Somos de fato almas livres sob as leis de Deus ou escravos abaixo do poder de ditadores?

“Democracia em chamas: a esquerda e sua implacável tirania”
Por Carlos Alberto Chaves Pessoa Junior

“O tema desse filme é se o homem deve ser governado pelas leis divinas ou pelas leis de um ditador como Ramsés. Os homens são propriedades do Estado? Ou almas livres sob as leis de Deus? A mesma batalha existe nos dias de hoje.” É a fala de introdutória do diretor Cecil B. DeMille em seu filme Os Dez Mandamentos.

O grande diretor com um discurso forte e contundente apresentou para gerações de espectadores a superprodução Os Dez Mandamentos e colocou uma questão que ainda ressoa nos dias de hoje: Somos de fato almas livres sob as leis de Deus ou escravos abaixo do poder de ditadores?

Queremos de fato ser livres e senhores de nossas escolhas? Ou diante de tempos difíceis preferimos nos ajoelhar diante da tirania em troca de uma falsa sensação de segurança e bem-estar?

No excelente livro Doze regras para a vida: um antidoto para o caos, o doutor Jordan Peterson escreve: “(…) não significa sofrer silenciosa e voluntariamente quando uma pessoa ou organização nos exige mais, de modo reiterado, do que nos é oferecido em troca. Isso significa que estamos apoiando a tirania e permitindo que sejamos tratados como escravos. Não é virtuoso ser vitimizado por um bully, mesmo que o bully seja você mesmo.”

Não há honra em ser covarde e fraco diante da opressão. O silêncio e a submissão diante de leis injustas, da tirania e da opressão são um ato indesculpável. Ao nos silenciarmos diante do mal nos tornamos cúmplices.  O filosofo Henry David Thoreau em seu livro A Desobediência Civil, escreveu: “Será que o cidadão deve, ainda que por um momento e em grau mínimo, abrir mão de sua consciência em prol do legislador? Nesse caso, por que cada homem dispõe de uma consciência? Penso que devemos ser primeiro homens, e só depois súditos. […] A lei nunca tornou os homens sequer um pouquinho mais justos; e, por força de seu respeito por ela, até mesmo os mais bem-intencionados são convertidos diariamente em agentes da injustiça.”

O que seria então uma lei injusta? Frédéric Bastiat no livro A lei responde: “Vida, faculdades, produção — e, em outros termos, individualidade, liberdade, propriedade — eis o homem. E, apesar da sagacidade dos líderes políticos, estes três dons de Deus precedem toda e qualquer legislação humana, e são superiores a ela. A vida, a liberdade e a propriedade não existem pelo simples fato de os homens terem feito leis. Ao contrário, foi pelo fato de a vida, a liberdade e a propriedade existirem antes que os homens foram levados a fazer as leis […] a lei é a organização do direito natural de legítima defesa. É a substituição da força coletiva pelas forças individuais. E esta força coletiva deve somente fazer o que as forças individuais têm o direito natural e legal de fazerem: garantir as pessoas, as liberdades, as propriedades; manter o direito de cada um; e fazer reinar entre todos a justiça.”

Portanto, qualquer lei que surge para oprimir a liberdade é uma lei tirânica, e se submeter à tirania é o pior dos crimes. Não basta ser virtuoso e bom, é necessário ter coragem, força e ousadia para repudiar a injustiça.”

https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/democracia-em-chamas-a-esquerda-e-sua-implacavel-tirania/

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