I – IMPLANTAÇÃO DO PRIMEIRO BOSQUE
O Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM) lançou, em 2018, na gestão de Ana Creusa, a proposta de institucionalizar o projeto “Bosques da Baixada”, sob a coordenação dos professores José Ribamar Gusmão Araújo e Jucivam Ribeiro Lopes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), ambos filhos de Bequimão. A ideia inicial foi resgatar e valorizar espécies representativas e tradicionais da flora dos municípios da Baixada.
O BOSQUE DOS PARICÁS foi o 1º bosque implantado. O projeto “Paricás em Paricatiua: um sonho possível” ou popularmente denominado “Bosque dos Paricás”, teve as mudas plantadas em 26/01/2019 na comunidade Paricatiua, município de Bequimão. O referido Bosque foi viabilizado partir da iniciativa e trabalho de diversos forenses e sob a inspiração do professor José de Jesus Lemos da Universidade Federal do Ceará (UFC), filho de Paricatiua.

II – LANÇAMENTO DO “BOSQUE DAS MANGUEIRAS” EM MATINHA
No dia 26/08/2018 em Evento do Fórum da Baixada em Matinha, foi lançado o Projeto Bosque das Mangueiras em Matinha, com a presença da Prefeita Linielza. Na oportunidade, o Prof. Gusmão, após apresentar o projeto do Bosque dos Paricás, lançou o desafio para Matinha ao parafrasear Geraldo Vandré “pra não dizer que não falei das Mangas” e reforçou que o “itinerário e modelo dos Paricás poderia ser um bom guia para Matinha e pra toda a Baixada”. A escolha da fruteira mangueira guarda relação com o fato de Matinha ser considerada a capital dessa fruta na Baixada. Neste Bosque serão inseridas mudas de mangas de “tipos/variedades” representativas (tradicionais ou históricas) das várias comunidades do Município.

III – ESCOLHA DO LOCAL PARA IMPLANTAÇÃO DO BOSQUE
A partir de articulação local do forense César Brito, os líderes comunitários do Povoado Graça fizeram a doção do terreno. No espaço escolhido reside uma comunidade quilombola que acolheu o projeto, sendo esta visitada e aprovada pelos forenses em 11 de janeiro de 2019. Na verdade, nessa área que possui 2 (dois) hectares, com vegetação preservada e nascente de águas, viceja a possibilidade de se ampliar a ideia inicial de “Bosque das Mangueiras” para “Parque Ambiental de Matinha”, decisão que cabe ao executivo municipal. Destaca-se que a referida comunidade tem grande diversidade de mangueiras e uma variedade em particular, centenária, denominada “Graça”, foi resgatada para o Bosque.

IV – COLETA DE RAMOS E PREPARAÇÃO DAS MUDAS PARA O BOSQUE DAS MANGUEIRAS/MATINHA
A primeira fase de produção das mudas consistiu na semeadura dos caroços de manga no viveiro da Fazenda Escola de São Luís – Curso de Agronomia/UEMA, no início de 2020. O objetivo foi formar os “cavalos” (porta-enxertos) sobre os quais seriam enxertadas as variedades de manga de Matinha.
No 16 de outubro de 2020, o Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM) fez uma visita técnica ao município Matinha, para coleta de ramos de mangueiras para enxertia, visando a preparar as mudas para plantio do Bosque das Mangueiras, sob a coordenação técnica do Prof. Gusmão, Engenheiro Agrônomo da UEMA. Na ocasião realizou-se nova visita à comunidade Graça para se confirmar a área de plantio das mudas e comprometer a comunidade com os cuidados do futuro do Bosque.

Foram coletados ramos de 7 (sete) variedades de mangueiras de Matinha, assim denominadas: ÁGUA VIVA, CONSTANTINA, TERESINHA, CESAR BRITO, PÊRA, GRAÇA E LOLICO. A mudas permaneceram 15 meses no Viveiro da UEMA e foram retiradas pelo forense Cesar Brito em 07/04/2021. Em razão da pandemia o plantio foi transferido para o início de 2022.

V – QUANTIDADE DE MUDAS PARA FORMAR O BOSQUE
Serão plantadas um total de 47 mudas.
Espaçamento: 8,0m x 7,0m (8m entre fileiras e 7m entre plantas)
VI – GUARDIÕES DO BOSQUE
Os guardiões do Bosque/Parque são os moradores do Povoado Graça, sob o comando do líder da comunidade, Manoel.
Entre as responsabilidades compartilhadas pela Comunidade, cita-se: proteção e manutenção da área, capinas/coroamentos, adubação e podas e ampliação do Bosque com o plantio de outras variedades. Técnicos locais devem passar as devidas orientações. Estima-se que entre dois e três anos terá início a produção de frutos, os quais poderão ser utilizados para consumo das famílias e venda no mercado local. Acrescente-se que o Bosque também é lugar da prática sobre educação ambiental.
VII – PERSPECTIVAS DE NOVOS BOSQUES
– Bosque em Peri-Mirim (falta definir a espécie; gestor local: Ana Cléres)
– Bosque das Araribas em Viana (gestor local: Luís Henrique)
OBS: A Diretoria do FDBM deve prospectar nos demais municípios o interesse nos projetos de Bosque.
VIII – VIVEIROS DE PRODUÇÃO DE MUDAS
A Diretoria do FDBM e os gestores do projeto “Bosques da Baixada” incentivam e propõem que os gestores municipais envidem esforços para a implantação de Viveiros de produção de mudas não só com o objetivo de abastecer a implantação de Bosques, mas também para fomentar programas/projetos produtivos locais. Cita-se como bom exemplo Anajatuba que recentemente construiu seu viveiro telado na sede do município, por meio da secretaria de Agricultura, com recursos próprios.
A estratégia é que cada município elabore e apresente o “projeto de viveiro telado” às secretarias e/ou instituições estaduais ou federais, além de priorizar a construção com recursos próprios. Em seguida, instituições como UEMA, IFMA, UFMA e outras podem realizar treinamentos e capacitações a técnicos e produtores locais acerca dos processos de produção de mudas.
José Ribamar Gusmão Araújo
Jucivam Ribeiro Lopes
Ana Creusa Martins dos Santos
Expedito Nunes Moraes
Excelente matéria ?????que venha mais bosques para a Baixada Maranhense ????????