvidos nas negociações, a previsão é que cerca de 130 brasileiros sejam mandados de volta no avião providenciado pelos americanos nesta semana, mas o número exato só deve ser fechado no dia do embarque.

Há alguns dias, brasileiros detidos na fronteira entre EUA e México começaram a relatar a autoridades consulares terem ouvido informações sobre o voo, pedindo mais detalhes, mas ainda não havia comprovação oficial.

Durante a campanha, Biden prometeu um tratamento mais humanitário para os imigrantes que tentam entrar nos EUA sem documento, mas a imigração acabou se tornando a maior crise que o democrata enfrenta até agora.

Justamente por causa da sensação de portas abertas – que o governo americano insiste em dizer que é ilusória – o fluxo de pessoas que tentam entrar nos EUA sem documentos tem aumentado vertiginosamente, e já é o maior em 20 anos.

O total de brasileiros que chegaram aos EUA ilegalmente começou a crescer a partir de 2015, mas ainda se mantinha em patamares baixos. O grande pico nas apreensões feitas pela Patrulha de Fronteira norte-americana havia sido em 2019, quando chegou a 18 mil casos.

Fonte: Gazeta do Povo

Empresa norte-americana Virgin Orbit vai utilizar o Centro Espacial de Alcântara

A previsão é que o primeiro voo orbital seja lançado em território brasileiro no primeiro semestre de 2022.

 

A empresa norte-americana Virgin Orbit está entre as selecionadas para realizar lançamento de veículos espaciais a partir de Alcântara, no Maranhão. O projeto faz parte da iniciativa do Governo Federal em viabilizar economicamente a instalação ligada a Agência Espacial Brasileira (AEB).

A Virgin Orbit poderá assim realizar o lançamento de veículos espaciais não governamentais do tipo orbital e suborbital no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a principal instalação brasileira destinada a missões espaciais.

Curiosamente, a Virgin Orbit utiliza um Boeing 747-400 modificado, empregando o sistema LauncherOne, que serve como um avião de lançamento. O objetivo principal é a redução de custos no lançamento espacial, já que exige menor volume de combustível no foguete que é lançado em grandes altitudes e com maior velocidade.

O lançamento ocorre através de um suporte instalado no ponto de ancoragem do quinto motor do 747, originalmente projetado para transporte de motor sobressalente, que faz o lançamento similar ao empregado em mísseis.

Além disso, o uso de aeronave como principal plataforma de lançamento oferece a possibilidade do sobrevoo em uma infinidade de pontos do planeta, buscando a melhor posição geográfica para atender as necessidades da missão.

Não há lugar melhor no planeta do que Alcântara para um local de lançamento equatorial. E com centenas de quilômetros de alcance cruzado em nossa plataforma de lançamento voadora, o potencial é ilimitado. Estamos ansiosos para trabalhar com nossos colegas da AEB e da FAB para trazer essa nova capacidade vital para Alcântara”, disse Dan Hart, CEO da Virgin Orbit.

A além da Virgin Orbit, outras empresas como a canadense C6 Launch e as norte-americanas Hyperion e Orion AST também irão atuar em Alcântara, e seguem para a fase de negociação contratual junto à Aeronáutica.

A plataforma de lançamento de Alcântara também servirá para a realização de missões com a finalidade de coleta de lixo espacial operados pelas empresas C6 Lauch e a Orion AST. Um dos maiores desafios das empresas que atuam no segmento espacial é o acumulo cada vez maior de lixo orbitando o Planeta. O projeto de recolhimento de detritos, que variam de poucos centímetros até satélites completos, poderá abrir um novo mercado para diversos operadores e para o Brasil.

Saiba mais – Localizado a cerca de 100 quilômetros de São Luís, no município de Alcântara, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) foi inaugurado em 1º de março de 1983 com a finalidade da criação de um apoio logístico e de infraestrutura local como alternativa ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado no Rio Grande do Norte, em decorrência do avanço urbano em suas proximidades, o que limitava a realização dos trabalhos e ampliações da base.

Considerada umas das melhores localizações do mundo por conta da sua posição 2° abaixo da linha do equador, o Centro de Lançamento de Alcântara favorece o menor consumo de combustível para o lançamento de satélites, que pode chegar em até 30% se comparado com bases de lançamentos em localizações com latitudes maiores.

Outra característica é que sua disposição favorece lançamentos em todos os tipos de órbita, desde equatoriais até polares. Além disso, o clima estável, com médias aceitáveis na velocidade de ventos, permite lançamentos em praticamente todos os dias do ano.

