O BAIXADEIRO I

Por Zé Carlos Gonçalves

Da terra, a gema mais cara, teimosa e resistente. A mais pura e forte raiz. Liberto das camisas de força e das tantas e tantas algemas. O chorado suor do cavalo, a jorrar na carreira desembestada e na tração do arado; o lamentoso mugir do bezerro, tão saudoso da teta materna; a calejante e gemente enxada, a semear barriga cheia, no lastro do paiol; a mais plena e enfeitiçante lua, a guiar a sina, alegre-triste, de quem morre a cada quarto minguante.

A viva aquarela, pincelada na magia do mais intenso azul e do mais verdejante verde e no fascínio do horizonte infindo, que chama e enfeitiça.

A seiva, a brotar do cheiro da terra, nascido das primeiras e sacras chuvas, refrescantes e renovadoras.
A brisa marítima, trazedora de toda maré enchente, a se banhar nas águas doces do meu sustento.

O bom dia, de todo dia, franco e honesto, “a saudá us cumpádi i ais cumádi, cum us afilhado iscanchado nais cintura, tisga i faminta, mais parideira i dançante, devoradora dais gengiva dais tigela di café, a abençoá u mar di piquenos, ispalhados nus terreiro, qui queimaum eim tanta inergia”.

O eito voraz e implacável, a carcomer a alma, desprovida de todas as maldades do mundo.
A tapera resistente, pedinte de socorro, a fim de escapar da solidão e da fome do tempo, que casmurro lhe devora.
“Ais novena, ais incelência, ais desobriga, us culto, a roda do tambô di criôla, u cordão di São Gonçalo, a zabumba, a ciranda, u merengue, u reggae, u samba di roda, us fuzileiro du samba, a quadrilha, a bôca di forno, ais dificulidade, ais precisão, a quebra du côco babaçu, a meia quarta de açúcar, a tarrafa, u socó, u corral di peixe, u chibé, a jabiraca, u vinha d’alho, u buriti, a juçara, a bacaba, u murici, u mé di tiúba, i leithe di Janaúba, u azeite di carrapato” … a fé sem medida!

A poeira do caminho, a vestir com a teimosia a quem quer sobreviver, untado com o barro soprado pela graça divina.

A água salobra, a adoçar a terrível sede, que queima e solapa a velha carcaça, a sorrir da sorte, que não alivia nem brinca em serviço.

O torrão incremente, a povoar as enseadas e os baixios, esturricados e castigadores dos pés rachados, pelo calor perverso, que consome a força bruta, a berrar capoeira a dentro, na tentativa vã de domar rebeldes coivaras.

O grito da guariba, a reclamar a hora sagrada e a avivar a certeza de que é certeza a presença do pai eterno!
O joelho fincado no imaculado chão, à sagrada hora, “rezano i agradeceno, améim”, por ter nascido

B A I X A D E I R O!

Psiquiatra Sérgio de Paula Ramos apresenta impactos do consumo de maconha para a saúde

A convite da direção do Cremers, o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos apresentou, nesta segunda-feira (01/07/2024), panorama dos impactos sociais e epidemiológicos do aumento do consumo de maconha.

Contando com 50 anos de trabalho com dependência química, Ramos, que é titular da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina e membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas (Abead), afirma que quanto menor for a percepção de risco maior será o consumo.

“Compartilho a preocupação com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal em descriminalizar o porte de maconha. Em todos os lugares onde isso aconteceu o consumo disparou. Também aumentaram a dependência de drogas, as doenças psicológicas, as internações hospitalares, a de depressão e a ansiedade, as tentativas de suicídio e o suicídio, e os acidentes de trânsito”, apontou. “Qualquer uso de cannabis aumenta em 40% a chance de quadros psicóticos e, em dependentes de cannabis, 340%”, complementa.

O psiquiatra afirma que a média de idade do primeiro consumo de drogas no Brasil é de 13 anos. “Quem experimenta maconha nessa idade, aos 15 ou 16 vai querer outra droga. Descriminalizar o porte de drogas é diminuir a percepção de risco e, com isso, aumentar o consumo de drogas, fortalecendo o tráfico. Como médicos, nos preocupamos com a saúde da população e, por isso, essa decisão do STF merece ser contestada’’, enfatiza.

O presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, agradeceu a contribuição de Ramos em compartilhar sua experiência de cinco décadas de trabalho com dependência química. “É necessário um debate profundo sobre o tema. A descriminalização do porte de maconha não é somente uma questão individual e de segurança, mas também social e de saúde pública, já que o uso leva ao vício, podendo, em muitos casos, ser necessário internação, gerando uma sobrecarga ainda maior ao sistema de saúde que já é insuficiente para atender à população”, afirma Trindade.

Texto: Jennifer Morsch

Edição: Sílvia Lago

A ESCOLA, DESCENDO A LADEIRA

Por Zé Carlos Gonçalves

Há dois dias, em uma fila de supermercado, vi um grupo de alunos radiantes. Animados ao extremo. Falastrões. Só sorrisos.
Também, me animei, ao lembrar de bons momentos, que vivi com os meus amigos, no ambiente escolar. Senti até o cheiro das minhas conversas no canto da praça, no fim da tarde, após uma maratona de aulas. Como se dizia “no meu tempo”, seis, “sem tirar de dentro”. E mais. “Sem choro e sem vela”.
Não quero ser desmancha prazeres, mas a verdade é que “a alegria de pobre dura pouco”. E a minha se diluiu, à medida que o papo avançou.
Naquela atmosfera de entusiasmo, comecei a entender o porquê de tamanha algaravia. E, mesmo sendo pecado jurar, juro que ouvi. E, definitivamente, me recusei a acreditar que a escola, que já apresentava sinal de falência, vem descendo a ladeira, feito um asteróide desgovernado, a não encontrar um freio de bom senso.
Acreditem. O cúmulo do absurdo. A escola não funcionou, porque não houve merenda. Eita inquestionável justificativa!
E, só aí, percebi que ali havia dois grupos de escolas distintas. Quando o outro grupo apontou a segunda justificativa de estar sem aula. O ar-condicionado quebrou! E, aí, como dizia minha avó, “babau”!
Babau, para a escola, que se transforma casa vez menos em centro irradiador de conhecimento. E se esquece da formação intelectual do cidadão.
Babau, para a escola, que se transforma em “mero restaurante” e em “refém de um arcom”!
Misericórdia, meu Santo Inácio de Loiola!

STF e a Descriminalização da maconha no Brasil

Por Ruy Palhano*

O Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, Dr. Antônio Geraldo da Silva, no debate que aconteceu no senado no dia 17 de agosto de 2023, tratando sobre a Descriminalização das drogas no Brasil, declarou: “Nós não podemos criar uma fábrica de loucos no Brasil”, ao referir-se sobre a possibilidade de que, com a proposta de descriminalização do uso de maconha pelo STF, poderia haver uma avalanche de doentes mentais induzido pelo consumo desta droga.

A descriminalização da maconha no Brasil é um tema que gera amplos debates na sociedade, especialmente quando envolvem decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Por inúmeras vezes me pus contra essa proposta do Supremo de descriminalizar o consumo de maconha em nosso país, e meus argumentos e críticas são fundamentadas e baseadas em dados, e afirmo, por exemplo que não há quantidade segura para o consumo de maconha, qualquer quantidade ou frequência é extremamente nocivo à saúde, física e comportamental.

A maconha não é uma substância inofensiva.

A discussão sobre a descriminalização da maconha no Brasil ganhou força em 2015, quando o STF começou a julgar a constitucionalidade do artigo 28 da Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas) que criminaliza o porte de drogas para consumo pessoal. Argumenta-se que a descriminalização poderia reduzir a superlotação carcerária e enfraquecer o tráfico de drogas. No entanto, os potenciais efeitos negativos dessa medida não podem ser ignorados.

A maconha não é uma substância inofensiva. Estudos indicam que seu uso pode levar a diversos problemas de saúde, incluindo dependência, transtornos psiquiátricos, alterações na memória e funções cognitivas, delírios e alucinações. Um estudo da Associação Americana de Psiquiatria de 2019 revela que o uso de maconha pode aumentar o risco de desenvolvimento de esquizofrenia, suicídio e outros transtornos psicóticos, especialmente em indivíduos geneticamente predispostos. A descriminalização pode levar ao aumento do consumo, potencializando esses riscos.

