Haddad pede a atual governo que desoneração de combustíveis não seja estendida. Ele solicitou a Paulo Guedes que a equipe do atual governo se abstenha de tomar quaisquer medidas nos próximos dias que impacte o futuro governo.
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 27, que solicitou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que a equipe do atual governo se abstenha de tomar quaisquer medidas nos próximos dias que impacte o futuro governo. Segundo ele, Guedes sinalizou que irá fazer a recomendação para que o pleito seja atendido. “A resposta foi: vamos nos abster de tomar decisões que impactem o próximo governo”, disse.
Mais cedo, a assessoria da equipe econômica informou que Haddad pediu à equipe de Jair Bolsonaro que não prorrogue a desoneração de impostos cobrados sobre combustíveis, a partir de um desejo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O futuro ministro explicou que o pedido feito a Guedes foi genérico, para que não haja medidas que impactem o futuro governo, assim, a nova gestão poderá ter tempo para avaliar.
“O pedido que fiz ao ministro Paulo Guedes, por telefone, foi que eu e o presidente Lula entendemos que o governo atual deveria se abster de medidas que fossem impactar o custo dos impostos para o futuro”, disse. “Ele respondeu afirmativamente, que, nesta semana, ia recomendar que a equipe não tomasse nenhuma medida que impactasse o futuro”, disse.
Ao longo do dia circulou informações de que a isenção determinada pelo governo de Jair Bolsonaro poderia ser mantida por pelo menos 30 dias. A princípio, a medida terá validade até 31 de dezembro.
Questionado sobre a possibilidade de aumento dos impostos a partir de janeiro, Haddad disse que é uma preocupação, mas que não são necessárias medidas feitas de forma açodada. “Vamos aguardar a nomeação do presidente da Petrobras, temos a expectativa em relação a muitas variáveis que impactam essa decisão: a trajetória do dólar, a trajetória do preço internacional do petróleo, uma série de coisas que vão acontecer. Então, para não tomar decisão açodada, o governo atual se abstém e a gente com calma avalia.”
Após cinco semanas seguidas de queda, a partir de 1º de janeiro de 2023, o preço do litro da gasolina vai subir, pelo menos, R$ 0,69 no Distrito Federal. Os valores também tendem a aumentar nas demais unidades da federação.
No Maranhão, após a redução de 31% para os atuais 18%. Houve aumento da alíquota da gasolina para 20% (vinte por cento).
Fonte: https://www.infomoney.com.br/ e Metrópolis.