SEM AMOR DE CARNAVAL!

Por Zé Carlos

Já vem chegando o carnaval. E, as loucuras, também. Há para todos e muitos gostos. O “império”, no entanto , é dos bêbedos, que desfilam altivos e livres de quaisquer perigos, pois “são os protegidos de Deus”, tais como as crianças, os professores e os carecas. Podem crer. É vero! Nessa insana passarela, arriscam-se alguns poucos mascarados, embora estejam “fora de moda”, a “assombrar” ninguém, já que os medos são outros. Alguns outros se trajam de mulher.

O que já não surpreende nem choca mais alguém, uma vez que a prática faz parte do cotidiano e “As Patifas” vêm, para “lavar a alma” de quem há muito queria. Quantos loucos de loló, e de outras coisitas mais, a reafirmarem “as lombras” de todo instante?! E, “no rabo” da última ala, surgem, meio sem graça, “os normais”. Se é que ainda haja alguém assim.

É dessa forma, portanto, que chega o carnaval. A nossa mais sadia e democrática loucura. A dose de coragem de quem é muito corajoso, ou não. A mais pura ilusão, a nos iludir que problemas não nos afetam. Muito pelo contrário, joga-nos confetes, ao preço dos últimos trocados ou do consignado em 06 parcelas, para dar a margem segura de garantir um novo e oportuno “socorro”, para o reveillon.

Assim, chega o carnaval, um pouco sem graça, afinal, “vivi” os salões de Dondona Soares, de Floriano Beckman, de Zé Pedro Amengol, do Casino, do Sindicato. “Vivi” a escola de samba Princesa da Baixada, as festas nas ruas, o samba pulsante e as contagiantes marchinhas.

Assim, chega o esfuziante carnaval e seus amores. Até porque ninguém é de ferro! Vem, pois, quebrando regras, quebrando tabus. Amores em todos os credos, em todas as cores, em todos os tons. Em especial, os desconhecidos e improváveis amores.

Assim, vem o velho carnaval, desconstruindo a sua máxima máxima: o “amor de carnaval não dura mais que três dias”. O que já era uma eternidade, para os dias de hoje, em que a ficada é “a pedida”. Só um flash, instantâneo e vazio, que não eterniza mais nem um amor de Carnaval!
Aí, vem o carnaval …

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