Em países como Portugal, Canadá, Reino Unido, Holanda, Paraguai e outros países mundo afora, estão passando por graves problemas de saúde pública, segurança e problemas sociais gravíssimos devido a descriminalização por esses países adotada, havendo também um aumento nos delitos relacionados ao tráfico de drogas, conforme apontado pelo Relatório Europeu sobre Drogas em 2019.


* Médico Psiquiatra, mestre em Ciências da Saúde (UFMA). Professor da Universidade Federal do Maranhão. Preceptor do Estágio Curricular de Psiquiatria da Universidade – CEUMA. Especialista em Dependência Química pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Sócio-Fundador do Instituto Ruy Palhano. Tem experiência na área de Psiquiatria, com ênfase em Dependência Química, trabalhando principalmente nos seguintes temas: tratamento, prevenção dos transtornos relacionados ao uso de álcool e drogas. organização de políticas públicas na área de álcool e outras drogas. Reabilitação psicossocial de dependentes químicos. Estimulação Magnética Transcraniana. .


Em sede de Repercussão Geral (RE 635659), o STF decidiu que “não comete infração penal quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, a substância cannabis sativa, sem prejuízo do reconhecimento da ilicitude extrapenal da conduta, com apreensão da droga e aplicação de sanções de advertência sobre os efeitos dela (art. 28, I)…..”.

VOTOS DE ALANA PARA CÍCERO DURANTE A CERIMÔNIA DE CASAMENTO

Em 2013, quando te olhei pela primeira vez nos corredores do Ministério Público Federal te achei bonito, mas não poderia imaginar o desenrolar da nossa história.

Um convite seu para irmos ao cinema, transformou-se em uma história de amor de 11 anos.

Fomos o primeiro namorado um do outro e aprendemos juntos como ser pacientes, respeitar a forma como o outro age e pensa. Você me ensinou muito!

Entre tantas viagens prestando concurso pelo Brasil e entre nosso namoro dividido com as suas viagens ao interior para trabalhar, sobrevivemos!

E eu tenho certeza absoluta que você é o amor da minha vida. Aprendemos que o amor está nos pequenos atos do cotidiano.

Em você, encontrei um Porto Seguro.

Quando eu passei no concurso dos meus sonhos, você me mandou a mensagem mais linda que eu poderia receber, me dizendo que nunca duvidou que esse dia chegaria.

Você sempre torceu pelo meu sucesso. Em você, nunca identifiquei um traço de dúvida. Muito pelo contrário, você fortifica o “nós” e não o “eu”.

Ético, brincalhão, homem de valores sólidos, você me mostra todos os dias o motivo pelo qual te amo.

A nossa união é inquebrantável, pois não existe mais Alana sem o Cícero, nem o Cícero sem a Alana.

Marcamos a vida um do outro para sempre e a nossa história até aqui comprova isso.

Eu amo o seu sorriso e, quando você sorri, imediatamente fico feliz e esqueço qualquer desafio e só quero poder sorrir com você.

Você é meu melhor amigo e estou ansiosa para estar ao seu lado pelo resto das nossas vidas.

Te amo!

São Luís, 13 de julho de 2024.

Iª FELITA (Primeira Feira do Livro Itaqui Bacanga)

FELITA

Por Zé Carlos Gonçalves

Há algum tempo, em um vislumbre profético, escrevi que de uma simples prisão, o 5° DP (Distrito Policial), iriam sair as luzes do conhecimento, que iluminariam a área Itaqui Bacanga. E, para minha satisfação e alegria, felizmente, estive enganado. A ALEART (Academia de Letras, Artes e Saberes da área Itaqui Bacanga), ali, implantou-se, fez-se, consolidou-se, cresceu e, bravamente, rompeu fronteiras, a se fazer respeitada. E, com a sua firme, consistente e responsável atuação, já nos oferta frutos. Verdadeiramente, ricos e bons frutos.