Apesar de tantos pontos favoráveis, em 22 de agosto de 2003, o Centro de Lançamento de Alcântara protagonizou o capítulo mais triste de sua história com a explosão do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1 V03) por volta das 13h30, três dias antes do seu lançamento, matando 21 técnicos. Após um ano de investigações, foi constatado um acionamento prematuro como a principal causa.

Desde então o Brasil retirou grande parte dos seus investimentos no programa espacial, ainda que tenha tentado alguns acordos internacionais, todos sem sucesso e de elevado custo.

Fonte: MaranhãoHoje

Mais uma fuga de cérebro: após ser impedida de se matricular na USP, jovem ganha bolsa em escola nos EUA

“Nós, da StartSe, acreditamos que não são os diplomas que definem nossas habilidades, mas sim o conhecimento que se adquire. Por isso, decidimos acompanhar a Elisa no seu desenvolvimento.”

A jovem Elisa Flemer, 17 anos, passou para engenharia civil na USP (Universidade de São Paulo) com a 5ª melhor nota entre os candidatos do curso na Fuvest – prova para ingressar na universidade.

Mas a Justiça a impediu de se matricular na instituição por ela não ter o diploma do ensino médio. Sensibilizada com a história e dedicação de Elisa com os estudos, a empresa StartSe concedeu à jovem uma bolsa de estudos na escola internacional de negócios StartSe University, em San Francisco (EUA).

De acordo com o CEO da empresa, Junior Borneli, a bolsa da adolescente cobrirá todos os seus gastos lá no Vale do Silício. Com a bolsa, Elisa estudará administração de negócios e fará estágio, também na StartSe.

Nosso Brasil é uma tristeza: excesso de leis para atrapalhar o desenvolvimento do país. Elisa se submeteu ao teste, foi aprovada, o que mais seria preciso para provar sua capacidade?! Perdemos mais um cérebro que segue magoado com nosso país, cujas leis e políticos são reprovados pela maioria da população.

Fonte: https://razoesparaacreditar.com. Adaptado por Ana Creusa

Ator Paulo Gustavo morre aos 42 anos vítima da Covid-19

O ator, humorista e diretor Paulo Gustavo morreu na noite desta terça-feira (4) em decorrência de complicações da Covid-19. Ele tinha 42 anos e deixa dois filhos de 1 ano de idade, Romeu e Gael, e o marido, o médico Thales Bretas, com quem se casou em dezembro de 2015.

Internado desde 13 de março, ele realizou tratamento em um hospital privado em Copacabana, no Rio de Janeiro.  Pouco depois, em 21 de março, Paulo Gustavo teve de ser intubado devido às dificuldades respiratórias causadas pelo novo coronavírus.

Após alguns dias de evolução favorável, Paulo Gustavo voltou a piorar no início de abril, necessitando de um tratamento conhecido como Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês), que buscava auxiliar a função pulmonar.

Balança comercial registra o melhor resultado em 24 anos, com superávit de US$ 10,35 bi em abril

Valor é a diferença de US$ 26,48 bilhões em exportações e US$ 16,13 bilhões em importações; no acumulado do ano, Brasil tem saldo positivo de US$ 18,26 bilhões, alta de 106,4%.

Beneficiada pela alta das commodities (bens primários com cotação internacional e pela recente mudança de metodologia, a balança comercial registrou o melhor saldo da história para meses de abril. No mês passado, o país exportou US$ 10,349 bilhões a mais do que importou.

balança comercial brasileira fechou abril com superávit de US$ 10,35 bilhões, alta de 67,9% na comparação com o mesmo mês em 2020, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira, 3. Este é o melhor desempenho para qualquer mês da série histórica iniciada em 1997. O saldo é resultado de US$ 26,48 bilhões em exportações, aumento de 50,5%, ante US$ 16,13 bilhões em importações, avanço de 41,1%. A corrente de comércio, que mesura o valor das transações, registrou alta de 46,8%, somando US$ 42,61 bilhões. No acumulado do ano, a balança comercial registrou superávit de US$ 18,26 bilhões, alta de 106,4% na comparação com janeiro e abril do ano passado. No período, a venda de produtos brasileiros no mercado internacional cresceu 26,6%, totalizando US$ 82,13 bilhões, enquanto a compra de itens estrangeiros cresceu 14%, somando US$ 63,87 bilhões. Este é o segundo melhor desempenho para o mês, atrás somente do acumulado de US$ 19 bilhões em 2017.

