O presidente da AMCLAM, escritor Cel. Carlos Furtado, participou da palestra “Gonçalves Dias, poesia e nacionalidade” ministrada pela acadêmica do IHGM Elimar Figueiredo de Almeida, ocupante da cadeira n° 20 — patroneada por Gonçalves Dias, ocorrida nesta tarde/noite de hoje, na sede da Academia Maranhense de Letras, como parte das comemorações do Bicentenário de Gonçalves Dias.
Uma palestra primorosa, concatenada e rica de informações, vez que palestrante, estudante em sua adolescência do Colégio Liceu Maranhense, tendo sido aluna do Professor Mata Roma, o qual, exigia dos seus alunos, o conhecimento e a recitação de poemas do maior poeta do romantismo brasileiro.
Antes, a Acadêmica Ana Luiza Ferro, declamou “Ainda uma vez mais — Adeus” de autoria do poeta, arrancando aplausos da plateia presentes, composta de poetas, acadêmicos e escritores.
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HISTÓRIA DO HINO NACIONAL
Por Wybson Carvalho*
Hoje (13 de abril) é dia do Hino Nacional Brasileiro e, através do qual, nós, maranhenses, e, particularmente, caxienses, estamos eternizados numa das suas estrofes com dois versos extraídos da Canção do Exílio – escrita por Gonçalves Dias – …: Nossos têm mais vida / Nossa vida “em teu seio” mais amores.
História do Hino Nacional
O Hino Nacional do Brasil, na forma como conhecemos, só passou a existir oficialmente a partir de 1909, e sua oficialização enquanto tal deu-se somente em 1922, por ocasião do centenário da independência do Brasil. Esse importante símbolo, no entanto, começou a nascer em 1831, ainda no século XIX.
Em 7 de abril de 1831, d. Pedro I abdicou do trono brasileiro, e, como forma de celebrar esse acontecimento, o compositor Francisco Manuel da Silva decidiu criar uma canção que ficou conhecida como “Hino ao 7 de abril”. A composição de Francisco Manuel foi acompanhada de duas letras diferentes ao longo do período imperial.
A primeira letra é de 1831 e foi criada por Ovídio Saraiva de Carvalho, um juiz que a escreveu com base em um sentimento antilusitano. A segunda letra é de 1841, de autor desconhecido, e passou a ser utilizada em homenagem à coroação de d. Pedro II. Essa última só era cantada por artistas profissionais que dominassem técnicas de canto e só era executada em teatros.
Hino Nacional na República
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu no Brasil a Proclamação da República, evento que colocou fim na monarquia brasileira. Esse evento, tido pelos historiadores como um golpe, deu início a profundas transformações em nosso país. Os símbolos nacionais, naturalmente, sofreram modificações porque o novo governo desejava apagar as referências existentes ao antigo regime.
Prédios públicos tiveram seus nomes alterados, assim como ruas; a Bandeira Nacional foi modificada, mantendo o seu esqueleto original, mas com a ausência do símbolo monarquista nela. No caso do Hino Nacional, decidiu-se por realizar um concurso para escolher a melodia que acompanharia os versos do poeta Medeiros e Albuquerque.
O concurso recebeu 29 composições, com um vencedor que seria divulgado em janeiro de 1890. Entretanto, iniciou-se uma campanha encabeçada por alguns intelectuais para impedir que o concurso elegesse o novo hino. Um dos representantes dessa oposição foi Oscar Guanabarino, que argumentou que o hino existente era tradicional e havia liderado o país em glórias expressivas, como as vitórias militares na Guerra do Paraguai.
Deodoro da Fonseca, presidente do governo provisório, foi convencido, e a composição criada por Francisco Manuel da Silva foi mantida como a melodia do nosso Hino Nacional. O resultado do concurso fez com que a melodia de Leopoldo Miguez fosse a vencedora, e, por meio do Decreto nº 171, de 20 de janeiro de 1890, foi determinado que a composição de Miguez se tornaria o Hino da Proclamação da República. Esse decreto também oficializou a manutenção da composição de Francisco Manuel da Silva.
Quem escreveu o Hino Nacional?
Assim, no período republicano, o Hino Nacional manteve-se apenas como uma composição instrumental, pois não possuía letra. A partir de 1906, o maestro Alberto Nepomuceno passou a envolver-se com a elaboração de uma letra para o hino.