E, com o sopro da pura e benfazeja brisa, que abençoa o Itapecuraíba, a ALEART vem nos proporcionar a I° FELITA (Primeira Feira do Livro Itaqui Bacanga), de 08 a 10 de agosto de 2024, que já vai muito e muito além do espaço geográfico do “Anjo”, a se firmar como um dos maiores e mais espetaculares acontecimentos culturais do ano.

E não poderia ser diferente. Com a força e o desvelo da ALEART, a FELITA suscita, com boa vontade, em uma associação semântica à “felicita”, SER FELIZ; o que não poderia ser mais adequado, para um evento ímpar e de tamanha significação, que não se encerra em si mesmo. Evento, que vem voando nas asas do Anjo da Guarda, a se espalhar nas veias artísticas dos maranhenses, como uma maré enchente, a trazer renovação e vitalidade.

A verdade é que a área Itaqui Bacanga, que se encontra em festa, irradia certeza, irradia luta, irradia sabedoria; pois a FELITA transpira gana, transpira povo, transpira cultura.

E, nessa atmosfera, que só nos orgulha, a FELITA, sob as bênçãos divinas, fará a Ilha ferver nas chamas do saber!!!


Local do Evento: Avenida Vaticano, 9, Quadra 57.  Bairro: Anjo da Guarda – São Luís/MA.

Localização do Evento 

VOTOS DE CÍCERO PARA ALANA DURANTE A CERIMÔNIA DE CASAMENTO

O que foi…

Meu amor!

Tantas vezes estivemos nos mesmos lugares!

Nas mesmas festas e eventos.

Tantos anos andei por esta ilha (não tão grande), mas somente aos 22 anos encontrei você, o amor da minha vida.

Encontro este que se deu no apagar das luzes, pode-se dizer.

Na porta da sala de um estágio de final de curso, nos últimos períodos da faculdade.

Naquele momento eu estava saindo e você chegando. Dois segundos a mais, ou a menos, e, talvez, o nosso grande encontro ainda não teria ocorrido naquele exato instante.

Mas Deus não permitiu que mais tempo fosse perdido.

Naquele momento, eu abri a porta e dei de cara com você.

Você estava com a clara intenção de me seduzir. Apelando com esse olhar apaixonante!

Você me cumprimentou. Eu respondi de volta.

Naquele momento. Lembro que fiquei paralisado (por alguns instantes) olhando para você, sem piscar.

Pensando: Nossa! Uma gatinha dessas dando sopa, assim, no meio do expediente.

E então você passou a mão no cabelo, fez um charme, e entrou na sala dos estagiários.

Lembro que (quando recobrei a consciência) me toquei que não tinha me apresentado ou perguntado seu nome.

Bom! Daquele dia em diante, (meu amigo!), eu comecei a investigar com todos os outros colegas.

Queria descobrir o seu nome. Quem você era!

Foi então que criaram um grupo de WhatsApp com todos os estagiários. Assim que nele ingressei, procurei por você, mas você não estava no grupo.

Que mulher difícil!

Dia após dia eu acompanhava o grupo na esperança de você ingressar nele.

Verifiquei com todo mundo, mas ninguém sabia o seu contato.

Eu pensava: “Será que a mulher dos meus sonhos teria sido só um sonho mesmo?”

Até que um dia, colocaram mais alguns integrantes e lá estava você!

E eu não me contive. Talvez tenha sido até meio mal-educado com os demais recém-ingressos no grupo, mas fui direto ao ponto e cumprimentei só você.

Os colegas logo perceberam o clima. Fizeram comentários. Mas, no final, a minha intenção era deixá-los todos cientes! Essa mulher é minha! Foi uma estratégia!

Eu queria afugentar a concorrência. Afugentei tanto que não sobrou nenhum deles para vir ao nosso casamento. Botei todos para correr!

Lembro que começamos a trocar mensagens. Marcamos um lanche. Assistimos um filme. Começamos a sair juntos para todos os lugares.

Conversávamos sobre tudo. Objetivos, preocupações. Sonhos!

Logo percebi que tínhamos várias coisas em comum. E cada vez mais fui percebendo que Deus tinha colocado a pessoa certa na minha vida.

