Frente Parlamentar em Defesa da Baixada amplia discussões sobre construção de Diques com Codevasf, Sema e Fórum da Baixada

A reunião do colegiado foi a continuidade dos diálogos iniciados sobre o empreendimento que está em processo de licenciamento ambiental.

A Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense da Assembleia Legislativa do Maranhão promoveu, nesta quarta-feira (4), reunião com representantes da Superintendência Estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) e o Fórum em Defesa da Baixada Maranhense (FDBM).

A reunião, conduzida pelo presidente da frente parlamentar, deputado Jota Pinto (Podemos), teve como objetivo dar continuidade aos diálogos sobre o projeto de construção dos diques da Baixada Maranhense, sendo um desdobramento da visita feita pelos parlamentares à Superintendência da Codevasf, semana passada. Naquela ocasião, foram informados de que o projeto de construção dos diques está na Sema, em processo de análise para licença ambiental.

“O objetivo deste encontro foi reunir a Assembleia Legislativa, Codevasf e a Sema para que possamos discutir o projeto dos diques da Baixada Maranhense que se encontra em análise na Sema e, a partir disso, vermos quais passos podemos avançar, reunindo, posteriormente, o Ministério Público e a bancada de deputados federais”, ponderou Jota Pinto.

A reunião contou ainda com as presenças dos deputados Júlio Mendonça (PCdoB), que é relator do colegiado, Florêncio Neto (PSB) e Mical Damasceno (PSD). O superintendente da Codevasf no Maranhão, Clóvis Luís Paz, e equipe, além do secretário adjunto de Licenciamento da Sema, Arthur Barros Fonseca Ribeiro e o Presidente do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, Expedito Moraes.

Desenvolvimento

Na ocasião, tanto a Codevasf quanto a Sema prestaram esclarecimentos, tiraram dúvidas, explicaram o rito do processo para o licenciamento ambiental, bem como outras ações necessárias para concretizar a obra que foi proposta em 2012 e que é considerada de grande importância para a Baixada Maranhense, com perspectivas de desenvolvimento social, econômico e ambiental para os municípios que integram a região.

Segundo Arthur Ribeiro, atualmente o projeto está na fase de organização das audiências públicas. “O passo atual é a definição dos municípios nos quais serão realizadas as audiências públicas, já que o empreendimento impacta oito municípios. A Sema vê com bons olhos este projeto, é muito importante, vai trazer benefícios nas áreas econômicas e sociais, mas, por outro lado, temos que observar todo o rito legal do processo de licenciamento”, observou o secretário adjunto.

De acordo com Arthur Ribeiro, após a realização das audiências, o próximo passo será a elaboração de parecer técnico sobre os estudos ambientais, ou seja, a conclusão sobre o processo que pode receber parecer favorável ou não.

Durante a reunião, o superintendente da Codevasf, Clóvis Paz, explicou que a atuação do órgão federal foi elaborar o projeto, bem como o estudo de impacto ambiental que foi apresentado à Sema. “Estas etapas são necessárias para a obtenção da licença e para que possamos dar continuidade na parte formal do projeto, até a sua efetiva construção. É um projeto muito representativo, importante para a Baixada, porque, em síntese, vai perenizar toda a água que é hoje captada por águas pluviais”.

Segundo Expedito Moraes, Presidente do Fórum em Defesa da Baixada:

O maior desafio: RECURSOS.
Como já tínhamos informado, a CODEVASF não dispõe de recursos próprios, depende de emendas parlamentares para elaboração e execução de projetos. De acordo com os deputados presentes pretendem uma ampla mobilização entre as bancadas estadual e federal para viabilizar tais recursos.

Disponibilidade hídrica

Os diques da Baixada Maranhense têm como objetivos proteger áreas mais baixas contra a entrada de água salgada pelos igarapés, decorrente das variações da maré, além de armazenar água pluvial nos campos naturais durante a estação chuvosa e, assim, aumentar a disponibilidade hídrica, em boas condições para usos na pesca artesanal, agricultura familiar irrigada, piscicultura e outros, aumentando a oferta de alimentos na região.

De acordo com o projeto, os diques terão uma extensão de 70,45 km e sua construção, estimada em 30 meses a partir do início das obras, está estimada em até R$ 350 milhões. Os recursos, segundo a Codevasf, deverão ser oriundos de emendas parlamentares.

