O poder do sexto sentido – imaginação criadora

Por Ana Creusa

Segundo Napoleon Hill, o sexto sentido é a porção do subconsciente a que nos referimos como imaginação criadora (1). Para ele, a compreensão do sexto sentido só vem com o desenvolvimento mental interno.

No início da nossa vida escolar estudamos que o ser humano possui cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Mais tarde, ouve-se falar que existe um sexto sentido invisível e imperceptível à primeira vista. A pergunta é inevitável: existe, ou não, esse tal sexto sentido?

Segundo Reinado José Lopes, o sexto sentido não só existe como é essencial – e pode levar às melhores decisões da vida (2).

Em seguida, é necessário que se entenda o que é o sexto sentido. Será ele é acessível a todos, ou é privilégio de alguns e qual a sua relação com a intuição?

 Para João Bidu (2), sexto sentido e intuição são a mesma coisa, é como uma voz guiadora que habita dentro de nós e sua essência está interligada com as emoções. Para ele, “estar em sintonia com o sexto sentido, é compreender que a razão não é dominante; há muito mais conhecimento escondido no coração e no espírito, apenas esperando o momento certo para florescer ou ser ouvida”.

Matéria intitulada “O Sexto Sentido: Intuição” veiculada no site britânico O BCcampus Open Education:

Segundo A história mostra que a intuição pode ser um fator muito importante na tomada de decisões. A intuição é a capacidade de saber algo sem qualquer prova. Às vezes é conhecido como “intuição”, “instinto” ou “sexto sentido”.

Por centenas de anos, a intuição teve uma má reputação entre os cientistas. Muitas vezes tem sido visto como inferior à razão . Mas hoje em dia, muitos pesquisadores veem a intuição como uma maneira de nosso cérebro pegar um atalho com base em nossas memórias e conhecimento. Assim como nossa capacidade de raciocinar, às vezes nossa intuição é precisa e às vezes não.

A verdade é que todos nós já tivemos momentos em que um “pressentimento” – seja bom ou ruim – que afeta nosso julgamento acerca dos fatos. E, embora muitas vezes descartado como besteira, esse “sexto sentido” pode ser provado cientificamente, segundo Amanda Hooton (4) e caracteriza-se por ser como uma voz guiadora que habita dentro de nós e sua essência está interligada com as emoções. São lampejos que passam pela mente, são os pressentimentos ou inspirações.

Quando ela é exteriorizada, o corpo sente uma sensação diferente, que pode causar desconforto ou euforia dependendo da situação.

Todos nós temos os tradicionais cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), a intuição ou sexto sentido seria uma sexta forma de “sentir” alguma coisa. Este é a integração dos cinco, os estados internos do organismo e da mente racional, todos voltados para nos dar informações valiosas. E assim, crucial para a intuição ser uma característica feminina ainda tem um nome e apelido: corpo caloso.

A intuição é, portanto, uma capacidade do cérebro de cruzar as informações dos dois hemisférios: o esquerdo, que é racional, e o direito, emocional.

A intuição não só existe como é essencial – e pode levar às melhores decisões da sua vida. A intuição também tem um poder de decodificar o que o outro está sentindo mais rapidamente que um piscar de olhos.

O Sexto sentido pode ser considerado como imaginação criadora. Uma forma singela de explicar o sexto sentido é que ele é a capacidade que o cérebro tem de realizar o cruzamento de informações dos dois hemisférios – o esquerdo, que é racional, e o direito, emocional. É corrente o entendimento que pessoas mais sentimentais podem desenvolver melhor o dom da intuição.

Segundo matéria divulgada pela Revista Super Interessante publicada em 30 de maio 2016, o sexto sentido “Não é esoterismo, é um fato científico: o sexto sentido existe e pode nos ajudar a tomar decisões melhores. Só que você tem de saber usar”. 

A intuição também tem um poder de decodificar o que o outro está sentindo mais rapidamente que um piscar de olhos. Ela é capaz de traduzir em segundos expressões faciais sutis, como uma sobrancelha ar…

Lucas Miranda (5) no artigo “As bruxas do passado e do presente” registra que:

O estudioso de mitologia e religião norte-americano Joseph Campbell (1904-1987) explica que, desde as épocas mais remotas da história, a mulher é vista como força mágica e misteriosa da natureza, e esse poder feminino acabou despertando uma das maiores preocupações do ser masculino: como quebrá-lo, controlá-lo e usá-lo para seus próprios fins.

Conhecimento que empodera e incomoda

Durante dez séculos de hegemonia do Cristianismo no Ocidente, a Igreja tolerou práticas consideradas ‘pagãs’ em toda a Europa, de modo que as crenças tradicionais de diversos povos permaneceram vivas e, em muitos casos, sincretizadas ao Catolicismo. Porém, no final do século 14 e meados do século 15, houve severa investida contra tudo que contrariasse os dogmas cristãos – e as mulheres sábias se tornaram um alvo preferencial da ira dos então chamados inquisidores.

As tensões já existentes entre masculino e feminino desaguaram em uma das mais terríveis turbulências sociais na Europa medieval. A caça às bruxas, como ficou conhecida, foi amparada por uma série de justificativas teóricas inventadas por padres em toda a Europa. O mais famoso guia para esse intento foi O martelo das feiticeiras (Malleus Maleficarum), primeiro manual inquisitorial endossado pelo papa, publicado em 1486. Nele, as ‘mulheres sábias’ deixavam de ser membros fundamentais da sociedade para serem entendidas como agentes de Satã na Terra. O livro defendia que a feitiçaria era resultado direto de um pacto com o demônio, era típica da mulher, de qualquer idade, pois ela seria ‘sexualmente insaciável’ e, por isso, mais frágil diante do diabo. Portanto, sua prática era maléfica por natureza.

Com esse movimento, a imagem das feiticeiras de autonomia e poder para influir na vida coletiva se transformou. O nascimento da Inquisição e o início da caça às bruxas, no século 14, impulsionaram uma nova narrativa sobre essas mulheres, muito diferente daquela que a comunidade havia estabelecido. A partir de então, a figura da ‘mulher sábia’ passou a ser substituída pela de uma agente das forças das profundezas que se reúne com suas semelhantes para praticar magia negra e adorar o diabo

“Acredito em intuições e inspirações. Às vezes, sinto que estou certo. Eu não sei se estou”, disse Albert Einstein à revista norte-americana Saturday Evening Post em 1929. Ele afirmou que era muito mais fácil confiar nessas intuições e verificá-las mais tarde do que descartá-las logo de saída. Essa, talvez seja a forma mais eficaz de observação do fenômeno do chamado sexto sentido.

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Referências

(1) HILL, Napoleon. Quem pensa enriquece. Ed. Fundamento. pág. 115.
(2) Reinado José Lopes é jornalista especializado em biologia e arqueologia, autor de vários livros, entre os quais “1499: O Brasil Antes de Cabral”.
(3) João Bidu é nome artístico de João Carlos de Almeida, é um astrólogo brasileiro. Bidu é considerado o principal nome da Astrologia no país.
(4) Amanda Hooton é uma jornalista e colunista australiana e escritora sênior do Good Weekend.
(5) Lucas Miranda é formado em Física e Ciências Exatas pela UFJF. Mestre em Divulgação Científica pela Unicamp. É colunista na revista Ciência Hoje
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