E você foi me cativando com esse seu jeito meigo.

Logo levei você para conhecer a minha mãe, Dona Socorro. E você me levou para conhecer a minha sogra, Dona Ana.

E isso foi há 11 anos!

Aqui estamos.

O que é…

Bem!

Nunca sabemos o que fazemos para merecer certas bençãos em nossas vidas.

Recebi muitas em minha vida. Graças a Deus! E você é uma delas! Sem dúvidas, a maior!

Deus foi maravilho ao me agraciar com você em minha vida. Ao permitir que nossos caminhos se cruzassem!

A mulher que conquista meu coração, e que me inspira, todos os dias desde então.

Uma mulher que consegue despertar meu interesse e a minha curiosidade todos os dias e a todo instante. Uma pessoa de uma personalidade intrigante.

Às vezes, parece ser frágil. Meiga demais! É um mimo de pessoa.

Mas, ao mesmo tempo, eu vejo que és uma mulher que possui uma determinação e uma persistência fora do comum. Possui uma força de vontade avassaladora, mas sempre na medida certa! Nunca se excede.

Até quando está com raiva, permanece plena e delicada.

Aquela voz aguda que apresenta vários argumentos para me convencer de algo. Geralmente, para me convencer do que você quer.

Quando coloca um objetivo na cabeça, não perde o foco nem por um segundo.

Nunca vi traçar um objetivo e não o atingir.

Não tem medo de encarar nenhuma batalha. E nós sabemos das nossas batalhas. Não é verdade?

Muitas dessas nós travamos juntos. Eu e você!

Sempre foi assim. E sempre vai ser!

Já foi uma mesa com uma pilha de livros lidos e outra para ler. Inúmeras questões respondidas e muito mais a responder.

Mas nós sempre firmes; sempre juntos! Eu reclamando e você me consolando!

Fazíamos até placar para saber quem acertava mais no final. E eu queria poder falar na frente de todos aqui presentes, que eu saia ganhando, pelo menos, a maioria das vezes.

Só que não! Eu estaria mentindo.

Com você: “ou dava empate ou você ganhava de lavada”. Não errava uma. Sempre competitiva. Dizem que puxou para um certo irmão (Anselmo!).

Me fazia lembrar do tempo que estudava com meu pai. Que era outro, que não me dava a satisfação de vê-lo errar uma questão sequer.

Bons tempos! Horas e horas de estudo. Infinitos debates.

Mas também foram várias horas de conversa sobre os mais variados assuntos da vida.

Da NOSSA VIDA!!

Duas cabeças com opiniões diferentes sobre vários assuntos jurídicos. Porém duas cabeças com opiniões convergentes sobre os planos para o NOSSO futuro! Sobre lugares a conhecer; sobre filhos; sobre que tipo de família vamos formar.

É isso o que importa!

A nossa parceria vem sendo construída ao longo de mais de uma década!

É sólida! E vai perdurar enquanto Deus permitir. Pois só ele tem o controle de tudo.

Ao longo de todo esse tempo, você se tornou a luz do meu dia; a paz do meu sossego.

Sempre com pensamentos positivos, recusando-se a me ver triste. Ou “chateado”, como você gosta de dizer.

Quando você sabe que algo vai me preocupar, já se antecipa e diz: “Amor! Não vai pirar!”

Logo vem com um “calhamaço” de planos e estratégias para que tudo dê certo!

Sempre quer o meu bem!

Quando a tempestade chega – e vez ou outra ela bate à porta de todo mundo -, é você que traz a calmaria para o meu espírito. Você sempre busca ser o arco-íris para o meu céu!

Não bastasse isso, ainda me incluiu numa família maravilhosa, que me acolhe como um filho.

O que será…

Alana, meu amor!

Eu escolhi você desde a primeira vez que te olhei nos olhos.

Sou grato por ter me escolhido também.

Você foi a minha única namorada.

Serás minha única esposa!

E a mulher da minha vida!

Te amo e te amarei para sempre!

São Luís, 13 de julho de 2024.