A área beneficiará os municípios de Bacurituba, Cajapió, Matinha, Olinda Nova do Maranhão, São Bento, São João Batista, São Vicente Ferrer e Viana.

Fonte: https://www.al.ma.leg.br/sitealema/.

DIQUES DA BAIXADA: Mais uma Vez a Esperança se Renova

O Fórum em Defesa da Baixada (FDBM), a partir da sua instituição em 2016, vem lutando pela construção dos Diques da Baixada, desde então, acompanha os movimentos para construção da tão sonhada obra! As esperanças se renovaram após a reinstalação da Frente Parlamentar da Baixada Maranhense que está retomando os diálogos sobre esse assunto.

A retomada do diálogo sobre o projeto de construção dos Diques da Baixada foi destacada, durante a sessão plenária desta terça-feira (3/9/2024), pelo deputado Jota Pinto (Podemos), que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense.

Com o objetivo de retomar o diálogo sobre o projeto de construção dos diques da microrregião da Baixada, a Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense, reuniu-se, em 29/08/2024, com a superintendência estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf). O encontro ocorreu na sede do órgão federal, no bairro Areinha, em São Luís.

 O deputado ressaltou encontro, ocorrido na última sexta-feira (29), com o superintendente estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf) no Maranhão, Clóvis Luís Paz. A reunião contou com presença do deputado Júlio Mendonça (PCdoB).

Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense retoma diálogo sobre construção de diques
Deputados Jota Pinto e Júlio Mendonça durante a reunião com o superintendente da Codevasf no Maranhão, Clóvis Luís

Em seu pronunciamento, o deputado Jota Pinto informou que, nesta quarta-feira (4), às 15h, o superintendente Codevasf e o secretário estadual de Meio Ambiente, Pedro Chagas, estarão na Assembleia Legislativa para debater os impactos ambientais do projeto com a Frente Parlamentar.

 O projeto promete transformar a região com benefícios sociais, econômicos e ambientais. A ideia é represar água doce e impedir a invasão de água salgada nos campos, um marco no desenvolvimento sustentável da nossa terra.  Um avanço para garantir um futuro mais promissor e produtivo para todos na Baixada.

O objetivo é fazer uma força-tarefa com os segmentos envolvidos, inclusive a bancada federal, para que este projeto possa sair do papel, finalizou.

 O projeto Diques da Baixada foi proposto em 2012 e consiste em uma obra de engenharia que tem a previsão de alcançar 70,6 km em 11 municípios, permitindo a contenção de água doce nos campos naturais durante a estação chuvosa, retardando o seu escoamento para o mar sem alterar as cotas máximas de inundação.

APRESENTAÇÃO DIQUES DA BAIXADA DO MARANHÃO

#FrenteParlamentar #DiquesDaBaixada #DesenvolvimentoSustentável #BaixadaMaranhense

Fonte: https://www.al.ma.leg.br/

PROJETO COERÊNCIA POR UM MUNDO MELHOR: Reino desunido não prospera!

Extraído do livro: COMO SE TORNAR SOBRENATURAL de Dr. Joe Dispenza

“Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá”. Mateus 12:25

 

Vivemos em um tempo de extremos, e esses extremos são reflexo de uma velha consciência que não pode mais sobreviver e de uma futura consciência na qual a própria Terra e todos no planeta estão se transformando. A velha consciência é movida por emoções de sobrevivência como ódio, violência, preconceito, raiva, medo, sofrimento, competitividade e dor, que servem para nos induzir a acreditar que estamos separados um do outro. A ilusão de separação sobrecarrega e divide indivíduos, comunidades, sociedades, países e a Mãe Natureza. A desatenção, o descuido, a ganância e o desrespeito à atividade humana ameaçam a vida como a conhecemos. Por simples questão de lógica e razão, esse tipo de consciência não pode se sustentar por muito mais tempo.

Como tudo caminha para polaridades extremas, é inegável que muitos dos sistemas atuais – políticos, econômicos, religiosos, culturais, educacionais, médicos ou ambientais – são desmontados à medida que paradigmas antiquados caem. Podemos ver isso de forma mais proeminente no jornalismo, em que ninguém mais sabe em que acreditar. Algumas mudanças refletem escolhas das pessoas, outras refletem níveis crescentes de consciência pessoal.