China se mantém como o principal parceiro comercial brasileiro, responsável pela exportação de US$ 10,35 bilhões e importação de US$ US$ 3,09 bilhões, fechando o mês de abril com saldo positivo de US$ 7,26 bilhões para o Brasil. As exportações para os Estados Unidos somaram US$ 2,32 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 2,73 bilhões. O saldo deixa o Brasil com saldo negativo de US$ 42 milhões. Já com a Argentina, o principal parceiro comercial dos brasileiros na região, as exportações registraram US$ 90 milhões, enquanto as importações foram de US$ 82 milhões, fechando com superávit de US$ 7 milhões para os brasileiros.

Fonte: Agência Brasil.
Fonte MEC

Os efeitos catastróficos da pandemia na Educação Brasileira

O governo de São Paulo estima que levará 11 anos para recuperar a aprendizagem perdida em Matemática durante a pandemia nos anos iniciais do ensino fundamental. Estudantes do 5.º ano da rede estadual perderam habilidades que já haviam adquirido. Hoje, um aluno de 10 anos de idade tem desempenho pior do que ele mesmo tinha quando estava com 8 anos.

Os dados sobre o desempenho dos estudantes foram divulgados pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, em 27 de abril. Os alunos passaram por avaliações amostrais semelhantes ao Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do governo federal, e, por isso, segundo o secretário, é possível comparar os resultados obtidos agora com as avaliações externas anteriores.

As escolas estaduais em São Paulo foram fechadas em março do ano passado, para conter a disseminação do coronavírus. Só em setembro começaram a ser reabertas, para atividades de reforço, com baixa participação de alunos. Alguns municípios, como a capital paulista, vetaram a reabertura naquele mês. Neste ano, as aulas presenciais começaram em fevereiro, mas um mês após a reabertura foram suspensas novamente por causa do recrudescimento da pandemia. O novo retorno ocorreu no dia 14 de abril e enfrenta resistência de professores, que temem contaminação.

Segundo o estudo apresentado, a perda de aprendizagem é maior em Matemática e mais evidente no início do ensino fundamental, com alunos mais novos. “Além de não aprender novas coisas, o aluno não consolidou o que tinha aprendido”, explica Rossieli. Para manter o mesmo nível de aprendizagem que tinham em 2019, os estudantes teriam de subir 46 pontos na escala do Saeb.

Nas últimas edições do Saeb, porém, os estudantes do ensino fundamental subiram apenas 4 pontos por ano, o que levou a Secretaria Estadual da Educação a estimar que seriam necessários cerca de 11 anos para recuperar a aprendizagem perdida nos anos iniciais do ensino fundamental.

“No 5.º ano, com esse resultado de Matemática, os alunos sabem resolver problemas muito elementares de adição e subtração, não sabem multiplicação e divisão, não sabem ler um gráfico nem dados apresentados em tabela, que são habilidades básicas e essenciais importantes para prosseguir com os estudos”, diz Lina Kátia, vice-presidente da Associação Brasileira de Avaliação da Educação e coordenadora do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), ligado à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

 

A avaliação para medir os impactos da pandemia na rede estadual paulista foi aplicada pela Secretaria da Educação em parceria com o Caed. As provas, com questões de Matemática e Língua Portuguesa, foram realizadas no início deste ano. Fizeram os testes cerca de 21 mil alunos do 5.º e 9.º anos do ensino fundamental e da 3.ª série do ensino médio da rede estadual de São Paulo.

Alunos do 5.º ano obtiveram nota média de 196 pontos em Matemática – em, 2019, o desempenho do 5.º ano no Saeb era de 243 pontos. O governo paulista vinha registrando melhora gradual nesta série ao longo da década. Mas esse resultado agora é equivalente ao que a rede estadual tinha em 2007. Ou seja, os avanços no 5.º ano foram perdidos, de acordo com o novo estudo. Em Língua Portuguesa, os alunos do 5.º ano obtiveram 194 pontos no teste realizado no início deste ano. Em 2019, o resultado do Saeb para esta série era de 223 pontos. O nível de aprendizagem que os alunos têm hoje equivale ao que a rede estadual registrava 10 anos atrás.

No 9.º ano do ensino fundamental e no 3º. ano do ensino médio, também há prejuízos, tanto em Português como em Matemática, mas em escala menor do que o prejuízo verificado entre os estudantes mais novos. Uma das hipóteses é que alunos mais velhos têm autonomia maior para estudar em casa. Já entre os mais novos, o fechamento das escolas tem impacto ainda maior na aprendizagem.

O governo paulista também comparou o desempenho de alunos do 5.º ano com os resultados de uma prova estadual, o Saresp, aplicada para estes mesmos alunos quando eles estavam no 3.º ano do fundamental. Os resultados indicam que após 15 meses, os alunos estão em um nível de proficiência apenas levemente superior em Língua Portuguesa e menor em Matemática.