HOMENAGEM AOS NOIVOS: ALANA E CÍCERO

Por Anselmo Luís Ribeiro Mota*

Boa noite a todos.
É uma honra para mim, irmão da Alana, ser o responsável por fazer um discurso de homenagem aos noivos e celebrar este momento tão único e marcante nas vidas de Alana e Cícero, assim como na vida de todos nós, familiares e amigos, que nos reunimos hoje para comemorar essa união.

Hoje as vidas de Alana e Cícero se unem em uma só. E o principal sentimento que os une é o amor. Para descrever esse amor podemos usar a palavra Universo. No dicionário, Universo quer dizer tudo no espaço e no tempo. Em outras palavras, o Universo é tudo que conhecemos.

Quando olhamos para o céu e as estrelas alguém consegue imaginar onde ele termina? Nós imaginamos constelações após constelações, galáxias após galáxias e ninguém consegue perceber um ponto onde as estrelas não existem mais e há um fim. E da mesma forma acontece com o amor verdadeiro. Ele continua até onde não conseguimos ver ou imaginar.

Hoje Alana pode dizer a Cícero: Cícero você é meu Universo!
E Cícero pode dizer também a Alana: Alana você é meu Universo!

Mas… No Universo é fácil perceber que há momentos de tranquilidade e paz, assim como há muitos momentos em que percebemos estrelas cadentes, cometas e até explosões…
É garantido que existirão tempos difíceis. Podem haver momentos em que um ou os dois queiram desistir porque nem sempre é fácil. A vida é costurada entre momentos felizes e momentos de dificuldade. E o amor pode ser descrito também não como um sentimento mas como uma atitude.

Amor também é o que você faz apesar do que se sente. O amor significa lutar pelo bem da outra pessoa esquecendo muitas vezes até de si mesmo. O amor é também se sacrificar.

Para pessoas que acreditam em Deus e são cristãos a maior manifestação de amor aconteceu com Jesus morrendo na cruz. Essa seria a maior demonstração de amor já existente e que nos ensina muito. Amor nem sempre significa sorrisos e abraços. As lágrimas também podem ser uma manifestação de amor.

A descrição de amor que eu acredito que seja mais perceptível no nosso dia a dia é quando a nossa maior alergia e felicidade acontece quando você percebe que fez o seu parceiro feliz. A partir do momento que a sua maior felicidade é fazer o outro feliz, você está pronto para deixar a vida de solteiro e se casar. Porque a sua felicidade não consegue se sustentar sozinha, você só se sente completo com o seu parceiro, com o seu amor.

É um sentimento também mais fácil de perceber entre pais e filhos. Não há nada que deixa mais feliz um pai ou mãe do que quando você percebe a felicidade estampada no rosto do seu filho. E falando de filhos, podemos nos perguntar sempre num dia como esse a pergunta fundamental para o casamento. Por que nos casamos?

Por que tomar essa decisão tão importante e decisiva nas nossas vidas?
Há vários motivos que podemos enumerar para explicar o porquê:
Paixão
Amor
Companheirismo
Família…

Num mundo onde há bilhões de pessoas, o que significa essa busca de 2 pessoas num mundo tão agitado e turbulento? Como estamos falando de um casal de advogados, eu acredito que a melhor descrição para o porquê nos casamos é porque precisamos de uma testemunha ocular para as nossas vidas.

E no casamento nós prometemos um ao outro se importar com tudo. As coisas boas, as coisas ruins, a alegria a tristeza, o tempo todo, todos os dias. Vocês dois hoje estão dizendo um ao outro:

“Cicero a sua vida não vai passar despercebida” e
“Alana a sua vida não vai passar despercebida”

Porque a partir de agora a sua vida não passará sem testemunha porque um vai dizer ao outro “eu serei a sua testemunha”.

Muito obrigado, as minhas considerações finais:
Todos nós desejamos que Alana e Cícero sempre ofereçam um ao outro um sorriso para escapar das lágrimas. E que quando as lágrimas venham que seja na maioria das vezes de felicidade. Que Alana e Cícero ofereçam um ao outro a mão para segurar através de cada amanhã. E que ao longo de sua jornada juntos vocês falem um para o outro que cada momento ao seu lado foram os melhores das suas vidas.