Uma coisa é óbvia: nessa era da informação, tudo o que não está alinhado com a evolução da nova consciência vem à tona. Se você não está ciente de que ocorre um aumento na frequência e energia neste momento – um aumento na ansiedade, tensão e paixão –, talvez não esteja prestando atenção ao seu estado de ser e à interconexão da humanidade com essa energia.

Além de agitações nos ambientes políticos, sociais, econômicos e pessoais, altamente carregados, muita gente também sente o tempo acelerando, ou que acontecimentos importantes estão ocorrendo a intervalos de tempo menores. Dependendo do ponto de vista, pode ser um momento histórico emocionante de despertar ou indutor de ansiedade. Independentemente disso, o velho deve desaparecer ou desmoronar para que algo mais funcional possa surgir. É assim que pessoas, espécies, consciência e o próprio planeta evoluem. A excitação energética nos seres humanos e na natureza gera várias perguntas: será que estão em cena influências maiores, que afetam a correlação da humanidade com violência, guerra, crime, terrorismo e, inversamente, paz, unidade, coerência e amor? Será que existe uma razão para tudo isso estar acontecendo neste momento específico?

Fonte: DISPENZA, Joe. Como se tornar sobrenatural : pessoas comuns realizando o extraordinário; tradução de Lúcia Brito. Porto Alegre: CDG, 2020.


JOE DISPENZA estudou bioquímica na Universidade Rutgers. Detém o grau de bacharel em ciência com ênfase em neurociência e obteve o título de doutor em quiroprática na Life University de Atlanta, Geórgia.

Diabetes: cientistas brasileiros criam óleo natural para tratar problemas causados pela doença

A patente protege o uso inédito de um óleo capaz de tratar um problema de saúde ainda sem medicamentos disponíveis.

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) recebeu do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) aprovação de sua quarta carta-patente, que tem como título “Uso de extrato de plantas do gênero croton, uso de estragol, uso de anetol e método de tratamento de neuropatias”, de autoria dos pesquisadores Francisco Walber Silva, Vânia Ceccatto, Aline Alice Albuquerque, Morgana Oquendo, Flávio Henrique Macedo, Kerly Shamyra Alves, José Henrique Leal Cardoso e Andrelina Souza.

A patente foi resultado de tese de doutorado do autor principal, Francisco Walber, que explica: “é a patente da utilização de óleo essencial da planta croton zehntneri, também muito conhecida como canela de cunhã, encontrada principalmente no Nordeste. A nossa patente lida exatamente com a utilização desse óleo para a preparação, possivelmente em composição farmacêutica, no tratamento de neuropatias, mais especificamente a neuropatia devido ao diabetes, a neuropatia diabética. Então, nós desenvolvemos esse estudo, utilizamos óleo essencial em uma determinada concentração e conseguimos ver que o tratamento com óleo essencial dessa planta conseguiu reverter ou, pelo menos, atenuar, alguns problemas que o diabetes pode provocar devido à neuropatia em gânglios nervosos e em troncos nervosos”.

A pesquisa tem seu ineditismo considerando, principalmente, que o diabetes tem tratamento baseado no controle glicêmico, contudo, essa importante neuropatia causada pela doença ainda não dispõe de nenhum tratamento específico. O tratamento da neuropatia diabética é feito através do tratamento do diabetes ou tratamento sintomático, com controle da dor neuropática com analgésicos. O óleo essencial da canela de cunhã se candidata a ser um tratamento específico. De acordo com o orientador da pesquisa da Uece e um dos autores da patente, professor Henrique Leal, a neuropatia diabética é um problema grave e comum:

“A complicação mais grave do diabetes frequentemente é a neuropatia, que ocorre principalmente como lesão aos nervos mais longos do corpo, sendo um deles o nervo ciático, que vai desde a coluna até o pé. Esse nervo é atacado inicialmente no pé e depois essa lesão vai progredindo em direção às partes mais centrais do corpo. Então, esse é um acometimento muito grave, causando hipersensibilidade e até anestesia. A pessoa tropeça, fere o pé e não sente, sendo que no diabetes a cicatrização é mais difícil. Isso gera frequentemente um problema muito conhecido que é o pé diabético, em que a pessoa desenvolve úlceras no pé de difícil tratamento e de difícil cicatrização”. Ainda de acordo com o pesquisador, a cada 30 segundos, uma pessoa no mundo sofre uma amputação de membro inferior por causa do diabetes.

