SOU MULHER

Por Zilda Cantanhede*

Eu sou
Eu sou tempestade na ventania
Sou ventania na calmaria
Sou resiliente
Sou frágil
Sou brava
Sou persistente, sou brasileira
Sou poesia em prosas e versos
Sou epopeia
Sou idílio, um haicai, uma trova
Sou eufórica
Tenho segredos só meus
Sou introspectiva
Sou abrigo
Sou alento, com pitadas de tormenta
Sou equilíbrio, mas vivo na raça
Sou rio de águas cristalinas
Sou córrego com obstáculos
Sou mar cheio de ondas
Sou razão com profundas raizes
Tenho rasas emoções
Sou decifrável ou indecifrável
Sou resultados
Tenho escolhas que me definem ou não!
Sou inexoravelmente humana
Sou sendo
Eu sou do verbo ser, também do substantivo vida que já me promulgou
Sou o quê sou, como também poderei vir a ser, neste emaranhado processo de viver.
Sou mulher!
Esta sou eu!

 

*Maria Zilda Costa CantanhedePresidenta da Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras – AMCAL; Especialista em Linguística, Educação do Campo, Educação Pobreza e Desigualdade Social; Articulista, cronista, poetisa, revisora textual; Professora da Rede Estadual de Ensino; Supervisora de Normas e Organização da Rede Integral/ SUNORI/SEDUC/SAEPI; Coordenadora de Mostras e Feiras Científica do CNPq/MCTI; Pesquisadora do CNPq.

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