Em 1909, ele mobilizou seu amigo, o poeta Joaquim Osório Duque-Estrada, para escrevê-la. Como resultado disso, sua letra, produzida ainda naquele ano, popularizou-se, mas não foi oficializada pelo governo brasileiro. Ainda assim, o governo decidiu pagar cinco contos de réis ao poeta como recompensa.
Foi durante o governo de Epitácio Pessoa (1919-1922) que a letra do Hino Nacional, escrita por Joaquim Osório Duque-Estrada.
O centenário da independência criou as condições políticas para que a letra de Osório Duque-Estrada fosse oficializada como parte do Hino Nacional, pois não havia tempo para um novo concurso.
Assim foi emitido o Decreto nº 15.671, em 6 de setembro de 1822. Por meio dele, o governo de Epitácio Pessoa comprou definitivamente a letra, pagando mais cinco contos de réis para Osório Duque-Estrada, e tornou-a oficialmente parte do Hino Nacional do Brasil.
Dia do Hino Nacional
O Hino Nacional brasileiro tem uma data comemorativa celebrada anualmente. Trata-se do dia 13 de abril, sendo a escolha dele uma referência ao fato de que a melodia de Francisco Manuel da Silva foi tocada pela primeira vez em 13 de abril de 1831. Isso aconteceu no Teatro São Pedro de Alcântara, no Rio de Janeiro.
Letra: Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
— Paz no futuro e glória no passado.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
* Wybson José Pereira Carvalho é membro fundador da Academia Caxiense de Letras, foi radialista, jornalista. Atualmente é escritor, poeta e funcionário público. Participou de duas antologias nacionais e de grandes saraus na capital São Luís. Gosta de escrever gêneros literários, contos e poesias.

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A Engenharia e os Engenheiros têm suas datas comemorativas
O dia 10 de abril comemora-se no Brasil o dia da engenharia. A engenharia, segundo o dicionário Michaellis, é a “arte de aplicar os conhecimentos científicos à invenção, aperfeiçoamento ou utilização da técnica industrial em todas as suas determinações”.
Essa data foi definida em homenagem ao Tenente Coronel João Carlos de Villagran Cabrita, que morreu em 10 de abril de 1866, quando se encontrava à frente do 1º Batalhão de Engenharia, na Guerra da Tríplice Aliança, sendo honrado com o título de patrono da engenharia.
A engenharia existe desde a Antiguidade, desde as invenções fundamentais, como a roda, a alavanca e a polia, e atualmente se desdobra em diversas áreas, tais como: Elétrica, Civil, Mecânica, Bioengenharia, Agrônoma, de Produção, de Computação, de Alimentos, Aeronáutica, Química, Metalúrgica, de Materiais, Ambiental, entre outras.
Encontramos a engenharia em todos os setores de nossa vida, por exemplo, nos transportes, nas comunicações, no vestuário, nos alimentos, na medicina, na computação, entre outros.
Os cursos superiores de engenharia geralmente têm duração média de 5 anos, sendo compostos por disciplinas básicas como cálculo, química e física, e disciplinas específicas conforme o ramo escolhido.
O profissional que exerce a engenharia, corretamente diplomado, é chamado engenheiro, e seu dia é comemorado em 11 de dezembro, dia em que, no ano de 1933, foi realizado o decreto nº 23.569 regulamentando o exercício da profissão de engenheiro, arquiteto e agrimensor.
O primeiro curso formal de engenharia no Brasil foi inaugurado em 17 de dezembro de 1792, data de criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, no Rio de Janeiro.
Mais de 100 anos depois, em 1917, Edwiges Maria Becker Hom’meil tornou-se a primeira engenheira do país, formada pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Enedina Alves Marques entrou na história como a primeira engenheira brasileira e a primeira mulher negra com a formação em Engenharia Civil, em 1945, pela Universidade Federal do Paraná. A engenheira custeou seus estudos até a graduação, trabalhando como empregada doméstica e babá.
A área da engenharia foi marcada pela presença de uma mulher formada a muito tempo, mas, isso só ocorreu mais de um século depois que o primeiro curso de engenharia foi criado por Dom João VI em 1810. Com o passar do tempo a presença de mulheres na engenharia foi aumentando e atualmente as graduações contam com um número mais expressivo do público feminino se comparado com outras décadas anteriores.