Em Matemática, um estudante do 3.º ano que fez 212 pontos no Saresp hoje tem nota 196, apesar de já estar no 5.º ano. “Não só não temos avanço como podemos ter regressão”, disse Rossieli. O secretário qualificou os retrocessos na Educação como uma “catástrofe”. Para Rossieli, os estudantes podem levar as dificuldades em Matemática até o fim do ensino médio.

Para superar as defasagens, o secretário reforçou a necessidade de que as escolas continuem abertas e apresentou um projeto de recuperação de aprendizagem, com a contratação de mais professores para reforço escolar. Segundo a pasta, 2.261 professores estão atuando com recuperação e mais 10 mil docentes ainda podem ser contratados.

Também deverá ser feita uma repriorização curricular, que significa colocar foco em habilidades consideradas essenciais para os alunos avançarem. No Centro de Mídias, plataforma do governo estadual para atividades remotas, haverá expansão da carga horária diária.

Como o Estadão mostrou, com o retorno de alunos às aulas presenciais em fevereiro, aumentaram as queixas de pais em relação às aulas remotas para quem ficou em casa. Segundo as famílias, há pouco acompanhamento dos professores da turma no Centro de Mídias. Na plataforma, docentes dão aulas para toda a rede de ensino, mas, segundo os pais, os alunos mais novos sentem falta do contato virtual direto com seus professores, que foram deslocados para as aulas presenciais.

De acordo com o governo, haverá acompanhamento semanal com grupos menores no Centro de Mídias. “Vamos ter professores para orientar estudantes que vão estar organizados em grupos de 8 a 12 alunos. Esse professor consegue focar nas principais necessidades e desafios daquele grupo”, explicou Bruna Waitman, coordenadora do Centro de Mídias. A pasta estima que frequentaram as aulas presenciais 1,1 milhão de estudantes, após o fim da fase emergencial no Estado de São Paulo – a rede tem 3,6 milhões de alunos.

Para Emily, de 10 anos, aluna de uma escola estadual na capital, não houve avanço na pandemia. No 5.º ano, ela mal sabe ler e escrever e não sabe fazer contas – só pelo celular. A menina já tinha dificuldades antes da pandemia e, com as aulas remotas, os problemas se agravaram. “Em casa não tem internet. Eles falam que vão colocar os pais em um grupo para passar atividades para fazer em casa, mas estou esperando faz tempo”, diz a mãe, Fabiana Rossi, de 30 anos. Ela também diz que faltam atividades de recuperação e atendimento psicológico. A menina voltou a ter aulas presenciais, mas vai apenas uma vez por semana – a escola só pode receber 35% dos alunos.

Na rede privada, impactos de aprendizagem também serão sentidos. Um dos diretores da Associação Brasileira de Escolas Particulares, Arthur Fonseca Filho destaca que “as perdas vão existir, do ponto de vista do sistema educacional como um todo, porque ele exige a atividade presencial. O que se faz de forma remota é um remendo diante da impossibilidade das aulas presenciais“. O diretor também aponta que a associação não presta nenhum tipo de orientação para as escolas particulares, mas que a rede interage para troca de métodos pedagógicos que estejam funcionando durante a pandemia.

Ainda sobre as perdas, Arthur esclarece que deve ser feita uma avaliação quando as atividades voltarem presencialmente, de forma efetiva, para todos os anos. Porém, ele garante que algumas mudanças devem impactar o processo educacional para sempre. “A aprendizagem mudou, não somente a relação dos estudantes com o acesso tecnológico. O processo de aquisição do conhecimento se tornou mais autônomo, isso é um ganho para os estudantes. Especialmente os maiores”, diz ele.

Resultados de São Paulo sugerem cenário ainda pior em outros Estados

O cenário atestado em São Paulo pode ser pior em outros Estados que ainda nem mediram o desempenho de alunos. “A Secretaria de São Paulo conseguiu estruturar uma resposta, errando, refazendo, melhorando. Se esses resultados aconteceram em São Paulo, que teve uma das melhores reações do País, o que dá para projetar para o resto do Brasil é uma situação muito mais crítica“, diz Priscila Cruz, presidente executiva do movimento Todos pela Educação.

Apesar da urgência de ações na área, especialistas veem omissão do Ministério da Educação (MEC) em projetos para garantir a volta segura às escolas e redução das defasagens. Segundo Priscila, a recuperação demanda investimentos em formação docente, revisão do calendário escolar e currículo, além de reformas físicas em escolas para que o retorno seja seguro. “Também é muito importante envolver os professores, em uma conversa aberta, desarmada. Colocá-los como parte da solução”, diz.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/