Os resultados positivos dos testes pré-clínicos, realizados em camundongos, no Laboratório de Eletrofisiologia (LEF/Uece), se deve ao alto teor (80%) de anetol, um composto vegetal presente na planta croton zehntneri, que ajuda a tratar as alterações neurais sem interferir na glicemia do paciente diabético.

De acordo com a também inventora, Andrelina Souza, encontrar tais resultados é algo de suma importância para os pesquisadores. “A proposta do nosso trabalho sempre foi descobrir substâncias que tivessem baixo custo, com pequena toxicidade, que fossem eficazes no tratamento da neuropatia diabética. Essa descoberta, para nós, é mais do que gratificante, uma vez que a gente já vem trabalhando com isso há muito tempo, e nós conseguimos mostrar, através de estudos científicos, que a croton zehntneri é uma planta rica em óleos essenciais, tem um rendimento muito grande, de fácil extração e que é baixo custo. Isso torna o medicamento mais acessível à sociedade”.

Sobre as patentes, a Uece obteve a primeira delas em 2021, seguindo uma nova obtenção a cada ano. Ao todo, a instituição recebeu do INPI até então, quatro patentes. Para o coordenador da Agência de Inovação da Uece (Agin), professor Jerffeson Teixeira, “a concessão dessa nova carta-patente é mais uma demonstração e reconhecimento da capacidade de inovação da nossa instituição, reforçando o nosso compromisso contínuo com a proteção de tecnologias que podem impactar positivamente a sociedade”.

Próximos passos

O LEF, vinculado ao Instituto Superior de Ciências Biomédicas (ISCB/Uece), tem à frente o professor Henrique Leal, que teve Walber como um de seus primeiros alunos de Doutorado na Uece, em 2008, por meio do Programa de Doutorado em Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio). Professor Henrique segue com as pesquisas relacionadas à patente, no LEF. Dessa vez com o aperfeiçoamento da dose de efeito do óleo. “Na dosagem inicialmente pesquisada, o óleo essencial já tem um excelente efeito anti-inflamatório. Então, nós decidimos experimentar baixar essa dose”, destaca o pesquisador.

Fonte:

Uece descobre óleo capaz de tratar problema causado pelo diabetes e obtém patente

Manifesto Contra a Linguagem Neutra e em Defesa da Tradição da Língua Portuguesa

Por Magno Pereira*

Eu, Professor Magno Pereira, como defensor da integridade e da tradição da língua portuguesa, venho expressar meu veemente repúdio à tentativa de impor a chamada “linguagem neutra “em nossa sociedade. A língua portuguesa, rica em sua história, cultura e estrutura gramatical, não pode ser arbitrariamente alterada para atender a modismos ideológicos que desconsideram sua essência e identidade.

A língua é um patrimônio cultural, um veículo de comunicação que nos une e nos permite transmitir ideias, valores e conhecimentos de geração em geração. Alterar as regras gramaticais da nossa língua, como a flexão do gênero, não é uma questão trivial. A tentativa de introduzir pronomes neutros e outras mudanças artificiais, desrespeita a lógica interna da nossa língua e gera confusão na comunicação.

A inclusão e o respeito à diversidade, são valores fundamentais. No entanto, esses valores não podem ser alcançados à custa da destruição da língua portuguesa, pois existem maneiras mais eficazes de promover a inclusão, sem desfigurar nosso idioma.

Este manifesto é um apelo à razão e ao bom senso, visto que devemos proteger nossa língua contra alterações que, longe de promoverem inclusão, apenas criam divisões e dificultam a comunicação. A língua é portuguesa é uma herança preciosa, e cabe a nós, educadores e cidadãos, defendê-la contra qualquer tentativa de mutilação.