Felicidades ao casal
Nós amamos vocês hoje e sempre.
Muito obrigado pela atenção!

São Luís, 13 de julho de 2024


* Anselmo Luís Ribeiro Mota é Médico Cardiologista

Aos 98 anos, física recebe doutorado por uma descoberta feita em 1948

Uma física pioneira que desistiu de seu doutorado há 75 anos para constituir família recebeu um doutorado honorário de sua antiga universidade.

Rosemary Fowler, 98 anos, descobriu a partícula kaon durante sua pesquisa de doutorado com Cecil Powell na Universidade de Bristol em 1948, o que contribuiu para seu prêmio Nobel de física em 1950.

A descoberta de Fowler ajudou a levar a uma revolução na teoria da física de partículas e continua sendo comprovada como correta, prevendo partículas como o bóson de Higgs, descoberto no Cern, em Genebra, Suíça.

Mas ela deixou a universidade sem concluir seu doutorado para se casar com o colega físico Peter Fowler em 1949, uma decisão que ela mais tarde descreveu como pragmática depois que teve três filhos em uma época de racionamento de alimentos no pós-guerra.

Ela agora recebeu o título de doutora honorária em ciências do reitor da Universidade de Bristol, Sir Paul Nurse, em uma cerimônia de formatura privada perto de sua casa em Cambridge.

Fowler disse que se sentiu “muito honrada”, mas acrescentou: “Não fiz nada desde então que merecesse respeito especial”.

Nurse elogiou o “rigor intelectual e a curiosidade” de Fowler, que “abriram caminho para descobertas críticas que continuam a moldar o trabalho dos físicos de hoje e nossa compreensão do universo”.

Aos 22 anos, Fowler percebeu algo ao observar rastros incomuns de partículas – uma partícula que decaiu em três píons, um tipo de partícula subatômica.

Ela disse: “Eu soube imediatamente que period novo e seria muito importante. Estávamos vendo coisas que não tinham sido vistas antes – period isso que period a pesquisa em física de partículas. Foi muito emocionante.”

O rastro, mais tarde denominado Ok, period evidência de uma partícula desconhecida, agora conhecida como kaon ou méson Ok.

A trilha Ok period a imagem espelhada de uma partícula vista antes por colegas em Manchester, mas sua trilha decaiu em dois píons, não três. Tentar entender como essas imagens eram as mesmas, mas se comportavam de forma diferente, ajudou a levar a uma revolução na teoria da física de partículas.

No ano seguinte à descoberta, Fowler deixou a universidade tendo publicado sua descoberta em três artigos acadêmicos.

Fowler nasceu em Suffolk em 1926, e se destacou em matemática e ciências quando criança, mas achou a escrita um desafio. Ela foi a única garota do seu ano a ir para a universidade.

Ela se tornou uma das primeiras mulheres a receber o título de primeira em física, e seus três filhos passaram a estudar ciências.

Sua filha, Mary Fowler, estudou matemática e depois geofísica em Cambridge e teve uma carreira acadêmica na Suíça, Canadá, Londres e, finalmente, Cambridge, onde foi mestre do Darwin Faculty de 2012 a 2020.

Fonte

https://super.abril.com.br/

Brasil comemora em 18 de agosto o Dia do Estagiário

Celebrado em 18 de agosto, o Dia Nacional do Estagiário marca a publicação do Decreto que regulamentou o estágio no País, em 1982. Desde 2008 pela Lei nº 11.788 que dispõe sobre o estágio de estudantes, a atividade passou a ter regras definidas por uma lei específica, que torna obrigatório o pagamento de bolsa e auxílio-transporte, limita a jornada semanal, e garante 30 dias de férias por ano, entre outros direitos. Para impedir distorções, o Senado analisa uma série de propostas que buscam valorizar e assegurar os direitos dos estudantes. Entre eles, uma iniciativa (PLS 93/2017), da senadora Rose de Freitas (MDB – ES) em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) que obriga os estagiários a contribuir para a Previdência Social. Outra proposta (PLC 105/2017) em análise no plenário do Senado inclui o Dia Nacional do Estagiário no calendário oficial.

Fonte: https://www12.senado.leg.br/.