COISAS E LOAS XVI (BENEDITAS CONSULTAS!?)

Há alguns dias, peregrinando por clínicas e hospitais, enfrentando uma bateria de exames, venho testemunhado situações as mais inusitadas possíveis. Da simplicidade dos pacientes à má vontade das atendentes. Da ingenuidade dos pacientes à ignorância dos médicos, técnicos, secretários. Tantos juramentos perdidos em palavras vãs!

Tenho escapado de algumas dessas situações vexatórias, assim que informo a minha profissão. Poucas vezes, ser PROFESSOR dá-me algum privilégio. Mas, verdadeiramente, nesses últimos dias, tem-me salvado.

Apego-me a esse mote, por lembrar alguns episódios hilários, ocorridos em consultórios médicos de nossa cidade; e algumas referências, que se fizeram importantes em nossa querida Baixada e me acompanham desde a infância. Referências estas, que sempre se apresentam em suas abnegações e vontade de aliviar a dor do próximo.

A maioria não conheci, porém suas presenças sempre estiveram presentes em minha casa. Isidoro Pereira, Zé Alvim, Zé Santos, dr Antenor, padre Fernando (…) Nessa “seara”, Almir Soares, Zé Arimatéia e doutor de Memeco são-me familiares. Incansáveis “operários” da saúde, que muito assistiram os baixadeiros.

Já, no tocante aos episódios hilários, resgato dois. Um “sinhôzinho”, oriundo da zona rural, traz sua companheira para uma consulta. Em conversa com a filha, que estudava na sede do município, fica estabelecido que durante a consulta é terminantemente proibido que ele empregue o substantivo monossilábico, começado com C e terminado em U.

A filha esmera-se em que o pai não faça má figura. “Pai, tem qui dizê ÃNUS, entendeu. Nunca c.”. Após muito ensaio, o pai achou-se pronto. No consultório, muita gente. A espera foi longa. Quando a paciente foi chamada e levada à presença do médico, “não deu outra”. No nervoso acompanhante, “deu o branco”. Tudo acabado! O “papai”, nervoso, pediu licença, abriu a porta e “mandou direto” à filha, que estava na lotada sala de espera. “Miafia, qual o pilido do c. da tua mãe?!” Como bem dito no “baixadês”, a “fia” não tinha onde “enfiar a cara”. Novamente, tudo acabado.

O outro episódio aconteceu comigo, quando adolescente. Mesmo. Um médico, muito conhecido, após a inquirição, informações detalhadas e, por fim, o diagnóstico, saiu-se com está. “Esqueci o nome do remédio. Vai pra casa e, quando me lembrar, digo pra teu pai. Não vou fazer ele gastar dinheiro à toa”. Acreditem!!! Nunca fiquei sabendo o nome do bendito remédio, meu pai nada desembolsou e fiquei curado.
Santo esquecimento!

[instagram-feed feed=2]

Deixe uma resposta