* José Magno Pereira é natural de Peri Mirim/MA, professor de língua portuguesa, concursado nos municípios de Peri Mirim e Palmeirândia. Licenciatura em Letras e Pós graduação em Docência da Ensino Superior. Professor Magno Pereira (Defensor da Língua Portuguesa).


Comentários:

Lembrei agora do poema “Vício da fala” do Oswald de Andrade, que alude essa discussão do erudito versus o popular, o que, aliás, não deixa também de ser a oposição do Modernismo contra o Parnasianismo. O verso final bate o martelo sobre a discussão em seu ponto de vista:
“Para dizer telhado dizem teiado e vão fazendo telhados”
No meu entender, ele compreende que no final todos se entendem, independente do uso ou não da norma culta. Posso também citar o filósofo francês Giles Deleuze, que ao fazer a crítica dos conteúdos de filosofia eurocêntricos, alude os textos de Goethe (eruditos) e de Kafka (que por incrível que pareça, é uma leitura para o povão, pelo menos para época em que foi escrita). Enfim, a discussão sobre isso é antiga e usando norma culta ou não, continuamos dialogando e está tudo bem. Ainda que possa chocar o uso incorreto da nossa língua, ninguém falou em substituir a norma culta como padrão para a comunicação corriqueira ou até mesmo em concursos. Agora quando ouço falar em linguagem neutra, meu sentimento é diferente, porque não enxergo nela uma necessidade, mas uma vontade de demarcar algo. A alegação é que a língua é um instrumento de opressão, de exclusão, que privilegia o pátrio poder e que exclui o diferente. Não sou linguista, mas entendo que pronome indefinido “todos” consegue, com perfeição, incluir todos, todas e até aqueles que querem ser chamados de todes.

Thomaz Ribeiro.

O BAIXADEIRO II

Por Zé Carlos Gonçalves

Cidadão, a desbravar “todos os mundos!”
Viajante, da liberdade plena, a viajar o silêncio das campinas, as veredas dos mistérios e os córregos dos mais nobres sentimentos, sob a sinfonia dos curiós, dos caboclinhos, das patativas e das graúnas.

Avoante, no voo da pipa, a riscar a imaginação em mil e tantas pinceladas, para contentar os olhos ansiosos e o coração acelerado, a explodir em tanta emoção.

Temente caminheiro, da mais demente carreira, a alimentar a curacanga com o profano fogo, devorador do puro coração de quem ama, sem medida, para se sabrecar no dantesco fogaréu da redenção.

Cativo menino, acorrentado à mansa correnteza e ao gritante sussurro do rio, a seguir guiado e abençoado em todas as suas sinas.

Pescador, iscante do voraz anzol, a sustentar os corpos mirrados, enrijecidos da labuta, bruta e implacável, a fim de alimentar a vontade de viver.

Carro de boi, chorante da dor da sequidão e do lamento das trombas d’água, a berrar a insana lida do “cabôco”, a não ter tempo de desanimar nem desistir.

Viandante, seguro em suas verdades, a se deliciar com as belezuras da “mãe Ci”. O LAGO DO FORMOSO, encantando com o encantamento do que não se vê, a florir nas imaginações ricas de tanto imaginar. O RIO MARACU, a vadiar em outras águas, emprenhado-se de mandis, lírio, mandubés e tubis, para despertar a sacra gula dos seus e o amor filial de Nonato Reis e Expedito Moraes. O PORTO DA RAPOSA, exportador de tantos “Manezinhos“, nos barcos infestados de arroz, farinha, milho e babaçu, a desbravar outros e tantos outros portos seguros. O AQUIRI, esplêndido, a se embalar na paz e na calma de César Brito. O RIO TURI, a vadiar, soberano, as fronteiras do além, se penitenciar no Rosário e correr ligeiro a abraçar a longínqua Turiaçu. O RIO PINDARÉ, berrante do berro, cheio de vida, da pororoca, a vagar faminta, da essência da terra e dos medos dos homens. O RIO PERICUMÃ, a se derramar da Lagoa da Traíra e a carregar todos os Zés, em suas dúvidas e fraquezas, para beijar o coração da baía de Cumã e para atestar a força, a hombridade e a fé do B A I X A D E I R O!

O COLUN/UFMA SUPERA MÉDIA NACIONAL DO IDEB 2023

Desde 2011, o Colun tem obtido resultados acima da média nacional.