Fontes: https://construcaocivil.info/;

Patrono da Educação dos Cegos no Brasil é José Álvares de Azevedo
José Álvares de Azevedo nasceu no dia 8 de abril de 1834, filho de Manuel Álvares de Azevedo, de uma família abastada do Rio de Janeiro, então capital do Império. Cego de nascença, porém muito assistido pelos pais, que lhe eram totalmente dedicados, o menino desde cedo manifestou uma inteligência acima da média, além de uma curiosidade infindável de conhecer e investigar tudo o que suas mãos pudessem alcançar.
Na busca por dar ao filho as melhores condições de se desenvolver e seguindo os conselhos do Dr. Maximiliano Antônio de Lemos, velho amigo da família, os pais de José decidiram enviá-lo para estudar na única escola especializada na educação de cegos que havia no mundo naquela época – o Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris. O menino frequentou a escola, na condição de interno, dos 10 aos 16 anos de idade, obtendo aproveitamento máximo em todas as disciplinas, de acordo com o relato de João Pinheiro de Carvalho, ex-aluno da escola de Paris e que viria mais tarde a lecionar no Instituto Benjamin Constant.
Além da inteligência, José teve a sorte de estar no lugar e na época certos para adquirir um conhecimento que iria ampliar enormemente os seus horizontes: o sistema de leitura e escrita inventado pelo francês Louis Braille e que estava em fase de experimentação no Instituto de Paris. Concluído o curso, o jovem Azevedo adquiriu regressou ao Brasil em 1850 com um ideal: disseminar esse sistema a todos os cegos que conseguisse, com a criação de uma escola semelhante àquela que havia tido o privilégio de frequentar.
Para alcançar o seu objetivo, José passou a fazer palestras em todos os lugares possíveis, como casas de família e os salões da Corte Imperial. Escreveu e publicou também artigos sobre a importância do braille para a educação dos cegos brasileiros, até então condenados ao analfabetismo e a uma vida de total isolamento social. Dava a si mesmo como exemplo de como a inclusão não só era possível como relativamente fácil, desde que fossem dados os meios para educar essas pessoas. Mais do que isso: José Álvares de Azevedo, com apenas 16 anos de idade, passou a trabalhar incansavelmente para ensinar o sistema a outros cegos, tornando-se não só a primeira pessoa cega a atuar como professor, como também o primeiro professor especializado no ensino de cegos no Brasil. E foi como professor que ele teve a oportunidade de se aproximar da única pessoa com poder suficiente para transformar seu sonho em realidade: o Imperador D. Pedro II.
Entre os seus alunos havia uma moça cega, Adélia Sigaud, filha do Dr. Francisco Xavier Sigaud, médico da Corte Imperial. Impressionado com o desenvolvimento da filha, Xavier Sigaud – com o auxílio do Barão do Rio Bonito – conseguiu para José uma audiência com o imperador. Nela, José não só fez uma demonstração de como o braille poderia acabar com o analfabetismo entre os cegos como propôs ao monarca a criação de uma escola especializada dos mesmos moldes do Instituto de Paris. Impressionado e sensibilizado pela apresentação, D. Pedro II decidiu abraçar a causa do professor, dando início ao processo de criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos – hoje, Instituto Benjamin Constant.
Álvares de Azevedo participou intensamente das providências iniciais e decisivas para a fundação da escola, mas não chegou a ver seu sonho ser realizado – no dia 17 de março de 1854, seis meses antes da inauguração, o jovem morreu, vítima de tuberculose, aos 20 anos de idade.
Por sua imensa contribuição para a inclusão social da pessoa cega brasileira, José Álvares de Azevedo recebeu o título de “Patrono da Educação dos Cegos no Brasil” e o dia do seu nascimento, 8 de abril, foi declarado oficialmente Dia Nacional do Braille.
