Salve o Dia da Poesia!

Por Gracilene Pinto

Ao poeta condoreiro no Dia da Poesia

Uma chama fugaz brilhou na terra,
Teve até quem não visse o seu brilhar,
Distraída demais a vista erra
Sem o que vale a pena observar.

Assim passou também o condoreiro
Sem que o mundo notasse o seu valor,
Embora de janeiro a janeiro
Estivesse poetando sobre o amor.

Morreu como vivera, sufocado,
Pelas desilusões que a vida traz,
Possa o poeta ter na morte encontrado
Fartura de deleite, amor e paz.


Salve o Dia da Poesia!

O poeta é um duende que voa
Com a asa da imaginação,
Vê beleza em qualquer coisa atoa
E transforma a beleza em canção.

O poeta é um ente que habita
Em um jardim de enorme esplendor,
Na harmonia de sons e perfumes,
Nos cambiantes de vida e de cor.

Que, exaltado,
Em vã tentativa
Quer em rosa a vida colorir.

Que passeia entre sonhos
E que voa
Na asa multicor de um colibri.

(Gracilene Pinto in NA ASA DE UM COLIBRI – imagem da autora com sua obra na livraria AMEI).

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