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, no último 14 de agosto, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023. O Ideb, que é um indicador da qualidade da educação do Brasil, apontou o ensino de excelência oferecido pelo Colégio Universitário (Colun), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que, mais uma vez, se destacou no cenário nacional.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é uma avaliação em larga escala que permite traçar metas de qualidade educacional para os sistemas de ensino. O indicador de qualidade é calculado com base nos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar e nas médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que avalia os estudantes a cada dois anos em Leitura e Matemática. Em 2021, foram estabelecidas as metas para o país. Quanto maior o desempenho dos alunos e maior o número de alunos aprovados, maior será o Ideb.

No âmbito do ensino fundamental, o Colun obteve resultados acima da média nacional tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais. A meta nacional prevista para os anos iniciais era de 6 pontos e o Colun atingiu 7,3 pontos. Para os anos finais a meta nacional era 5,5 pontos e Colégio Universitário alcançou 6,6 pontos. Desde 2011, o Colun tem se destacado, estando acima das médias nacional e estadual.

Segundo Fernanda Lopes Rodrigues, coordenadora do Ensino Fundamental do Colun, o resultado alcançado é fruto de um trabalho coletivo da família, escola e estudantes, tudo isso auxiliado pela infraestrutura disponível na escola, que favorece o desenvolvimento dos alunos. “Temos o privilégio de ter uma ampla participação dos familiares, que estimulam os alunos e apoiam as atividades desenvolvidas. Além disso, nossa escola conta com uma proposta pedagógica diferenciada por ser um colégio de aplicação. Aqui, prezamos pelo desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão, sendo um laboratório de práticas inovadoras. Além disso, o quadro docente, composto por professores e professoras com mestrado, doutorado e, até, pós-doutorado, colabora para uma prática docente diferenciada. Por fim, o Colun conta com uma infraestrutura minimamente adequada, com biblioteca, laboratórios de Ciências, Informática, Linguagens, Matemática etc…”, enumerou a coordenadora.

Os resultados relevantes do IDEB, tanto nos anos iniciais quanto nos finais, revelam o compromisso da UFMA, por meio do Colun, com uma educação cada vez melhor para crianças e adolescentes. E os resultados de 2023 comprovam esse compromisso.

Por fim, Fernanda parabeniza toda a comunidade escolar pelo resultado alcançado. “As médias obtidas são resultado de um trabalho coletivo, no qual toda a comunidade escolar colaborou com maestria. Aos servidores docentes, nossos parabéns por contribuírem com o processo formativos de nossos alunos e alunas, desenvolvendo ensino, pesquisa e extensão com o objetivo de oferecer educação de qualidade e com equidade para eles e elas. Parabéns aos nossos alunos e alunas que se dedicam e acreditam no poder transformador da educação. Parabéns às famílias que apoiam nossa escola e se envolvem nas atividades. Parabéns à UFMA por proporcionar as condições para o desenvolvimento de uma educação básica pública, democrática, inclusiva e de qualidade”, conclui Fernanda Lopes Rodrigues, coordenadora do Ensino Fundamental do Colun.

Mais sobre o Ideb

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado com base nos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e nas médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

O Ideb agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10. A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema.

Por: Ingrid Trindade

Revisão: Jáder Cavalcante

Fonte: https://portalpadrao.ufma.br/site/noticias/

O BAIXADEIRO I

Por Zé Carlos Gonçalves

Da terra, a gema mais cara, teimosa e resistente. A mais pura e forte raiz. Liberto das camisas de força e das tantas e tantas algemas. O chorado suor do cavalo, a jorrar na carreira desembestada e na tração do arado; o lamentoso mugir do bezerro, tão saudoso da teta materna; a calejante e gemente enxada, a semear barriga cheia, no lastro do paiol; a mais plena e enfeitiçante lua, a guiar a sina, alegre-triste, de quem morre a cada quarto minguante.

A viva aquarela, pincelada na magia do mais intenso azul e do mais verdejante verde e no fascínio do horizonte infindo, que chama e enfeitiça.

A seiva, a brotar do cheiro da terra, nascido das primeiras e sacras chuvas, refrescantes e renovadoras.
A brisa marítima, trazedora de toda maré enchente, a se banhar nas águas doces do meu sustento.