(Fonte: LEMOS, Edison Ribeiro. José Álvares de Azevedo: Patrono da Educação dos Cegos no Brasil. Revista Benjamin Constant. Rio de Janeiro, Instituto Benjamin Constant, nº 24, abril de 2003) e https://www.gov.br/ibc/

TODO DIA É DIA DA POESIA
Se eu fosse um poeta …
não haveria hora
nem tempo teria,
rimas perfeitas faria:
luz com guia
José com Maria
vida com alegria
amor com magia
querer com sabedoria
solidariedade com empatia!
aí, o mais belo jardim
se criaria
e
cresceria
e
se fortaleceria
e
linda e bela,
a minha jornada seria:
a fome não doeria
a raiva não vingaria
a dor não maltrataria
o capricho não agiria
o sofrer não acordaria
o estresse não gritaria
a desilusão não viveria
o medo não se firmaria
a inveja não despertaria
o tédio não se insinuaria
a preocupação não falaria
o choro não se derramaria
a angústia não mortificaria
a tristeza não se perpetuaria!
de tão feliz não dormiria!
o amar tornar-se-ia
a absoluta e única mania
e
eu, de todo amor,
me vestiria!
Ah, se eu fosse um poeta,
quão bem a poesia
eu faria:
todo dia …!
Foto: Pôr do Sol na Fazenda Nazaré em Matinha/MA.
FESTEJO DE SÃO SEBASTIÃO, UMA HISTÓRIA DE FÉ
Por Pe. Márcio Hélio*
A cada começo de ano o coração do povo de Peri-Mirim bate mais forte por que é tempo de festejar, louvar a Deus, rever a família, os amigos, e, o festejo de São Sebastião proporciona tudo isso.

TERRA DAS ÁGUAS
Por Gilvan Mocidade*
Terra querida
Abençoada
E hospitaleira
Terra das águas
E das juçareiras
Tu é a Rainha
Do nosso Munim
Quero ouvir
O canto
De um sabiá
Na pedra
Do tanque
Tu vai te encantar
Orgulho
Do nosso
Maranhão
Salve salve
A minha
Bela Axixá
Em perijuçara tem
Um por sol
No cais
A revoada
Dos guarás
É um Encanto
A mais
Toca minha orquestra toca
Pra meu boi dança
Essa é a Mocidade
Lá de Axixá.
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AMÉLIA FERRARI, UMA REFERÊNCIA NA EDUCAÇÃO DE ORIXIMINÁ
Por Ângelo Ferrari*
Nascida em 1942 no lago Sapucuá, na comunidade Amapá, em Oriximiná, a Professora Amélia Ferrari, minha mãe, sempre foi uma referência sobre Educação para nossa família e na região do Baixo Amazonas.
Era uma época onde tudo era precário, onde até o deslocamento era complicado, as pessoas em suas pequenas embarcações levavam dois, três dias de canoa até o centro de Oriximiná, remando, já que ter uma embarcação motorizada era um privilégio para poucos e as embarcações maiores eram em menor número. Se atualmente as escolas ainda são precárias, imaginem naquela época em que não havia os recursos disponíveis que se tem hoje.
Estudar era difícil, mas desde cedo, meus avós, já preocupados com a educação da filha, mandaram minha mãe para a capital, Belém, onde ela estudou até se formar em Magistério, quando decidiu voltar para Oriximiná e exercer a docência, uma das mais belas profissões e, na minha opinião, a mais importante de todas, que é a de professora.
Uma memória que merece respeito, uma história irretocável, de índole e reputação ilibada. E é assim que eu, minha família e o povo de Oriximiná vamos sempre lembrar da nossa matriarca. Uma mulher de luta, honesta e, sobretudo, apaixonada pela Educação.
* Ângelo Ferrari é filho Amélia Ferrari, natural de Oriximiná/PA, Deputado Estadual. Informações de contato: E-mail: ascom@angeloferrari.com: e http://www.angeloferraripa.com/

Projeto Memorial Gonçalves Dias: uma estratégia de articulação entre a organização de arquivo e pesquisa biográfica e bibliográfica.
Por Wybson Carvalho*
Resumo:
Apresentação do projeto Memorial Gonçalves Dias se propõe a organizar e divulgar o legado cultural e a memória do poeta, teatrólogo, pesquisador, e advogado.
O projeto prevê a instalação de um Centro de Documentação para catalogar o acervo de Gonçalves Dias; de um Portal na Internet para disponibilizar em uma base de dados online o acervo histórico do homenageado; a redação da Biografia Oficial, iniciada através de pesquisa do próprio centro de documentação; e a instituição de um Memorial, um espaço museográfico e cultural permanente.