O bom dia, de todo dia, franco e honesto, “a saudá us cumpádi i ais cumádi, cum us afilhado iscanchado nais cintura, tisga i faminta, mais parideira i dançante, devoradora dais gengiva dais tigela di café, a abençoá u mar di piquenos, ispalhados nus terreiro, qui queimaum eim tanta inergia”.

O eito voraz e implacável, a carcomer a alma, desprovida de todas as maldades do mundo.
A tapera resistente, pedinte de socorro, a fim de escapar da solidão e da fome do tempo, que casmurro lhe devora.
“Ais novena, ais incelência, ais desobriga, us culto, a roda do tambô di criôla, u cordão di São Gonçalo, a zabumba, a ciranda, u merengue, u reggae, u samba di roda, us fuzileiro du samba, a quadrilha, a bôca di forno, ais dificulidade, ais precisão, a quebra du côco babaçu, a meia quarta de açúcar, a tarrafa, u socó, u corral di peixe, u chibé, a jabiraca, u vinha d’alho, u buriti, a juçara, a bacaba, u murici, u mé di tiúba, i leithe di Janaúba, u azeite di carrapato” … a fé sem medida!

A poeira do caminho, a vestir com a teimosia a quem quer sobreviver, untado com o barro soprado pela graça divina.

A água salobra, a adoçar a terrível sede, que queima e solapa a velha carcaça, a sorrir da sorte, que não alivia nem brinca em serviço.

O torrão incremente, a povoar as enseadas e os baixios, esturricados e castigadores dos pés rachados, pelo calor perverso, que consome a força bruta, a berrar capoeira a dentro, na tentativa vã de domar rebeldes coivaras.

O grito da guariba, a reclamar a hora sagrada e a avivar a certeza de que é certeza a presença do pai eterno!
O joelho fincado no imaculado chão, à sagrada hora, “rezano i agradeceno, améim”, por ter nascido

B A I X A D E I R O!

Flávio Braga prepara-se para lançar livro sobre vultos ilustres da Baixada Maranhense

Flávio Braga  é autor do Dicionário do Baixadês, que é um best seller da Baixada, agora repara-se para lançar mais um livro sobre vultos ilustres da Baixada Maranhense.

O escritor Flávio Braga está às voltas com a revisão dos originais de sua mais recente obra, intitulada “Vultos Ilustres da Baixada Maranhense: Histórias e Legados de Grandes Personalidades”. Segundo ele, este livro é uma homenagem às contribuições de figuras proeminentes da Baixada Maranhense, apresentando o registro literário das trajetórias de personagens que marcaram a história da região, destacando seus feitos, lutas e o impacto duradouro de seus legados.

Por meio de uma pesquisa cuidadosa e relatos envolventes, a obra convida o leitor a explorar as raízes culturais, políticas e sociais da Baixada, oferecendo uma rica narrativa que preserva a memória e inspira futuras gerações.

O livro revela que a Baixada Maranhense já foi berço de sete governadores, dois interventores federais e dois presidentes da República, destacando a importância histórica e política da região no cenário estadual e nacional.

O próprio Flávio Braga, que participa de academias literárias, como a de São João Batista e de Peri-Mirim, também é vulto ilustre a serviço da Baixada Maranhense. Ele foi responsável pela instituição e foi o 1º presidente do Fórum em Defesa da Baixada. Foi idealizador do livro Ecos da Baixada (edição esgotada) que reuniu crônicas de baixadeiros. A referida publicação congregou uma plêiade de escritores baixadeiros, amantes da sua região de origem. A nova obra do imortal Flávio Braga, com certeza, repetirá o mesmo sucesso! Aguardemos!!!!

 

 

 

 

Fonte: Atos, Fatos & Baratos

MEMBRO DA ACADEMIA DE PERI-MIRIM PARTICIPA NO PIAUÍ DE PALESTRA SOBRE OS 18 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA

José Sodré Ferreira Neto, membro fundador da Academia de Letras, Ciências e Artes Perimiriense (ALCAP), participou nesta quarta-feira (21/08/2024) de uma mesa redonda sobre o Agosto Lilás em Valença do Piauí. O objetivo do evento foi promover reflexão e ação contra a violência doméstica.