1 Introdução e Justificativa:
Salvaguardar a memória de Gonçalves Dias, através de um projeto à altura de sua expressão nacional, é uma aventura comparável apenas à sua própria trajetória. Mas é preciso fazê-lo, urgentemente, com o mesmo espírito audacioso que sempre o caracterizou. Primeiro porque, se protelarmos essa empreitada, corremos o risco de desperdiçar a documentação que hoje está dispersa. Da mesma forma, temos urgência na reconstrução de sua memória a fim de termos subsídios para organizar sua biografia e o país compreenderá com profundidade a história desse imortal.
Em segundo lugar, não podemos deixar escapar a oportunidade de celebrar, e, potencializar, a possibilidade de uma boa execução desse projeto, pode se tornar um símbolo para despertar no país o interesse pela obra e memória Gonçalvina.
A cidade de Caxias – MA, atualmente, também, oferece as melhores condições para constituir-se no centro irradiador desse trabalho. A cidade concentra um grande número de conterrâneos do poeta, que querem conhecer a sua biografia e bibliografia e, principalmente, conviver com a memória de Antônio Gonçalves Dias. A região da Mata do Jatobá, distrito municipal da circunvizinha cidade de Aldeias Altas foi o cenário escolhido pela natureza para que ele nascesse, e a própria cultura regional já revela muito interesse do conhecimento intelectual que permeou sua obra e que pode ser conhecida, através de oficinas e envolvimento para apoiar a logística do projeto.
Enfim, simultânea à urgente demanda por um trabalho sólido, amplo e permanente que faça jus à vida pública do poeta e seu berço natal, temos todas as condições físicas e humanas para a execução desse projeto.
2 Objetivos Gerais:
2.1 Instituir um centro de referência documental para conservar o acervo histórico de Antônio Gonçalves Dias e apoiar pesquisadores e pessoas interessadas em sua vida e produção intelectual;
2.2 Constituir um site oficial de informação on-line e multimídia sobre Antônio Gonçalves Dias, organizando na Internet um banco de dados inédito com textos, documentos, fotos e arquivos multimídia sobre o escritor;
2.3 Estabelecer no país um livro de referência sobre Antônio Gonçalves Dias;
2.4 Criar um espaço museográfico sobre sua a vida e obra, abrangendo também documentação sobre a cultura da região.
3 Procedimentos gerais:
Com o objetivo de preservar e divulgar o legado cultural do escritor, o Projeto “Memorial Gonçalves Dias” propõe quatro programas que se darão de forma gradual e simultânea. São eles:
3.1 – Instituição do Centro de Documentação Gonçalves Dias;
3.2 – Desenvolvimento na Internet do Portal Gonçalves Dias;
3.3 – Pesquisa, redação e publicação da Biografia Oficial de Gonçalves Dias;
3.4 – Instalação do Memorial Gonçalves Dias.
A verdadeira concretude em homenagem a Gonçalves Dias
Brasileiros, maranhenses e, particularmente, caxienses; pois bem, neste ano de 2023 no qual o poeta Gonçalves Dias, 10 de agosto, completará para nós e para o mundo dois séculos de vida à eternidade literária, além de, em nossa Caxias, haver desde já espontâneas manifestações nas mais diversas linguagens artístico-culturais pelos fazedores de cultura locais, é imprescindível criarmos um Projeto Memorial Gonçalves Dias a fim de proporcionarmos uma estratégia de articulação entre à organização de arquivo e pesquisa biográfica e bibliográfica.
Apresentação à criação do projeto Memorial Gonçalves Dias se propõe a organizar e divulgar o legado cultural e a memória do poeta, teatrólogo, pesquisador, e advogado.
O projeto prevê a instalação de um Centro de Documentação para catalogar o acervo de Gonçalves Dias; de um Portal na Internet para disponibilizar em uma base de dados online o acervo histórico do homenageado; a redação da Biografia Oficial, iniciada através de pesquisa do próprio centro de documentação; e a instituição de um Memorial, um espaço museólogo e museográfico e cultural permanente.
* Wybson José Pereira Carvalho é membro fundador da Academia Caxiense de Letras, foi radialista, jornalista. Atualmente é escritor, poeta e funcionário público. Participou de duas antologias nacionais e de grandes saraus na capital São Luís. Gosta de escrever gêneros literários, contos e poesias.