O grupo de mulheres do projeto Casa de Maria organizou uma mesa redonda em alusão ao Agosto Lilás, campanha de conscientização sobre a violência contra a mulher. O evento contou com a participação de importantes autoridades do município de Valença do Piauí, como o juiz Dr. José Sodré, a promotora Dra. Débora Aragão, o delegado regional Dr. Maycon Braga, e o comandante do 23° Batalhão da Polícia Militar, coronel Jaíro.

Durante o encontro, houve uma troca significativa de ideias e experiências entre os presentes. Autoridades e membros de entidades locais discutiram estratégias para combater a violência doméstica na região do Vale do Sambito. A relevância desse diálogo foi ressaltada pela membro do projeto Casa de Maria, Mauricelia Sousa, que destacou a importância de articular a rede de proteção à mulher. “Daqui a gente já tirou alguns encaminhamentos e a gente espera que com tudo isso venha reduzir os índices da violência doméstica no nosso município.”

A celebração dos 18 anos da Lei Maria da Penha também foi um momento marcante da discussão. Mauricelia Sousa relembrou que, embora a legislação tenha representado um avanço significativo, ainda há muitos desafios pela frente, especialmente no que diz respeito à continuidade do atendimento às vítimas de violência. “Às vezes chega uma mulher que é atendida na delegacia, ou no CREAS ou no CRAS, mas não tem uma continuidade desse atendimento, e aí acaba que esse ciclo da violência, ele permanece”, comentou.

O delegado regional Dr. Maycon Braga trouxe à tona a gravidade da situação na região, mencionando que os números de violência contra a mulher continuam altos no Vale do Sambito. Ele destacou a importância de conscientizar as futuras gerações, ao afirmar que “essa futura geração aí possa então ter essa consciência que todos nós somos seres humanos, não tem que ter diferença entre homens e mulheres e que a gente construa uma sociedade melhor.”

A promotora de justiça Dra. Débora Aragão reforçou a importância de uma atuação conjunta entre os diferentes órgãos para melhor atender à população. “Poder se articular para prestar o melhor serviço à população, às pessoas que estão nessa condição precisando de auxílio, vítima de violência doméstica”, destacou Dra. Débora.

Integrante da Patrulha Maria da Penha, a policial militar Yarah Lopes ressaltou a importância de manter a conscientização ativa ao longo de todo o ano, não apenas em agosto. Segundo ela, “quando a mulher se torna instruída, ela começa a perceber que está sendo vítima de violência e é capaz de procurar ajuda.”

O juiz da comarca de Valença, Dr. José Sodré, concluiu o encontro destacando a necessidade de fortalecer o combate à violência doméstica por meio de um esforço conjunto e coordenado:

“Nós saímos aqui hoje com essa ideia de criar uma interligação, um fluxo de procedimento, um protocolo de fato de atendimento que a gente possa juntar todo mundo, de fato, com esforço comum para tentar fortalecer esse combate”, afirmou.

Ele ainda enfatizou que tudo que está sendo feito hoje em prol das mulheres é uma compensação pela desigualdade com que as mulheres foram tratadas historicamente.

“Isso é uma correção histórica, a mulher ela de muito tempo sofre violência, como alguns colegas comentaram hoje nas suas falas, a mulher não tinha direitos, passou a votar depois, passou a jogar futebol muito depois dos homens, e essas leis de proteção, essas leis de cotas eleitorais para mulheres, elas visam corrigir uma discrepância histórica, não é porque quer privilegiar a mulher, de forma alguma a gente quer corrigir anos e anos de discriminação, então essa lei Maria da Penha, por exemplo, é um exemplo claro disso, então as mulheres estão sendo protegidas de maneira mais efetiva em razão de terem sido esquecidas durante grande parte da história”, frisou o juiz.

O evento, além de promover uma reflexão profunda sobre os desafios enfrentados na luta contra a violência doméstica, reafirmou o compromisso das autoridades e entidades locais em buscar soluções concretas para proteger e apoiar as mulheres vítimas de violência.

Fonte: https://portalv1.com.br/mesa-redonda-do-agosto-lilas-em-valenca-do-piaui-promove-reflexao-e-acao-contra-a-violencia-domestica/